7 de setembro de 2018

138 Seria a União Europeia o “novo Império Romano” da profecia?



O que apresentarei aqui é uma possibilidade que considero altamente provável, não um ponto dogmático – algo arriscado demais em se tratando de profecias. Essa hipótese diz respeito à União Europeia como sendo a “ressurreição” do Império Romano, de onde provém o anticristo, mas para isso será de fundamental importância que você tenha muita calma e não pule nenhuma parte, porque uma coisa leva à outra e é fundamentalmente importante para compreender o todo. Eu vou mostrar isso com textos bíblicos, mas já adianto que muita coisa será um pouco complicada de se entender a princípio e que teremos que conectar muitos textos uns com os outros, por isso mesmo a necessidade de se ter a paciência de Jó (inclusive este foi provavelmente o artigo que eu mais demorei pra escrever).

O estudioso de escatologia sabe que existem dois livros especificamente que são quase inteiramente dedicados a abordar os acontecimentos finais. Um do Antigo Testamento (Daniel), e o outro do Novo (Apocalipse). Também é bem conhecido o fato de que João tirou muita coisa de Daniel, mesmo que às vezes apresentada numa linguagem diferente. Uma vez que ambos os livros são escatológicos (ou seja, abordam os eventos finais), é natural que possuam similaridades entre si. Uma dessas similaridades mais claras se encontra no capítulo 7 de Daniel, que corresponde em grande parte ao capítulo 17 de Apocalipse, que diz:

"Então o anjo me levou no Espírito para um deserto. Ali vi uma mulher montada numa besta vermelha, que estava coberta de nomes blasfemos e que tinha sete cabeças e dez chifres... Aqui se requer mente sábia. As sete cabeças são sete colinas sobre as quais está sentada a mulher. São também sete reis. Cinco já caíram, um ainda existe, e o outro ainda não surgiu; mas, quando surgir, deverá permanecer durante pouco tempo. A besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha para a perdição. Os dez chifres que você viu são dez reis que ainda não receberam reino, mas que por uma hora receberão autoridade como reis, juntamente com a besta. Eles têm um único propósito, e darão seu poder e sua autoridade à besta. Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fieis” (Apocalipse 17:3, 9-14)

Perceba que o texto fala de:

• Uma “besta” com dez chifres.
• Oito “reis” que recebem poder sobre os demais.
• Uma guerra contra o Cordeiro e os santos.
• A vitória do Cordeiro e dos santos.

Agora compare com o que diz Daniel:

“Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de eternidade em eternidade. Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro e as suas unhas de bronze; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; e também a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça, e do outro que subiu, e diante do qual caíram três, isto é, daquele que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e cujo parecer era mais robusto do que o dos seus companheiros. Eu olhava, e eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles. Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão” (Daniel 7:17-27)

Perceba que o texto fala de:

• Um “animal” com dez chifres.
• Quatro reinos que recebem poder sobre os demais.
• Uma guerra contra o Altíssimo e os santos.
• A vitória do Altíssimo e dos santos.

Qualquer leitor honesto concluirá que Daniel e João estão falando da mesma coisa, fundamentalmente falando. Ou seja, a mesma visão que foi dada a Daniel foi dada também a João, mudando pequenos detalhes, mas com os mesmos significados básicos. Por exemplo, Daniel usa o termo “Altíssimo” enquanto João usa o termo “Cordeiro”, sem alterar o significado profético. Você também poderá notar que enquanto Daniel fala de um quarto “animal” com dez chifres, João fala de uma “besta” com dez chifres. Isso não é coincidência; o animal que Daniel viu é a mesma “besta” que João viu. Isso acontece porque a palavra grega que é traduzida por “besta” em nossas Bíblias é therion, que, de acordo com a Concordância de Strong, significa:

2342 θηριον therion
diminutivo do mesmo que 2339; TDNT - 3:133,333; n n
1) animal.
2) animal selvagem, besta selvagem, besta.

Ou seja, quando João usa o termo “besta” ele se referia a um animal selvagem, que é exatamente o mesmo “animal feroz” que Daniel viu, ambos com dez chifres. É mais uma prova incisiva de que eles estão falando da mesma coisa, o que, portanto, exige a mesma interpretação para ambos. Estando isso claro, precisamos agora desvendar a outra suposta “contradição”: Apocalipse fala de oito reis, mas Daniel fala de quatro reinos. Sabemos que os dois estão falando das mesmas coisas, por isso precisamos entender por que um fala de sete e outro de quatro, mas primeiro precisamos saber se são “reis” ou se são “reinos”. Essa é a parte mais fácil, pois “reis” no contexto de Daniel é justamente uma linguagem simbólica para se falar de reinos. Volte e releia os textos:

"Estes quatro grandes animais, que são quatro reis, que se levantarão da terra... o quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os outros reinos" (Daniel 7:17,23)

Primeiro Daniel diz que os quatro animais “são quatro reis”, mas depois explica que o quarto animal é “o quarto reino”. Isso significa que os «reis» são uma linguagem figurada para se falar de «reinos», e é assim que devemos entender também o Apocalipse (que usa a mesma figura de linguagem de Daniel). Sabemos então que na profecia «reis = reinos», mas ainda falta explicar a outra parte. Por que João fala de oito reinos, quando Daniel fala apenas de quatro? Voltemos aos textos para entender, porque isso é extremamente simples. Comecemos com o Apocalipse:

“São também sete reis. Cinco já caíram, um ainda existe, e o outro ainda não surgiu; mas, quando surgir, deverá permanecer durante pouco tempo. A besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha para a perdição” (Apocalipse 17:10-11)

Veja que João não está falando apenas dos reinos do presente ou do futuro. Ele inclui também os do passado. Por isso diz que cinco já caíram, outro existia na época em que escrevia e ainda outros dois estavam por vir, somando oito. Agora vamos ver como Daniel aborda a coisa:

“Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra” (Daniel 7:17)

Percebeu? Daniel falava dos reinos que se levantariam na terra, não dos que já haviam passado. Ou seja, a única diferença entre João e Daniel é que João fala de todos os que já existiram (somando oito), enquanto Daniel exclui aqueles que já tinham passado (sobrando quatro). A profecia é a mesma, com a única diferença de que a de João é mais ampla. Agora a pergunta que você deve estar fazendo é: que reinos são esses? Tenhamos em mente que não estamos falando aqui de reinos aleatórios citados ao acaso, mas especificamente daqueles que tiveram a supremacia mundial em algum nível significativo. Em qualquer época na história humana existia algum reino superior aos demais, mas sem necessariamente se sobressair muito aos outros. Ou seja, não necessariamente sendo um reino dominante.

Por onde começamos a contagem? Qualquer um que tenha estudado a Bíblia ou a História mais a fundo já sabe a resposta: Egito. Já havia povos anteriores aos egípcios mencionados na Bíblia, mas nenhum que exercesse domínio sobre os outros povos. O primeiro reino que você descobre dominando boa parte do mundo da época (ou seja, o que podemos chamar de supremacia mundial) é o Egito, que escravizou os próprios israelitas. A coisa chegou a um ponto em que todas as terras vinham ao Egito, para comprar de José; porquanto a fome prevaleceu em todas as terras” (Gn 41:57). Ou seja, o mundo inteiro da época esteve, de certo modo, sujeito ao Egito.

Os próprios egípcios venderam suas posses ao faraó para obter alimento, e na história dos irmãos de José os vemos vindo de longe se oferecer como servos de José para conseguir o alimento (Gn 42:10). O mesmo aconteceu com os outros povos, fazendo do Egito o primeiro grande reino de dominação mundial na história humana. A partir daí, fica relativamente fácil saber quais são os outros reinos, pois bastará consultar quem conquistou o Egito e tomou para si essa supremacia (e assim sucessivamente). Se você estuda história secular ou costuma ler a Bíblia, já sabe a resposta: Assíria.

Os assírios, que dominaram o mundo depois da supremacia egípcia, foram inclusive os responsáveis pelo cativeiro do reino do norte de Israel. Mas o reino do sul foi conquistado por um outro povo, que já havia subjugado os assírios nesse meio-tempo: Babilônia. É aqui que começa a contagem em Daniel, que exclui os impérios que já passaram e só conta dali em diante. Daqui pra frente a sequência de Daniel é a mesma de João: o Império Medo-Persa conquista a Babilônia e assume a supremacia; alguns séculos mais tarde vem a Grécia e os conquista; mais alguns séculos e temos os romanos que derrotam os gregos. Para você não ficar tão confuso, vamos listar em ordem:

Egito.
Assíria.
Babilônia.
Medo-Persa.
Grécia.
Roma.

Da Babilônia até Roma temos os quatro reinos citados por Daniel no capítulo 7, e do Egito até o oitavo reino temos os oito citados por João em Apocalipse 17. Mas antes de prosseguirmos com os outros dois que faltam para completar os do Apocalipse, precisamos explicar por que Daniel “parou” em Roma. Para entendermos isso, precisamos recorrer às visões que Deus lhe deu no capítulo 2, que diz:

Daniel 2
31 "Tu olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível.
32 A cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze,
33 as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro.
34 Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou.
35 Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda.
36 "Foi esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei.
37 Tu, ó rei, és rei de reis. O Deus dos céus te tem dado domínio, poder, força e glória;
38 nas tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro.
39 "Depois de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu. Em seguida surgirá um terceiro reino, reino de bronze, que governará sobre toda a terra.
40 Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro a tudo despedaça, também ele destruirá e quebrará todos os outros.
41 Como viste, os pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com barro.
42 Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil.
43 E, como viste, o ferro estava misturado com o barro. Isso quer dizer que se procurará fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas essa união não se firmará, assim como o ferro não se mistura com o barro.
44 "Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos esses reinos e os exterminará, mas esse reino durará para sempre.

Eu não vou me alongar neste ponto porque todos os teólogos do mundo (de qualquer vertente escatológica, desde preteristas até dispensacionalistas) concordam que aqui Daniel estava falando dos mesmos quatro reinos que aparecem no capítulo 7, ou seja: Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma (nessa sequência). Eu usei este texto apenas para mostrar o que acontece depois de Roma. Você deve estar lembrado que do Egito até Roma ocorreu uma sequência ininterrupta de grandes impérios de dominação mundial. Ou seja, x tinha a supremacia, mas era conquistado por y, e então y tinha a supremacia, mas um dia y é conquistado por z, e agora z tem a supremacia, etc. Ou seja, é como uma bola que é passada de uma mão para outra (quem já brincou de “batata-quente” sabe como é).

Mas parece que Daniel “termina” em Roma. Algo aconteceu ali que quebra a continuidade. O que explicaria essa descontinuidade? Leiamos novamente a forma com que Daniel se refere:

40 Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro a tudo despedaça, também ele destruirá e quebrará todos os outros.
41 Como viste, os pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com barro.
42 Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil.
43 E, como viste, o ferro estava misturado com o barro. Isso quer dizer que se procurará fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas essa união não se firmará, assim como o ferro não se mistura com o barro.
44 "Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos esses reinos e os exterminará, mas esse reino durará para sempre”.

Daniel fala de um reino dividido, com “pés de barro” – e isso logo após dizer que era “forte como o ferro” e que “despedaça tudo”. O verso 42 parece denunciar essa aparente contradição de termos: os dedos eram parte de ferro, e parte de barro, representando um reino que seria em parte forte, e em parte frágil. Considerando que aqui Daniel estava falando de Roma, a explicação parece óbvia: os “pés de ferro” que despedaçam todo mundo é um símbolo do Império Romano em seu auge, quando subjugou grande parte do mundo da época e se tornou notório até os dias de hoje, enquanto os “pés de barro” são o que acontece com esse reino depois de sua tomada pelos bárbaros, que se tornaram o que a Europa é hoje, dividida em inúmeros países em grande parte conflitantes entre si.

É por isso que há uma descontinuidade após a conquista do Império Romano pelos bárbaros: como eles eram uma junção de muitos povos diferentes e não um único, nenhum novo reino unificado se firmou em lugar dos romanos assumindo a supremacia mundial. Ou seja, o poder esteve dividido de tal forma que com a queda do Império Romano o mundo esteve fragmentado entre diversas pequenas potências (que eu identifico como a Europa, por ser a sucessora natural dos bárbaros que tomaram o Império Romano) em vez de uma única potência gigante acima de todas as outras.

Há outro aspecto que comprova isso na profecia, pois o verso 43 fala de alianças políticas por meio de casamentos, que, não obstante, não se firmariam. Isso foi exatamente a cara da Europa por muitos séculos: os monarcas de diferentes países arrumavam casamentos arranjados para ver se assim seu reino se consolidava por essas alianças, mas no fim tudo dava errado. No meu livro sobre a Reforma eu chego a citar alguns deles: Henrique VII da Inglaterra arrumou um casamento com Catarina de Aragão (da Espanha), mas acabou morrendo e então seu filho Henrique VIII assumiu Catarina sob a justificativa de que ela continuava virgem, mas como ela não lhe dava filhos homens ele se divorcia dela e gera todos aqueles atritos com Roma que já conhecemos, pois Catarina era sobrinha de Carlos V, o mais poderoso rei espanhol de todos os tempos, com o qual o papa não queria atritos.

Mas bastou apenas que sua filha Maria a Sanguinária assumisse a coroa para voltar a tentar arrumar alianças com a Espanha mediante um casamento arranjado, dessa vez com o então rei espanhol Filipe II. Por isso ela se tornou odiosa perante seus súditos, acabou “abandonada” por Filipe e se declarou a “mais infeliz das rainhas, das esposas e das mulheres”. Filipe II não era bobo e tentou conseguir a mão de sua sucessora, a rainha Isabel, que se recusou, atraindo o ódio do monarca que atendeu aos pedidos do papa Sisto V de acabar com a Inglaterra e para isso formou a maior marinha de todos os tempos: a “Armada Invencível”, que não honrou o nome e fracassou miseravelmente em sua missão.

Eu citei apenas estes breves exemplos, que se somam a milhares de outros que provam o mesmo ponto: a Europa pós-imperial é exatamente aquilo que cai como uma luva na descrição de Daniel, sobre as alianças políticas por meio de casamentos que não se firmariam (ou seja, que não alcançariam a solidez política que tanto almejavam). Por mais que casamentos assim não fossem exclusividade da Europa, em nenhum outro lugar ou época isso foi tão característico como nos países europeus da Idade Média e Moderna. E isso também se encaixa perfeitamente com o fato de que Daniel estava narrando justamente o que sucederia ao “quarto reino”, que é indiscutivelmente Roma. Todas as peças do quebra-cabeça se ligam com perfeição... se não fosse por um problema: Daniel diz que no tempo dessas potências Jesus voltaria (v. 44), mas no Apocalipse João fala de mais dois reinos até o fim. Como resolver mais essa aparente contradição?

O primeiro passo necessário é descobrir quem é este sétimo reino omitido por Daniel, mas citado por João. Ele não nos dá muitas pistas, mas a que dá é de importância crucial: este reino “permanecerá pouco tempo” (Ap 17:10). Ou seja, estamos falando aqui de um reino que, como os demais, assumiria a supremacia mundial, mas que, à diferença deles, isso duraria pouco tempo. Considerando que esses outros reinos duraram todos por um considerável período de séculos de supremacia, devemos entender consequentemente que este outro reino durará apenas algumas décadas no máximo, e não todos os séculos de supremacia que os anteriores tiveram.

Pense por um momento: qual nação assumiu a supremacia mundial sem que isso tenha durado (ainda) tanto tempo? A resposta mais lógica é: Estados Unidos da América. “Mas os Estados Unidos tem séculos de existência”, você vai dizer. Sim, mas lembre-se de que não estamos falando aqui do tempo de existência, mas sim de supremacia mundial. Todos os outros reinos tiveram milênios de existência e alguns continuam existindo até hoje, mas tiveram apenas alguns séculos de dominação global. A grande questão é: quando foi que os Estados Unidos assumiu essa supremacia de forma notória, universal e indiscutível? Não pode ter sido no auge da Guerra Fria, pois até aquele momento o mundo estava dividido entre os países aliados ao capitalismo americano ocidental e os aliados ao comunismo soviético oriental, que fazia frente aos Estados Unidos na época. Ou seja, essa supremacia única e sem oponentes sérios só se deu com a vitória na Guerra Fria – há apenas algumas décadas, não mais que isso.

Se esse meu palpite estiver certo, isso implica numa previsão muito triste: em breve, alguém irá tomar o lugar dos Estados Unidos na supremacia mundial, que provavelmente não chegará a um século, pois será o mais curto período de tempo entre todos eles, como indica João. Este será o oitavo rei do Apocalipse, que ali é identificado como sendo a besta. Mas quem ele é? Se você é inteligente, já matou a charada. Caso ainda precise de ajuda, vamos voltar a Daniel:

40 Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro a tudo despedaça, também ele destruirá e quebrará todos os outros.
41 Como viste, os pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com barro.
42 Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil.
43 E, como viste, o ferro estava misturado com o barro. Isso quer dizer que se procurará fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas essa união não se firmará, assim como o ferro não se mistura com o barro.
44 "Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos esses reinos e os exterminará, mas esse reino durará para sempre”.

Atenção especial à parte final: Deus irá estabelecer o Seu Reino (na volta de Jesus) na época “desses reis”, ou seja, disso que sobrou do Império Romano (os pés de barro). Isso só pode significar uma coisa, que muitos teólogos, Pais da Igreja e reformadores já observaram: o Império Romano, de alguma maneira, vai voltar, pois esses reinos mundanos só serão destruídos e o de Deus estabelecido na terra durante um período em que Roma estiver no poder. Se os Estados Unidos é o “sétimo rei”, disso resulta que o Império Romano é o oitavo. Mas espere um momento: Roma já não era um dos sete? Sim... exatamente como João previu:

“São também sete reis. Cinco já caíram, um ainda existe, e o outro ainda não surgiu; mas, quando surgir, deverá permanecer durante pouco tempo. A besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha para a perdição” (Apocalipse 17:10-11)

Se a besta é um dos sete reinos, ela só pode ser algum entre Egito, Assíria, Medo-Persas, Babilônia, Grécia, Roma ou Estados Unidos. Mas à luz de Daniel, fica extremamente claro que só pode ser Roma, não há outra opção. Jesus voltaria no período “romano” de dominação. Ou seja, Roma é o oitavo rei que volta dos sete, o que na prática significa que o Império Romano voltará a exercer o poder unificado que tinha antes e que o fazia ser tão forte (até a invasão dos bárbaros).

Se o “Império Romano” atual consiste na fragmentação de povos a quem chamamos de “Europa”, então o seu retorno só pode significar uma coisa: a Europa unida, como se fosse uma coisa só. Essa é a União Europeia, embora num formato futuro, pois ainda que a União Europeia já exista, ainda parece faltar um tanto para que os países percam sua autonomia interna e sejam controlados em conjunto pela entidade – como o anticristo conseguirá fazer com grande sucesso.

Uma outra má notícia: os dados econômicos mais recentes caminham exatamente na direção do que estou dizendo aqui – a União Europeia já está caminhando no sentido de ultrapassar economicamente os Estados Unidos. No ranking mais recente do Fundo Monetário Internacional (2015), aparece o seguinte (fonte):


Em breve, é muito provável que a União Europeia ultrapasse os Estados Unidos (e, de fato, na lista do Banco Mundial de 2014 já ultrapassou). O que faz com que ainda consideremos os Estados Unidos com a supremacia mundial é o fato de que nenhum país individualmente chegue perto da sua grandeza econômica ou militar (os dois principais fatores para se definir supremacia). Mas se a União Europeia fosse realmente um conjunto uniforme, como se fosse um único país, ela já estaria no mesmo patamar que os Estados Unidos hoje e caminhando para ser bem mais forte no futuro. Em termos simples, para pegar o bastão. Não se assuste, mas se você ler essa e essa matéria (ambas desse último ano), verá que a União Europeia já está com planos de um exército unificado e já lançou a base para a criação desse exército. O resto é cena dos próximos capítulos.

É interessante que enquanto em Daniel está claríssimo que Jesus volta na época de dominação romana, no Apocalipse temos ainda mais clareza de se tratar da volta do Império Romano. Leiamos os trechos mais específicos sobre isso:

“Aqui se requer mente sábia. As sete cabeças são sete colinas sobre as quais está sentada a mulher. São também sete reis. Cinco já caíram, um ainda existe, e o outro ainda não surgiu; mas, quando surgir, deverá permanecer durante pouco tempo. A besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha para a perdição” (Apocalipse 17:9-11)

Preste atenção no “também”, do início do verso 10. O que João está dizendo aí é que as “sete cabeças” da besta são as sete colinas e SÃO TAMBÉM os sete “reis” (=reinos). Ou seja, as “colinas” e os “reis” nos levam à mesma resposta. Já vimos que Roma é um dos sete “reis”, mas podemos ter a certeza de que se trata do “oitavo” que volta (e que é a própria besta) por causa da pista anterior, que fala das sete colinas. De todos os sete reinos da profecia, Roma é a única que fica em sete colinas, e, de fato, Roma sempre foi mundialmente conhecida no mundo antigo como a cidade das sete colinas. Era assim que os escritores clássicos da época de João se referiam a Roma, da mesma forma que os brasileiros de hoje se referem ao Rio de Janeiro quando usam o termo “a cidade maravilhosa” (mesmo que no atual momento não esteja tão maravilhosa assim).

Ou seja, as “sete cabeças” fazem parte de um enigma a ser desvendando para identificarmos a besta, e pelas duas pistas oferecidas temos por certo que se trata de Roma, exatamente como na profecia de Daniel. É por isso que a humanidade se espantará quando ver a besta “renascer”, pois ver a Europa unificada em torno de um único poder (o anticristo) será como ver o Império Romano renascendo das cinzas, sob o César:

“A besta que você viu, era e já não é. Ela está para subir do abismo e caminha para a perdição. Os habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a criação do mundo, ficarão admirados quando virem a besta, porque ela era, agora não é, e entretanto virá (Apocalipse 17:8)

Mas e quanto aos dez chifres, citados tanto em Daniel como no Apocalipse? Eles obviamente devem estar relacionados a Roma de alguma forma, mas João diz que esses chifres ainda não constituíam reinos na sua época:

“Os dez chifres que você viu são dez reis que ainda não receberam reino, mas que por uma hora receberão autoridade como reis, juntamente com a besta” (Apocalipse 17:12)

João escreveu isso por volta de 95 d.C, que é a data de escrita do Apocalipse, de acordo com os Pais da Igreja (sobre isso, leia este artigo). Essa era justamente a época do auge do Império Romano, mas alguns séculos mais tarde as tribos bárbaras atacariam, invadiriam e conquistariam Roma, o que se deu oficialmente em 476 d.C, que é onde termina a Idade Antiga e começa a Idade Média. Embora houvesse pelo menos dezenove tribos bárbaras, apenas dez receberam reino, mais especificamente o reino romano que a profecia está tratando. Sobre isso, recomendo a leitura deste excelente artigo (em inglês), completamente embasado em fontes históricas sérias, em especial o Declínio e Queda do Império Romano, de Gibbon (a fonte mais autoritativa sobre o tema).

As outras tribos bárbaras ou não receberam reino, ou reinaram em regiões fora das delimitações do Império Romano, ou assumiram um reinado muito tempo depois, quando o Império Romano já tinha ido pro saco (veja este artigo sobre isso). Ou seja, considerando a linguagem profética de «reis = reinos», temos aqui João descrevendo os dez reinos que receberiam a autoridade de Roma, significando as dez tribos bárbaras que assumiram reino e que por sua vez constituíram a Europa, sendo elas:


Mas dessas dez, três foram exterminadas, sendo elas:

1. Germanos = Alemanha
2. Francos = França
3. Burgundos = Suíça
4. Suevos = Portugal
5. Anglo-saxões = Inglaterra
6. Lombardos = Itália
7. Visigodos = Espanha
8. Hérulos
9. Vândalos
10. Ostrogodos
Isso está profetizado em Daniel, quando escreve sobre o mesmo assunto:

“Enquanto eu estava refletindo nos chifres, vi um outro chifre, pequeno, que surgiu entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Esse chifre possuía olhos como os olhos de um homem e uma boca que falava com arrogância” (Daniel 7:8)

Agora só falta identificarmos quem é esse “outro chifre” mencionado no texto. Temos logo de cara duas pistas importantíssimas: primeiro, ele surge entre os outros dez, ou seja, ele é um poder europeu; segundo, ele é pequeno, o que aparentemente contrasta com a descrição de ser tão mais terrível e imponente que os outros chifres. Qual é esse poder europeu que, mesmo sendo pequeno em comparação aos demais, consegue ser tão devastador? Leiamos mais um pouco sobre ele:

Daniel 7
20 E também quis saber sobre os dez chifres da sua cabeça e sobre o outro chifre que surgiu para ocupar o lugar dos três chifres que caíram, o chifre que era maior do que os demais e que tinha olhos e uma boca que falava com arrogância.
21 Enquanto eu observava, esse chifre guerreava contra os santos e os derrotava,
22 até que o ancião veio e pronunciou a sentença a favor dos santos do Altíssimo, e chegou a hora de eles tomarem posse do reino.
23 "Ele me deu a seguinte explicação: ‘O quarto animal é um quarto reino que aparecerá na terra. Será diferente de todos os outros reinos e devorará a terra inteira, despedaçando-a e pisoteando-a.
24 Os dez chifres são dez reis que sairão desse reino. Depois deles um outro rei se levantará, e será diferente dos primeiros reis.
25 Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo’.
26 "Mas o tribunal o julgará, e o seu poder será tirado e totalmente destruído para sempre.

Observe que o verso 20 entra em uma aparente contradição com o verso 8, pois enquanto este diz que o chifre era “pequeno”, o verso 20 diz o contrário, ou seja, que é “maior que os demais”. Isso significa que em certo sentido ele será o menor de todos, e em outro sentido ele será maior que todos os outros. Lembre-se: estamos falando de um reino europeu, pois este reino surge entre os outros dez. Quem poderia ser? Você pode pensar sob qualquer perspectiva e criar qualquer hipótese, mas há um só que se encaixa como uma luva em todas as descrições: o papado.

Durante a Idade Média e Moderna o papado não foi apenas um “reino espiritual”, mas constituía um estado com autonomia interna e poder político considerável. De fato, os papas chegavam até mesmo a depor imperadores e reis, prerrogativa essa expressamente defendida pelo papa Gregório VII em seu modesto memorando intitulado Dictatus Papae (literalmente, “Ditadura do Papa”), onde define os princípios da teocracia pontifícia (1075):

III. Só ele pode absolver ou depor aos bispos.

VI. Com respeito aos que foram excomungados por ele, não se pode entre outras coisas habitar sob o mesmo teto.

XII. Lhe está permitido depor aos imperadores.

XVI. Nenhum sínodo geral pode ser convocado sem sua ordem.

XVII. Nenhum texto nem nenhum livro pode tomar um valor canônico à margem de sua autoridade.

XVIII. Sua sentença não deve ser reformada por ninguém e só ele pode reformar a sentença de todos os demais.

XIX. Não deve ser julgado por ninguém.

XXII. O pontífice romano, canonicamente ordenado, se faz duplamente santo, graças aos méritos do bem-aventurado Pedro.

(Fonte: LE GOFF, Jacques. La Baja Edad Media. Madrid: Siglo XXI, 1971, p. 82)

Não demorou muito para surgir os primeiros casos de confronto entre o papa e o imperador pela supremacia temporal, geralmente com a vitória do primeiro sobre o segundo. Wells escreve:

“Já nos referimos à grande luta entre Hildebrando (Gregório VII) e o imperador eleito Henrique IV, em torno da questão das investiduras. O imperador tentou depor o papa; o papa excomungou o imperador e desobrigou os seus súditos príncipes de obediência ao poder imperial. O imperador à vista disto foi forçado a ir penitenciar-se perante o papa, em Canossa (1077), onde, vestido de burel grosseiro e descalço na neve, esperou, no pátio do castelo, por três dias, o perdão” (WELLS, H. G. História Universal – Volume 4º. 5ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959, p. 149)

Nesta ocasião, Gregório VII decretou:

“Proíbo ao rei Henrique, o qual, por insensato orgulho, se lançou contra a Igreja, governar o reino da Alemanha e da Itália. E desligo a todos os cristãos do juramento que os unia a ele, e proíbo a todo o mundo que o reconheça como rei’” (DUCHÉ, Jean. Historia de la Humanidad II – El Fuego de Dios. Madrid: Ediciones Guadarrama, 1964, p. 365)

O que é mais curioso nisso tudo é que, enquanto o imperador Henrique governava diretamente todo o Sacro Império Romano-Germânico e mais boa parte da Itália e de outros estados, o papa em si governava diretamente uma pequena região, conhecida como os “Estados Pontifícios”, os quais os papas governaram entre 756 e 1870:


Observe o quão pequeno era o território papal em comparação aos outros reinos da época, e, mesmo assim, seu poder político conseguia se sobressair aos maiores imperadores e reis. Isso se dava principalmente em função do fato de que o papa, como líder espiritual além de político, podia desobrigar os súditos católicos de um rei de sua obediência a ele, causando crises internas e rebeliões civis que atemorizavam até o imperador mais grandioso, que, não sem razão, preferia se submeter ao papado mesmo possuindo um estado maior que o dele. Além disso, o papa podia incitar um rei católico para uma cruzada contra o magistrado “desobediente”, como fez com os albigenses do sul da França (em princípios do século XIII), resultando no massacre de 60 mil deles, e com a Inglaterra de Isabel no final do século XVI, incitando Filipe II da Espanha contra ela (ainda que sem sucesso, desta vez).

Em suma, o papado era um «chifre pequeno» quando consideramos o tamanho do seu estado em comparação aos demais (hoje, o Estado do Vaticano é literalmente o menor país do mundo), mas ao mesmo tempo era «maior do que os demais» na prática. Ou seja, o papado é o único poder que surgiu na Europa e que se enquadra perfeitamente na profecia, sendo ao mesmo tempo “pequeno” e “maior que os demais”. Nenhum outro estado europeu jamais foi tão pequeno em território ao mesmo tempo em que era tão grande em poder. Mas as “coincidências” não terminam aqui. O verso 8 diz que esse chifre «possuía olhos como os olhos de um homem» e «uma boca que falava com arrogância». É o único “chifre” do qual se diz essas coisas.

“Olhos como os de um homem” se refere ao fato de que o papado não subsiste primeiramente na figura de um estado em si, mas em um homem, o papa. O papado continuou existindo quando foi transferido a Avinhão, porque enquanto existir um homem (papa), existe o papado. “Falava com arrogância”, porque fez o que nenhum outro monarca europeu jamais fez: se colocou no lugar de Deus. O próprio termo “vigário” significa “substituto”, significando que o papa se coloca no lugar de Cristo, isso sem falar em todos os outros muitos termos arrogantes dos quais se arroga: bispo universal, bispo dos bispos, Sumo Pontífice, “chefe” da Igreja, etc. O atual catecismo católico afirma que «o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder».

O verso 21 diz que esse chifre «guerreava contra os santos e os derrotava», o que se encaixa perfeitamente com os massacres sistemáticos perpetrados pelo papado, seja na Noite de São Bartolomeu, ou no Massacre de Vassy, ou nos massacres de huguenotes e valdenses, ou no “Tribunal de Sangue”, ou na “Santa Inquisição”, ou na Guerra dos Trinta Anos, e a lista vai longe. Leia o meu livro sobre a Reforma para ter uma leve ideia do que estamos lidando. Nenhum reino individualmente se encaixa tão bem nessa descrição quanto o papado. Ademais, o verso 24 diz que esse chifre seria diferente dos outros chifres, porque enquanto os outros chifres eram um poder puramente político, este era um poder político-religioso.

Finalmente, o verso 25 diz que ele falaria contra o Altíssimo, mudaria os tempos e as leis, ou seja, perverteria as doutrinas bíblicas, o que só um poder espiritual é capaz de fazer, fortalecendo o fato de se tratar aqui ao mesmo tempo de uma força política e religiosa. O verso 26 complementa dizendo que ele será «tirado e totalmente destruído para sempre», que é exatamente a mesma linguagem usada no Apocalipse para se falar do destino da Babilônia (Ap 18) e da prostituta (Ap 17:16), que são na linguagem apocalíptica o que o “chifre pequeno” é na linguagem de Daniel. É por isso que a descrição do “chifre pequeno” de Daniel 7:20-26 é basicamente a mesma da “prostituta” de Apocalipse 17:1-6. Ou seja, João não deixa de mencionar o "chifre pequeno", tão importante em Daniel; apenas o menciona por outro nome.

É digno de nota que essa ruína da "prostituta" acontecerá justamente pelas mãos desses dez chifres unificados, quando “darão seu poder e sua autoridade à besta” (Ap 17:13), representando o ressurgimento do Império Romano. Em outras palavras, o papado será destruído na grande tribulação por esse poder europeu unificado governado pelo anticristo, como diz Apocalipse:

“A besta e os dez chifres que você viu odiarão a prostituta. Eles a levarão à ruína e a deixarão nua, comerão a sua carne e a destruirão com fogo, pois Deus colocou no coração deles o desejo de realizar o propósito que ele tem, levando-os a concordarem em dar à besta o poder que eles têm para reinar até que se cumpram as palavras de Deus” (Apocalipse 17:16-17)

É isso o que os comunistas sempre fizeram quando se estabeleceram no poder, destruindo todas as igrejas de qualquer religião, inclusive a católica. Que essa Europa unificada será um poder de cunho comunista, isso é facilmente provado a partir de Apocalipse 13:16-17, que mostra uma interferência estatal tão grande a ponto de controlar o que as pessoas podem comprar ou vender:

“Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:16-17)

Além disso, Paulo disse que o anticristo se oporia a tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração (2Ts 2:4), o que mostra que seu regime é de caráter essencialmente ateu, tal como foram todos os regimes comunistas do século XX (sobre isso, leia este artigo). Em resumo, podemos depreender deste estudo que:

Simbolismo
Significado
Quarto animal de Daniel / Besta do Apocalipse
Roma
Dez chifres da besta/animal
Dez reinos bárbaros que tomaram o Império Romano
Pés de barro da estátua
Reinos europeus fragmentados após a conquista do Império
Chifre pequeno em Daniel / Prostituta do Apocalipse
Papado
Cidade das sete colinas
Roma
Quatro “animais” de Daniel
Babilônia, Medo-Persas, Grécia e Roma
Sete “reis” do Apocalipse
Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persas, Grécia, Roma e Estados Unidos
Oitavo rei (que é um dos sete)
A volta do Império Romano (=União Europeia)
“Besta que há de vir”, cuja “ferida mortal” foi curada
A volta do Império Romano (=União Europeia)
Comunismo
Desgraça

E para efeitos práticos deste estudo, podemos presumir que:

• Dentro de pouco tempo (provavelmente bem antes que termine o século XXI) os Estados Unidos perderá a supremacia mundial para uma Europa unificada, que é a União Europeia atual em um formato futuro governado por um único homem com poder supremo (o anticristo, em um papel análogo ao que o César tinha na velha Roma) e com um único exército que imporá respeito e medo em todo o mundo, tal como o Império Romano em seu auge.

• Essa Europa unificada será vista como o “ressurgimento” do Império Romano, em cujo período de dominação mundial Daniel disse que Jesus voltaria.

• O sistema de governo a ser implementado por esse “novo Império Romano” será, senão o comunismo, ao menos algo muito similar a ele, com forte controle estatal e de cunho ateísta.

• O papado (o “chifre pequeno” em Daniel e a “prostituta” do Apocalipse), após um período de aliança com esse sistema representado na relação do “falso profeta” com a besta (Ap 19:20), será destruído por ele nesta ocasião, o que para Deus será uma forma de julgamento pelas atrocidades que o mesmo cometeu no passado.

• Os santos serão perseguidos e parcialmente derrotados, mas no final triunfarão com Cristo em Sua volta com poder e glória.

Há muito mais que podemos depreender a partir de Daniel 2 e 7 e de Apocalipse 13 e 17, mas para não tornar este artigo demasiadamente extenso (ainda mais do que já ficou), termino por aqui. Mas não sem antes dizer que estou disponibilizando este mesmo estudo em pdf, para quem quiser baixar para ler depois com mais calma ou compartilhar com os amigos. Para baixar, basta clicar aqui.

• Compartilhe este artigo nas redes:



Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,

- Siga-me no Facebook para estar por dentro das atualizações!


- Baixe e leia os meus livros clicando aqui.

- Acesse meu canal no YouTube clicando aqui.


ATENÇÃO: Sua colaboração é importante! Por isso, se você curtiu o artigo, nos ajude divulgando aos seus amigos e compartilhando em suas redes sociais (basta clicar nos ícones abaixo), e sinta-se à vontade para deixar um comentário no post, que aqui respondo a todos :)   

138 comentários:

  1. Pode não ser o Império Romana, mas é um fato que essa "União" tem causado muitos problemas para a Europa, principalmente para os membros mais pobres.

    ResponderExcluir
  2. Gostei de sua interpretação!(claro, tenhamos cuidado para não dogmátizar essa questão)

    Deus lhe ilumine!

    ResponderExcluir
  3. Agora, uma pergunta bem whatever: o Yago(aquele cara do Dois dedos de Teologia, calvo e, ao meu ver, um tanto gordinho) é calvinista? Pergunto isso pois eu vi um vídeo dele em que ele estava falando algo que flertar com a predestinação(link abaixo).

    https://youtu.be/1SmZ2ywGKuU

    Deus lhe ilumine!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ele é 200% calvinista (e mais um pouco). Eu me lembro de uma época em que metade dos vídeos dele eram só sobre isso, é uma ênfase do canal dele, embora ultimamente tenha abordado menos. Mas "gordinho" aí já discordo, se ele é considerado "gordo" então tá todo mundo lascado (incluindo eu), maldade demais isso... :/

      Excluir
    2. Se ele é calvinista, então... Espera! Em um vídeo que ele comentou sobre a morte de Stephen Hawkins, ele falou que Hawkins estava enfrentando o julgamento de Deus; ações que Deus predestinou ao próprio Hawkins???

      https://www.google.com/search?client=firefox-b-ab&tbm=isch&sa=1&ei=JKmWW46bJIacwgSbuZHAAQ&q=what+the+fuck+nigga&oq=what+the+fuck+nigga&gs_l=img.3...27884.39724.0.39965.19.16.0.3.3.0.247.2123.0j13j1.14.0....0...1c.1.64.img..2.10.1238...0j0i67k1j0i30k1j0i8i30k1.0.yp4NE6Swf5o#imgrc=e011DrYAGE-hDM:

      Excluir
    3. É por isso que acho a predestinação um absurdo teológico. Pois demonstra um Deus pior que o Diabo.

      Deus lhe ilumine!

      Excluir
  4. Banzolao parabéns! Estava ansioso por esse artigo, como comentei em seu post anterior e adorei o trabalho feito e todas as fontes citadas, diria que é o seu melhor artigo até o momento e como você disse o mais trabalhoso,apesar que já li outra interpretação teológica de que o rei que foi e ha de voltar seria o Império Turco Otomano,que foi um reino que assim como os anteriores conquistou Jerusalém, apesar de desconhecer se ele pode ser considerado uma potência econômica, mas considero que sim já que eles derrotaram o Imperio Romano do Oriente sepultando de vez os romanos e transformando Constantinopla em Istambul dando início a Idade Moderna, então há interpretações que asseguram que o Império Turco Otomano regressaria com Erdogan dando os primeiros passos para isso se tornando mais autoritário e perseguindo opositores já que a Turquia é um dos únicos estados muçulmanos laicos e democráticos,o que achas dessa interpretação a respeito do ImpImpé Turco Otomano?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É uma hipótese tentadora, mas não se encaixa na descrição dos "pés de barro" e dos "dez reis", e além disso acho muitíssimo pouco provável que a Turquia atinja o nível de supremacia econômica e militar necessária para voltar a ser considerada uma potência mundial acima de qualquer outra; veja o quanto eles estão abaixo dos EUA, Europa e China por exemplo, seria algo quase surreal e impensável. A Turquia não é hoje um dedinho do pé do que já foi o Império Otomano, é bem mais improvável pensar numa "ressurreição" deles do que da Europa, que já está quase lá.

      Excluir
  5. Excelente interpretação, mas a saída da Inglaterra (anglos) da União Européia interfere em algo?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Penso que não, porque a parte dos "dez reis" se refere aos dez reinos bárbaros que assumiram o reino que era antes do Império Romano, e não a respeito de algum evento do século XXI. Além disso é possível que até a grande tribulação a Inglaterra volte à União Europeia, da mesma forma que saiu. Isso sem falar na possibilidade da Inglaterra ser conquistada e incorporada ao "novo Império Romano" e seu imenso exército futuramente (e neste caso voltar contra a sua própria vontade).

      Excluir
    2. Seria uma catástrofe a Inglaterra envolvida nisso.... Um país que tão bem fez ao cristianismo com missionários, mártires... Não posso nem acreditar.

      Excluir
    3. A biblia diz qur havera uma Grande Apostasia antes do fim, ou seja muitos cristãos e até nações que foram muito importantes para o cristianismo irão infelizmente sucumbir ao ateismo, ao mundo, ou até mesmos as mentiras dos falsos profetas, e portanto muitos cristãos apostatas poderão apoiar o governo do anticristo, o que pode incluir a inglaterra que em seu passado foi importante para o cristianismo, mas pode deixar de ser no futuro.

      Excluir
    4. Se for ver a tendência da Europa como um todo, é exatamente essa: a apostasia. Eu inclusive diria que a "grande apostasia" da qual Paulo falou que viria no fim dos tempos já está ocorrendo há um bom tempo, nunca antes se viu tantos ateus na Europa como hoje (sem falar de tão poucos religiosos na prática).

      Excluir
  6. Banzolao em relação do trecho da besta ferida de morte e todos se maravilharem quando ela volta não achas que pode se referir ao próprio ahtixrisro que levaria um tiro ou seria atacado mortalmente e morreria e ressuscitaria para imitar Jesus já que ele sempre quis ser igual a Deus e com ele ressuscitando todos o adorariam como Deus

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não acho, porque a besta é o reino em si e não uma pessoa. Ou seja, embora na cultura popular o anticristo seja o mesmo que a besta, na verdade o anticristo é quem lidera o império que na profecia é chamado de "besta". Então se trata da "ressurreição" do império em si, e não de uma pessoa em particular, o que seria bastante reducionista.

      Excluir
  7. Lucas, a Inglaterra não pode ter sido este reino que durou pouco tempo (pois tiveram supremacia no seculo xix)? Os EUA nesse caso seria o oitavo rei. Não podemos esquecer tambem da China, que já é um grande poder e tem potencial para se tornar a nação mais poderosa da terra.
    Penso que para a UE ser soberana no mundo não basta ela se fortalecer, também é necessário que: China entre em estagnação, Rússia e EUA decaiam. No caso da Russia suspeito que já é uma realidade, os russos são mais blefe que qualquer outra coisa, a China tem grandes chances de estagnar pois o desafio de desenvolver um país tão grande e populoso é imenso. Mas e os EUA? Só vejo uma possibilidade de queda: imigração, infelizmente essa incrível nação tem virado as costas a Deus e por isso o SENHOR permite a entrada desenfreada de imigrantes em que uma grande parte tem mentalidade contrária de um país capitalista/desenvolvido, avessos ao trabalho e a ordem, dados a violência e corruptos, e a maioria deles vem da catolica América Latina... No entanto, a Europa tem este mesmo problema principalmente com os muçulmanos.
    Isso me faz crer que o Império do Anticristo (a besta) será um grupo de nações/blocos que serão regidos pelo sistema da esquerda/comunismo/progressismo , seus dominadores a UE incluído a Turquia, os EUA e a China, todos regidos pelo pensamento Ocidental, o qual, sabemos, é
    o Império Romano 2.0

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. "Lucas, a Inglaterra não pode ter sido este reino que durou pouco tempo (pois tiveram supremacia no seculo xix)?"

      Não penso que ela tenha chegado ao nível que os Estados Unidos chegou (a ponto de ser maior que a Europa inteira, por exemplo, e responsável por quase a metade da economia mundial). Ela era a maior da Europa sim, sem dúvidas, mas não neste patamar.

      "Os EUA nesse caso seria o oitavo rei"

      Não dá, porque o oitavo rei é "um dos sete", então teria que ser um dos outros e não um novo.

      "Não podemos esquecer tambem da China, que já é um grande poder e tem potencial para se tornar a nação mais poderosa da terra"

      Potencial ela sempre teve, mas nunca foi. Atualmente ela tem 10 milhões de PIB, contra 16 da UE e 17 dos EUA. Além disso a população dela não cresce mais tanto como antigamente por causa do controle de natalidade, e o fato de ser governado por um Partido Comunista também emperra esse desenvolvimento, então não creio que chegará a ultrapassar a Europa não. Vale ressaltar que a China, diferente da Europa, é extremamente pobre em grande parte, não há nenhum país com tantos miseráveis como a China, a realidade não faz jus aos números, por isso no ranking de PIB per capita ela está entre a posição 72 e 83 dependendo do ranking que se usa, nunca melhor que isso. Um país com tanta pobreza e que só consegue ser grande por causa do número de pessoas não consegue se sustentar por muito tempo em nenhuma guerra de larga escala, por isso mesmo eles perdiam as guerras pro Japão nos séculos passados, mesmo com o Japão sendo tão menor que eles.

      Quanto à Rússia, os dados econômicos e militares dela são ridículos em comparado aos EUA e à UE, a única coisa que chega a ser surpreendente nessa previsão é a queda dos EUA.

      Excluir
    2. Banzolao e acreditas que a queda dos EUA se dará por principalmente receber muitos imigrantes latinos pobres que não se adequarao a cuktjra protestante liberal conservadora do país? Não sei se apenas uma intensa imkgraxao de pobres com mentalidade atrasada destrói um país, no passado receberam milhões de italianos e irlandeses miseráveis e católicos e isso ao contrário decprejudixar só fortaleceu o país, trouxe mão de obra e muitos irlandeses como os Kennedy prosperaram e italianos também, e a Europa também recebe muitos imkgrantes muçulmanos pobres que estão bem longe de ter uma mentalidade liberal empreendedora

      Excluir
    3. Axho mais provável que essa decadência se de atraves de um governo democrata bem desastroso, ao estilo do petismo no Brasil, muitíssimo corrupto e intervencionista aoaextremo na economia, acho que os latinos poden ser responsáveis indiretos por majoritariamente votarem nos democratas,mas você acha que os EUA serão uma nação pobre de terceiro mundo? Ou apenas deixarao de ser potência econômica mas continuarão ricos

      Excluir
    4. "Nação pobre de terceiro mundo" não, apenas deixarão de ser a maior potência mundial.

      Excluir
  8. A besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha para a perdição”
    Não entendi, se Joao diz que a Besta era e naquele tempo não era mais, como poderia ser então Roma que estava em pleno vigor e no auge no seu tempo? Não pensas que a Babilônia se encaixa melhor, sendo hoje representada pela Igreja Católica?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso eu expliquei no outro artigo. O "agora" é um acréscimo. O texto grego traz:

      “και (e) το (a) θηριον (besta) ο (que) ην (era) και (e) ουκ (não) εστιν (é) και (é) αυτος (ele mesmo) ογδοος (o oitavo)”

      O verso então pode ser simplesmente traduzido como:

      “E a besta que era, e não é, é ela mesma o oitavo...”

      Ou seja, João não estava falando em termos temporais (i.e, se a besta existia ou não na época dele), mas sim que esta besta é aquela mesma que “era e não é”, fazendo alusão àquilo que ele já havia dito em 13:3, o texto que diz que a besta teve uma ferida de morte (“e não é”), mas que foi curada. Em outras palavras, ele não estava dizendo que a besta existia há um tempo remoto antes dele, depois deixou de existir no tempo dele e voltaria a existir no futuro, mas sim que a besta era aquela mesma que tinha “morrido” e “revivido” em sua visão profética do capítulo 13.

      Excluir
  9. Muito bom amigo Lucas. Vejo que você é um cara macho, muito macho! Homem temente a Deus. Varão guerreiro, um monstro da fé, Banzomonstro!

    ResponderExcluir
  10. Fala, meu irmão! Qual tua interpretação de Apocalipse 10? Um abração!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E aí, tudo bem? Na verdade eu não vejo nada de "polêmico" nesse capítulo, me parece apenas um anúncio das coisas que estavam por vir. O livrinho "amargo no estômago mas doce como o mel na boca" simboliza o fato de que esse sistema da besta terá uma aparência agradável de piedade e justiça, mas que seu conteúdo de fato será venenoso e cruel. Mas aquilo que os trovões falaram e que não foi escrito, eu não faço a menor ideia. Abs!

      Excluir
    2. "Mas aquilo que os trovões falaram e que não foi escrito, eu não faço a menor ideia"

      Vamos perguntar aos católicos. Talvez a "tradição" deles saiba rsrsrs.

      Excluir
    3. Deve ter chegado por tradição oral aos ouvidos de algum papa, resta-nos saber qual.

      Excluir
    4. Você vê alguma relação de Apocalipse 10:5-8 com Daniel 12:4-10?

      Um abração!

      Excluir
    5. Que legal!

      Eu tenho uma compreensão que o livrinho aberto de Apocalipse 10 é o livro de Daniel que deveria ser compreendido e pregado no Tempo do Fim, visto que o que ele sofreu em Babilônia é o mesmo que se repetirá conosco em relação à Babilônia mística... A própria "imagem da besta" é uma lembrança do episódio da "imagem" de Nabucodonosor.


      Você tem esse mesmo pensamento sobre isso?

      Excluir
  11. Interessante, esse seu artigo. Show de bola :)

    ResponderExcluir
  12. A tua interpretação faz muito sentido. E sobre aquela interpretação de que o Anticristo será o messias das principais religiões mundiais, se o Anticristo for comunista ou tiver uma ideologia semelhante ele provavelmente será ateu e fará de tudo para acabar com as religiões, principalmente o cristianismo, então não é possível que ele seja o messias de alguma religião. Logo a interpretação que diz que ele será o messias das principais religiões mundiais está errada.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mas Paulo diz em 2 Tessalocinenses que ele irá sentar no trono de Deus em Jerusalém para parecer Deus entao o Templo de Jerusalém sers reconstruido, segundo li ja há esforços nessa direção, ele pode até ser ateu, mas para ppder substituir Deus, esse sempre foi o sonho de Satanás, então provavelmente ele terá sangue judaico e será sim adorado como um Messias por muitos judeus, já que Yeshua é o verdadeiro Messias e ele quer ocupar o lugar de Nosso Senhor

      Excluir
    2. É importante diferenciarmos as "duas fases" do anticristo: a que ele falará "como um cordeiro" (um "democrata" que quer a "paz mundial" e tudo mais), e a que ele irá se revelar como um "anticristo" propriamente dito, perseguir e assassinar pessoas, enfim, mostrar a sua verdadeira face. Não à toa muitos teólogos fazem diferenciação entre as duas fases da tribulação; os primeiros três anos e meio são de relativa paz, e depois disso vem a "grande" tribulação, que são os últimos três anos e meio onde o bicho pega. Ao meu ver as duas coisas que você falou são verdadeiras, cada qual para uma fase da tribulação: primeiro o anticristo irá fazer média com todo mundo e assim ser identificado como o "Messias" de cada religião, e depois que conseguir chegar onde quer irá se revelar como de fato é, e impor um regime ateísta até onde estiver a seu alcance. Por essa ótica, não serão apenas os judeus que serão "traídos" por ele.

      Excluir
  13. Caracas Lucas um dos seus melhores artigos sobre escatologia, parabéns. Eu vou reler ele para ver se não deixou escapar nada, mas voltando ao foco ele ficou muito bom. E além disso eu tenho uma Pergunta, por acaso O anticristo irá reinar em Israel quando o templo de Jerusalém for reconstruído? Por acaso Israel na época da Falsa Paz e da Grande tribulação, fará parte do Império Romano "revivido"?

    Outra pergurta, vc acha que eu, vc e todos os outros Cristãos estaremos aqui na Grande Tribulação? Ou seja, vc acha que o Séc XXI é um "Século Limite" para a aparição do anticristo?

    Outra Pergunta, Quem vc acha que tem a possibilidade de ser o anticristo no momento em que vivemos agr?

    Mais uma, (eita que eu gosto de perguntar ein rsrsrsrs) por acaso vc acha que o Papa Francisco tem a possibilidade de ser o Falso Profeta do fim dos tempos, ou acha que vai ser outro Papa?


    É só isso meu amigo que ia perguntar, e só para ressaltar, escatologia é meu tema favorito em toda Teologia Bíblica, qual é o seu?

    Graça e Paz.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu!

      Sobre se o anticristo vai reinar no templo de Jerusalém reconstruído, isso com certeza. Se Israel fará parte do "novo Império Romano", eu penso que não diretamente, mas certamente irá exercer sua influência e dominação sobre outros territórios, tal como o antigo Império Romano, o que deve incluir Israel, caso contrário nem faria sentido o anticristo ser coroado ali.

      Sobre se estaremos aqui na grande tribulação, eu não sei se nós pessoalmente, mas os cristãos que estarão vivos com certeza passarão pela grande tribulação, como escrevo em meu livro "A Igreja na Grande Tribulação". E de fato penso que o século XXI é um "século limite", já há tecnologia para tudo o que o anticristo fará na grande tribulação, apenas falta o cenário terminar de ser completamente montado, isso não deve levar um século, talvez algumas décadas. Mas claro, não podemos dogmatizar a este respeito.

      Sobre quem poderia ser o anticristo se ele estivesse (ou estiver) vivo hoje, o Macron com certeza é um nome forte, assim como o genro do Trump, e alguns apontam nomes da Família Real britânica, mas aí eu já penso ser um pouco mais improvável. Mas se eu tivesse que apostar, eu não apostaria em nenhum deles, mas em alguém que surgirá futuramente.

      Sobre o papa Francisco ser o falso profeta do Apocalipse, isso dependeria dele ser o último. Embora a profecia de São Malaquias diga que sim, ele já está bem velho e eu acho improvável que sobreviva até que os eventos da grande tribulação tenham início, já que eu não penso que aconteça tão cedo assim. Neste caso poderá ser algum sucessor dele.

      Sobre meu tema favorito na teologia, é a imortalidade da alma, se bem que ela também está diretamente envolvida com escatologia, pois também aborda os eventos finais.

      Abs!

      Excluir
  14. Tenho ainda mais algumas perguntas l
    Lucas.

    1) Vc acha que haverá uma terceira guerra mundial como pretexto para a instalação da Nova Ordem Mundial (Governo da Besta)?

    2) Vc acha que o Império Romano "revivido", se estenderá até as Américas? Pois as Américas nada mais são do que extensões dos países europeus que nós colonizaram.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. 1) É provável.

      2) É o mesmo caso de Israel que abordei em minha outra resposta; não diretamente como no caso da Europa em si, mas em termos de zona de influência e dominação, sim.

      Excluir
  15. Lucas, vc acha que o Rei do Norte descrito em Daniel 11 e o Rei do Sul participarão desses eventos finais?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A profecia ali diz respeito aos eventos que se seguiriam nos séculos seguintes (como mostro no artigo abaixo), mas ao mesmo tempo fazem uma alusão aos eventos finais, já que fala do "sacrilégio terrível" que se deu em 168 a.C, por Antíoco Epifânio, mas que Jesus disse que ocorreria futuramente. Ou seja, os eventos que ali se cumpriram de forma mais literal são uma tipologia do que voltará a ocorrer no final dos tempos.

      http://ateismorefutado.blogspot.com/2015/04/profecias-biblicas-que-se-cumpriram.html

      Excluir
  16. Caracas, isso tudo que vc escreveu faz o maior dos sentidos, em todos os aspectos abordado, parabéns aliás por mais um ótimo artigo e de cunho investigativo, to amando.
    Voltando ao assunto principal, a parte que vc falou sobre os EUA, do papado e então do regime comunista veio uma luz sobre a direção em que o mundo está caminhado, como académica de Relações Internacionais eu acabo que tendo que acompanhar os desdobramentos da política internacional e percebo os pedidos cada vez maior pelo fim das soberanias estatais e por um poder supranacional transvestido de globalismo (agenda esquerdista, e infelizmente falo com propriedade pq vivo cercada deles já que o ambiente acadêmico em que estou é totalmente de esquerda, eca ).
    Tudo corrobora, é incrivel.
    Engraçado é que todos apostam na China como a próxima grande potência hegemônica e supremacista para destronar os Estados Unidos.
    Aliás, qual na sua analise sobre o papel da China, país de ideário comunista e abertamente ateia e o da ONU que nitidamente é um órgão de esquerda que tem pretenções hegemônicas neste contexto para o surgimento do próximo império e da chegada do anticristo?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exato, inclusive a ONU e o próprio papa Bento XVI já se pronunciaram a favor da criação de uma "autoridade política mundial", exatamente como o anticristo que a Bíblia descreve. Saiu até no Jornal Nacional (ignore a parte do vídeo que fala dos "sete papas"):

      https://www.youtube.com/watch?v=S8qi3bs-fK0

      Sobre a China, eu comentei mais acima numa outra resposta, eu não creio que a China se tornará a grande potência hegemônica apesar de muitos pensarem assim. Atualmente ela tem 10 milhões de PIB, contra 16 da UE e 17 dos EUA. Além disso a população dela não cresce mais tanto como antigamente por causa do controle de natalidade, e o fato de ser governado por um Partido Comunista também emperra esse desenvolvimento, então não creio que chegará a ultrapassar a Europa não. Vale ressaltar que a China, diferente da Europa, é extremamente pobre em grande parte, não há nenhum país com tantos miseráveis como a China, a realidade não faz jus aos números, por isso no ranking de PIB per capita ela está entre a posição 72 e 83 dependendo do ranking que se usa, nunca melhor que isso. Um país com tanta pobreza e que só consegue ser grande por causa do número de pessoas não consegue se sustentar por muito tempo em nenhuma guerra de larga escala, por isso mesmo eles perdiam as guerras pro Japão nos séculos passados, mesmo com o Japão sendo tão menor que eles.

      Mas com certeza, tanto a China como a ONU apoiarão a "Nova Ordem Mundial", e de fato já a estão criando à sua maneira.

      Abs!

      Excluir
    2. Interessante pq seu artigo trouxe muito mais informações a respeito da política internacional mesmo sob essa perspectiva teologica do que muitos escritos q tenho visto por aí. Essa da UE é até novidade para mim, aliás vc me deu uma ótima ideia sobre tema para meu tcc. :D

      Excluir
    3. Só não vai dizer no seu tcc que a União Europeia é a besta do Apocalipse senão os seus professores esquerdistas vão dar zero rsrs

      Excluir
    4. Kkkkkk, não não, mas é tentadora a ideia, rs

      Excluir
  17. Banzoli, tenha em mente uma coisa: Sai tudo do quarto animal, que é o Imperio Romano.

    Veja os animais em Daniel

    ResponderExcluir
  18. Banzolão, o que você diz sobre a atitude de Bart Ehrman em levar o estudo da crítica histórica e as problemáticas sobre a preservação do Novo Testamento para as pessoas leigas? Como ele deixa bem claro nos livros dele, ele está escrevendo para pessoas que não entende nada do assunto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sabemos que a intenção dele não é das melhores (ele é declaradamente um agnóstico que não crê na Bíblia), mas pelo menos através dele as pessoas passaram a se interessar mais neste assunto, além de nos fazer conhecer gente que refuta Ehrman com maestria, como o Daniel Wallace.

      Excluir
    2. Falando em Daniel Wallace, cadê o fragmento de manuscrito do evangelho de Marcos datado do primeiro século,que ele menciona no debate entre eles? Já pesquisei sobre esse manuscrito e não achei nada. E você?

      Excluir
    3. Veja aqui:

      http://adcummulus.blogspot.com/2018/06/sobre-aquele-manuscrito-do-evangelho-de.html

      Excluir
    4. Ah, cara. Que decepção! Não é do 1º século, mas do 2º. Eu tava tão animado, pensando que era mesmo do 1º século. O Daniel Wallace se enganou. Achei isso aqui, onde o Bart Ehrman também fala sobre ele.

      https://ehrmanblog.org/what-the-new-fragment-of-marks-gospel-looks-like-the-so-called-first-century-mark/

      Excluir
    5. Mas mesmo sendo do II, ainda assim é o mais antigo fragmento já encontrado de Marcos.

      Excluir
  19. Saiu o novo vídeo do Dois Dedos de Teologia chamado "Por que não sou olavete" em resposta ao astrólogo da Virgínia, Faraó de Pinheiros, o véio gagá, nosso amigo Orvalho de Cavalo...

    Desculpa, Lucas...

    C A R A A A A A A A A A A A A A A L H ....

    Meu Deus, que balde de água fria, que humilhação, que 7x1, que estupro!!! O Yago botou o astrólogo no colo, deu tapa, puxão de cabelo e chamou de minha p#ta. Sério mesmo, acho que esse vídeo terá um upload em site pornô. Incrível como o vídeo foi feito em tom sério mas eu não parava de rir! É óbvio que o astrólogo não vai assistir e se assistir não vai responder. No máximo vai soltar aqueles xingamentos os quais já devem ter dado calo na língua dele de tanto que ele fala. Não me lembro a última vez que me senti tão pleno e vingado.... (*-*)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na verdade eu achei isso muito feio, o Yago deveria ser processado por isso. Não se pode espancar alguém assim publicamente, muito menos um idoso decrépito, um velho senil com sintomas de enfermidade mental. Muito feio isso, não esperava tal coisa por parte do Yago, agora tem até olavete dizendo que "Olavo não tem razão", veja só se pode uma coisa dessas...

      Excluir
    2. Lucas nesse vide-o eu achei o seguinte comentário de um PROTESTANTE:

      "COMO PRESBITERIANO, RESPONDO O SEGUINTE:
      Os primeiros 5 minutos do vídeo são praticamente para fazer a distinção do grego clássico pro koiné. Justo. Só que o Yago não retoma o assunto para mostrar aonde o grego clássico prejudicou a tradução utilizada por Olavo ou seu argumento principal. Então a tradução do Olavo está correta, certo?
      Segundo o Yago, a recomendação para ler as escrituras, se feita pelo Cristo, seria um anacronismo, mas depois o próprio Yago cita as recomendações de Paulo para leitura do livro “a ser fechado no futuro”. Ora, se Paulo faz essa recomendação de forma anacrônica, o próprio Cristo poderia tê-lo feito. Aliás, o Olavo diz que “Ele”, Cristo, não recomenda a leitura do livro. Não diz que a bíblia ou os apóstolos não recomendam, então essa parte da refutação do Yago não procede.
      O Yago argumenta que a salvação não vem do livro na visão protestante, aí eu pergunto: onde Olavo disse que essa é a crença protestante? Em lugar algum. O que Olavo disse é que a leitura do livro não pode ser o rito central da experiência religiosa como é na igreja protestante. Aliás, o Yago faz questão de desmentir que a palavra é central no culto cristão (apesar de em várias igrejas protestantes reformadas isso ficar claro). Neste ponto, concordo com Yago de que a doutrina católica e protestante sobre a salvação é distinta e que Olavo fala como católico, mas não se trata de refutação ao texto, como ele mesmo reconhece.
      Dizer “nem mesmo um retardado mental” não é falta de educação, mas uma afirmação literal de que confundir a ordenança de Cristo, que é simples e direta, seria um erro até para alguém com baixa cognição de tão elementar.
      O Yago não arrisca refutar a transubstanciação, apenas diz que “não necessariamente o pão é o corpo...”. Isso é hilário: o argumento central do texto do Olavo, o Yago não refuta, apenas põe em dúvida. Depois ainda confirma que Lutero pensava igual a igreja católica e que Calvino pensava de forma parecida a respeito do significado da ceia. Ou seja, nós presbiterianos estamos mais próximos do Olavo do que do Yago (que é batista) naquele que é o argumento central do texto: a ceia como experiência transcendente, não apenas como sinal.
      Creio que o Olavo se refira a Lutero e Calvino como pais da reforma protestante; não que a negação da transubstanciação era ideia originaria deles, mas do movimento que eles inauguraram. De qualquer forma, a contestação do Tago cabe aqui.
      Conclusão: o Yago faz um vídeo para refutar o texto do Olavo, mas acaba refutando católicos e presbiterianos como batista que é. E vocês achando que só o Olavo faz teologia tendenciado pela sua própria experiência denominacional."

      Oq vc Responderia para ele?

      https://www.youtube.com/watch?v=ZVj6efeGYKA&lc=UgymJ2Krn5vhDZivLNt4AaABAg

      Excluir
    3. "Concordo com você, não há transubstanciação. Por isso sou protestante! Mas quando falei da ideia central, falei da ceia ser uma experiência espiritual, não apenas um sinal, como os batistas (e o Yago) acreditam. É nisso que eu como presbiteriano acredito: que a ceia seja um rito sobrenatural aonde céu e terra se conectam na pessoa de Cristo. Essa é uma ideia central no texto do Olavo, mesmo numa perspectiva católica, de que o misticismo da ceia permanece. Isso é tão importante que, mesmo não concordando com a teologia católica do Olavo, entendo sua preocupação em que sacramento tão santo seja substituído por um intelectualismo teológico biblista. Infelizmente, o Yago nem apresenta argumentos contra a transubstanciação nem defende-se da acusação de que os evangélicos reduzem a ceia a simples memorial, porque ele como batista crê nisso. Portanto, eu como presbiteriano não concordo nem com Olavo nem com Yago, e se Olavo pelo menos fundamentou seu ponto de vista católico, Yago não soube defender seu ponto de vista batista. Então, meu amigo, do ponto de vista retórico, nessa ainda fico com Olavo."

      Excluir
    4. Eu já até suspeito quem seja o autor dessas “refutações”, deve ser o mesmo retardado que veio me atacar no meu fb por causa do meu artigo (um doente com uma bandeira do Brasil Império como perfil), a quem eu tive o prazer de bloquear após presenciar o nível surreal de burrice e desonestidade que as mentes enfermas que seguem esse cara são capazes de chegar para salvar a pele do mestre. Vamos lá:

      “Os primeiros 5 minutos do vídeo são praticamente para fazer a distinção do grego clássico pro koiné. Justo. Só que o Yago não retoma o assunto para mostrar aonde o grego clássico prejudicou a tradução utilizada por Olavo ou seu argumento principal. Então a tradução do Olavo está correta, certo?”

      Mais adiante no vídeo ele mostra uma transliteração errada de dois termos gregos que o Olavo cita no texto. Não altera o argumento central, mas o que o Yago fez foi mostrar que o conhecimento de grego clássico que Olavo supostamente possui é virtualmente inútil para o entendimento do grego koiné do Novo Testamento; ou seja, Olavo apela a um argumento de autoridade baseado em uma nulidade.

      “Aliás, o Olavo diz que “Ele”, Cristo, não recomenda a leitura do livro. Não diz que a bíblia ou os apóstolos não recomendam, então essa parte da refutação do Yago não procede”

      Quanta pilantragem, Deus do céu. Qual a utilidade ou finalidade de se usar COMO ARGUMENTO a mentira já refutada de que Jesus “não recomendou a leitura da Bíblia”, se ele supostamente “já sabia” que os outros escritores bíblicos o fizeram? É a mesma coisa que os militantes LGBT quando citam como argumento em seu favor o fato de Jesus nunca ter condenado a prática homossexual, mesmo com Paulo e outros autores bíblicos tendo feito isso expressamente. Em ambos os casos, é um argumento de picaretas, feito para enganar otários com pouco ou nenhum conhecimento bíblico.

      “O Yago argumenta que a salvação não vem do livro na visão protestante, aí eu pergunto: onde Olavo disse que essa é a crença protestante? Em lugar algum”

      Quanta desonestidade, será que esse cidadão não leu ao menos o título do artigo do cara? “Quatro razões PARA NÃO SER PROTESTANTE”, qual sentido há em se citar como argumento algo que não refuta nada da crença protestante e sequer tem tal pretensão? No próprio argumento em si já está pressuposto que ele está atacando a crença protestante, que é o objetivo dele no artigo. Não faz sentido nenhum ele usar como argumento em um artigo contra o protestantismo algo que não tem nada a ver com a crença protestante, a não ser que ele seja um retardado mental cujo nível de demência é tão gritante que decide usar argumentos inúteis mesmo SABENDO que não está refutando nada do ponto de vista contrário.

      O cara faz um texto para “refutar” o protestantismo, enche de argumentos imbecis e espantalhos que nenhum protestante do planeta crê, e depois vem com essa desculpa esfarrapada de salafrário se escudando no fato de não ter dito ipsis litteris que aquela era a crença protestante, mesmo com isso estando obviamente pressuposto por todo o contexto. Daqui a pouco eles vão dizer que o Olavo estava na verdade refutando os espíritas ou os macumbeiros em vez de protestantes. Isso é para você ver até que nível seus seguidores são capazes de chegar para salvar a pele do mestre gagá quando percebem suas fraudes, começam a inventar desculpas das mais ridículas para não admitir que o velho é mesmo um mentiroso safado.

      Excluir
    5. “O que Olavo disse é que a leitura do livro não pode ser o rito central da experiência religiosa como é na igreja protestante. Aliás, o Yago faz questão de desmentir que a palavra é central no culto cristão (apesar de em várias igrejas protestantes reformadas isso ficar claro). Neste ponto, concordo com Yago de que a doutrina católica e protestante sobre a salvação é distinta e que Olavo fala como católico, mas não se trata de refutação ao texto, como ele mesmo reconhece”

      Mais uma vez ele distorce bisonhamente a refutação do Yago, ele jamais disse que a leitura da Bíblia não é importante ou central no culto protestante mas sim que a leitura da Bíblia “per se” não salva ninguém, como o velho insinuou que cremos em seu artigo infame.

      “Dizer “nem mesmo um retardado mental” não é falta de educação, mas uma afirmação literal de que confundir a ordenança de Cristo, que é simples e direta, seria um erro até para alguém com baixa cognição de tão elementar”

      Foi bom ele ter esclarecido isso, porque assim eu não sinto peso na consciência em chamá-lo de retardado mental pelas mesmas razões óbvias.

      “O Yago não arrisca refutar a transubstanciação, apenas diz que “não necessariamente o pão é o corpo...”. Isso é hilário: o argumento central do texto do Olavo, o Yago não refuta, apenas põe em dúvida”

      E desde quando o objetivo do vídeo era “refutar a transubstanciação”? O objetivo era refutar as groselhas que o velho pilantra disse, e o Yago refutou linha por linha, assim como eu fiz, inclusive nos textos que foram citados em favor da transubstanciação. Ele só não foi mais a fundo na questão como eu fiz no meu texto, mas a rigor isso não era necessário, já que se trata de uma refutação simples a declarações específicas de um texto curto, e não de um tratado contra a transubstanciação. Ele provou que os argumentos do Olavo são todos inconsistentes e que não provam porcaria nenhuma do que pretendem, isso já é mais que o suficiente.

      “Depois ainda confirma que Lutero pensava igual a igreja católica e que Calvino pensava de forma parecida a respeito do significado da ceia”

      Meu Deus, é simplesmente inacreditável o nível de distorção aqui, o sujeitinho literalmente não entendeu bulhufas do que o Yago disse, além de provavelmente jamais ter lido um livro de teologia protestante na vida. Lutero não “pensava igual” a Igreja Católica, ele cria em consubstanciação e não em transubstanciação. E Calvino não pensava “de forma parecida”, porque sua crença na presença ESPIRITUAL é monstruosamente distinta da aberração católica na transubstanciação eucarística, que faz da Ceia literalmente um ato de canibalismo. A visão de Calvino está muito mais próxima do memorialismo dos batistas do que da transubstanciação católica se formos comparar, tanto é que ele não arrumou polêmica com os zwinglianos em seus dias, mas pelo jeito esse olavete que se diz “presbiteriano” não conhece nem mesmo a própria doutrina presbiteriana.

      Excluir
    6. “Creio que o Olavo se refira a Lutero e Calvino como pais da reforma protestante; não que a negação da transubstanciação era ideia originaria deles, mas do movimento que eles inauguraram. De qualquer forma, a contestação do Tago cabe aqui”

      Mais um salto mortal carpado para tentar salvar a pele do astrólogo; infelizmente para ele, Olavo não disse apenas que Lutero e Calvino eram “pais da reforma protestante”, ele disse EXPRESSAMENTE que Lutero cria que a ceia era “um simples memorial”, o que é MENTIRA pura e simples, acabou. Será tão difícil assim reconhecer que o véio mentiu? Para os seus seguidores fanáticos e bitolados, é uma missão impossível, pois sofreram uma carga de lavagem cerebral tão pesada dentro da seita que são incapazes até mesmo de cogitar a mera possibilidade de Olavo não ser um mestre infalível. É coisa que beira a patologia mesmo. Eles simplesmente NÃO PODEM aceitar que o cara errou, mesmo quando o erro está tão óbvio quanto dizer que 2+2=5009.

      “Conclusão: o Yago faz um vídeo para refutar o texto do Olavo, mas acaba refutando católicos e presbiterianos como batista que é. E vocês achando que só o Olavo faz teologia tendenciado pela sua própria experiência denominacional”

      Qual o problema do Yago defender o ponto de vista que ele possui? Agora o cara é obrigado a defender o que ele discorda só para fazer média com presbiteriano olavete fanático? Fala sério. Eu acho que ao invés de “Curso Online de Filosofia” esse cara deveria mudar o nome para “Como se tornar burro e ainda gastar dinheiro nisso”.

      Excluir
  20. As vezes acho que o yago não tem amor a vida
    https://youtu.be/ZVj6efeGYKA

    ResponderExcluir
  21. Lucas. Teriam como você me recomendar livros bons acerca do aniquilacionismo. Livros clássicos, de jonh stott. E outros autores famosos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Há poucos livros escritos exclusivamente sobre isso para qualquer dos dois lados. Os melhores e mais conhecidos em favor do aniquilacionismo são o do Samuelle Bacchiocchi ("Imortalidade ou Ressurreição"), o do Oscar Cullmann ("Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos Mortos?") e é claro o meu ("A Lenda da Imortalidade da Alma"), que eu pretendo reescrever e ampliar ano que vem. Há outros muitos bons materiais sobre isso em artigos e vídeos, que eu recomendei na parte final deste artigo:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/05/para-entender-o-aniquilacionismo-de.html

      O livro em que o Stott aborda o tema, em parceria com o David Edwards, é o "Evangelical Essentials: A Liberal-Evangelical Dialogue". Eu não o incluí acima porque não o li ainda, mas vindo do Stott, suponho que seja bom. Outro livro de um renomado autor que aderiu ao mortalismo é o “The Case for Conditional Immortality”, de John Wenham. O "The Conditionalist faith of Our fathers" (um trabalho exaustivo, dividido em vários volumes), de Le Roy Edwin Froom, é em parte o responsável pelo meu livro "Os Pais da Igreja contra a Imortalidade da Alma".

      Excluir
  22. Gostei muito desse texto, sempre li que as profecias do Apocalipse já tinham se realizado e que Nero era o anticristo. Mudando de assunto, terminei de ler seu livro sobre calvinismo e arminianismo, consegui esclarecer quase todas as minhas dúvidas sobre o assunto, a única que restou foi em relação a hebreus 6, vi num vídeo do dois dedos de teologia que essa passagem não pode ser usada por arminianos, pois fala que quem caiu não pode ser reconduzido ao arrependimento, o que você acha?
    https://www.youtube.com/watch?v=dZPSE1jXpIY&t=401s (esse é o vídeo)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado! Sobre Nero ser o anticristo, isso eu já abordei aqui:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/07/dez-provas-incontestaveis-de-que-nero.html

      Uma refutação mais ampla ao preterismo pode ser vista no site do Alon, "A Grande Cidade", que é o melhor sobre o tema:

      https://agrandecidade.com/

      Acerca de Hebreus 6, eu não acho que este texto seja um problema para os arminianos porque não entendo que ele esteja falando de qualquer pessoa que perde a salvação, mas especificamente de alguém que chegou tão a fundo a ponto de "experimentar os poderes da era que há de vir", e que mesmo assim caíram a um ponto em que "crucificaram o filho de Deus". Ou seja, não se trata de um caso qualquer, mas de um caso extremo, no qual realmente não há perdão. Mas é importante se destacar que essa pessoa "não tem perdão" porque ela mesma ao chegar neste estado não sente mais qualquer arrependimento ou remorso pelos seus pecados, ou seja, ela peca e acha isso normal, não tem mais sensibilidade espiritual nenhuma e nem temor a Deus, só por isso ela não é perdoada (porque nem perdão quer). A Bíblia é muito clara em diversos textos que Deus perdoa qualquer um que chega a Ele com arrependimento de coração e contrição de espírito, então se uma pessoa ainda sente tristeza pelos seus pecados e deseja agradar a Deus, é porque ainda não chegou a este ponto que o autor de Hebreus sublinha. Eu só digo isso porque recentemente tenho recebido muitas mensagens de gente com medo de ter "blasfemado contra o Espírito Santo" e não ter mais possibilidade de perdão, esse é o tipo de coisa que mais recebo, e tenho por praxe responder que se você ainda se preocupa com isso, é porque não chegou a este ponto ainda. É o Espírito Santo quem nos convence "do pecado, da justiça e do juízo", então se ainda há aflição pelos pecados cometidos é porque o Espírito Santo ainda está tentando realizar alguma obra ali.

      Excluir
  23. Obrigada por responder. Os vídeos do Yago foram os primeiros que assisti quando comecei a me interessar pela Reforma, a explicação dele dos cinco pontos da Tulip me deixou angustiada. Nos comentários dos vídeos sempre tinha piada sobre o arminianismo e acusação de semipelagianismo, eu nunca tinha ouvido falar em Arminio, mas entendi que ele tinha apresentado uma alternativa ao calvinismo. O seu livro foi uma bênção na minha vida, porque finalmente consegui esclarecer minhas dúvidas e aquietar o meu coração.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Yago tinha um foco bem calvinista mesmo no canal dele até um tempo atrás (o que aliás é um direito dele, embora eu discorde neste ponto doutrinário), mas felizmente de uns tempos pra cá ele mudou a ênfase do canal e tem postado em geral vídeos extremamente edificantes (embora às vezes ainda tenha uns vídeos calvinistas ;p)

      Excluir
  24. Lucas, vc tem algum artigo que refute este agnóstico que afirma que toda ordem é descentralizada?

    Link do primeiro video: https://youtu.be/FMptzxbBf_E


    Link do segundo vídeo: https://youtu.be/nJKPhXx1FGs


    Esse cara é ancap, então nesses vídeos ele vai tratar um pouco de economia e verdade absoluta.

    Graça e Paz.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, eu não vou comentar esse monte de "filosofadas" desse sujeito, são apenas sofismas, groselhas, bobagens sem nenhuma aplicação ou fundamento prático, apenas blá blá blá. No dia em que os anarcocapitalistas conseguirem um país ou qualquer região para eles e implementarem sua filosofia e ideologia ali, aí sim poderemos começar a discutir o assunto e avaliar os resultados, se dá certo ou não. Enquanto ficar apenas no discurso, tudo o que eu terei a dizer a respeito é isso:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/03/a-razao-biblica-pela-qual-nao-sou-nem.html

      Excluir
  25. Já vi casos de pessoas que se mataram, pensando que tinham blasfemado contra o Espírito Santo e que já não tinha perdão. Trágico!

    ResponderExcluir
  26. Você viu o Novo vídeo do Yago Sobre o Olavo?
    ( https://www.youtube.com/watch?v=ZVj6efeGYKA&lc=UgymJ2Krn5vhDZivLNt4AaABAg )

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vi sim, comentei aqui:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/09/seria-uniao-europeia-o-novo-imperio.html?showComment=1536592559020#c8837632830874835422

      Excluir
  27. Lucas, vc poderia também refutar um artigo desse socialista "Cristão"?

    Link do artigo: http://aespadademiguel.com/armagedom/bestas-apocalipticas/besta-apocaliptica-e-guerra-contra-o-comunismo-e-socialismo-esquerda/


    Teve uma vez tbm que um Socialista disse que o Milênio de Cristo iria ser Socialista!!!!! Dá pra acreditar? Pois, de acordo com a "lógica" dele, quando Cristo vier reinar ele vai estabelecer um governo "totalitário", disse que no milênio n iria mais ter prorpriedade privada e diversas outras coisas. Como vc me ajuda a refutar isso que ele disse?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu já li esse "artigo" antes, é a coisa mais retardada que eu já li, eu diria que a mais retardada que já li em toda a minha vida, sem a menor sombra de dúvida. É coisa de louco mesmo, são tantas mentiras teológicas, históricas e políticas reunidas em um só lugar que só de pensar em enumerar todas elas dá um desânimo, não tenho tempo não. O comunismo foi o regime mais genocida e anticristão de todos os tempos sob qualquer ângulo e perspectiva possível, qualquer um que negue isso só pode ser um pilantra dos piores, enquanto é fato indiscutível que foi o capitalismo que tirou o mundo de milênios de atraso e estagnação econômica e nos deu a riqueza e tecnologia que temos hoje. Antes do capitalismo a estimativa de vida era de 30 anos, hoje é de mais de 70.

      Sobre os genocídios comunistas e sua moral ateísta, recomendo que leia:

      http://ateismorefutado.blogspot.com/2015/04/o-humanismo-secular-ateu-nao-mata-entao.html

      http://ateismorefutado.blogspot.com/2015/04/comunistas-mataram-por-tudo-menos-por.html

      Sobre o milênio, não há nenhum texto que fala em abolição da propriedade privada, e há inclusive textos que falam em "nações" e "reis", no plural (Ap 21:24,26).

      Excluir
  28. Avalie:

    https://www.youtube.com/watch?v=ZVj6efeGYKA

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. http://www.lucasbanzoli.com/2018/09/seria-uniao-europeia-o-novo-imperio.html?showComment=1536592559020#c8837632830874835422

      Excluir
  29. Paz do Senhor
    Lucas, já viu essa reportagem estilo "Vamos ajudar o Messias a vir logo"?
    https://br.yahoo.com/noticias/nascimento-de-boi-vermelho-e-visto-como-sinal-de-fim-dos-tempos-em-israel-160113439.html
    Ricardo Soares

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu só queria saber de onde que esses rabinos tiraram essa de que o Messias virá quando surgir um bezerro vermelho... parece até piada.

      Excluir
    2. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Excluir
  30. Iae, Lucas! Tudo bem? Tenho uma duvida: o Diabo pode prever o futuro? Em minha opinião, ele pode mas não como Deus. Ele seria tipo um cara que faz estatísticas.

    Deus lhe ilumine!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Além de "fazer estatísticas", ele pode trabalhar para tentar fazer com que esse futuro se torne uma realidade, assim como nós podemos, só que numa medida bem maior. Abs!

      Excluir
  31. Olá novamente, Lucas. Tenho uma duvida: hoje, eu vi um vídeo de um Doutor em ginecologia falando contra o aborto no STF. Um tema que ele falou foi sobre o parir humano ser mais perigoso do que o parir em outros seres(cães, gatos, etc.). Me pergunto se isso seria uma consequência daquela maldição tida à mulher quando o ser humano pecou, ou talvez um design ruim...

    Deus lhe ilumine!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, certamente é decorrente dessa consequência do pecado original.

      Excluir
  32. Avalie: https://www.youtube.com/watch?v=qPdxGSaDVKY

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. No geral é uma boa análise, embora tenha faltado algumas coisas importantes.

      Excluir
  33. Lucas, sobre a imortalidade da alma, essa crença começou na Grécia com Platão? E há alguma civilização antiga que não cria em almas, estando mais próxima das verdades bíblicas?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu já li em muitos lugares que a imortalidade da alma começou com os órficos, alguns séculos antes de Platão. Mas só se tornou famosa mesmo no mundo todo com este, porque os órficos não tinham muita influência mundial. Já o conceito de "alma" é cambiável, mesmo entre os gregos tinha aqueles que não criam no conceito platônico da mesma (ex: epicuristas).

      Excluir
  34. Parabéns, Banzolão. Que Deus ti dê muitos anos de vida e saúde. Que você viva 900 anos kkk!

    ResponderExcluir
  35. Lucas quais livros de Bart Ehman você já leu?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Li aquele do "Quem mudou a Bíblia e por que", não me lembro se li mais algum outro.

      Excluir
  36. Banzolão, você tem algum artigo sobre variantes textuais? O "Fábio Suíno" mostrou algumas, e ele diz que alteram doutrinas bíblicas. E ainda desafia qualquer um a debater isso com ele. Dê uma olhada:

    https://www.youtube.com/watch?v=Pg6Xm8hv-ug

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não sei da onde que ele tirou que "porneia" em Mateus 19:9 significa "incesto". Procurei em léxicos e não achei nenhuma definição dessas. Ele diz as coisas sem nunca citar fontes nem referências de nada que diz (a não ser que você compre o dvd, aí talvez tenha uma resposta, quem sabe). O "nem o filho" está pressuposto pelo termo "apenas o Pai", então isso não altera doutrina nenhuma, não altera nem mesmo o significado daquele texto em si. Dos outros textos que ele cita, também nenhum deles afeta doutrina nenhuma, nenhum deles é fundamental para estabelecer doutrina nenhuma e doutrina nenhuma é revogada com a dúvida sobre a autenticidade daquelas partes.

      Excluir
  37. Lucas, ainda sobre escatologia, poderia analisar esse vídeo abaixo?

    Link do video: https://youtu.be/olR2iR0vRso

    O cara do vídeo apresenta uma opinião diferente sobre o Templo, gostaria que vc analisasse. Eu particularmente discordo da opinião dele quando ele diz que o anticristo não ficará em um templo literal, mas respeito. Enfim gostaria de saber a sua opinião sobre.

    Graça e Paz.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A explicação dele sobre isso é totalmente descabida. O texto não está com uma conotação espiritual como nos outros textos que dizem que o nosso corpo é templo do Espírito Santo; todo o contexto é bem literal, discorrendo sobre fatos literais, e a interpretação natural e lógica que qualquer um de seus leitores (os tessalonicenses) teriam ao ver Paulo dizendo que o anticristo se assentaria no templo seria a mesma impressão que temos hoje, ou seja, o templo de Jerusalém (que por lógica, deverá ser reconstruído para que isso seja possível). Devemos desprezar qualquer interpretação que soe antinatural à fluência do texto em seu contexto e optar sempre pelo entendimento mais simples, que é por regra a interpretação válida, levando em consideração que os apóstolos não tinham a intenção de complicar os seus leitores e nem de fazer pegadinhas ou deixá-los "quebrando a cabeça" para encontrar a "interpretação certa". A intenção sempre foi de deixar as coisas o mais claro e simples possível, e por isso a interpretação mais simples é a correta. A exceção é o Apocalipse, por se tratar de um livro assumidamente e declaradamente simbólico, com "enigmas" a serem desvendados (o que não se aplica às cartas de Paulo). Se formos navegar nessa onda de descobrir "interpretações" alternativas ao sentido natural dos textos, encontraremos mil e uma "interpretações" para qualquer versículo da Bíblia e de qualquer outro livro.

      Excluir
  38. Lucas (cara se eu tiver perguntando MT e tiver incomodando eu paro), eu queria que vc me ajudasse a refutar esse argumento de um Testemunha de Jeová, onde ele tenta afirmar que eles "n são" uma seita. Enfim segue-se o argumento dele:

    "SEITA??? SÓ QUE NÃO! Realmente sabe o que é uma seita? Seita é uma palavra que significa: secionar separar em partes menores, DIVIDIR-SE, sair de outa...
    De ((Onde)) as Testemunhas de Jeová se "dividiu"? de (Onde) saiu?? Já a cristandade se dividiu, ou saiu de outra...
    Prova disso são os ensinos semelhantes: Trindade, inferno de fogo, vida celestial para todos... e outros ensinos idênticos, em religiões SEPARADAS, ou DIVIDIDAS. Fazem Dissensões, se dividiram, ou seja SEITA (Gálatas 5:20)"

    Tbm gostaria que vc me ajudasse a refutar outro argumento deles em relação a Trindade. Eles afirmam baseados em 1Tm 2:5-6 de que Cristo n pode ser Deus porque ele é o "intercessor entre Deus e os homens" como vc me ajuda a refutar eles?

    Graça e Paz.


    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quando usamos o termo "seita" em um sentido teológico não é sobre ser uma facção de algo (neste sentido, o próprio Cristianismo surgiu como uma "seita" do Judaísmo, e por isso era chamado de "seita dos nazarenos"), e no caso os TJ seriam "seita de seita", ou seja, uma facção ou vertente dentro do Cristianismo. Mas em sentido teológico, "seita" é o termo que se costuma usar no sentido de uma igreja ou religião falsa, que ensina doutrinas perniciosas que podem levar o homem à perdição. E neste sentido sim, é totalmente correto chamar os TJ de "seita", embora este conceito seja obviamente bastante relativo (para os TJ, "seita" somos nós).

      Sobre o texto que diz que Jesus é o mediador entre Deus e os homens, eu não vejo nada mais lógico do que esse mediador ser um "Deus-homem", ou seja, Deus que se fez homem e morreu por nós, propiciando esse papel de mediação entre ambas as partes.

      Abs!

      Excluir
  39. Olá, pessoal! Estou aqui só pra compartilhar um tapa na cara de "programas sociais" como o Bolsa Família.

    https://www.youtube.com/watch?v=iHGoC5GlRKE

    Deus lhes ilumine!

    ResponderExcluir
  40. Olá :) Amei seu artigo, foi um "xeque-mate" com relação ao sistema do Anticristo. Tem tudo pra ser a União Européia (o Império Romano só que reformado, com tecnologia, acesso de controle e outros meios mais avançados de manipulação). Quanto ao Anticristo não dá pra saber. Pra mim, o que chegou mais perto foi o Emmanuel Macron (porque ele tem conquistado muitos na França, tem poder de persuasão na fala e as pessoas dizem que "por detrás dos bastidores" ele é arrogante como se fosse um mini ditador). Porém, eu tenho o seguinte entendimento: Vai ser possível identificar o Anticristo de forma fácil: Ele vai aparecer nas televisões e nos meios de comunicação mais acessíveis (TV Globo, Facebook, The New York Times, etc) como sendo um GOVERNADOR MUNDIAL COM UM SISTEMA MUNDIAL VÁLIDO PARA TODOS OS PAÍSES. Pra mim, esse é o "xeque mate" pra desmascarar o Anticristo. Vou indicar esse vídeo no Youtube que eu gosto bastante [espero que o autor desse artigo assista também rsrs :)]

    Link: https://www.youtube.com/watch?v=Y0lVWV5tPEY
    Outra coisa: Ficar de olho porque em 2030 (dois mil e trinta - calendário ocidental) a ONU tem um novo projeto com pautas esquerdistas. Abs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado! :)

      De fato, quando alguém se apresentar como um "governador mundial", não haverá mais dúvida alguma, embora antes disso possamos ter algumas "pistas" sobre ele, mesmo porque ele não irá se revelar como o "general supremo" logo de cara.

      Abs!

      Excluir
  41. Lucas, você conhece as obras da historiadora Régine pernoud? Se sim, o que você acha?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Li um pouco, não o suficiente para formar um conceito sobre.

      Excluir
  42. Eai Lucas! Ótima correlação, faz super sentido...

    Fugindo das reflexões escatológicas, queria abordar alguns questionamentos sobre a natureza de Cristo, enquanto aqui na terra, e o que implicaria isso na sua morte.

    Tenho o prazer de lhe acompanhar a bastante tempo, e sei que vc não anda discutindo tanto o assunto, mas em reconhecimento à sua aptidão teológica, queria saber sua opinião a posições que em muito estão em contraste ao que vc defende; e que tem me intrigado. (Não tenho opiniões formada à respeito, só dúvidas mesmo, rsrs)

    1- No seu antigo artigo sobre a natureza de Cristo, vc utiliza como premissa à natureza plenamente humana dEle, o fato disso ser necessário; pra assim termos um exemplo realista de vitória sobre o pecado. Mas vc não acha que com isso Cristo deixa de ser primeiramente o nosso substituto perfeito, para Se tornar o nosso modelo de perfeição? Esse pensamento não incentivaria à confusão entre justificação e santificação? Em uma ilusão pela busca antecipada da perfeição (perfeccionismo)?

    2- Seria possível pra Jesus exclusivamente humano, suportar todas as tentações que cai sobre os homens?

    3- Jesus em toda sua trajetória apresentou uma moral e mentalidade distoante da humanidade. Isso já não é suficiente pra o tornar diferente de nós? Pois a mente é parte integral da natureza humana.

    4- O nascimento do nosso Senhor também não daria um indício de que ele possui a divindade coabitando com sua natureza humana? Porque o ser humano é o resultado do óvulo e do espermatozoides de pecadores, diferente de Cristo.

    4- Se Ele foi exclusivamente humano na terra, como explicar Colossenses 2:9? E tantos outros versículos em que Jesus como humano, se declarou Deus e foi retratado como Deus? Em que sentido, portanto, Ele continuou como Deus aqui na terra?

    5- Você não acha que Jesus poderia ter abdicado de usar os seus atributos enquanto homem (mas os possuindo), fazendo-se assim como nós, nesse sentido?

    6- Cristo, pra vc, veio com a natureza semelhante a Adão depois ou antes da queda?

    7- Como poderia Jesus ser realmente nosso substituto, a oferta vicária pelo pecado, se Ele fosse exatamente como nós, em Sua natureza?

    8- independentemente da natureza que Jesus teve na terra, Ele ainda permaneceu sendo a 2 pessoa da trindade; na morte, então, a 2 pessoa da trindade deixou de existir por 3 dias? Sei que a divindade de Cristo não morreu, mas e o seu verdadeiro "eu" morreu? Porquê a dividande por si só não é a personalidade de Cristo né?

    9- Como Jesus poderia tornar a tomar sua vida (João 11:25) e "reconstruir o santuário" (João 2:19), se Ele esteve totalmente inconsciente (estado de não-existência) na sepultura?

    Sei que esse tema é bastante profundo, estamos limitados e precisamos permanecer humildes em nossas colocações. Mas dentro da nossa humilde capacidade, o que tens a me dizer a respeito desses questionamentos?

    Um abraço, e fica com Deus!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. São muitos questionamentos para serem respondidos um a um, vou então apenas fazer breves considerações de uma forma geral (não ponto-a-ponto).

      1) Eu nunca "dogmatizei" em cima disso e sempre achei uma das discussões mais complicadas e complexas dentro da teologia porque invariavelmente implica em discussões mais filosóficas do que teológicas propriamente ditas, razão pela qual praticamente não escrevo sobre o tema.

      2) Eu entendo que Jesus era Deus encarnado, ou seja, humanizado, tornado igual a nós (entenda isso como quiser). Não creio que ele tenha usado poderes mágicos divinos enquanto homem, o que contrapõe muitos textos bíblicos, que não vem ao caso aqui para não alargar a discussão. Também não vejo muito sentido na tese de que ele "tinha poderes mas não usou", neste caso daria no mesmo dele ter aberto mão mesmo, e nem haveria uma razão para não abrir mão já que não iria usar em momento nenhum. É uma possibilidade sim, mas não algo que eu considere muito lógico ou coerente.

      3) Eu não sei se Jesus veio com a carne de Adão antes da queda ou de Adão depois da queda. Em favor da primeira tese temos o texto onde Paulo diz que Jesus veio "à semelhança da carne pecaminosa", dando a entender que assumiu a mesma carne de Adão após a queda, mas por outro lado como ele não surgiu de relações carnais, é chamado de "segundo Adão" e tudo mais, ele pode ter vindo à semelhança da carne de Adão antes da queda a fim de que naquela mesma condição que Adão tinha ele desfizesse os erros de Adão, e neste caso o outro versículo deve ser reinterpretado de alguma maneira.

      4) Que Jesus não é apenas o nosso "substituto perfeito" mas também nosso "modelo de perfeição", isso é muitíssimo claro em inúmeros textos. Claro que ele conseguiu o que nenhum outro homem que viveu um considerável período de tempo de vida jamais conseguiu ou conseguiria, mas atribuir tudo isso à sua natureza divina eu vejo como uma forma de "trapaça", seria como dizer "siga o exemplo dele", quando ele só conseguiu isso porque tinha atributos divinos que propiciaram isso sem dificuldade e nem chance de erro, coisa que ninguém mais tem ou poderia ter. Fazendo uma analogia tosca aqui, seria como se eu pedisse para outras pessoas seguirem o meu exemplo como jogador de Age of Empires 3 e ganhassem a campanha vencendo todos os jogos com 5 minutos, quando eu teria conseguido isso ativando o modo de cheats com o "Monster Tuck" destruindo tudo, e os outros não tivessem essa mesma opção e tivessem que conseguir o mesmo "na raça", o que tornaria as coisas bastante desiguais e faria com que a minha conquista não fosse realmente um "modelo" muito bom. Não sei se deu pra entender. Eu só vejo sentido nas tentações de Jesus se ele podia cair como qualquer um de nós quando somos tentados.

      5) Não sei o que você quis dizer quando contrasta "seu verdadeiro eu" com "a divindade por si só". Não sei o que tem em mente quando fala em "divindade" e em "verdadeiro eu". O Jesus celestial pré-encarnação não era mais do que uma "divindade por si só", não tinha um corpo humano e nem nada disso, e no entanto existia, como existe hoje e como existia após a morte corporal humana.

      Abs.

      Excluir
  43. Banzolão, conheço seu blogue a alguns meses e percebi que voce gosta de avaliar conteudo principalmente videos que seu leitores enviam, o que é bacana.
    tenho mais de 200 videos e uns 50 artigos para voce avaliar, ja posso enviar?

    ResponderExcluir
  44. Banzomonstro, voce conhece os apostolos Luis Herminio e Leandro Barreto? Se não conhece, veja pregações dele pois são grandes homens de Deus nesta geração, te edificará muito.

    ResponderExcluir
  45. Leandro vieira eu tambem super indico, inclusive tem parceria com L. subirá, procure pregações dele e dos outros que citei acima e você poderá experimentar um salto espiritual.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Leandro vieira está encabeçando a iniciativa do pacto nacional no Brasil. Banzoli, ele é que me levou até você de certa forma. O único ponto aparente que vcs não tem em comum é o anaquilacionismo. Hoje o Leandro, que tem seus exageros as vezes, talvez seja o maior responsável por trazer de volta para o Brasil o pós tribulacionismo, e a noção de que a terra não passará. E graças a Deus essa visão tem impactado a muitas igrejas independentes no Brasil todo!.

      Excluir
  46. Avalie:

    http://prntscr.com/ku1i76





    ResponderExcluir
  47. Iae, Lucas! Tudo bem? gostaria de saber sua opinião sobre esses vídeos aqui:
    https://www.youtube.com/watch?v=CzdH0ZeMt6Q&t

    https://www.youtube.com/watch?v=EVQpdnnRn6I&t

    https://www.youtube.com/watch?v=qVxRS6RO3xE

    https://www.youtube.com/watch?v=Qcp5evc82U8

    Deus lhe ilumine!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não assisti a todos os vídeos por falta de tempo, mas vi o terceiro e é apenas bobagem esotérica da Nova Era, apenas ignore :)

      Excluir
  48. Lucas um dia fui em uma igreja e lá estava tendo uma ministração com o batismo de fogo (igual em Atos). Eu senti minhas mãos tremerem involuntariamente (como se fosse Parkson). O que isso significa para Deus?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pode ser alguma coisa emocional sua causando isso (no caso de por exemplo você estar em "estado de êxtase" ou coisa do tipo), mas também pode ser o agir do Espírito Santo manifestado em seu interior. A minha mãe por exemplo, que não tem Parkinson nem nada, a mão dela treme sempre quando vai orar por alguém (mesmo quando é uma coisa simples), não treme em outras circunstâncias (inclusive toca vários instrumentos musicais perfeitamente bem), mas quando está orando treme.

      Excluir
  49. Avalie:

    https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/1129196973899042?comment_id=1129216800563726&notif_id=1536873232963605&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O cara faz birra com pequenos erros ortográficos do Yago tentando ridicularizá-lo e denegri-lo (porque não tem a menor capacidade de refutar o conteúdo em si), mas escreve "Martha" Suplicy com "h", "sêde" com o acento circunflexo no primeiro "e", escreve "laia Rodney Stark" em vez de "leia", e diz que "descobriu" que a tese de Weber estava cem por "centp" errada. Este é o maior "intelequituau" brasileiro vivo (em sua própria opinião, é claro).

      Excluir
  50. Lucas o que você acha do crescente movimento da Terra Plana se utilizando da Bíblia como prova ?

    ResponderExcluir
  51. "The article that Olavo tried to extinguish now in PDF":

    https://drive.google.com/file/d/1nXyBGs0l9Iqv9DYWMBF8LqAs8ogC9uhG/view?usp=sharing

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. HAHAHA perfeito! Eu me lembro que esse velho louco eliminou este artigo do site dele justamente após eu citá-lo em um artigo do HC o refutando em 2016 e expondo seu cinismo e desfaçatez. Felizmente a mentira tem perna curta e postou na internet, já era, nem adianta tentar excluir.

      Excluir
  52. Olá Lucas tudo bem? Me chamo Nelson Passos, sou Adventista do Sétimo Dia e acompanho todos os seus blogs já tem algum tempo. Você é um exemplo do que todo cristão deveria ser, um inquiridor da verdade.

    Bom, vou dar a interpretação da Igreja Adventista sobre Daniel cap. 7. O chifre pequeno que "muda os tempos e a Lei" é um poder religioso interligado ao quarto animal terrível que é Roma. Logo se refere ao Catolicismo Romano. Existem documentos católicos que afirmam que o papa é tão grande em dignidade que ele mesmo pode "anular ou mudar a Lei de Deus". Como Adventista reconheço a autoridade dos Dez Mandamentos, como um resumo das Leis Morais vistas em toda a Bíblia e de obrigação completa a todo cristão. O grande problema é que o Catecismo Romano apresenta um decálogo mudado, onde o mandamento "não farás para ti imagem de escultura" foi arrancado e o quarto mandamento "Lembra-te do Dia de Sábado" foi alterado para "Guardar Domingos e Festas". Com relação à mudança "dos tempos" é fácil perceber que vivemos no calendário gregoriano e Gregório foi um papa.

    Mas mudando de assunto: faz muito tempo que quero te entregar um arquivo em pdf feito por mim comparando os textos do livro "O Grande Conflito" com noticias seculares que cumprem totalmente ou em parte as profecias descritas no livro. Se você aceitar, eu tenho você add no facebook. Te passo por lá.

    Deus te abençoe.

    Nelson Passos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Nelson, primeiramente obrigado por suas palavras! Pode me enviar sim esse arquivo pelo facebook, quanto mais informação e conhecimento, melhor. Deus lhe abençoe!

      Excluir
  53. Lucas, existe alguma chance de você criar artigos contra o Espiritismo, na mesma linha dos artigos contra o catolicismo? Seria fantástico! Li que agora existe uma tradução do Novo Testamento feita pelo Espiritismo. Você imagina as besteiras que você deve ler lá?

    Nelson Passos

    Nelson Passos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu tenho alguns sobre espiritismo no "Apologia Cristã", embora sejam artigos bem antigos:

      http://apologiacrista.com/reencarnacao

      http://apologiacrista.com/refutando-espiritismo2

      http://apologiacrista.com/refutando-espiritismo

      Até pretendo escrever mais sobre o espiritismo futuramente, mas como se trata de uma religião com pequena representatividade e com poucos apologistas dispostos a atacar a nossa fé (como outros fazem), eu não pretendo dar muita atenção nem colocar muita ênfase nisso. Sobre essa tradução espírita do Novo Testamento eu não conheço, mas a julgar pelos vídeos espíritas que se vê por aí, já posso imaginar o nível...

      Excluir
  54. Banzoli! Gostei bastante dessa pegada. Concordo com quase tudo. Gostaria de adicionar em duas coisas. O paradigma atual tanto das esquerdas quanto do movimento pela centralização de poder, que muitos chamam de globalismo deixou de estar no eixo comunismo vs ateísmo. E passou a seu no eixo, socialismo democrático vs anti-cristianismo, esse anti cristianismo com forte tendência muçulmana. Por isso cogito um anti Cristo muçulmano. E fico com muito medo ao ver que o que era movimento da New left dos anos 70 que era comunista e ateísta, e ver hoje feministas de burca. Sobre esse assunto, recomendo o livro United by hate que explica o casamento dos muçulmanos com a esquerda através do ódio comum a Israel e a América. E alguns textos e podcasts do Flávio mongerstern do sensoincomum.org. O Flávio é um exagerado que vc provavelmente já conhece por ser da galera do olavo, mas eles, os conservadores estão mais atentos às movimentações do globalismo, então vez o outra levantam bolas importantíssimas!
    Grande abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A dificuldade no anticristo ser um muçulmano reside no fato de que o mesmo se oporia a "tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração", o que inclui, por lógica, o próprio Alá (o deus dos muçulmanos). O único "deus" que receberá adoração é o próprio anticristo. Não creio que algum muçulmano aceitaria uma coisa dessas, ainda mais eles que são tão radicais e ortodoxos na sua visão islâmica. Mesmo o Mádi da escatologia xiita não está acima de Alá ou Maomé. Isso sem falar que o poder dos países árabes é muito mais fraco do que se costuma pensar, com uma economia pífia, um poder bélico superstimado, não conseguiria bater de frente com nenhum país desenvolvido em uma guerra séria, por isso ficam fazendo atentados isolados. De todo modo, agradeço o comentário e as sugestões. Abs!

      Excluir
  55. Banzolao em relação ao caso do anticristo muçulmano abordado pelo Rafael Guzzo achas que ele ao menos pode ter origens islamicas ainda que não seja um seguidor da religião, mas que venha de uma família muçulmana?

    ResponderExcluir

Fique à vontade para deixar seu comentário, sua participação é importante e será publicada e respondida após passar pela moderação. Todas as dúvidas e observações educadas são bem-vindas, mesmo que não estejam relacionadas ao tema do artigo, mas comentários que faltem com o respeito não serão publicados.

*Comentários apenas com links não serão publicados, em vez disso procure resumir o conteúdo dos mesmos.

*Identifique-se através da sua conta Google de um modo que seja possível distingui-lo dos demais, evitando o uso do anonimato.