20 de julho de 2018

120 Entenda o que é o revisionismo histórico e por que ele é tão perigoso



Sempre que eu estou comendo eu coloco algum vídeo no Youtube para assistir e me distrair, e geralmente é um da Fox Sports sobre futebol (numa disputa acirrada com os vídeos sobre o Universo Marvel do Ei Nerd e outros bastante edificantes). Nesses dias acabei assistindo a esse aqui sobre o “rebaixamento” do São Paulo no Campeonato Paulista de 1990, onde o comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, praticamente engole vivo o outro comentarista que defendia o rebaixamento do tricolor paulista:


Antes que você pense em fechar este artigo por achar que se trata apenas de futebol, tenha um pouco de paciência que eu vou chegar lá. Mas antes, preciso fazer algumas considerações. Eu nasci em 1992, portanto depois do suposto “rebaixamento” de 90. Mas em toda a minha infância e adolescência de são-paulino fanático eu nunca, nunca tinha visto qualquer cidadão que seja dizendo que o São Paulo foi rebaixado em 90. Nem os meus colegas de times rivais, nem comentaristas esportivos na TV, nem em canto algum da internet... esse conto simplesmente não existia – e quem é mais velho e viveu na época diz o mesmo.

Eu fiz uma rápida pesquisa no Google para confirmar se minha memória não estava tão ruim e felizmente descobri que não estava: se você colocar no campo de busca até o início de 2007, simplesmente não havia notícia nenhuma sobre o tal “rebaixamento” do São Paulo:


Então, eis que nesse mesmo ano acontece uma coisa que mudou tudo: o Corinthians é rebaixado no Campeonato Brasileiro (velhos e bons tempos esses!). Imediatamente após o Corinthians ser rebaixado, surge a primeira notícia reveladora e bombástica: o São Paulo “caiu” em 90. A “revelação” foi dada por Milton Neves – um santista – em seu blog (veja aqui). Se isso fosse verdade, a conclusão era uma só: dos quatro grandes paulistas (ou seja, São Paulo, Santos, Corinthians e Guarani) apenas o Santos nunca caiu. Por coincidência, justamente o time do autor da matéria.

A matéria gerou uma compreensível revolta, que praticamente obrigou Milton Neves a se retratar no final do post, com um adendo onde registrava o trecho do regulamento do campeonato em questão, que dizia expressamente que não haveria descenso naquele ano. Ou seja: sem descenso, sem rebaixamento. Mas o estrago já estava feito: com o tempo, torcedores, blogueiros e até comentaristas esportivos fizeram valer o “efeito manada” e começaram a disseminar adiante a lenda de que o Soberano Tri-Mundial foi rebaixado em um campeonato estadual de décadas atrás.

Mesmo assim, em 2007 isso ainda era uma “novidade”, então muita pouca gente falava disso. Eu mesmo não me lembro na época de ninguém do meu convívio mencionando esse tipo de coisa. Como toda lenda que nasce, leva um tempo considerável até se popularizar. Foi o que aconteceu após os idos de 2010, quando começou a viralizar (como um vírus mesmo) esse mito de que o São Paulo caiu em 90. É importante ter em mente: estamos falando de algo que teria sido simplesmente “esquecido” por pelo menos 17 anos, e neste período inteiro os comentaristas esportivos tiveram uma súbita amnésia coletiva e não se lembravam desse tal rebaixamento, até que misteriosamente se “lembraram” logo após o seu maior rival cair. Temos aqui um exemplo perfeito de como funciona o revisionismo de forma simples e prática:

• Algo que inexistia na época dos acontecimentos.

• Algo que deixaram para se “lembrar” depois que já havia passado um tempo considerável, o suficiente para criar o mito sem ser imediatamente rechaçado.

• Algo criado por gente com interesse que aquilo seja verdade, em um contexto oportunista.

• Algo que, mesmo confrontando a História Estabelecida, muita gente não vai contestar, porque vai ao encontro do interesse delas.

O problema é que o revisionismo não se limita ao rebaixamento tricolor de 1990. Quem diria. Revisionistas existem por toda a parte, e estão muito mais interessados em mudar a História Estabelecida nos pontos em que ela lhe é bastante desagradável. Por isso existe hoje gente que nega que houve golpe militar em 1964, gente que nega o holocausto nazista, gente que nega os genocídios comunistas, gente que nega a Inquisição, e por aí vai – mesmo quando essa negação é na forma de negar toda a intensidade do que ocorreu segundo a História Estabelecida. Ao mesmo tempo, existe gente que se aproveita para fazer o inverso e inventar lendas que nunca constaram na História Estabelecida: coisas como o rebaixamento do São Paulo e a famigerada “Inquisição protestante”.

Tome como exemplo essa última: todas as “fontes” que você encontra sobre isso na internet são de blogs católicos chulos escritos por gente sem nenhum estudo ou formação acadêmica, e há tempos recentíssimos (clique na imagem para ampliar):

E quando pesquisamos no Google Acadêmico, o que encontramos é isso:


Em inglês:


Esses são apenas alguns exemplos rápidos e simples que qualquer pessoa pode fazer, mas quem é estudioso sabe que essa “Inquisição protestante” é uma fantasia recente inteiramente ausente das páginas de livros de história. Eu já li algumas centenas deles e até hoje não achei uma única referência em qualquer livro escrito por um historiador reconhecido – nem mesmo entre os católicos sérios. O único lugar em que você encontra esse tipo de baboseira é em materiais escritos por fanáticos católicos com finalidades declaradamente proselitistas e destituídos de qualquer rigor acadêmico ou de senso do ridículo.

Os apologistas católicos mais instruídos (se é que existe algum) sabem disso, mas a maior parte prefere continuar mentindo porque se valem da máxima jesuítica, segundo a qual a mentira é válida como um meio quando o que está em jogo é “honrar a Santa Igreja”. Trata-se claramente de um caso onde a História Estabelecida diz uma coisa – parafraseando o historiador católico Paul Johnson, “os protestantes não possuíam nenhuma agência equivalente à Inquisição”[1] – e pessoas mal-intencionadas com interesses escusos contam uma outra versão, que nada mais é que uma borracha na versão estabelecida, por isso um revisionismo.

Agora tomemos como exemplo um caso inverso, isto é, de algo consumado na História Estabelecida e tido como indiscutível até pouquíssimo tempo: o holocausto judeu. Poucas coisas na História são tão fortemente estabelecidas quanto o holocausto: temos milhares de fotos, vídeos, testemunhas oculares (algumas vivas até pouco tempo), uma ampla e farta documentação e até mesmo a confissão de soldados e guardas nazistas em tribunal, admitindo tudo mesmo sabendo que isso incorreria em uma pesada pena.

Por isso a verdade sobre o holocausto estarreceu o mundo da época e não foi colocada em dúvida – pelo menos não até chegar os dias modernos, as teorias de conspiração, a paranoia antissionista, o ódio antissemita e o neonazismo, que trataram de revisar os fatos da História Estabelecida de um modo mais conveniente aos seus interesses pessoais. Por isso hoje o que menos faltam são livros escritos tentando “desmentir” o holocausto (quase sempre por gente sem estudo, e sempre por gente com tendências antissemitas), além de vídeos de Youtube produzidos por qualquer teórico de conspiração de meia-pataca e gente tentando revisar a História a seu próprio gosto.

Outro exemplo de revisionismo muito semelhante ao revisionismo nazista é o da Inquisição (não a lendária Inquisição protestante, mas a que existiu). Há tempos atrás eu postei este artigo sobre a Inquisição, que não é nenhum artigo sobre a opinião de escritores modernos, mas uma fonte primária chamada “Manual dos Inquisidores”, que, como o nome sugere, era o manual usado como base para a Inquisição medieval e a Inquisição espanhola. Ele foi escrito pelo inquisidor medieval Nicolau Eymerich, e comentado por Francisco Peña, um doutor em Direito Canônico do século XVI.

Nesse livro constam expressamente todas as coisas que papistas revisionistas dizem hoje que é “lenda negra" inventada por protestantes: incluindo a tortura sistemática e frequente até de mulheres e crianças, a condenação à morte por qualquer boato por mais ínfimo que fosse, a perseguição a judeus, mouros, protestantes, cátaros e outros não-católicos, a presunção de culpa (em vez da presunção de inocência), a cela que devia ser deliberadamente imunda e asquerosa para quebrar o emocional dos prisioneiros, a total falta de defesa do réu que não podia sequer ler os autos do processo para saber do que estava sendo acusado ou conhecer as testemunhas de acusação, isso sem falar nos mais diversos castigos físicos impostos aos que tinham a sorte de não morrer (como centenas de açoites, escravização nas galés, prisão perpétua, confisco dos bens e por aí vai).

Durante séculos, nenhum romanista sequer pensou em contestar as mortes na fogueira por ordem da Igreja, as torturas da Inquisição, os castigos infligidos sobre os que não eram mortos, a perseguição à liberdade de opinião, a demonização dos papas à consciência individual ou a “limpeza de sangue”, segundo a qual os judeus tinham “sangue infecto”. Mas então o mundo tomou novos rumos, e os novos ares de tolerância e liberdade obrigaram a Igreja a mudar seu discurso oficial, pois a intolerância religiosa e o assassinato de “hereges” já não eram mais coisas bem vistas e nem aceitas na sociedade. A consequência disso foi um exército de revisionistas católicos travestidos de “historiadores” que, no século passado, trataram de passar a borracha no passado e pintar a Inquisição da maneira colorida e brilhante que nunca foi.

Estratégias revisionistas das mais diversas, que vão desde a pura mentira até as meias-verdades foram disseminadas e hoje tomam conta do discurso romanista. Essas estratégias consistem, por exemplo, em jogar toda a culpa da Inquisição nas costas dos reis espanhois e tirar o corpo da Igreja fora, se basear em números falsos sobre os mortos na Inquisição baseando-se apenas nos poucos documentos sobreviventes e não em seu todo, omitir informações de importância crucial na hora de dizer que a Inquisição permitia advogado ao réu (cuja única finalidade ali era de convencer o réu a confessar seu “crime” a qualquer custo), que só torturava “uma vez” (omitindo que torturavam mais vezes, mas consideravam isso uma “continuação” da primeira em vez de uma segunda), que só torturavam por uma hora (omitindo que por “novos indícios” podia-se torturar por mais uma hora, e mais uma, e assim por diante) ou que uma confissão feita sob tortura não era aceita e tinha que ser confirmada “livremente” mais tarde (só se esquecendo de informar que se não confirmavam, voltavam à tortura novamente).

Ou tome como exemplo as cruzadas, que foram em grande parte responsáveis pela destruição e desmoralização da Cristandade, mas que hoje são exaltadas pelos tradicionalistas como se tivessem “salvado” a Europa dos muçulmanos. Qualquer um que tenha estudado as Cruzadas conhece a história: os cruzados saquearam, estupraram e assassinaram ortodoxos em Constantinopla por ocasião da Quarta Cruzada, criaram um Estado latino fraco em seu lugar, enfraqueceram o Império Bizantino e como resultado facilitaram sua conquista pelos turcos otomanos. Além disso, fracassaram miseravelmente em sete das oito expedições contra os muçulmanos – basicamente levaram um pau atrás do outro, como crianças lutando com gente grande.

Na única cruzada que venceram (a primeira) não conseguiram manter Jerusalém por mais de uma geração, e só chegaram lá porque os muçulmanos estavam fortemente fragmentados nessa época, inclusive com facções muçulmanas se aliando aos cruzados por rivalidade com outras facções. Ironicamente, foram justamente as cruzadas que resgataram o conceito islâmico de Jihad (guerra santa), unindo novamente todo o mundo muçulmano então fragmentado em torno de um objetivo em comum: esmagar aqueles bárbaros ocidentais que por onde passavam assassinavam crianças, idosos e mulheres; comiam corpos humanos em estado de putrefação e faziam questão de não poupar os judeus dos massacres por onde passavam.

O próprio criador da Ordem dos Templários, São Bernardo, os descreveu como “homicidas, sequestradores, adúlteros, perjúrios e tantos outros criminosos”[2], e se regozijava com a partida dessa escória para o outro lado do mundo, por libertar a Europa dessas pragas. Ele escreve a respeito dessa partida:

Há, nisso, dupla vantagem; a partida dessa escória é uma libertação para a Europa e o Oriente se regozijará com sua chegada por causa dos serviços que poderá prestar-lhe. Que prazer, para nós, perder crueis devastadores, e que alegria, para Jerusalém, ganhar fieis defensores! É assim que se vinga Cristo de seus inimigos; é assim que triunfa deles e por eles. Transforma adversários em parceiros; de um inimigo faz um cavaleiro, como, outrora, de um Saulo perseguidor, fez um Paulo apóstolo.[3]

Sem poupar palavras, São Bernardo descreve os templários como os “perversos, ímpios, sequestradores, sacrílegos”[4], dos quais era uma felicidade livrar-se a Europa. Lins comenta que, “alimentando monstruosa e insaciável ambição, passaram os templários a constituir verdadeiros ‘bandidos ungidos’, porquanto, se ostentavam bravura, acobertavam, com o hábito monástico, os mais detestáveis vícios e as mais veementes paixões do guerreiro medieval”[5]. Ele diz ainda que, “salvo exceções raríssimas, eram os templários os maiores facínoras da época”[6]. Até o padre Fleury diz que os escritores cristãos “são unânimes em pintá-los como os mais detestáveis dos homens. Em suas depredações e latrocínios não poupavam os cristãos mais do que os infiéis, relativamente aos quais não guardavam nem tratados, nem juramentos”[7].

Não obstante, é hoje modinha colocar uma foto de “Zé Cruzadinha” no perfil do facebook para provar seu fanatismo publicamente e posar de “defensor da Cristandade ocidental” e “guardião da moral e dos bons costumes”, vendo nos cruzados os “heróis” que nos salvaram do jugo muçulmano – uma insanidade que não era pregada sequer pelos fanáticos católicos da época, mas que é a regra entre os fanáticos de hoje. Para isso bastou fazer um revisionismo na História Estabelecida, passar a borracha em tudo o que não lhes era conveniente, e reescrever a história da sua maneira.

Em todos esses casos extravagantes de revisionismo histórico e em muitos outros que poderíamos aqui citar, eles seguem sempre uma lógica de interesse pessoal, em vez de uma imparcialidade acadêmica. É por isso que todo revisionista do holocausto é sempre um antissemita ou pelo menos um antissionista, que todo revisionista da Inquisição e das cruzadas é católico, que todo revisionista do comunismo é um comunista, e assim por diante. Apenas quem tem interesse em mudar os fatos irá se prestar ao papel vergonhoso e vexatório de reescrever a História Estabelecida, não os historiadores sérios de qualquer vertente.

Esse tipo de “historiador” não é mais que um proselitista travestido de historiador, e muitas vezes nem mesmo tem formação na área, como o advogado João Barnardino Gonzaga que é a fonte mais usada pelos revisionistas católicos brasileiros sobre Inquisição, ou o engenheiro mecânico Felipe Aquino que já admitiu publicamente que não sabe nada de história, ou os ridículos blogueiros catequistas que escreveram o livro “As Grandes Mentiras sobre a Igreja Católica”, mas que na verdade deveria se chamar “As Grandes Mentiras da Igreja Católica”, sendo o livro em si um exemplo perfeito do caso. Só nas notas de rodapé de um único artigo meu (como esse aqui) há pelo menos 10x mais referências bibliográficas do que no “livro” inteiro deles, e mesmo assim é usado como referência pelos católicos para “refutar as mentiras contra a Santa Madre Igreja”.

O revisionismo, de uma forma geral, é um câncer, uma praga disseminada por gente geralmente à margem de qualquer metodologia acadêmica, com um total desprezo pela historiografia e com um desconhecimento completo de fontes primárias. A intenção única do revisionista é sempre a mesma: confundir a mente dos leigos, que não vão saber distinguir quem tem a versão honesta dos fatos, e que na dúvida irá certamente optar por aquela que mais favorece seus conceitos prévios. Afinal, nem todo mundo tem tempo para ler um monte de livros e descobrir a verdade por conta própria, sendo muito mais sugestionável a aceitar qualquer baboseira anti-histórica e anti-acadêmica propagada por alguém sem instrução ou de má-fé (ou ambos, na maior parte dos casos).

Os revisionistas sabem que estão contra a História Estabelecida, e por isso mesmo precisam apelar a pretextos escusos a fim de justificar seu revisionismo. Se você questionar um negador do holocausto sobre por que a História Estabelecida diz o contrário, ele vai responder que há uma conspiração global sionista de judeus malvados tentando controlar o mundo e blá blá blá – a mesma desculpa conspiracionista e esfarrapada dada por um apologista católico, mas que em lugar dos sionistas colocará os protestantes malvados, os iluministas, os marxistas, ateus e até católicos “modernistas”, todos eles “lutando contra a Santa Igreja” – como se todos os historiadores sérios do planeta fossem vilões de cinema cujo único objetivo na vida é destruir a bondosa e inocente Igreja Católica.

Sempre que você tiver contato com alguém tentando mudar toda a historiografia de um assunto em prol de suas convicções pessoais, coloque a cabeça para funcionar e pesquise a fundo até descobrir onde está a História Estabelecida, porque o consenso histórico nunca existe à toa: ele existe simplesmente porque a documentação histórica aponta nesta direção. Então pessoas que passam a vida toda estudando esses documentos – os quais chamamos de historiadores – chegam a essa inevitável conclusão, que invariavelmente desagradará um grupo que tem muito a perder com isso, o qual se empenhará em revisar a história de uma forma desonesta e a narrar os fatos de maneira tendenciosa. É assim que surge o revisionismo – uma perigosa arma usada para a recuperação de atrocidades morais que já agonizavam há muito tempo na UTI da História Estabelecida.

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[1] JOHNSON, Paul. História do Cristianismo. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2001, p. 381.

[2] LE GOFF, Jacques. La Baja Edad Media. 1ª ed. Madrid: Siglo XXI, 1971, p. 126.

[3] LINS, Ivan. A Idade Média – A Cavalaria e as Cruzadas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pan-Americana, 1944, p. 349.

[4] ibid, p. 348-349.

[5] ibid.

[6] ibid, p. 357.

[7] FLEURY, Claude. História Eclesiástica. Livro 72, c. 42.


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120 comentários:

  1. "como se todos os historiadores sérios do planeta fossem vilões de cinema cujo único objetivo na vida é destruir a bondosa e inocente Igreja Católica."
    Exatamente isso. E já que a maioria dos historiadores está contra a Igreja de Roma, resta aos católicos estudar a verdadeira história apenas pelo site da montfort e do catequista, que descobriram a verdade com só Deus sabe quem e que quase nunca citam fontes. Colocam o Gonzaga e a Pernoud num pedestal, porque só tem eles pra citar.

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    1. "Colocam o Gonzaga e a Pernoud num pedestal, porque só tem eles pra citar"

      É triste, mas é verdade. Uma vez eu vi um católico tentando citar um historiador mais reconhecido como Jacques Le Goff para falar sobre a Idade Média e Inquisição - mal sabia ele que os escritos de Le Goff são provavelmente muito mais embaraçosos para o catolicismo do que os meus. Mas eles estão tentando resolver esse problema: a cada ano que passa surge um revisionista católico escrevendo um livrinho novo em algum lugar (alguém da turminha deles, que imediatamente sobe ao patamar de "autoridade no assunto" e passa a ser citado por seus pares, igual revisionista do holocausto citando outro revisionista do holocausto da mesma laia).

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    2. Banzolão, você, como historiador, crê que o nazismo foi um movimento de direita ou de esquerda?

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    3. Direita e esquerda não são conceitos absolutos e atemporais. Embora em sua época o nazismo fosse identificado como um regime de extrema-direita em função do tipo de "direita" autoritária e antiliberal que se tinha em mente, hoje certamente seria enquadrada como de extrema-esquerda, pois quase todos os princípios do nazismo são defendidos pelos esquerdistas de hoje (e não pelos direitistas).

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    4. Você acha que o Dois Dedos de Teologia se tornou um canal genérico de proselitismo calvinista?

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    5. Na verdade eu acho que eles falavam mais de calvinismo antes, o calvinismo sempre foi a temática principal do canal deles da mesma forma que o catolicismo é a temática principal daqui.

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    6. Lucas, você pretende fazer um resumo ou um texto daquele documentário (Pattern of Evidences: Exodus)? Esse documentário é realmente incrível.

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    7. Avalie: https://osdivergentes.com.br/ricardo-miranda/querida-o-mbl-encolheu/

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    8. "mesmo que por partes"

      Isso me lembra Jack, o estripador.

      Isso é plágio, Banzolão. Cite as fontes do Jackão kkkkkkk.

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    9. Avalie (é um pouco longo): https://youtu.be/nNkNcZY3Uvc

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    10. "Avalie: https://osdivergentes.com.br/ricardo-miranda/querida-o-mbl-encolheu"

      Dor de cotovelo de esquerdista.

      "Isso me lembra Jack, o estripador"

      Me inspirei nele.

      "https://youtu.be/nNkNcZY3Uvc"

      Poderia resumir o que ele diz? (seu posicionamento e argumentos)

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    11. "Me inspirei nele"

      kkk

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    12. "Poderia resumir o que ele diz? (seu posicionamento e argumentos)"

      Ele basicamente mostrou "incoerências" no dicurso "calvinista" de Paul Washer

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    13. Poderia citar essas incoerências? (ou pelo menos uma)

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    14. Teve muito mais que isso.

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  2. Então das oito cruzadas eles só ganharam uma? Todo dia um 7x1 diferente.

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    1. Deve ser por isso que eles querem as Cruzadas de volta: querem a revanche.

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  3. Acho pouco provável que isso seja truque. E você, o que acha?

    https://www.youtube.com/watch?v=1sZDkrY9oNk

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    1. Esse cara é muito bom mesmo, mas em se tratando de mágicos eu não duvido de truque nenhum desde que vi a explicação para esse:

      https://www.youtube.com/watch?v=PUFgmLpP_Ps

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    2. Olhe isso cara. Não faço ideia de onde esse japonês tirou esse pão gigante:

      https://youtu.be/O3YLneFhr60?t=592

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    3. Assim ele poderia alimentar a África inteira.

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    4. Tudo isso é truque. É muito convincente, mas o que o Mister M faz e revela também são. Vejam esse da moça "dividida" em três partes:

      https://youtu.be/rTv9ioTF5AI?t=1077

      Como diz o padre Quevedo, "é pura técnica" hehehe.

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    5. Eu quero é ver a explicação para o truque do carinha das moedas lá em cima :)

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    6. "Eu quero é ver a explicação para o truque do carinha das moedas lá em cima"

      Espere um pouquinho aí que eu vou ali perguntar para o Mister M haha.

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  4. Oi Lucas, qual era o critério usado pra definir de alguém ia pra fogueira ou se ia continuar vivo, recebendo alguma outra pena?

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    1. Se se retratava e não era reincidente, não era condenado à morte (dependendo da gravidade do crime era castigado com açoites, ou com prisão, ou com confisco dos bens, ou com escravidão nas galés por certo tempo, entre outros). Mas se recusava a abjurar sua "heresia" ou se era reincidente, aí não escapava da fogueira.

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  5. Eu sou colorado, mas na minha opinião o São Paulo é o maior time do Brasil.

    Eu curtia uma página no facebook chamada "Explique-me Ateu" eles postavam coisas defendendo as cruzadas, o pior é que na época eu tinha menos conhecimento que tenho hoje, então eu acreditava.

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    1. "Eu sou colorado, mas na minha opinião o São Paulo é o maior time do Brasil"

      Na minha opinião também xD

      "Eu curtia uma página no facebook chamada "Explique-me Ateu" eles postavam coisas defendendo as cruzadas, o pior é que na época eu tinha menos conhecimento que tenho hoje, então eu acreditava"

      Normal, até eu "acreditava" (pelo menos nos sofismas centrais) antes de estudar o tema em livros sérios. Mas não há como estudar as cruzadas seriamente e ainda assim defendê-las honestamente - a não ser que seja um monstro moral que aprove a conduta dos cruzados, o que lastimavelmente é o caso de muitos tridentinos modernos.

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  6. Lucas,Avalie: https://www.youtube.com/watch?v=ftQt9tyueFc
    https://www.youtube.com/watch?v=ftQt9tyueFc

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    1. Nem perco tempo com essas porcarias, há uns anos atrás eu desperdicei uns cinco minutos assistindo a esse vídeo e o que eu vi foi o lunático pegando um trecho do meu vídeo fora do contexto e em vez de refutá-lo pessoalmente pegava trechos de vídeos do Felipe Aquino(!) dissertando sobre coisas totalmente diferentes daquilo que eu disse e achando que estava me refutando desse jeito. Realmente é tão medíocre que chega a dar pena; é esse tipo de conteúdo porco e mal feito que mostra o quão ralé e baixa é a apologética católica, especialmente a brasileira. Simplesmente compare o nível dos vídeos desse cara que não deve saber nem contar até dez com esses meus artigos explicando a questão de forma detalhada, exaustiva e repleta de fontes históricas:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/02/o-protestantismo-e-o-culpado-pela.html

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/02/lutero-foi-um-genocida-que-matou.html

      Na verdade esses vídeos servem a um propósito muito útil: provar tudo o que eu digo nos meus artigos, sobre esses apologistas católicos serem meras caricaturas de gente inculta e preguiçosos intelectuais que tem um verdadeiro horror a livros de história e por isso se baseiam em blogs católicos de fundo de quintal e em vídeos de gurus católicos de youtube para fundamentar seu "conhecimento" histórico. Passariam vergonha em qualquer ambiente acadêmico, mas para a sorte deles nem chegam lá.

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  7. "nasci em 1992, portanto antes (depois?) do suposto “rebaixamento” de 90. Mas em toda a minha infância e adolescência de são-paulino fanático eu nunca, nunca tinha visto qualquer cidadão que seja dizendo que o São Paulo foi rebaixado em 90."

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    1. ...os quatro grandes paulistas... São Paulo,Santos, Corinthians e Guarani(?)... Daqui a pouco você vai dizer que o "Guarani" não tem título mundial... Marco

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    2. Calma, foi apenas uma zueira, eu sei que Portuguesa e Ponte Preta também disputam pelo quarto posto, mas o Guarani é um pouco maior ao meu ver.

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  8. Lucas vc já ouviu falar da conspiração jesuíta? É minha teoria da conspiração favorita. O que será que os apologistas católicos acham dela?

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    1. Depende, a qual "conspiração" você se refere? São tantas. Algumas nem chegam a ser teorias de conspiração propriamente ditas, porque faziam expressamente parte da doutrina jesuítica (como as conspirações para depor reis não-católicos e catolizar os países à força, o que eles fizeram amplamente na Contrarreforma). Eu abordo algo sobre isso num dos tópicos deste artigo:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/04/refutando-todas-as-calunias-catolicas.html

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    2. Unknow Eu já tinha visto essa teoria da "conspiração jesuíta" e posso dizer que ela é tao maluca quanto a teoria de "Judeus sionistas maçônicos" que querem dominar o mundo.

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    3. Se formos levar essa teoria a serio estaremos em pouco tempo defendendo o genocídio que ocorreu contra os Cristãos Japoneses no xogunato tokugawa, da mesma forma que alguns revisionistas defendem o Holocausto.

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  9. Feliz dia do amigo, Dr. Banzoli:

    "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma." (3 João:1.2)

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    1. Nem sabia que era dia do amigo, mas obrigado de qualquer modo e feliz dia também :)

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  10. Digo o mesmo com o meu Flu.
    Vide 95, 1999 e 2013

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  11. Lucas, você poderia me explicar como o Protestantismo ajuda/ajudou na estabilidade política de um país? Porque países protestantes como os Estados Unidos tem e tiveram ao longo da história uma grande estabilidade política, enquanto países católicos como o Brasil, Argentina, Bolívia e América Latina ao longo de suas histórias tiveram pouca estabilidade política, passando por governos autoritários e ditatoriais?

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    1. Dá pra elencar alguns fatores, resumidamente:

      1) O protestantismo quebrou o absolutismo dos reis e fez nascer o conceito de democracia moderna, que é essencial para a estabilidade política de um país.

      2) Os protestantes não estavam sujeitos a uma autoridade supranacional como o papado.

      3) Os protestantes tinham um apreço muito maior pela liberdade de consciência e pela tolerância (que o papado abominava, e por consequência muitos dos reis católicos pelo mundo).

      4) Os protestantes eram mais individualistas (no bom sentido, de cada um cuidar da sua vida e não encher o saco do próximo o obrigando a agir dessa ou daquela maneira, ou a crer desse ou daquele jeito, gerando atritos e instabilidades).

      5) Os protestantes tinham mais apreço por valores morais, ignorados largamente por países católicos (embora nem todos os países protestantes tenham sido sempre morais).

      6) O protestantismo tem uma visão de mercado que favorece amplamente o desenvolvimento econômico e, por consequência, a prosperidade de um país. Sabemos que grande parte das revoluções surgem justamente do sentimento de miséria e abandono por parte do povo, que se vê mais suscetível a aceitar ideias enganosas de mudança rápida e fácil como o comunismo. Isso sempre foi muito mais improvável de acontecer nos países protestantes porque tal sentimento não imperava.

      7) O aspecto mais espiritual da coisa não pode ser desprezado: um país com mais protestantes, em tese, era um país com mais vidas regeneradas, inclusive nos altos postos do poder, e consequentemente com uma capacidade maior de gerir com capacitação e de bloquear atrocidades permitidas em outros lugares. O próprio povo em si tem a tendência de votar em gente mais decente e de ajudar na construção de um país mais civilizado e justo.

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    2. Muito obrigado pela explicação. Abraços

      Deus te abençoe

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    3. É mais uma coisa: Você tem esperança que no futuro, o Protestantismo volte a crescer nos EUA, em 1960, 70% dos americanos eram protestantes, mas Hoje, apenas 50% (algumas fontes dizem 46%) é protestante, e a principal causa da queda foi o crescimento populacional proporcionado pelos imigrantes da América Latina e Ásia. Eu oro todos os dias para que os protestantes voltem a crescer nos EUA.

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    4. Isso até poderia acontecer, mas de acordo com o registro bíblico de a incredulidade crescer no fim dos tempos, acho bastante improvável.

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    5. Banzoli, sei que você filtra os comentários. Posso dar algumas reflexões de um católico a respeito? Esse é um tema que acho interessante. Não vou falar nada de desrespeitoso, apenas algumas considerações sobre catolicismo e liberalismo.

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    6. Você não precisa pedir permissão, é só postar o comentário, se ele não tiver nada desrespeitoso eu libero sem problemas, e se tiver não adiantaria nada a permissão prévia ;p

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  12. Anônimo que sempre faz pergunta que não tem nada ve com o artigo rsrs21 de julho de 2018 às 01:28

    Eaeee banzolii
    Aquii é Flamengo, pena que perdemos para o São Paulo em casa ksksk

    Mano, eu tava vendo um testemunho catolico um dia, e o cara disse que estava orando diante da hóstia (transubstanciação), e ele disse que todos tiveram repouso no Espírito Santo, o que você acha??

    Você acha que Deus pode usar o erro teológico, como esse descrito acima, para trazer sua criação até si??

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    1. Pra falar a verdade essa coisa de "repouso no Espírito Santo" é muito perigosa, muitas vezes isso é o mesmo que hipnose, produzido pelo nosso cérebro, isso quando não tem influência maligna mesmo. Mas sim, lidando com a questão do erro teológico, eu acho que Deus pode usar qualquer coisa para seus propósitos, até a escravidão de José foi usada para um propósito maior, embora neste caso específico dificilmente seja o caso, porque não acho que Deus iria querer trazer a pessoa a um engano desse tipo.

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  13. Olha, eu entendi o seu texto e Concordo plenamente com ele, mas você ser contra a revisão de um "fato" histórico me parece idiotice.
    Existem sempre diversas histórias, procurar a verdadeira é nosso dever.

    Seu texto faz total sentido e eu respeito sua opinião (principalmente sobre a idiotice que é dizer que uma "inquisição" protestante existiu) mas isso espero que entenda: "fatos" pré estabelecidos historicamente devem sempre ser questionados.

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    1. Eu falei da História ESTABELECIDA (ou seja, daquilo que já se tem multidões de documentos e consenso acadêmico), não daquilo que se tem evidências do contrário ou que ainda é alvo de discussão. Alguns fatos são incontestáveis no momento (por exemplo, que Colombo chegou à América em 1492), pelo menos até um dia eventualmente surgirem novas evidências que indiquem o contrário, AÍ SIM isso teria que ser alvo de discussão, e NÃO enquanto não existem evidências do contrário (que é o caso dos revisionistas que abordo neste artigo).

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    2. Pelo jeito o anônimo acima não entendeu o texto.

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  14. "É com esta Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda Igreja, isto é, devem concordar os fiéis procedentes de qualquer parte; nela sempre se conservou a Tradição que vem dos Apóstolos" (Contra as Heresias II, 3-1-3).

    † Santo Irineu de Lyon

    Lucas essa citação procede ou é invasão dos romanistas ?

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    1. Não achei a citação na referência indicada:

      http://www.newadvent.org/fathers/0103203.htm

      O problema com as citações de "Contra as Heresias", além das traduções altamente questionáveis que constam diferente dependendo do lugar em que se checa, é que os primeiros 4 dos 5 livros da série não tem a versão grega dos mesmos (no qual foram originalmente escritos), esses se perderam e nós só temos acesso a eles por causa de uma tradução para o latim feita por monges católicos medievais (e obviamente, sujeitos à falsificação).

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  15. O que você acha?

    "Se o socialismo é bom e o capitalismo é ruim, por que não há americanos fugindo pra Cuba?"

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    1. Como assim não há americanos fugindo para Cuba? Eu mesmo vi vários americanos fugindo hoje mais cedo e tirei essa foto, olha eles ali:

      https://www.urbanarts.com.br/imagens/produtos/067658/Detalhes/mar-marcante.jpg

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    2. Eu pensei que o Banzolão tava mentindo, mas é verdade mesmo. Tem 5 barcos ali no mar. Tô vendo até um barco pirata tentando afundar eles kkkk.

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    3. E ainda é um barco pirata inglês, daqueles protestantes malvados.

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  16. O que vc acha da Vulgata Latina?

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    1. Tem alguns erros, mas no geral não é uma tradução ruim, o problema foi que a ICAR a tomou como a única versão oficial da Bíblia em vez de considerá-la mais uma tradução como tantas outras sujeitas a erros e acertos (e em lugar do texto grego, que é o mais grave). Mas de fato, na época de Jerônimo havia a necessidade de uma nova tradução pro latim devido ao fato da Antiga Vulgata estar defasada.

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    2. "A Vulgata é uma versão latina da Bíblia Sagrada, e em grande parte o resultado dos trabalhos de São Jerônimo ( Eusébio Sophronius Hieronymus ) , que foi encomendado pelo Papa Dâmaso I em 382 dC para fazer uma revisão das antigas traduções latinas. Por volta do século XIII, essa revisão passou a ser chamada de versio vulgata , isto é, a "tradução comumente usada" e, finalmente, tornou-se a versão latina definitiva e oficialmente promulgada da Bíblia Sagrada na Igreja Católica.
      São Jerônimo tinha sido encomendado pelo Papa Dâmaso para revisar o texto em latim antigo dos quatro Evangelhos dos melhores textos gregos, e na época da morte de Dâmaso em 384 dC ele havia completado esta tarefa, juntamente com uma revisão mais superficial da Septuaginta grega. do latim antigo texto dos Salmos.

      Após a morte do Papa, São Jerônimo, que havia sido o secretário do Papa, estabeleceu-se em Belém, onde produziu uma nova versão dos Salmos , traduzida da revisão Hexaplar da Septuaginta. Mas de 390 a 405 dC, São Jerônimo traduziu novamente todos os 39 livros da Bíblia hebraica, incluindo uma terceira versão dos Salmos , que sobrevive em poucos manuscritos da Vulgata. Esta nova tradução dos Salmosfoi rotulado por ele como "iuxta Hebraeos" (ie "perto dos hebreus", "imediatamente após os hebreus"), mas não foi usado em última instância na Vulgata. As traduções dos outros 38 livros foram usadas, no entanto, e assim a Vulgata é geralmente creditada como tendo sido a primeira tradução do Antigo Testamento para o latim diretamente do hebraico Tanakh, ao invés da Septuaginta grega.

      O uso extenso de material exegético por parte de São Jerónimo , escrito em grego, por outro lado, bem como a sua utilização dos textos aquilinos e teodotionáticos da Hexapla, juntamente com o estilo um pouco parafrástico em que ele traduziu, torna difícil determinar exactamente como dirigir a conversão do hebraico ao latim era. Em seus prólogos, Jerônimo descreveu aqueles livros ou porções de livros na Septuaginta que não foram encontrados no hebraico como não-canônicos: ele os chamou de apócrifos, mas eles são encontrados em todos os manuscritos e edições completas da Vulgata.

      Dos textos do Antigo Testamento não encontrados no hebraico, São Jerônimo traduziu Tobit e Judith novamente do aramaico; e do grego, os acréscimos a Ester da Septuaginta e os acréscimos a Daniel da Teodução. Os outros, Baruque , Sabedoria de Salomão , Ecclesiasticus , 1 Macabeus e 2 Macabeus , 3 Esdras e 4 Esdras , a Oração de Manassés , Salmo 151 e Laodiceanos.reter nos manuscritos da Vulgata suas antigas representações latinas. Seu estilo ainda é marcadamente distinguível de São Jerônimo. No texto da Vulgata, as traduções de São Jerônimo do grego das adições a Ester e Daniel são combinadas com suas traduções separadas desses livros do hebraico.

      O prefácio de São Jerônimo à versão da Vulgata do Novo Testamento"

      O restante do texto encontra-se: http://vulgate.org/

      Indagações:

      Já existia Papa 382 DC? Ou era apenas um bispo de Roma com jurisdição local? Além do mais, até que ponto é verdade ou mentira no texto acima. Agradeço a atenção e fico no aguardo.

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    3. Apenas um bispo de Roma com jurisdição local, mas uma jurisdição que incluía Jerônimo já que este era de Estridão, uma província romana. O texto em si está bem preciso nas coisas que diz, não vejo necessidade de correções. Só a parte do "papa Dâmaso" que pode passar essa impressão errada, mas é natural levando em conta que foi escrito por um católico e para os católicos qualquer bispo de Roma é um "papa" (mesmo os de antes de receber esse título).

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    4. Em que século surgiu a ideia ou o título de Papa?

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    5. Eu escrevo sobre isso no começo desse artigo:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/10/a-lista-oficial-de-papas-da-igreja.html

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  17. Parabéns Banzolao pelo artigo excelente como sempre, acho realmente um absurdo quererem negar fatos amplamente documentados e criar outros que nao estao documentados como o rebaixamento do São Paulo no paulistao de 1990,uma pena que eu não possa negar tbm os rebaixamentos de meu time o Fluminense e as viradas de mesa em favor dele, pois lembro bem de meus primos flamenguistas me zoando por isso, mas em relação as Cruzadas eu já vi o Olavo falar que esta foi uma reação a ataques dos muçulmanos que conquistaram a Peninsula Ibérica e outras regiões da Europa tendo quase chegado a Viena, eu sei que esse argumento é falso mas não sei exatamente o porquê de ser falso, não foram exatamente os muçulmanos que começaram a atacar?

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    1. Mas as Cruzadas foram feitas na época da expansão muçulmana pela Europa? Não, a vez que os muçulmanos chegaram mais próximos de "conquistar a Europa" segundo os católicos (o que é um exagero, no máximo dominariam a França) foi na Batalha de Poitiers (732), isso mais de 350 anos antes da Primeira Cruzada. Quando as cruzadas foram realizadas, os muçulmanos já estavam fragmentados e a única expansão era por parte dos turcos contra o Império Bizantino, que sempre se defendeu bem (antes do saque católico). Essa visão é tão revisionista que em parte nenhuma do discurso do papa Urbano II consta esse pretexto de "deter a expansão muçulmana", a ÚNICA razão levantada era a suposta depredação que os muçulmanos estavam fazendo nos lugares santos em Jerusalém, por isso a expedição foi a Jerusalém e não em lugar nenhum supostamente atacado na Europa. E por ironia, esse motivo se demonstrou falso, pois quando os cruzados chegaram lá não havia nada depredado, ou seja, o papa inventou uma fake news para instigar a cruzada e por isso hoje os apologistas católicos precisam mudar a História Estabelecida dos fatos e inventar um outro pretexto que nem passou pela cabeça do papa.

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  18. Eu sei que os cruzados queriam reduzir a populacao da Europa enviando camponeses pobres para o Oriente, além de ter objetivos materiais como a conquista de novas terras, eram imperialistas, mas e essaehistória de revidar ataques muçulmanos? É totalmente falsa ou eles tinham de fato magoa e medo de novos ataques?

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  19. Tem algo que me intriga muito que é a respeito dos TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE (narcisismo, psicopatia, dentre outros). Muitos estudiosos da área afirmam que essas pessoas DIFICILMENTE conseguem mudar, não possuem arrependimento, e, que, caso um dia se arrependam dos seus erros vão sofrer um trauma horrível no futuro em decorrência das inúmeras maldades que praticaram no passado.
    Dai fico questionando: Será que Deus faz pessoas psicopatas? Porque esses transtornos de personalidade não tem cura pois a área do cérebro responsável pela culpa e compaixão é desativada (no caso dos psicopatas). Existe um neurocientista que fez essa pesquisa e concluiu realmente isso que eles têm inativa uma região ligada ao comportamento ético e à tomada de decisão. Viu também que possuem genes ligados à violência. Como uma pessoa doente pode se arrepender? O cérebro dela simplesmente não vai ativar do nada essa área.
    Então é como se Deus permitisse que uma pessoa nascesse má e não tivesse livre arbítrio, e também muitos podem afirmar que o livre arbítrio não existe (podem afirmar que essa pessoa pode ir pro céu, mesmo fazendo coisas cruéis - caso Deus exista - porque como ela não tinha capacidade de entender os seus atos, Deus não poderia condenar esse indivíduo) por conta dessas pessoas e questionar que Deus não existe, pois, no caso dos psicopatas, Deus poderia salvar eles por não terem total discernimento dos seus atos cruéis (nesse caso Deus estaria salvando pessoas más, o que não se enquadra no conceito bíblico de salvação)...
    Há algum tempo atrás, eu assisti uma entrevista feita pelo Gugu com a Susana Von Hietchtofen (não sei escrever o sobrenome dela corretamente rs), e percebi que realmente ela realmente é psicopata. Só que algo me deixou meio intrigada: Em várias partes da entrevista ela parecia estar prestando atenção no Gugu, respondia as perguntas, agia normalmente, sorria, etc...mas tinha horas em que ela mudava de comportamento rapidamente e era quando o Gugu tava olhando pra baixo ou olhando para outros lugares que não o rosto dela. Nessas horas ela fazia cara de mau pro Gugu como se quisesse matar ele ou como se estivesse planejando fazer algo mau pra ele. Juro por Deus, ela cerrava os olhos pro Gugu e meio que ficava com raiva dele (pela expressão no rosto, ela parecia estar com raiva do Gugu, sem motivo algum). Então fiquei meio confusa e fiquei questionando: Será que um psicopata pode ser salvo por não entender o que faz em determinados momentos? Porque realmente existem pessoas que fazem o mal e depois confessam dizendo que sabem que é errado. O psicopata não: Ele acha que o que faz é NORMAL. Se for um psicopata grave pra ele matar é a mesma coisa que beber água (um ato normal). Também os psicopatas nascem sem emoções ou sentimentos. Dai fico também me questionando: Porque Deus permite que pessoas nasçam sem sentimentos? Desculpa eu não consegui me expressar bem, mas esse assunto é muito complexo e é difícil de se explicar...

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    1. Essa é uma das questões mais difíceis de se responder, mas trabalhando com sua própria analogia com a sede por beber água, é possível que nós consigamos ficar muito tempo sem beber algo até se tornar realmente inevitável. Então suponhamos que alguma autoridade tivesse nos dado a missão de não beber água e houvesse um galão de água na nossa frente, alguns iriam beber aquela água bem rápido no primeiro dia ou nas primeiras horas, e outros iriam durar bem mais tempo até finalmente não ter como não beber a água, e eventualmente é possível que alguém nunca beba a água e prefira morrer do que ferir essa regra. Então por mais que tenhamos uma propensão natural por beber a água, isso não significa que não possamos ser julgados em absoluto, pois mesmo com uma natureza com inclinações e tendências fortes, ainda assim existe algum grau de livre-arbítrio.

      Inclusive lhe recomendo este vídeo sobre “Beth, a criança psicopata”, que cresceu e hoje consegue viver como uma pessoa normal:

      https://www.youtube.com/watch?v=MMmBAVtCdbY

      Por que Deus criou pessoas assim talvez seja o mais fácil de se responder, porque Deus criou a pessoa, não a deficiência da pessoa. A deficiência em si é fruto do pecado original, é o resultado de uma criação caída no pecado há milênios, que a cada geração que passa aumenta seu número de genes maléficos transmitidos adiante (cientificamente falando), ou seja, de “erros no sistema”. Elas podem ser salvas? Creio que depende do caso, um psicopata pode não ter a mesma força para não agredir ou matar alguém como nós temos, mas ela ainda tem um cérebro e uma consciência até certo ponto livre para decidir crer ou não crer em Cristo, e no dia do juízo Deus não vai julgar todas as pessoas com o mesmo grau de rigor, mas de acordo com as limitações e possibilidades de cada um (cf. Lc 12:47-48).

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    2. " Porque realmente existem pessoas que fazem o mal e depois confessam dizendo que sabem que é errado. O psicopata não: Ele acha que o que faz é NORMAL."

      Há controvérsias sobre isso. Beth Thomas tinha todas as características de uma criança que seria psicopata, mas foi adotada por um pastor metodista, recebeu tratamento, e viveu nornalmente quando adulta. A psicopatia consiste em não sentir compaixão, mas muitos psicopatas por aí vivem entre as pessoas normalmente. Eles aparentemente não sentem amor, mas não fazem o mal para não sofrerem consequências; veja que a mãe da Richtofen, por xemplo, era uma médica psiquiatra e não reconheceu sua filha como um "monstro psicopata", nem a mãe da Suzanne, nem ninguém da família deve ter notado sua inclinação doentia para o mal; aparentemente eles "aprendem" como viver. Agora, é obviamente impossível saber o que de fato se passa na cabeça de um psicopata a menos que você seja um. Como provar que uma pessoa de fato nunca sentiu compaixão se ela viveu normalmente em sociedade até certa idade? Uma criança sem consciência das consequências de seus atos demonstraria facilmente sua maldade desproporcional. No caso de Beth Thomas e Mary Bell, que já davam sinais desde a infância, leve em consideração que foram seriamente maltratadas e abusadas; já nos casos que passam despercebidos na infância, como saber com certeza que o indivíduo não teve escolha entre o bem que aparentemente seguia de forma voluntária até então e o mal que se revelou a pouco tempo? Uma objeção cabível seria dizer que nesses casos que passam despercebidos, a criança vive normalmente em casa para não ser prontamente castigada pelos pais e é absolutamente cruel com pessoas de fora sem nenhum motivo aparente para isso, como retratado no filme " o anjo malvado"; mas continuo crendo ser impossível bater o martelo, já que nunca presenciei tal situação e não é certo chegar à conclusões por meio de filmes e histórias fictícias. Tenha em mente que tratando-se de distúrbios mentais muitas controvérsias ainda precisam ser resolvidas. Eu não tenho propriedade para falar dos exames médicos, se são indiscutivelmente aceitos pela comunidade médica como 100% confiáveis... mas é bem provável que não.

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  20. Iae pessoal! Tenho uns comentários a fazer sobre A Bíblia de Estudo Andrews(sobre uma nota deles): O comentário de Deuteronômio 22:29="CINQUENTA SICLOS. Cerca de 600g. SERÁ POR MULHER. Para os leitores modernos, parece que essa lei pune a vítima ao força-la a casar se com o homem que a estuprou. No entando, a intenção é tornar o homem responsável por sustenta-la pelo restante de vida. Depois de não ser mais virgem, seria difícil para sua família encontrar um esposo para ela. A comparação com Êxodo 22:16,17 sugere que, embora a moça tivesse direito a se casar com o homem e ele precisasse pagar o preço pela noiva, a família não tinha obrigação de dá-la em casamento a ele, caso não aprovasse(comparar com Gênesis 34)" (Continua)

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  21. Para mim, o comentário cometeu alguns bolas foras: O contexto de Deuteronômio 22:28 não parece indicar que a moça foi estuprada, e sim que ela foi seduzida pelo cara. Então me parece que nessa situação era obrigado o cara a pagar mais ou menos 600g de prata, tinha que pagar o dote dela que era estipulado pela família, ele tinha que continuar a pagar ou 600g de prata ou o dote dela PELO RESTO DA VIDA DE UM DOS DOIS, e caso a família aceitar ele para para ser esposo dela, ele não ia poder "manda-la embora".(talvez isso significasse que ele não poderia divorciar-se dela?) A punição do cara parecia ser mais severa, pois ele a seduziu.

    A pena dela parecia ser mais leve: ela, caso a família quisesse que ele fosse o esposo dela, ia ter que se contentar com isso mesmo, e caso ele não fosse aceito, seria mais difícil para ela arrumar um esposo, pois ela não era mais virgem.

    É isso ae, galera! Me falem se eu esqueci algo, ou se eu cometi um bola fora fazendo esse comentário. Sintam-se livres para concordar ou não!

    Deus lhes Ilumine!

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    1. Eu comento sobre esse texto a partir da página 51 do pdf do livro "A Bíblia e a Escravidão" (disponível na página dos livros, link abaixo):

      http://www.lucasbanzoli.com/2017/04/0.html

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  22. Quem é pior, os marxistas idealizando um futuro que não existe, ou os católicos idealizando um passado horrendo?

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    1. Pergunta difícil, mas eu acho que o pior é um católico marxista (tipo um padre da TL).

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  23. Porque você não mencionou outro "grande erudito" da inquisição e das cruzadas, um tal Olavo de Carvalho?

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    1. Acabei esquecendo do astrólogo :/

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    2. Não deixe de lado o nosso Astrolavo. Ele tem muitas pérolas para que possamos nos divertir.

      É só procurar no Youtube que achará várias sobre as Cruzadas, Inquisição, Indulgências, como era a ICAR de outrora etc.

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    3. Pra fazer um compilado de pérolas do Astrolavo eu acho que precisaria de um livro inteiro, não caberia em um artigo, infelizmente... :/

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  24. Banzolao vc acha que a pauta conservadora pode ser prejudicada no Brasil se ficar na mao desses católicos tridentinos fã de Inquisição, é até uma hipocrisia eles se fizerem pro vida, contra o aborto e ao mesmo tempo defenderem a tortura e o assassinato de opositores, eu sei que muitos protestantes, a maioria são conservadores e penso que é excelente, já que todos os países europeus protedtsntes alem do liberalismo econômico contavam com o conservadorismo e os EUA tbm, refletindo bem penso que não basta só o liberalismo econômico para uma nação se desenvolver e a bancada evangeliva aqui é muito fisiológica,me parece que só cuidam dos interesses da igreja, nao divulgam o conservadorismo acadêmico de Burke e Scruton

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    1. Concordo com tudo o que você disse. Muitos desses "conservadores" católicos são "a favor" da vida enquanto na barriga da mãe, mas mudam totalmente de opinião depois que nasce e não vira um católico.

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  25. Paz do Senhor
    Lucas, tenho que dar o braço a torcer, a icar de vez em quando entra em guerra por motivos sérios, dá uma olhada
    https://incrivel.club/admiracao-lugares/em-jerusalem-ha-uma-escada-de-madeira-que-ninguem-conseguiu-mover-por-300-anos-554560/

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    1. "Algo semelhante aconteceu em 2002. Um monge estava sentado em uma cadeira no telhado do prédio e a deslocou à sombra, para não ficar sob o sol escaldante. Como fez isso sem ter permissão de todas as seis ordens religiosas, foi declarado um violador do acordo de 1757. Isso iniciou uma verdadeira batalha entre as comunidades, que resultou em dezenas de monges feridos"

      "Na segunda vez que isso aconteceu, um desconhecido pegou o objeto e desapareceu com ele por duas semanas. Durante esse período, quase foi desencadeada uma guerra, o pânico tomou conta das pessoas e todos desconfiavam dos que o rodeavam. Por sorte, logo o homem devolveu a escada"

      Só mesmo a ICAR para lutar por motivos tão nobres, estou quase derramando uma gota de lágrima aqui, de tanta emoção.

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  26. Olá irmão, bom dia. Tenho tido dúvidas acerca do Genesis e da criação do mundo. Percebo q existe muita confusão quanto aos primeiros relatos de Genesis. Vc poderia refutar esses vídeos?
    https://youtu.be/kgZwGLr4Mi8 (houve 2 criações ou apenas uma?)
    https://youtu.be/hyDQEQqtp00 (tenho dúvidas quanto ao que ele disse no vídeo. De certa forma parece lógico mas ao mesmo tempo ilógico. Realmente se o Eden foi aqui na Terra porque nos não sabemos em que região ele fica e porque não sabemos onde está a árvore da vida?)

    https://youtu.be/8W-ZllA6Oe4 (se Deus em Levitico já considera casamento entre irmãos pecado pq o casamento de caim com sua suposta irmã não foi considerado pecado pra Deus?). Tem um vídeo do Mario Persona q ele fala q acredita q Caim pode ter se casado com uma prima muito distante pq Abraão viveu 800 anos e gerou muitas pessoas. Mas sei lá é muito confusa a bíblia meu Deus kkkkk

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    1. Eu vou assistir esses vídeos mais tarde, mas no momento faço minhas considerações prévias:

      1) Todas essas teorias são desacreditadas fortemente pelos teólogos de qualquer vertente teológica e não possuem qualquer base séria, pelo menos não do que eu já estudei até aqui.

      2) O Jardim do Éden foi destruído por ocasião do dilúvio, lembre-se que o dilúvio foi uma catástrofe de dimensão global, tudo o que havia na terra foi destruído completamente na ocasião, eu já comentei sobre isso numa parte desse artigo aqui:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/05/a-terra-ira-durar-para-sempre-ou-deus.html

      3) O que aconteceu com a árvore da vida a Bíblia não detalha a não ser quando diz no Apocalipse que ela está no céu (porque ela "desce do céu" à terra ao final do milênio para estar novamente entre o povo de Deus na nova terra), mas a tradição judaica afirma que pouco antes do dilúvio Deus trouxe a árvore para a sua presença para que ela não fosse destruída no dilúvio como todas as outras, e por isso ela está no céu hoje. Eu acho essa teoria a mais plausível se a árvore for literal mesmo, mas pode ser uma alegoria e neste caso o "dilema" inexiste.

      4) A relação entre irmãos não era pecado no início da criação por duas razões simples, primeiro porque isso era necessário para a humanidade não ser extinta, mas principalmente porque naquela época não havia ainda as consequências genéticas dessa relação entre irmãos nos dias de hoje. O pastor Ubirajara Crespo escreveu:

      “A lei que proíbe o incesto visava a mesma proteção, pois está provado que casamentos consangüíneos podem acarretar alterações na formação do feto. Naquela época o problema não era tão grande, pois a recente criação do homem não lhe trazia uma história genética tão grande como a que temos. Hoje temos muito mais a herdar de nossos antepassados do que naquela época”

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    2. O que seria essa história genética tão grande? Seria fruto do pecado humano? Exemplo: Na época de Caim havia pecado, mas não tanto a ponto de haver estupros, vários homicídios, roubos, etc. Depois com o crescimento da humanidade e com o aumento desses pecados isso afetou os genes? Se sim, de que forma?

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    3. Na verdade isso é um conceito cientificamente estabelecido, tratam-se das "mutações" no código genético, como você pode ler aqui:

      https://veja.abril.com.br/ciencia/sessenta-mutacoes-ocorrem-a-cada-geracao-diz-estudo/

      Infelizmente eu não me lembro exatamente onde foi que eu ouvi a notícia de que essas mutações no código genético que aumentam de geração após geração são todas negativas, ou seja, "erros no sistema" que nos tornam em algum aspecto piores geneticamente do que a geração anterior (talvez tenha sido do Afonso Vasconcelos Lopes, ou do Rodrigo Silva, realmente não me recordo agora). Se isso tem alguma relação com o mundo espiritual eu creio que sim, acho que a maldade vai acumulando e isso tem consequências genéticas.

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  27. Olá,sobre seu comentário do Nazismo ser provalmente considerado de extrema esquerda hoje,teria algum embalsamento ? Nazismo era contra a luta de classes e criava hierarquias sociais,como isso poderia ser de extrema esquerda ? Aliás se puder me explicar a diferença do extremismo ideológico para a ideologia em si seria interessante,porque são coisas diferentes né ? Enfim,abraços

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    1. O nazismo era de extrema-esquerda por defender coisas como: (1) aborto; (2) controle de armas; (3) Estado Grande; (4) visão pró-islâmica e antijudaica; (5) censura da mídia; (6) ditadura; (7) anticapitalismo; (8) eugenia, entre outros. Por isso que se fosse HOJE, ele seria MAIS identificado com a esquerda do que com a direita. Mas isso não significa que os esquerdistas sejam nazistas ou que os nazistas concordassem com os esquerdistas modernos em tudo. Por isso há tantos estudiosos que classificam regimes como o nazismo e o fascismo como "terceira via" (ou seja, nem direita e nem esquerda), mas se fôssemos obrigados a enquadrá-los dentro da classificação atual, eles seriam mais identificados com a esquerda moderna, sem dúvida.

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  28. Obrigada por compartilhar conhecimento! Excelente artigo. Vou até imprimir.

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  29. É verdade que milhares de pessoas visitam o seu blog?

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    1. O que você sente ao saber que pessoas de todas as regiões do Brasil visitam o seu blog?

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    2. Algum leitor seu já te reconheceu pessoalmente?

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    3. Graças a Deus só aconteceu uma vez.

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  30. Olá,muito interessante,porém me permita fazer alguns contra pontos.Antes queria avisar que tudo que sei sobre história é baseado no que aprendi na escola,livros sobre história geral(Eric Hobsbawm),podcasts e textos em geral,então sinta se a vontade para me corrigir.

    (8)Eugenia: Concordo com a visão de que isso seja algo extremista,mas discordo que seja algo da extrema esquerda,muitos grupos de ódio se auto denominam de direita,um exemplo é a KKK que propaga ideias racistas e anti minorias muito antes do nazismo,entretanto,vejo muitos usando o fato dos Democratas terem fundado a KKK,porém o partido republicano e o democrata passaram por diversas mudanças ideológicas no século XX,um exemplo foi o ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagen,ilustre figura do conservadorismo,que iniciou sua carreira política no partido Democrata e que saiu logo depois devido a mudanças ideológicas do mesmo.A Eugênia,anti- miscigenação sempre foi algo muito presente em grupos de ódio que se denominam de direita e acredito que bem ausente na esquerda.

    (2)Controle de Armas : Isso é uma pauta da esquerda,ok.

    (3) Estado Grande : Não vejo isso como um bom argumento,muitas ditaduras consideradas de extrema de direita possuíam um estado forte.

    (4) Visao Pro-islamica e anti-judaica : desconheço essa visão pro-islâmica,novamente como dito acima em relação a grupos de ódio.

    (5)Censura da Mídia : Novamente,ditaduras da direita tinham em peso o controle da mídia.

    (6)Ditadura : Como dito anteriormente não acredito que seja um bom argumento devido às razões anteriormente comentadas.

    (7) Anticapitalismo : O nazismo promoveu o capitalismo,exemplo foram as alianças com as empresas da Hugo Boss e Volkswagen.Creio que a única ideologia anticapitalista seja o comunismo,não ?

    (1)Aborto: Aborto não é apenas uma pauta da esquerda,existem liberais de direita que são a favor,não ?


    Enfim,a esquerda atual é fortemente identitária ,qualquer relação com o nazismo seria bem incongruente,porém vejo muitos grupos neonazistas e racistas que se denominam de direita .Alias neonazismo e nazismo são coisas diferentes,porém é curioso o fato de que grupos que se denominam de direita abraçar uma ideologia que seria de extrema-esquerda,não ?

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    1. "Ditadura de direita" é uma contradição de termos tal como um "solteiro casado" ou um "gordo magro". A direita por definição é a defesa de um Estado menor desprovido de intervenções estatais significativas, e uma ditadura por definição é o oposto a isso (Estado simplesmente tomando o poder à força, controlando tudo e forçando uma ideologia ao povo). Esse meme resume bem a coisa:

      http://2.bp.blogspot.com/-9cBTKntvm2w/UYrzfXDA0GI/AAAAAAAAAEQ/eBoGBVmafiA/s1600/130508a---Abreu-01--testes.jpg

      Creio que o ponto central dessa discussão reside NO QUE É direita e esquerda. Se você considerar direita e esquerda como sendo "qualquer coisa que alguém se identifique como", então vai virar uma bagunça, uma verdadeira salada de frutas. Veja por exemplo o caso do PSDB, que tem políticos que dizem que é de direita, e outros se assumindo como sendo de esquerda. O Hugo Chávez, antes de assumir o poder, negava veementemente ser de esquerda. O Alckmin acha que o Lula é de "extrema-direita", e muito do que é chamado de "direita" aqui seria de esquerda nos EUA, pois se aproxima muito mais dos democratas do que dos republicanos. Isso sem falar que dependendo da época o conceito é encarado de forma diversa também.

      Por isso que eu já disse numa outra resposta (não sei se a você ou a outra pessoa): é um erro considerar esquerda e direito como conceitos absolutos, invariáveis e atemporais, e POR ISSO que o nazismo era chamado de "extrema-direita" na década de 30, porque naquela época as pessoas achavam que direita era isso, não porque ele dissesse coisas que sejam identificadas como sendo de direita hoje. Pegue como exemplo o controverso exemplo de Vargas: praticamente há um consenso hoje de que Getúlio era um esquerdista (a própria esquerda alega isso hoje com orgulho), mas na época ele era visto por muitos como um fascista ou pelo menos como alguém que se aproximava do fascismo, que era encarado como sendo de “extrema-direita”. Entende como as coisas são mais complexas do que parecem?

      Por isso nós precisamos de uma DEFINIÇÃO do que é direita e do que é esquerda antes de iniciar qualquer discussão; sem estabelecer os conceitos previamente qualquer debate será completamente inútil. No MEU entendimento, direita e esquerda se definem pelo tamanho do Estado, e NESTE conceito não pode existir “ditadura de direita”, pois toda ditadura consiste em um Estado grande. É dessa forma que os conceitos são encarados pela maior parte dos americanos modernos, por exemplo. Quanto mais intervenção, mais à esquerda; quanto menos, mais à direita. Neste sentido o anarcocapitalismo seria uma “extrema-direita”, enquanto nazismo, fascismo e comunismos seriam de “extrema-esquerda”, embora se tratem de diferentes tipos de esquerda.

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    2. Hitler por exemplo era do partido “nacional-socialista” e isso não era sem uma razão: ele era socialista como os demais, mas não de um socialismo internacionalista, mas sim de um nacionalismo alemão. Claro que nem sempre um socialista vai na prática implantar todo o socialismo de uma vez só e não significa que será sempre coerente com sua ideologia (nem o PT do Lula e da Dilma foi), mas ainda assim é incontestável que eles se opuseram ao capitalismo sim:

      “Os nazistas conseguiram eliminar totalmente a motivação do lucro do exercício da atividade. Na Alemanha nazista, não há mais qualquer coisa de livre iniciativa. Não há mais empresários. Os antigos empresários foram reduzidos à condição de Betriebsfuher (gerente de loja). Eles não são livres na sua operação; eles são obrigados a obedecer incondicionalmente as ordens emitidas pelo Conselho Central de Gestão da Produção, o Reichswirtschaftsministerium, e seus escritórios distritais e ramo subordinado. O governo não só determina os preços e taxas de juros a serem pagas, mas também a quantidade a ser produzida e os métodos a serem aplicados na produção; ele atribui uma renda definitiva para cada gerente de loja, assim, praticamente transformando-o em um funcionário assalariado. Este sistema não tem nada em comum com o capitalismo e a economia de mercado. É simplesmente o socialismo do padrão alemão, Zwangswirtschaft. Ele difere do padrão russo do socialismo, o sistema de nacionalização pura e simples de todas as plantas, apenas em questões técnicas. E é, é claro, como o sistema russo, um modo de organização social que é puramente autoritário” (Ludwig von Mises, Burocracia, p. 53-54)

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  31. Lucas, o que você acha do Dr. Enéas Carneiro?

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    1. Como pessoa era admirável sem sombra de dúvida, uma mente bem à frente dos outros políticos de seu tempo, mas não penso que em se tratando de economia ele seria bom como presidente do país; ele era fortemente nacionalista e antiliberal, contra qualquer privatização e a favor de construir bombas e dar calote na dívida externa, ou seja, talvez seria pior que o PT.

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  32. Lucas, o que você acha do Ayrton Senna?

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    1. Acho que foi o último "herói" que o povo brasileiro teve.

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  33. Opa,antes de fazer uma resposta queria me desculpar pelos erros gramaticais na postagem acima,escrevi pelo celular e infelizmente ele acabou trocando algumas palavras.
    No mais vou comentar com meu perfil para não criar confusoes.

    Bom,creio que essa divisão binária na definição de Esquerda e Direita se baseando no tamanho do estado não seja válida academicamente falando.A esquerda prioriza igualdade e a direita eficiência.Nazismo criou hierarquias socias e assim divisão de classes,era racista e homofóbica (apesar de que homossexualismo no inicio do século XX poderia ser considerado alguma doença).Alias essa questão identitária de genêro,orientação sexual,miscenagação são pautas relativamente recentes da esquerda.

    Outra ponto,o conservadorismo simpatiza com ideais de regulamentação do estado,vide imigração,drogas e aborto.O conservadorismo muitas vezes ignora o dinamismo social.
    Porém,em relação ao que foi dito anteriormente,muitos grupos de ódio se identificam como a direita,um forte exemplo é a Ku Klux Klan,um grupo terrorista cristão que simpatiza com ideias extremistas e racistas como o Nazismo.Você definiu a Direita apenas como Liberal,o que eu discordo,chegar a ser incongruente definir a direita dessa maneira.

    Sobre o Nazismo ser anti-capitalista : http://www.nber.org/chapters/c9476.pdf
    Só porque o capitalismo é regulado não quer dizer necessariamente que não seja capitalismo,talvez não nos moldes ideias mas a Alemanha Nazista era capitalista sim.

    Alias,em relação a imagem que você me enviou,eu geralmente evito páginas do tipo "Mentiram para você sobre...." geralmente são ladainhas sem embasamento acadêmico-científico,vide Terra Plana,Desing Inteligente e camapanhas anti-vacinas.Alias,não entendo essa necessidade de querer por o Nazismo como de esquerda,qualquer sistema que resultou em genocídio é automaticamente de esquerda,porém o mesmo pessoal que possui essa mentalidade ignora momentos trágicos como a Fome de 1943 em Bengala ou as atividades terroristas da Ku Klux Klan contra minorias.

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    1. Bom, na minha opinião você está repetindo as mesmas coisas que eu já comentei anteriormente sobre isso. Dizer que "a KKK é de direita" é o mesmo anacronismo que se faz com o nazismo e o fascismo, além do problema da auto-rotulação, que se levado a sério faria de Hugo Chávez um direitista, o que é ridículo. Ademais sabemos que a KKK foi originalmente fundada e composta por democratas, que historicamente costumam ser os mais racistas nos EUA:

      https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/o-racismo-historico-da-esquerda/

      Eu nunca disse que a minha definição de direita e esquerda é perfeita ou que seja um consenso acadêmico, não é, e eu fiz questão de acentuar isso na parte em que escrevi (em caixa alta, para destacar o ponto) que este era o MEU entendimento particular da coisa. Mas em compensação a sua definição não é melhor, nem todo o direitista vai concordar que a esquerda quer igualdade e muito menos os esquerdistas vão concordar que só a direita busca eficiência. Não importa que critério se imponha, eles SEMPRE serão questionáveis, não há uma definição universal, absoluta e atemporal em relação a esses conceitos.

      "Ah, mas você quer que o nazismo seja de esquerda porque tem essa necessidade...". Eu não tenho nada, eu nem mesmo havia discorrido sobre isso, o artigo nem diz respeito à questão, eu apenas fui questionado a respeito e dei minha opinião de acordo com o conceito que eu tenho em mente em relação ao que vem a ser direita e esquerda, mas é lógico que dependendo do conceito que se tenha em mente haverão variáveis, por isso alguns dizem ser de extrema-direita e outros uma "terceira via".

      Em relação à página eu francamente não tenho ideia nem de que página era, eu só selecionei aquele meme porque expressava bem o conceito, não sigo essas páginas de facebook. Sobre o nazismo e sua relação com o capitalismo, é um erro taxar Hitler como um "capitalista" só porque ele não fez da Alemanha um país comunista, isso seria o mesmo que dizer que Lula e Dilma são capitalistas convictos só porque nenhum deles transformou o nosso país num comunismo ou no socialismo à la Cuba. Seja lá que ideia que Hitler tinha em mente em relação ao modelo econômico, é fato que nenhum direitista do mundo seria tão hostil ao capitalismo como ele foi, ou diria as palavras que disse, ou agiria da forma que agiu. Ademais ninguém é obrigado a implementar o socialismo da noite pro dia: muitos preferem implantá-lo gradualmente, como é o caso venezuelano. Sobre a relação do nazismo com o modelo socialista eu recomendo este artigo:

      https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=98

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    2. Caro naturalista, o tamanho do estado é exatamente a primeira coisa que você deve perguntar para alguém para saber se ele é de direita ou esquerda. Como você diz que academicamente falando isso é inválido? É a primeira discussão. E quando se discute sobre esquerda e direita, passa-se a ideia de ser uma discussão linear, em que um ponto corre em uma linha. Na verdade, isso é apenas uma tentativa de simplificação do fenômeno, que não reflete a realidade. Por exemplo, a extrema esquerda e a esquerda se diferem em graus. A extrema direita (a verdadeira, não a que a Folha de São Paulo diz que é) é oposta à direita, a começar pelo tamanho do Estado, pelas liberdades individuais, entre outros, pontos que são caros à direita e que a extrema direita extrapola. O seu comentário, na verdade, demonstra um certo preconceito com a direita e um certo apreço com a esquerda, talvez fruto de doutrinação acadêmica, talvez apenas uma má compreensão dos conceitos. Academicamente falando, a direita vence 95% das discussões, porque ela é a única, dentre todos, que usa a razão e o bom senso para se chegar a uma conclusão. O resto quer vencer na força ou no discurso.

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    3. Negativo meu caro,você me acusa de simpatização com a esquerda e intima um dado estatístico duvidoso para afirmar uma ideia de que a Direita vence todos os debates acadêmicos,e isso sim também me parece um apreço pela Direita.
      Me considerado social democrata ou centro-esquerda antes de qualquer coisa.

      Entretanto essa definição de Esquerda e Direita como o Lucas Banzoli disse é variavél,porém eu considerei uma definição acadêmica.Essa comparação de tamanho de estado surgiu na internet,eu desconheço fonte acadêmica para isso.

      Pergunte a algum filósofo anarquista para você vê se as ideias do mesmo simpatizam mais com a Esquerda ou a Direita.Contudo,é muito mais oportuno dar essa definição para a direita pois abre margem para interpretações que a mesma nunca apoiou ideias fascistas e totalitaristas o que é um absurdo.Conquanto, eu compreendo que as células radicais de cada ideologia não correspodem com a mesma.

      Bom,respondendo ao Lucas Banzoli.A KKK é assumidamente de Direita e não é anacronismo,muitas ideais extremistas da mesma surgiram no antigo partido Democrata,que era um partido antifederalista,ou seja totalmente contra as ideias de um estado soberano,defendiam a escravidão e o racismo.Os republicanos,eram federalistas,apoiavam a criação de bancos,inicialmente por parte do estado, para investir na industria,empresas e na imigração para ajudar na mão de obra.São dois partidos com mais de 150 anos e tiveram muitas mudanças,mas até os anos 60,os estados do Sul,aonde as células da KKK se encontram fortemente,votavam com os democratas,porém com a entrada do Lyndon B. Johnson e suas leis controversas a ideologia do partido Democrata na epóca até então,como o direitos civis a negros,ouve grandes mudanças no partido,houve vários casos de politicos que eram democratas e foram para o partido republicano,o maior exemplo foi o icone do conservadorismo americano Ronald Reagen (não estou o chamando de racista,foi apenas um exemplo).Alias muitos presidentes Democratas antes dos anos 60 são dos estados do Sul.

      Enfim,não quero me prolongar muito,apenas queria dar uma resposta ao Gustavo Soares e complementar o que eu precisava falar sobre a KKK.
      Alias,proponho parar por aqui mesmo,só foi uma "conversa" mesmo e não acredito que será muito produtivo continuar.Enfim,agradeço pelas respostas.

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    4. Eu também não quero me prolongar, e também gostei da discussão, mas a questão quanto ao tamanho do Estado, pelo menos dentro do que eu já pesquisei, existe desde pelo menos Adam Smith, que viveu no século XVIII. Quanto a porcentagem, não sei se existe dado estatístico sobre isso, é a minha percepção, mas quem estudou um pouco de política sabe que fundamentalmente, ou na questão científica, quem se sobressai, por muito, é a direita, cabendo a esquerda inventar subterfúgios ou manipular o discurso para se manter. Basta ver a questão do Lula livre.

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  34. Lucas, você acredita que o homem foi a Lua ou foi tudo uma farsa?

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  35. Lucas, Eu recentemente estava no Facebook e vi aquelas postagens revisonistas de católicos. Aí entrei no debate e usei como fonte o manual dos inquisidores, o católico romano, desesperado, disse que aquele livro não era fonte sobre o assunto, pq era proibido pela igreja e que seu autor foi excomungado e banido da igreja e seus livros queimados. Eu falei pra ele , que isso não era vdd, que o livro ganhou diversas traduções e uma revisão por Franscisco de la pena , mostrei págs do livro e ele falou que aquele livro, que eu estava usando era uma edição do Boff e que não valia nada, aí mostrei PDF do livro em espanhol , aí ele começou a xingar e repetiu que o livro era proibido pela igreja e blá blá blá. Aí ele marcou diversos zumbis e começaram os xincamentos, que eu não sabia nada, que eu era burro e etc. Trouxeram como fonte : Henry kamel, Daniel-Rops, Agostino Borromeo, Felipe Aquino, simpósio da inquisição . Que se eu quisesse saber oq realmente foi a "Santa inquisição", tinha que ler, esses livros que tinham a verdade suprema sobre o assunto. O dito cujo é figura tarimpada no Facebook e seu nome é "wandeley dias da Costa" , a figura é bem perturbada. Oq fazer com esses zumbis? Sao desonestos ou loucos?

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    1. Cara eu não sei por que você está surpreso, apologista católico é assim mesmo, tudo picareta, safado, desonesto, canalhas, gente ignorante e bestial que SABE que está defendendo um engodo e uma aberração e mesmo assim o faz por desonestidade. Pesquise em QUALQUER FONTE e você descobrirá que o Manual dos Inquisidores foi simplesmente o manual mais usado para pautar a Inquisição da época (tanto a medieval quanto a espanhola), o próprio papa a autorizou, o manual foi reimpresso inúmeras vezes, ganhou complementação, comentários, foi escrito por pessoas autorizadas (um inquisidor e um doutor em direito canônico), enfim, é preciso ser UM ANIMAL para contestar o Manual dos Inquisidores como fonte, esse tipo de gente só faz isso porque são desesperados e sabem que este livro desmascara todos os embustes deles, mesmo porque um livro escrito por autores da época (e católicos, e autorizados pela Igreja) tem um valor infinitamente maior que qualquer m**** de livro de "Felipe Aquino" e outros revisionistas burros que tem por aí. Não à toa todos os livros de história que eu já li até hoje sobre Inquisição abordam o Manual dos Inquisidores e o usa como fonte primária, só quem não usa são os revisionistas picaretas porque isso contraria diretamente seus interesses pessoais. E como são covardes, precisam praticar o velho e conhecido ATAQUE EM BANDO, ou seja, marcam outras pessoas no debate para virem lá achincalhar, escarnecer, xingar e intimidar, porque essa raça é o que há de mais imunda e covarde na internet.

      Veja o que aconteceu com o apologista católico que veio com essas palhaçadas pra cima de mim há anos atrás (é o ponto 5 deste artigo):

      http://heresiascatolicas.blogspot.com/2016/02/desmascarando-o-monstro-moral-e-mais.html

      O camarada está desaparecido até hoje, depois disso ele literalmente não postou mais artigo nenhum no lixo de blog dele. É assim.

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  36. Obrigado lucas.

    Uma informação, o livro martelo das bruxas, era uma livro proibido pelo index e foi uma farsa construída por seu autor?

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    1. Acabei de postar um artigo novo que aborda isso:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/07/caca-as-bruxas-como-era-e-quem-matou.html

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  37. Olá, gostei muito do artigo.
    Muitos revisionistas utilizam como base os livros "Anti-Catholicism and Nineteenth-Century Fiction, Susan M. Griffin" e "The Spanish Inquisition: A Historical Revision, Henry Kamen" para argumentarem em cima do assunto. Qual sua opinião sobre essas obras ou seus autores?

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    1. Essas obras são livros revisionistas escritos por autores revisionistas, ou seja, de gente que escreve com intenções proselitistas e para isso reescreve a história à sua maneira. Infelizmente hoje em dia literalmente qualquer um pode escrever um livro e colocar ali o que quiser, por isso eu lhe recomendo estudar a Inquisição nas fontes primárias, estude obras como o "Manual dos Inquisidores" (o manual feito pelo inquisidor medieval Nicolau Eymerich e usado como referência em todas as inquisições), os "Anais da Inquisição de Lima" (um compilado de fontes primárias da Inquisição de Lima feito por Ricardo Palma), "A Inquisição de Goa" (testemunho de Charles Dellon, um ex-prisioneiro da Inquisição), entre outras fontes primárias que nos dão a percepção mais precisa de como as coisas realmente eram, em contraste com o revisionismo porco de quem quer mudar a história do século XX pra cá.

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