26 de julho de 2021

76 Cipriano, a polêmica do rebatismo e o conflito com o papado


*Nota: O artigo abaixo é extraído de um dos capítulos de meu livro mais recente – “Os 100 Maiores Acontecimentos da História do Cristianismo” –, que você pode comprar ou baixar gratuitamente na página dos livros.
 
***
 
Ao raiar do século III, no mesmo lugar onde Tertuliano fez sua carreira, nascia Cipriano de Cartago (200-258), tido por muitos como o mais eminente escritor latino até a época de Agostinho e Jerônimo. É importante não confundi-lo com um outro “São Cipriano”, um grande feiticeiro convertido ao Cristianismo por sua esposa cristã, que antes da conversão escreveu um famoso livro de bruxaria (este é geralmente chamado de Cipriano de Antioquia, embora por sua culpa o de Cartago tenha pego a fama de bruxo). Até hoje se você digitar apenas “Cipriano” num buscador como o Google aparece o bruxo, não o bispo de Cartago.

Cipriano é muito citado na apologética católica como um suposto defensor do papado (ou seja, a crença de que o bispo romano era o chefe de toda a Cristandade, embora tal coisa seja desacreditada pelos historiadores católicos mais sérios). Seu livro mais citado para este fim é o “Da Unidade da Igreja”, que sofreu interpolações e adulterações nas mãos de copistas latinos (mais especificamente de um monge católico do início do século XVIII que não apenas confessou que corrompeu o trabalho como se gloriou por inserir palavras na boca de Cipriano).
 
Não somente o “Da Unidade da Igreja” foi corrompido, mas outras muitas citações correntes de seus outros livros sofreram manipulações propositais para fazer parecer que Cipriano era um grande defensor do papado. Um exemplo é uma citação atribuída à Epístola 48 de Cipriano, que diz que «Roma é a matriz e o trono da Igreja Católica». Não apenas a citação não consta na Epístola 48 de Cipriano, como o mais próximo disso é um trecho da Epístola 44 onde não consta nem “Roma” e nem “trono”.
 
Mas o que está por trás desse interesse tão grande em corromper os escritos de Cipriano? A razão é simples: seu embate com o “papa” da época, Estêvão I (254-257). Naquela época, o termo “papa” ainda não era usado para os bispos de Roma. É curioso notar que em todos os dez volumes da História Eclesiástica de Eusébio, a palavra “papa” aparece uma única vez e em referência a Heraclas, bispo de Alexandria (Livro VII, 7:4). Nessa época os presbíteros de Roma costumavam chamar o próprio Cipriano de “papa”, título que os bispos de Roma tardariam em receber, e que não designava ainda supremacia alguma.
 
O embate girou em torno do rebatismo dos hereges, mas com o tempo ganhou proporções maiores. Estêvão, bispo de Roma, defendia que aqueles que foram batizados enquanto hereges, ao passarem à fé ortodoxa, não precisavam passar por um novo batismo. Cipriano, por outro lado, entendia que o batismo de um herege não tinha eficácia, e por essa razão precisavam ser batizados “novamente” quando abandonavam os seus erros (embora ele não entendesse como “dois” batismos, já que o primeiro havia sido apenas um banho).
 
Entre os Pais da Igreja era comum haver divergências, e mesmo discussões ásperas envolvendo doutrina (Jerônimo e Agostinho, dois vultos do final do século IV, discutiram muitos assuntos controversos, às vezes num tom não tão ameno), mas geralmente terminava pacificamente, mesmo que ambas as partes não chegassem a um consenso. O imbróglio entre Cipriano e Estêvão poderia terminar da mesma forma, se não fosse por este tentar impor sua opinião na região onde Cipriano era bispo, e foi aí que o bicho pegou.
 
Devemos lembrar que nessa época praticamente todas as igrejas locais já eram governadas por um bispo (leia o capítulo 11 sobre o episcopado monárquico, caso você tenha pulado até aqui), mas cada bispo tinha autonomia dentro de sua própria jurisdição. Assim como Estêvão mandava em Roma, Cipriano mandava em Cartago e Heraclas em Alexandria, cada um na sua própria região, sem ter direito de governar os demais. Nessa época ainda não havia um “bispo dos bispos”, isto é, um bispo que reinasse supremo sobre todos os outros bispos da Cristandade, com uma jurisdição de caráter universal – como mais tarde pretenderam os bispos romanos.
 
Mesmo assim, Estêvão queria forçar goela abaixo sua posição quanto ao rebatismo para além da sua jurisdição, inclusive para Cartago. E como Cipriano não era de levar desaforo pra casa, reagiu energicamente a isso que ele considerava um abuso. Em sua Epístola 74 ele chama Estêvão de «amigo de hereges e inimigo dos cristãos», e como se fosse pouco, convocou um concílio com os bispos do norte da África (em 258 d.C), que sob a sua presidência decretou:
 
“Pois nenhum de nós coloca-se como um bispo de bispos, nem por terror tirânico alguém força seu colega à obediência obrigatória; visto que cada bispo, de acordo com a permissão de sua liberdade e poder, tem seu próprio direito de julgamento, e não pode ser julgado por outro mais do que ele mesmo pode julgar um outro. Mas esperemos todos o julgamento de nosso Senhor Jesus Cristo, que é o único que tem o poder de nos designar no governo de Sua Igreja, e de nos julgar em nossa conduta nela” (Fonte)
 
O debate havia extrapolado a questão do rebatismo, e assumido uma dimensão maior: a quem o bispo de Roma tinha o direito de governar? Cipriano é claro em defender a posição de que cada bispo tem liberdade e poder igual aos demais, e nenhum poderia ser julgado por outro mais do que ele mesmo pode julgar um outro. Em outras palavras, Estêvão não tinha nenhum direito de julgar Cipriano, exigindo qualquer coisa que extrapolasse os limites de sua jurisdição. O único «bispo de bispos» é Jesus Cristo, que governa a Sua Igreja espiritualmente.
 
Em sua Epístola 33, logo após citar Mateus 16:18, Cipriano afirma que «a Igreja é fundada sobre os bispos, e cada ato da Igreja é controlado por estes mesmos governantes». Ele diz “os bispos” e “os governantes”, no plural, porque para Cipriano todos os bispos estavam representados em Pedro, não só o bispo romano. A ideia de um bispo governando todos os demais era encarada como uma tirania intolerável e descabida.
 
Dois séculos mais tarde, um novo concílio se reuniria em Cartago (419) e reafirmaria a igualdade entre os bispos e a autonomia da igreja de Cartago, ressaltando que qualquer questão deveria ser terminada com os bispos vizinhos e rejeitando qualquer autoridade além dos concílios africanos (incluindo Roma):
 
“Igualmente decidimos que os presbíteros, diáconos e outros clérigos inferiores, nas causas que surgirem, se não quiserem se conformar com a sentença dos bispos locais, recorram aos bispos vizinhos, e com eles terminem qualquer questão... e se ainda não se julgarem satisfeitos e quiserem apelar, não apelem senão para os concílios africanos, ou para os primazes das próprias províncias; e se alguém apelar para a Sé transmarina (de Roma) não seja mais recebido na comunhão” (Cânon 125)
 
As igrejas africanas jamais aceitaram uma jurisdição externa à deles, a não ser a de um concílio ecumênico (quando toda a Igreja universal se reunia para tratar uma questão), mas em hipótese alguma a de um bispo em particular. Nessa época, Roma era apenas mais uma entre tantas dioceses cristãs com autonomia local – uma comunidade particularmente prestigiada, por ser a capital do império, mas igual em poder em relação às demais. A isso eles chamavam de “primado de honra”, sendo o papa um “primeiro entre iguais” (primus inter pares), título hoje ainda ostentado pelo patriarca de Constantinopla na Igreja Ortodoxa, onde os bispos são iguais em poder.
 
Como a capital imperial, Roma era a “primeira” em prestígio, mas igual em termos de poder e chefia. Esse prestígio especial era compartilhado pelas outras cidades mais importantes do império, por isso Antioquia e Alexandria recebem um destaque especial no cânon 6 de Niceia, juntamente com Roma. Isso não significava que uma estava acima das outras, e muito menos que pudesse mandar nas demais. Se Cipriano se incomodou a tal ponto com a intromissão de um bispo romano numa discussão teológica específica, ele se reviraria do túmulo se soubesse que o atual catecismo católico afirmaria que o papa «possui na Igreja poder pleno, supremo e universal, e pode exercer sempre livremente este seu poder» (§882).
 
O simples fato dele ter se oposto às pretensões de Estêvão já mostra que ele desconhecia por completo a suposta infalibilidade papal (dogma criado em 1870, ou seja, mais de um milênio e meio após Cipriano) e que considerava o bispo de Roma um bispo falível como todos os demais, a quem podia se opor, contrariar e repreender, e que em hipótese alguma tinha o direito de exigir submissão das outras igrejas. Roma falou, mas causa nenhuma acabou. Só acabaria no século seguinte, quando o cânon XIX do Concílio de Niceia (325) ordenaria o rebatismo dos paulianistas, um grupo sectário que seguia o herege Paulo de Samosata – o que certamente deixaria Cipriano com um sorriso no rosto.

Por Cristo e por Seu Reino,

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76 comentários:

  1. LUCAS!!! OH BANZOLÃO Que saudade de você!!! Achava que você tinha sido capturado pelos Arautos do Evangelho e eles o tivessem feito lavagem cerebral pra você se tornar um tridentino rad-trad.

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  2. Gregory the Great seems like an individual who would have opposed the Papacy in its modern form.

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  3. Lucas aproveitando que você voltou, quero te recomendar um canal incrível:

    https://youtube.com/c/NayiMora

    É um canal feito por uma imigrante cubana que veio morar no Brasil e fala bastante sobre a realidade cubana, o nome dela é Nayi Mora. Aliás ela já fez vídeos incríveis:

    https://youtu.be/BEK94KnhmHk

    https://youtu.be/tL-rMyjrxkY

    https://youtu.be/A4DCUx0Yl70

    Eu sei que ultimamente você não tem tido muito tempo pra ver vídeos, mas gostaria que você desse uma olhada no canal dela, vale muito à pena.

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  4. Aliás, falando de Cuba, você ficou sabendo das enormes manifestações anti-governo e anti-comunistas que estão tendo em Cuba motivadas pela falta de liberdade e pela ditadura cubana, além da enorme escassez de vacinas que o país enfrenta (pra você ter uma ideia, Cuba até agora vacinou só 5% da sua população e ainda foi um dos últimos países do continente a iniciar a vacinação contra a COVID-1984).

    Aliás o melhor de tudo isso foi a reação da esquerda que além de ter passado aquele paninho pro governo cubano começaram a espalhar fake news e teorias da conspiração dizendo que eram agentes da CIA infiltrados, que não eram cubanos legítimos e que tudo era culpa do embargo, olha é incrível como esses ratos da esquerda passam pano pra uma ditadura criminosa e genocida enquanto xingam (apesar de estarem certos) o Bolsonaro de genocida (Bolsonaro é um lixo, mas passar pano pra um governo enquanto xingar o outro governo de genocida além de ser hipócrita é nojento).

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  5. https://vivacatholic.wordpress.com/2007/08/14/origen-and-canon-of-old-testament/

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  6. Lucas, o que você acha do racismo institucional? Você acredita nisso? O que você acha do Black Lives Matter?

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  7. Lucas, preciso te contar uma coisa (é mais um desabafo):

    Eu tô com muito medo de 2022, já estamos tecnicamente no meio do ano, então faltam seis meses pro pesadelo começar. Vou te falar o porquê estou com medo: meu maior temor é termos um segundo turno entre Bolsonaro e Lula, ou pior: o Lula voltar em 2022.

    Infelizmente aquelas raposas livraram o Lula da cadeia e ainda anularam todos os processos e condenações do mesmo, agora Lula está livre, leve e solto, e como se já não bastasse aquele filho de uma quenga do advogado do Lula (o FDP do Zanini) ainda pode deixar o Moro inelegível caso o mesmo venha a se candidatar. O Lula voltar em 2022 além de ser um grande atestado de burrice, seria a confirmação suprema de que esse país não têm mais jeito. Além disso, o Lula já deixou muito claro em diversas entrevistas que se ele voltar ele não vai ser aquele Lulinha paz e amor e que vai querer não só sua vingança, mas como também promete ser um novo Hugo Chávez.

    Olha, não sei se em 2022 haverá uma terceira via forte o suficiente pra matar Bolsonaro e Lula numa caixadada só, mas eu espero que sim, mas Francamente falando, eu não tenho mais esperanças nesse país.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Algumas questões.

    1. É bíblico dizer que todos nos ja temos o dia da nossa morte e nao ha nada para mudar isso? Como diz nos salmos todos os nossos dias ja estava no livro de Deus. Nesse sentido como explicar a resposta de Deus a oração do rei ezequias?

    2. É correto dizer que quando diz que Deus é imutável diz respeito ao deu caráter e natureza. Ou seja, ele não deixara de ser santo, justo, fiel e etc.
    E que mudar suas ações, já é outra coisa. Porque Deus "muda a morte do rei Ezequias". "Se arrependeu" de ter feito o homem e assim por diante.

    Deus te abençoe lucas.

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  10. Lucas você gosta dos livros do Russel Kirk?

    Acha a democracia liberal a melhor escolha? Os que tem mais poder não saem ganhando como as big tech?

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  11. Essa questão da autoridade, a pessoa querendo se impor e enfiar, sabe-se lá por onde e por qual meio, a doutrina ou compreensão que achar correta sempre esteve no meio dos humanos, ao longo de toda a narrativa bíblica até os dias de hoje. Sempre tem alguém achando que está com a razão e sempre tem um grupo que faz a manutenção dessa pessoa que acha que está certa.
    Jeremias passou por isso quando fez aquele célebre discurso no Templo, tinha a autoridade lá que além de não cogitar a hipótese de Jeremias estar certo, mandou Jeremias pra cadeia e queimou o que ele escreveu.
    Os fariseus tinham a mesma coisa: eles não cogitaram a hipótese de Jesus estar certo e fizeram tudo aquilo, sempre com a aprovação de um grupo do povo dando lastro.
    Se repararmos bem, cogitar a hipótese de estarmos errados é fundamental até para a conversão e paraa caminhada na fé. Quantos ex-católicos fizeram isso, cogitaram a hipótese de estarem errados, começaram a estudar a palavra, viram que a ICAR não tem nada a ver e acordaram para a vida eterna... muitos sequer cogitam essa hipótese.
    Eu sendo evangélico já cogitei a hipótese de estar errado e estudei a palavra de Deus e vi que estava pelo menos do lado certo do Cristianismo.
    Eu já mudei de igreja também porque cogitei a hipótese de estar no lugar errado, no meio de pessoas que estavam agindo mal e pensando errado, e por aeh vai.
    Crer também é pensar.
    Aliás, tem uma coisa interessante. Os judeus ortodoxos tem aquele lance de Torah Oral, que não tem fundamentação bíblica, mas eles insistem em dizer que sempre existiu. Porém os judeus que se exilaram na Etiopia desde a destruição do Segundo Templo e mantiveram o Judaísmo até hoje nunca formularam uma Torah Oral porque isso non ecziste, e eles se surpreendem quando tentam ir pra Israel e uma das condições é se submeter à Torah Oral que lá está instalada. E por causa disso estão ferrados e condenados até hoje ou a morrerem na Eiopia ou então ter que engolir o regramento todo e ir pra Israel. Essa questão de outros exigirem obêdiencia é complicado, porque eles podem estar errados.
    Só que na própria cabeça, ninguem cogita a hipótese de estar errado. É por isso que o dia do julgamento vai ser punk. Pq Deus finalmente vai dizer quem tava certo e quem tava errado e muita gente mesmo vai se surpreender.

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  12. Lucas, como sr. entende a citação abaixo?

    Alexandre recebeu o episcopado em Roma,sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo (Eusébio HE,IV,1)

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  13. Lucas, vi que aí no Paraná na região metropolitana de Curitiba os termômetros marcaram -1°C, não sei se você gosta de frio, mas espero que esteja curtindo aí o frio com chocolate quente, Netflix e com um cobertor bem quentinho e gostoso. Se aí cair neve, por favor avise-me. Aqui onde eu moro (na baixada fluminense) chegou a fazer 9°C à noite. Aliás tô adorando esse friozinho gostoso, me sinto nos Alpes Suíços.

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  14. Eu andei refletindo numas coisas aqui. O Bolsonaro indicou o André Mendonça pro STF, que é evangélico, cumprindo assim uma promessa de campanha. O que me chamou a atenção foi o Malafaia questionando o outro nome ventilado, o do Ministro do STJ, Humberto Martins, pro STF, chamando-o de evangélico herege, por ser adventista. Eu parei pra pensar nessa cisma que os evangélicos tem com o Adventismo. Cheguei a conclusão que isso não tem cabimento nenhum. Tem coisa muito pior no meio evangélico do que os escritos da Ellen White. As coisas que me incomodam na teologia adventista que ela "revelou" é a questão do juízo investigativo e as coisas lá que ela escreveu de Enoque em Saturno e tals. Fora isso as outras coisas não passam de confissão doutrinária que tem lugar sim no meio evangélico. (1) A guarda do Sábado: tem os batistas do sétimo dia que guardam, e ninguém fala nada. (2) O vegetarianismo e tals. Não vejo problema nenhum. A questão do vegetarianismo citado por Paulo como sendo coisa de gente fraca na fé tinha um contexto específico e não é esse que os vegetarianos pregam hoje, fora que tem denominações por aeh também pregando isso e ninguém fala nada. E por aeh vai...
    Não entendo essa animosidade toda. E olha que os adventistas tem boa reputação em matéria de escolas e hospitais. Eles tem seu papel no mundo evangélico com certeza. Acho que se a Ellen White fosse homem ninguém pegaria tanto no pé. O Keneth Hagin (teologia da prosperidade) e o Watchman Nee (confuncionismo cristão) escreveram coisas piores e nem por isso vejo gente pegando no pé deles. Babaquice pura do Malafaia nesse ponto. E reconheço que o Malafaia também tem seu papel no nosso meio, ele faz um barulho muito bom contra as pautas de esquerda. Mas acho que esse fogo amigo entre os cristãos não edifica a gente em absolutamente nada.
    A reportagem a respeito do assunto foi essa: https://www.oantagonista.com/brasil/malafaia-faz-lobby-no-supremo-contra-humberto-martins/

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  15. Lucas, o que você acha do ativismo judicial?

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  16. obrigado Lucas pelo blog você é um ótimo apologista Deus te abençoe

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  17. Olá Lucas como está?Sabemos que a China persegue muito a Igreja,mas fico receoso em adquirir um produto chinês,justamente por causa da perseguição e por ser um regime totalitário,além disso eles entendem que isso fortalece a China para ser a maior superpotência do mundo.Também já vi canais do Youtube demonizando os EUA só por causa da agenda LGBT+.Inclusive de um militar integrante do Exército ficam com paranóia com a Amazônia aquelas velhas teorias.Sei que pregar para o Mundo é dificil e que não podemos ficar na Zona de Conforto , a questão é que se tem esse dilema nossos irmãos sofrendo e nós adquerindo produtos da China como conviver com isso, o que acha a respeito?E no caso dos EUA o problema é que realmente há pessoas que odeiam a palavra de Deus como está escrito em Mateus há um problema que os crentes precisam resolver na questão de se unir internacionalmente,independente das relações diplomáticas,já que um Estado estrangeiro pode ou não simpatizar com outro,o que você acha?

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  18. Bom dia. Tenho duas dúvidas a respeito de alimentação:
    (1) Se Jesus declarou puro todos os alimentos, em Marcos 7, então porque tempos depois Pedro, ao ter a visão do lençol, disse na visão que jamais tinha comido algo impuro? Porque pelo que ele diz na visão, ele ainda considera impuro aquilo que estava vendo no lençol, e se realmente Jesus tivesse declarado puro todas as comidas, então Pedro não teria dito o que disse. Ele poderia ter dito: Jesus já purificou tudo isso! Se a pessoa disser que o propósito da visão é apenas indicar que o evangelho é sim pra ser pregado aos gentios, considerados impuros pelos judeus, então a pessoa confirma que a visão não tem nada a ver com comer ou não algo impuro, porém fica a questão da declaração de Pedro, porque somente depois ele saca que é a respeito da propagação do evangelho e não sobre comida, porém na hora que ele responde, ele tá pensando em comida. No Grego, essa frase de Jesus considerando puro os alimentos não existe no Textus Receptus, Texto Bizantino, Codex Sinaiticus, Codex Vaticanus, Codex Alexandrinus, Codex Washintonianus, Codex Bizae, NA28, TIS e WHT e muito menos nas versões aramaicas e siríacas utilizadas no cristianismo oriental. A versão etíope também não tem. (dei uma procurada rápida no que tem disponível na net). Como entender isso?
    O que penso é que na questão da ingestão de animal impuro, a pessoa ficava CERIMONIALMENTE impura ou até o fim da tarde (LV 11), ou até depois da pessoa evacuar o alimento impuro. E quando Jesus fala daquilo de impuro que sai da boca da pessoa, é que ela ficava MORALMENTE impura. É como eu entendo. Cabe analisar também nessa pergunta que fiz, se comer alimentação impura é, do AT, a única abominação abolida.
    (2) Eu tirei o dia para analisar, com todo o respeito, a questão do vegetarianismo. Concluo que se a pessoa optar por não querer comer carne como protesto contra a forma de abate e tratamento de animais em fazendas, então tudo bem. Mas usar a Bíblia pra fundamentar isso é complicado, porque tem evidências a favor e contra, então é uma questão de lógica e conciência pessoal. E como Paulo disse, quem fizer o que quiser a respeito disso, que o faça para a glória de Cristo. Até pq Jesus comeu carne (peixes e cordeiro pascal em todas as páscoas que viveu, com certeza, no mínimo), multiplicou peixes pra dar de comer a uma multidão de gente, por duas vezes, e por aeh vai... O pior é que a maioria vegetariana ou vegana que defende isso por conta dos sofrimentos dos animais defende, ironicamente, o aborto, que é conduta pró-morte (pró-escolha é deturpação de narrativa). Como se o bebê sendo assassinado não sofresse na morte. Nos Estados Unidos já tem assossiações cristãs de vegetarianismo. Em Colossensses 2:16 Paulo fala que não devemos julgar as pessoas por uma série de coisas que ela faça, mas acho que aquilo não tem a ver com comida kosher pq ele cita bebida. Não me lembro de haver na Lei alguma coisa a respeito de alguma bebida ser impura ou não (ou tem?). Então se Paulo cita isso, ele tinha outra coisa em mente.
    Não to querendo levantar polêmica não, eu realmente quero esclarecer isso de verdade, esses pontos especificamente.

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  19. Lucas, o terceiro volume sobre a reforma vai demorar pra sair?

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  20. Lucas,você sabe o que é MBTI? Se sim,qual é o seu?

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  21. Lucas, yago martins em um de seus vídeos disse que "se negar a procriar e negar a forma como Deus é e tem sido,porque como a trindade se apresenta como pai e filho,devemos então nos relacionarmos como pais e filhos ou mães e filhos". Então ele faz uma defesa de que nao querer ter filhos é não querer passar a imagem de Deus. Ou multiplicar essa imagem.
    E assim,quem nao quer ter filhos estaria pecando. Voce entende assim também?

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  22. Excelente, Lucas. Eu gosto da sua abordagem puramente historiográfica, sem nóias filosóficas ou falácias do tipo "isso deveria ter sido assim então por isso foi".

    É muito comum os romanistas apelarem para argumentos quase que metafísicos ou puramente dialéticos. Nunca com base nas fontes históricas e cientificamente comprováveis pelo método histórico.

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  23. Vc tem algum artigo que prove que os pais dos primeiros 3 seculos criam na trindade?

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  24. O Jonathan Matthies usou os seguintes argumentos pra dizer que a segunda carta de Pedro é um pseudoepígrafo que data da segunda metade do século II:

    1. Diferenças linguisticas em relação a 1Pedro: 100 palavras comuns contra 599 divergentes.

    2. Aparente uso da epistola de Judas (2Pe 2-3:3).

    3. Prováveis alusões ao gnosticismo do século II: Insistência do autor sobre o "conhecimento" cristão em oposição a falsa ciência dos hereges (2Pe 1:2-3,5,8,12,16; 2:20-21; 3:17-18).

    4. Encorajamento de uma parusia atrasada (2Pe 3:3-10).

    5. Primeira menção de uma coletânea de cartas do apóstolo Paulo em circulação (2Pe 3:15-16).

    6. Nomeação das epistolas paulinas como Escritura (2Pe 3:16).

    7. Geração apostólica já extinta (2Pe 3:4).

    8. Epistola não incluída no Cânon de Muratori (séc. II).

    9. Dúvidas sobre sua canonicidade resolvidas apenas tardiamente (séc. IV).

    10. Reconhecida pela maioria das igrejas apenas no século V, e na Siria apenas no século VI.


    Sabe me dizer como refutar?

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  25. Paz do Senhor.
    Isso esta me lembrando de uns templos do dia de hoje "O batismo da sua igreja não vale, só o nosso é o correto".

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  26. Existe diferença entre a visão de Zwiglio e Calvino sobre a eucaristia?

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  27. O Renan do MBL deu um pau nos monarquistas:

    https://youtu.be/YOkOkssxh0c

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  28. Bom dia. Lucas eu sei que vc não está mais vendo vídeos pra comentar, mas esse é punk. Lembra daquele pastor americano, Steven Anderson, que disse que era pra matar homossexuais e que ele não se importava se isso retirava deles a chance de estarem vivos para um possível arrependimento? Pois então, o canal da igreja dele foi fechado pelo Youtube. Não achei ruim porque aquele sujeito é exatamente o que de pior há no Cristianismo. O ruim é isso: https://www.youtube.com/watch?v=Sau0e31vNms&list=WL aqui no Brasil tem uma seita que conseguiu ser pior do que o Steven Anderson. Foram os 9 minutos mais bizarros que já vi no Youtube, sem exagero nenhum mesmo. O nível do linguajar é fora da órbita. E só não me apavorei porque tem comentário lúcidos lá. Mas o que me deixou triste foi o pessoal dando gória a Deus conformo ele ia falando as coisas. Não reconheço parentesco espiritual nem com esse sujeito nem as pessoas que estão ali.

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  29. Quem é batizado bebê tem que batizar de novo?

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  30. O que vc entende por pecado de morte?

    Devemos ficar orando pra que Deus converta o coração de alguém que peca de forma contínua? Acho isso ruim para a saúde mental, ficar desesperadamente orando por alguém que não quer deixar o pecado

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  31. To aperriando demais Lucas. Mas é porque gosto do seu jeito e da competência como responde as perguntas.

    http://salvosmedianteafe.blogspot.com/2017/06/mortos-espirituais.html
    Você concorda? Particularmente, sempre vi assim a analogia de mortos na escritura.

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  32. Olá Lucas,tudo bem?
    No seu artigo anterior fiz-te uma sugestão de leitura sobre o provisionismo daquele teólogo batista americano, há uma live que a SAA (Sociedade Arminiana Angolana) fez com o Dr. Flowers, mencionei-te nos comentários dessa live lá na página da SAA no facebook se puder dar uma olhada e entender sobre o provisionismo. E também deixo o link do site do Dr. Flowers,o soterology 101 onde ele explica o que o levou a deixar o calvinismo e criar o provisionismo. (mil perdões pelo link,quebrei a regra do blogue)

    https://soteriology101.com/2014/12/08/the-5-points-that-lead-me-out-of-calvinism/

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  33. Lucas oq vc acha desse livro desse Historiador esquerdista?

    https://www.amazon.com.br/Holocaustos-Coloniais-Mike-Davis/dp/850106131X

    https://docero.com.br/doc/xx1e1cx

    https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4889447/mod_resource/content/1/holocaustos%20colonias-davis.pdf

    http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/19964/1/2003_art_noferreras.pdf

    Me lembro de já ter falado dele com vc em outra conversa, o "Mike Davis", que escreveu o "Holocausto Colonial" e o "Holocausto Vitoriano".

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  34. O que tu acha desse vídeo do Bandjido falando mal dos Orleans e Bragança?: https://youtu.be/ySeL0cBKUx8

    *Ignore os palavrões

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  35. Lucas, recomenda uma faculdade de teologia EAD reconhecida pelo mec?

    Nossa confissão de fé é muito parecida: Arminiano, Carismático, Pré milenista Histórico, Questionador da Imortalidade da Alma (apesar de incerto)

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  39. Paz em Cristo. sr. Lucas!

    Na enciclopédia católica popular, diz-se que o sentido etimológico da palavra Maria tem mais de 60 significados, sendo o mais seguro - adivinha qual? - Senhora, Senhora Soberana.
    Diz aí???

    Forte abraço!!!

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  40. Lucas, por quê algumas tribos brasileiras e africanas,tambem aborígenes, não se envergonham de ficarem nus como Adão e Eva?

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  41. Outra pergunta, a citação desse Cipriano ã 1 Jo 5:7-8 no "Da unidade da igreja" é verdadeira?

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  42. Aleluia Lucas! O Nando finalmente se libertou dos monarquelhos, até mandou o "Príncipe" se f****:

    https://youtu.be/ySeL0cBKUx8

    Minha reação ao ficar sabendo disso:

    https://youtu.be/2seLPoGmXdI

    https://youtu.be/yAqNe-m0a8s

    VIVA À REPÚBLICA!!! LONG LIVE TO OUR REPUBLIC!!!

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  43. Avalie:

    https://www.facebook.com/iamgilbertosantos/posts/433332371379978

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  44. Olá Lucas, num comentário anterior você disse estar estudando francês...
    Também gosto de estudar e admiro quem mentes sensatas e inteligentes como a sua...
    Até onde Banzoli almeja chegar na vida acadêmica?
    Mestrado? Doutorado? Estudar fora do país?
    Leve consigo a dica do sábio pra você:
    "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento (..)'
    "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
    Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
    Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal."
    Provérbios 3:5-7
    Deus abençoe sua vida acadêmica meu irmão.
    A.M.Oliveira.

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  45. Olá Lucas, blz?
    Li um post sobre as visões da ceia nos principais ramos do cristianismo na página do fb conservadorismo cristão, e gostava de ver o teu ponto de vista sobre. Qual delas é bíblica e porque as outras não são:

    "AS VISÕES SOBRE A SANTA CEIA

    Católico Romano: Transubstanciação
    - Em palavras simples, a Igreja de Roma acredita que um milagre acontece quando o sacerdote (padre) abençoe o pão e o vinho durante a missa. Os elementos comuns, pão e vinho são transformados no corpo e no sangue reais de Jesus Cristo.
    Acontece um milagre duplo, pois a aparência permanece a mesma, mas ainda assim a essência dos elementos muda.

    Luteranos: Consubstanciação
    - Lutero disse que a presença de Cristo não toma o lugar dos elementos, mas, em vez disso, é acrescentada ao pão e ao vinho, embora de maneira invisível. Ou seja, Cristo está fisicamente presente em, com e sob os elementos (união sacramental).
    Lutero argumentou que Jesus jamais teria dito que o pão era seu corpo se, de fato não o fosse (Lc 22.19).

    Calvinistas: Presença real
    - Calvino enfatizou que um corpo físico, como o que Jesus tinha, só pode estar em um único lugar por vez, e, visto que e o corpo de Jesus está no céu, ele não pode estar fisicamente presente nos sacramentos. Entretanto a natureza divina de Jesus pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, portanto, ele está realmente presente na Ceia do Senhor, embora de maneira espiritual.

    Pentecostais/Batistas(CBB): Memorialistas
    - Jesus ao instituir a santa ceia, disse: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22.19; I Cor 11.24,25). Entretanto a Santa Ceia, não é uma mera formalidade, mas um memorial e um alerta para todo o povo de Deus. Crê-se que a Ceia do Senhor transmite graça espiritual ou salvífica a quem dela participa, no entanto, não é um meio de salvação para aqueles que participam do cálice e do pão.
    Católicos, Luteranos e Calvinistas concordam ao crerem que Jesus Cristo está presente nos elementos da Santa Ceia, mas divergem na forma como ele está presente.
    Os pentecostais e batistas (Convenção Batista Brasileira) por sua vez, não acreditam que Jesus está presente nos elementos, e que portanto a Santa Ceia é memorial e profética. Memorial porque lembra do sacrifício de Jesus na cruz, e profética porque aponta para as “bodas do cordeiro” Ap 19.7-10.
    Muitas doutrinas não são consenso, na ceia não seria diferente, existem calvinistas pensando como luteranos, e pentecostais alinhados com calvinistas etc."

    2-Sobre as características dos elementos da ceia, o pão e o vinho não devem ser fermentados? É fundamental seguir a risca essas características, por exemplo conheço uma igreja que celebra a ceia com bolacha (biscoito) e suco/refrigerante de uva ou morango (o importante para eles é a cor) é errado isso? Eles dizem que o pão e vinho é algo simbólico então pode ser qualquer outro alimento que cumpre a mesma simbologia.

    3-quem deve tomar a ceia? Só os batizados ou é extensivo a não batizados também? Pessoas em disciplina eclesiástica podem cear? Afinal qual o verdadeiro sentido e significado da ceia?
    4-o que é tomar a ceia indignamente? Indignamente é um advérbio de modo, isso não ajuda no entendimento da questão ao contrário do que pensa a maioria?
    5-qual a periodicidade, semanal, mensal, anual?
    6-A ministração da ceia é restrita aos ministros, outros não podem ministrar a eucaristia?
    Abs!

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  46. Olá, Lucas espero que você esteja bem.O que dizer isso? Marcou um limite sobre a superfície das águas em redor, até aos confins da luz e das trevas.
    Jó 26:10.MInha dúvida é: marcou um limite sobre a superfície das águas esse é o Horizonte?

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  47. Boa tarde Lucas!

    Oque acha dessa afirmação da Britannica?: "Não pode haver dúvida de que as Cruzadas retardaram o avanço do poder islâmico, embora ainda seja uma questão em aberto. No mínimo, eles deram à Europa algum tempo tão necessário. Sem séculos de esforço cruzado, é difícil ver como a Europa ocidental poderia ter escapado da conquista pelos exércitos muçulmanos, que já haviam capturado o resto do mundo mediterrâneo."[1] (Nota: um dos autores foi citado no seu livro ´Cruzadas: o Terrorismo Católico`; o Thomas F. Madden; na pagina 169; referencia 637)

    Ele mudou de ideia? Se aprofundou nos estudos e agora está com outras ideias?

    [1] https://www.britannica.com/event/Crusades/The-results-of-the-Crusades

    Deus lhe ilumine!

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  48. AVALIE: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=311603053061020&id=100026339840473

    Obs: Lucas, aconteceu algo com vc? Sua ausência têm me deixado preocupado.

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  49. Lucas, eu tenho uma dúvida. Quando uma pessoa perde a salvação, ela pode a tê-la novamente? Ou a perda salvação é algo irreversível? A apostasia é algo imperdoável e irreversível ou uma pessoa que desviou dos caminhos de Deus e perdeu a salvação pode voltar a ter comunhão com Jesus?

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  50. 1) Não gosto do Cipriano. Ele inventou essa ideia ridícula de que uma igreja só pode ser legítima se tiver a lendária "sucessão apostólica".

    2) Sobre Mateus 10:28, estou achando que nega tanto o mortalismo quanto a imortalidade incondicional. Contra o mortalismo o texto diz: "Não temam os que matam o corpo, mas não podem matar a alma" - parece que a alma realmente sobrevive à morte do corpo. Contra o "tormento eterno" o texto declara: "temam aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo" - a alma dos ímpios será aniquilada juntamente com o corpo após o juízo final. Não entendi sua explicação sobre a primeira parte do versículo que fala que a alma não morre. O que Jesus quis dizer?

    3) O sogro de Moisés era Reuel (Êxodo 2.16-22) ou Hobabe (Juízes 4.11)? Por que ora Hobabe é cunhado de Moisés (Números 10.29), ora é sogro (Juízes 4.11)?

    4) Descobri mais uma evidência de que o Marcos de 1 Pedro 5.13 não é o mesmo João Marcos companheiro de Paulo. Além da lista de Hipólito que mostra claramente esta diferença, outra evidência esmagadora provém de 1 Pedro 5.13, onde Pedro chama Marcos de "filho". O que chama a atenção é que a palavra grega que ele empregou significa um filho literal, de sangue, não é a mesma palavra usada em outros versículos do Novo Testamento para "filhos" em sentido figurado. Então para os dois Marcos serem a mesma pessoa teríamos que dizer que Pedro ou sua esposa era tio/tia de Barnabé, pois ele era primo de Marcos (Colossenses 4.10), isso seria absurdo! Barnabé era de Chipre! E olha que interessante: na verdade, o Evangelho de São Marcos é do filho de Pedro!

    5) Estou convencido de que todos os escritos joaninos são na verdade de João Marcos, o "Presbítero João". Parece que João Marcos escreveu o Apocalipse sozinho e nos demais livros usou dois amanuenses: um que escreveu as três epístolas e João 1–20, e outro que escreveu apenas João 21. Bom, é sabido que o Evangelho de João não continha o capitulo 21 originalmente e que este capitulo destoa do estilo e vocabulário do primeiro autor. Baseados nisto, muitos supõe que outra pessoa fez o acréscimo e não a mesma pessoa que escreveu o restante. Eu prefiro pensar que o mesmo autor (João Marcos) fez o acréscimo só que desta vez usou outro amanuense a pedido deste. A prova disto está nos indícios de testemunho ocular presentes neste capitulo: o autor sabia a distância da margem até o barco (v.8) e sabia precisamente quantos peixes haviam sido pescados (v.11). O versículo 24 pra mim só prova que João usou um amanuense e não que ele não seja o autor.

    6) Outra evidência à favor da autoria de João Marcos para o quarto Evangelho é a seguinte: os judeus de Chipre eram bastante helenizados, pois seguiam o pensamento dos judeus alexandrinos. Barnabé era de Chipre e João era seu primo. Então com certeza João conhecia a filosofia grega. Isto explica o conceito grego de "logos" aplicado a Jesus em seus escritos.

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  51. Lucas, estou lendo o seu livro "A Lenda da Imrotalidade da Alma" e é espetácular. Eu como Adventista creio que a doutrina do Juízo Investigativo (Juízo Pré-Advento) e a doutrina da mortalidade da alma (sono do morte) andam de mãos dadas, pois, como nós sabemos, ninguém que aceitou a Cristo esteve ou estará presente em um tribunal divino pessoalmente (ainda vivo, antes da primeira ressureição) e muitos menos na morte ( pois está inconsciente), para decidir o caso dela, mas como diz na Bíblia que os mortos em Cristo ressucitarão primeiro pressupõe-se que houve um juízo antes deles ressucitarem. Gastaria de saber o seu ponto.

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  52. 1) Já comentei aqui sobre o "cânone bíblico do segundo concílio de Niceia". Na verdade, me equivoquei. O concílio que fechou um cânone foi o Quinissexto. Por favor, onde encontro os documentos deste concílio referentes ao cânon bíblico? Pode ser em inglês. Ouvi falar que foi desse concílio que os primeiros evangélicos pegaram os apócrifos que ficavam entre o AT e o NT, os chamados "eclesiásticos".

    2) Estou estudando escatologia mais à fundo. Notei que o preterismo não apresenta respostas satisfatórias para todas as questões, embora ele não seja tão "sem nexo" como muitos andam falando por aí. Notei que geralmente quem fala mal do preterismo são pentecostais que leram pouco ou nada à respeito. Mas não é minha intenção neste comentário defender o preterismo, este também apresenta algumas falhas. Atualmente, estou com tendências a interpretar as profecias intercalando os métodos, principalmente o preterismo e o futurismo.

    Sobre o homem da iniquidade, estou quase certo de que é mesmo o anticristo de João. Todos os Pais da Igreja que já li até agora fizeram esta associação. Nisso os futuristas têm razão. Agora, quanto à interpretação de 2 Tessalonicenses 2.1-12, gostaria de expor minhas conclusões e que você desse sua opinião sobre elas.

    A "vinda" mencionada no versículo 1 sem dúvidas é a vinda em glória que ainda está por vir e a "reunião" é o arrebatamento. Isso descarta a interpretação preterista que tenta associar o homem da iniquidade com Nero, Vespasiano, Tito ou João Levi. Também desmente o historicismo que tenta associá-lo ao papado, pois o homem da iniquidade é um só e surge apenas no fim dos tempos.

    Estou de acordo com os futuristas que o anticristo será uma autoridade religiosa que fará reivindicações políticas para obter poder bélico e usá-lo contra a Igreja.

    A minha discórdia com o método futurista é sobre o versículo 4, onde Paulo nos dá duas informações importantes para identificá-lo:

    a) "Se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto" - duas observações. Primeiro, a tradução correta é "deus" com minúsculo, como algumas bíblias apresentam. Nenhum cristão ou judeu chama algo de "Deus". Aqui Paulo sem dúvidas está se referindo aos ídolos que os pagãos chamam de deuses. Com isso também concorda a expressão "objeto de culto", Paulo certamente está usando uma linguagem redundante para se referir à mesma coisa, como é comum na Bíblia.

    Segundo, aqui ele está usando Nero como antítipo do anticristo que há de vir. Lembre-se de que ele será um inimigo da Igreja somente, e não de todas as religiões, pois é somente com a Igreja que o Diabo se preocupa, o restante já está em suas mãos. Mas então por que o anticristo se colocará contra os ídolos? Não se colocará. Paulo está apenas indicando Nero, como um antítipo do que o anticristo fará com os templos cristãos. Sim, Nero cumpriu esta profecia. Suetônio escreveu que ele desejava a deificação ainda em vida e que respeitava somente a deusa Ártemis, mas até sobre ela ele acabou se opondo, quando foi ao seu templo e urinou em sua imagem, profanando-a. Em suma, aqui Paulo fala de Nero como antítipo do que o anticristo fará com a Igreja.

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  53. Segundo, aqui ele está usando Nero como antítipo do anticristo que há de vir. Lembre-se de que ele será um inimigo da Igreja somente, e não de todas as religiões, pois é somente com a Igreja que o Diabo se preocupa, o restante já está em suas mãos. Mas então por que o anticristo se colocará contra os ídolos? Não se colocará. Paulo está apenas indicando Nero, como um antítipo do que o anticristo fará com os templos cristãos. Sim, Nero cumpriu esta profecia. Suetônio escreveu que ele desejava a deificação ainda em vida e que respeitava somente a deusa Ártemis, mas até sobre ela ele acabou se opondo, quando foi ao seu templo e urinou em sua imagem, profanando-a. Em suma, aqui Paulo fala de Nero como antítipo do que o anticristo fará com a Igreja.

    b) "A ponto de assentar-se no santuário de Deus, apresentando-se como se fosse o próprio Deus" - Aqui ele está apontando um segundo antítipo do anticristo: Tito. Durante o incêndio do templo, quando os romanos já tinham tomado a cidade e o santuário, Tito assentou-se no templo, seus soldados o proclamaram "imperador" (no calor do momento, pois o imperador da época ainda era seu pai, Vespasiano), ofereceram sacrifícios a ele (segundo Josefo, os sacrifícios foram oferecidos para Deus, mas isso seria ridículo e é óbvio que ele só falou isso para não se queimar com Tito. A verdade está no Talmude: Tito exigiu sacrifícios para ele mesmo e não para Deus), cortou o véu do templo com uma espada, fez sexo com uma prostituta dentro do Santo dos Santos e em cima do livro da Lei que lá se encontrava, e afirmou que "matou o Deus dos judeus com as próprias mãos". Tudo isso consta no Talmude.

    Aqui está minha discordância com os futurisras. Paulo não estava profetizando um terceiro templo, algo totalmente desprovido de apoio bíblico. Os judeus podem até reconstruí-lo no futuro, mas isso não seria o cumprimento de nenhuma profecia bíblica. Os únicos textos apontados pelos futuristas é Ezequiel 40—44, que claramente é uma profecia simbólica sobre a Igreja Cristã, pois menciona os sacrifícios e fala deles com aprovação, sendo que se os judeus o fizessem não teriam nenhuma aprovação de Deus, visto que sua religião já é falsa desde 33 d.C. E Apocalipse 11.1,2, que a meu ver fala claramente do segundo templo. Pois menciona os gentios pisando o átrio exterior por "quarenta e dois meses" - mesmo período de tempo desde o comissionamento de Vespasiano para a guerra com a Judeia em fevereiro de 67 até a destruição do templo em agosto de 70. Este texto também encontra eco no átrio dos gentios construído por Herodes e que não faz parte da planta do templo fornecida pela Bíblia, indicando claramente o segundo templo.
    Resumindo, quando Paulo fala do homem da iniquidade se assentando no templo e se autoproclamando Deus, está simplesmente apontando para Tito como seu antítipo de soberba, malignidade, profanações e blasfêmias.

    3) Em 2 Tessalonicenses 2.6,7, Paulo usa a palavra "detém" duas vezes. O que acho interessante é que a palavra grega que ele usou parece muito o nome "Cláudio", o imlerador da época e que foi sucedido por Nero. Daí alguns preteristas chegam à conclusão errônea de que o homem da iniquidade era Nero. A meu ver, a intenção de Paulo com isto era apenas apontar Nero como antítipo novamente. Só que de forma velada, para não ser acusado de estar falando mal do imperador, o que acarretaria em pena de morte. João Crisóstomo também interpretou assim.

    Lembrando que este comentário não é uma defesa do preterismo, mas apenas uma tentativa de conciliar as interpretações preterista e futurista de forma satisfatória. Gostaria que você avaliasse minha interpretação, sem debates e discórdias. Não vou retrucar nada. Só quero saber sua opinião.

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  54. Não vou comentar, apenas destacar

    "Se Cipriano se incomodou a tal ponto com a intromissão de um bispo romano numa discussão teológica específica, ele se reviraria do túmulo se soubesse que o atual catecismo católico afirmaria que o papa «possui na Igreja poder pleno, supremo e universal, e pode exercer sempre livremente este seu poder» (§882)."

    Mas, não tenho como não perguntar o porquê desse artigo está sem comentários, o que está acontecendo, tem alguém aí?

    Lucas, que Deus continue te abençoando ricamente, seu trabalho é magnifico. A paz a todos.

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  55. Olá, Lucas!

    Eu percebi que você tem alguns artigos no qual você demonstra atitudes erradas dos santos católicos.

    Como o texto "São Tomás de Aquino e a escravidão".

    Isso é usado como uma forma de argumento para demonstrar que a Igreja Católica errou ao canonizar ele?


    (2) Caso sua resposta a (1) seja "sim", a própria Bíblia mostra homens de Deus caindo em pecado, embora depois se arrependam.

    Ser canonizado não significa que a pessoa nunca errou nas suas opiniões ou que nunca tenha cometido pecado.


    Então como isso seria um argumento contra a Igreja Católica?

    Atenciosamente.

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  56. 1) Estudando o latitudinarismo cheguei a uma conclusão interessante: questões secundárias que não são reprovadas nem sancionadas pela Bíblia não podem ser motivo de cisma. Vou pegar como exemplo o "dogma" da assunção de Maria (que eu prefiro chamar de "teoria"). Tudo indica que por volta do século III ou IV os cristãos desenvolveram a hipótese de Maria ter sido assunta aos céus de corpo e alma um pouco antes de morrer ou logo depois. Mas que diferença faz se isso for verdade ou não? Nenhuma! Por isso esta hipótese não deveria ser motivo de cisma por ser crida por alguns (papistas) e rejeitada por outros (evangélicos e heterodoxos). O problema é que os papistas consideram esta hipótese um "dogma", como se fosse algo super importante, os heterodoxos geralmente a negam e os poucos que acreditam jamais proclamaram isto como um dogma, os evangélicos, em sua maioria, por terem um baixo conceito da igreja, desprezam todos os desenvolvimentos posteriores como a liturgia, os ornamentos, os escritores antigos, então quando são questionados sobre estas e outras questões não-bíblicas, repondem de boca cheia: "Não! Isto não é verdade! Está errado! Não está na Bíblia, então é mentira!" O lado bom disso é que os evangélicos estão apoiados num alicerce infinitamente mais firme do que o dos papistas: as Escrituras. Mas o que eu gostaria de chamar atenção é que a Bíblia não contém TODA a verdade, mas somente as verdades NECESSÁRIAS. Portanto, o fato de hipóteses como a assunção de Maria não constarem nas Escrituras não quer dizer que devam ser rejeitadas de imediato. O que eu posso afirmar sem sombra de dúvidas é que a assunção, seja verdadeira ou não, não pode ser afirmada como doutrina ou dogma, mas pode ser crida por qualquer cristão, sem nenhum prejuízo à sua alma.

    Eu acho interessante que os anglicanos pensem exatamente assim. Sei que eles toleram um latitudinarismo exagerado, mas aprecio a tolerância que eles têm uns para com os outros em questões secundárias.

    Quanto à veracidade de tradições extra-bíblicas, os divido em três classes:

    a) Críveis: as que apresentam evidências sólidas. A viagem de Paulo à Espanha, por exemplo.

    b) Indiferentes: que contém evidências muito fracas ou mesmo nenhuma evidência. A assunção de Maria, a virgindade perpétua, a viagem de Tomé à Índia, etc.

    c) Falsas: tradições extra-bíblicas de origens ou implicações heréticas. O purgatório, a imaculada conceição, o episcopado de Pedro em Roma, oração aos defuntos, etc.

    2) Creio que todo cristão é um exorcista em potencial. Acho errado o que a Igreja pré-nicena fez: transformou os exorcistas em uma classe ministerial distinta dos leigos e pastores, sendo que a Bíblia claramente indica que todos os servos de Deus são capazes de expulsar demônios (Marcos 16.17). E vou mais além: todo mundo pode expulsar demônios em nome de Jesus, até os incrédulos. Foi isso que um judeu que não cria em Jesus fez. Mas este, ao invés de impedir, corrigiu os discípulos que haviam censurado o judeu incrédulo. Porque se até incrédulos conseguem expulsar os demônios em nome do Senhor, então fica manifesto a todos eles que o nome de Jesus realmente é poderoso. O exorcismo é um dom que Cristo oferece a todos os homens para a propagação do Evangelho e libertação das forças malignas.

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  57. 1) Estudando o latitudinarismo cheguei a uma conclusão interessante: questões secundárias que não são reprovadas nem sancionadas pela Bíblia não podem ser motivo de cisma. Vou pegar como exemplo o "dogma" da assunção de Maria (que eu prefiro chamar de "teoria"). Tudo indica que por volta do século III ou IV os cristãos desenvolveram a hipótese de Maria ter sido assunta aos céus de corpo e alma um pouco antes de morrer ou logo depois. Mas que diferença faz se isso for verdade ou não? Nenhuma! Por isso esta hipótese não deveria ser motivo de cisma por ser crida por alguns (papistas) e rejeitada por outros (evangélicos e heterodoxos). O problema é que os papistas consideram esta hipótese um "dogma", como se fosse algo super importante, os heterodoxos geralmente a negam e os poucos que acreditam jamais proclamaram isto como um dogma, os evangélicos, em sua maioria, por terem um baixo conceito da igreja, desprezam todos os desenvolvimentos posteriores como a liturgia, os ornamentos, os escritores antigos, então quando são questionados sobre estas e outras questões não-bíblicas, repondem de boca cheia: "Não! Isto não é verdade! Está errado! Não está na Bíblia, então é mentira!" O lado bom disso é que os evangélicos estão apoiados num alicerce infinitamente mais firme do que o dos papistas: as Escrituras. Mas o que eu gostaria de chamar atenção é que a Bíblia não contém TODA a verdade, mas somente as verdades NECESSÁRIAS. Portanto, o fato de hipóteses como a assunção de Maria não constarem nas Escrituras não quer dizer que devam ser rejeitadas de imediato. O que eu posso afirmar sem sombra de dúvidas é que a assunção, seja verdadeira ou não, não pode ser afirmada como doutrina ou dogma, mas pode ser crida por qualquer cristão, sem nenhum prejuízo à sua alma.

    Eu acho interessante que os anglicanos pensem exatamente assim. Sei que eles toleram um latitudinarismo exagerado, mas aprecio a tolerância que eles têm uns para com os outros em questões secundárias.

    Quanto à veracidade de tradições extra-bíblicas, os divido em três classes:

    a) Críveis: as que apresentam evidências sólidas. A viagem de Paulo à Espanha, por exemplo.

    b) Indiferentes: que contém evidências muito fracas ou mesmo nenhuma evidência. A assunção de Maria, a virgindade perpétua, a viagem de Tomé à Índia, etc.

    c) Falsas: tradições extra-bíblicas de origens ou implicações heréticas. O purgatório, a imaculada conceição, o episcopado de Pedro em Roma, oração aos defuntos, etc.

    2) Creio que todo cristão é um exorcista em potencial. Acho errado o que a Igreja pré-nicena fez: transformou os exorcistas em uma classe ministerial distinta dos leigos e pastores, sendo que a Bíblia claramente indica que todos os servos de Deus são capazes de expulsar demônios (Marcos 16.17). E vou mais além: todo mundo pode expulsar demônios em nome de Jesus, até os incrédulos. Foi isso que um judeu que não cria em Jesus fez. Mas este, ao invés de impedir, corrigiu os discípulos que haviam censurado o judeu incrédulo. Porque se até incrédulos conseguem expulsar os demônios em nome do Senhor, então fica manifesto a todos eles que o nome de Jesus realmente é poderoso. O exorcismo é um dom que Cristo oferece a todos os homens para a propagação do Evangelho e libertação das forças malignas.

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  58. Eu acho muito importante o trabalho que os pentecostais fazem na batalha espiritual. Acho que é uma das melhores formas de expor os demônios que atuam nas religiões afro disfarçados de "exus", "guias", etc. Mas acho que deveriam pegar mais pesado: por exemplo, na hora da reunião do terreiro os evangélicos se unirem na igreja impondo as mãos em direção ao terreiro, pedindo a Deus que expulse os demônios, expondo-os e manifestando aos macumbeiros o que eles realmente são: demônios que só vieram pra matar, roubar e destruir os homens e que estão tapiando os macumbeiros enquanto os levam para longe do amor de Cristo. Acho que deveria ser feito um ataque agressivo aos demônios, mas somente no campo espiritual e não discriminando os macumbeiros. Foi isso que Paulo fez com uma mulher endemoniada - se não me engano - em Tiatira.

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  59. 1) Acredito que o imperialismo pode ser bom ou ruim. Mas ao longo da história ele foi bom sem dúvidas. Pode ver que todos os povos influenciados pelos mais prósperos só se deram bem. Segundo a Bíblia, o primeiro povo a dominar o mundo foram os babilônios, que ensinaram a escrita e a astronomia. Depois foram os egípcios, mas não sei o que eles ensinaram. Depois dos egípcios, assírios e babilônios (novamente) foram os persas, que ensinaram a tolerância religiosa, depois os macedônios, que ensinaram filosofia e, assim, sucessivamente até chegar nos EUA. Vejo o imperialismo americano com bons olhos. Eles estão transformando o mundo num lugar mais tolerante, tecnológico, intelectual, livre e o melhor de tudo: cristão. Pode ver que no Brasil os lugares mais influenciados pela cultura americana são os mais evangélicos (São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, etc.), enquanto os mais atrasados e resistentes à cultura americana são os mais atrasados: Bahia, Amazonas, Amapá, Piauí, etc. são papistas roxos. O que estou querendo dizer é que junto com a influência cultural, o mundo também está recebendo uma cultura religiosa genuinamente cristã: o protestantismo. Por isso apoio o imperialismo americano. Já reparei que quem se opõe a isto são só os tridentinos, ateus, comunas e esquerdalhas de modo geral. Ou seja, gente que tem inteligência curta e não deve ser levada a sério.

    O que acha disso?

    2) Fiz uma reflexão interessante sobre 1 Pedro 2.9 e nacionalismo. Nós vivemos ouvindo que devemos honrar a nossa pátria (o Brasil no nosso caso), mas como honrar um país de idólatras, necromantes, médiuns, ignorantes, supersticiosos, comunistas, etc.? A verdade é que a grande maioria dos brasileiros se enquadra nestes grupos. Não dá pra sentir nada além de vergonha e desprezo. Mas a Bíblia nos traz algo importante que a maioria dos evangélicos nunca deram a devida atenção: a Igreja é uma pátria! Então nós devemos honrar a Igreja em primeiro lugar. Visto que somos em primeiro lugar cristãos e, depois, brasileiros, americanos, chineses, australianos, etc. somos todos membros da mesma pátria celeste (Gálatas 6.16; Hebreus 12.22). Pode ver que em 1 Pedro 1.1 e Tiago 1.1, os apóstolos se referem à Igreja como "forasteiros" porque a nossa pátria não é aqui, mas sim o céu! Antigamente, Deus estabeleceu uma pátria terrestre, figura da pátria celeste que havia de vir: Israel. Os reis falhos e apóstatas de Israel foram substituídos por um rei justo, imaculado e infalível: Jesus.

    O que acha disso?

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  60. A paz meu querido, o assunto é outro, mas tbm importante....rs

    Ouvi do pré-tribulacionista Ciro Sanches falando em vários dos seus vídeos que antes de J.N.Darby já havia um outro dispencaionalista um século anterior chamado Morgan Edwards que já pregava um arrebatamento pré-tribulacional, será que essa informação realmente procede?

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  61. 1) Lucas, o Brasil está lotado de marxistas e simpatizantes do marxismo. Quando estava no ensino médio me recordo que os professores e os livros sempre criticavam a extrema-direita, o que é bom, mas eles NUNCA criticavam a extrema-esquerda, só o método marxista-leninista de implantação do socialismo (através de uma revolução armada). Tenho medo que o Brasil acabe se tornando socialista de vez. Na sua opinião, numa escala de 0 a 100, qual a probabilidade disso acontecer?

    2) Se tem uma coisa que eu abomino na Igreja é o liberalismo teológico. Na minha opinião, ele nada mais é do que um ataque ao Cristianismo vindo de dentro, dos próprios "cristãos". É de se esperar que ateus critiquem a Bíblia e o Cristianismo, mas é lamentável quando os próprios "cristãos" fazem isso. Quem vê de fora pensa que o Cristianismo é tão falso que seus próprios seguidores mais "esclarecidos" e "racionais" não o levam a sério. Eu não tenho a menor dúvida de que isto é obra de Satanás para barrar o progresso do Reino de Deus. Ser liberal pra mim nada mais é do que ser cético e libertino, amante dos prazeres da carne. Eu vejo o liberalismo teológico como uma invasão de ateus no sistema eclesiástico. É como se colocassem pedreiros para fazer o trabalho dos médicos, ou oftalmologistas para trabalhar nas tubulações de esgoto. Assim, penso que o lugar dos liberais não é o púlpito ou qualquer outro cargo da igreja. Acho que as igrejas deveriam estabelecer cânones relativos a isto, determinando a deposição e excomunhão de líderes liberais. E o mesmo valeria para leigos que defendessem pautas anticristãs como as defendidas por eles. O que acha disso?

    3) Acho que os ortodoxos têm uma teologia muito mais consistente com as Escrituras no que diz respeito às consequências da queda. Isso se deve ao fato de eles não darem muita importância aos Pais Latinos, que exageraram muito nesse ponto. Teólogos latinos como Agostinho enfatizaram tanto as desventuranças da queda que acabaram por criar o que eu chamo de "neo-gnosticismo" (não sei se este termo já existe) - uma visão teológica que vê o mundo físico como totalmente mau, contaminado até às raízes pelo pecado, sem cura. A solução é fugir do mundo, se isolar até o dia da volta de Jesus, que restaurará tudo de forma abrupta. A expressão máxima desta visão teológica é a pseudo-escatologia dispensacionalista, que prega o tal do "arrebatamento secreto", que nada mais é do que, literalmente, uma FUGA do mundo onde os cristãos deixam tudo para trás, à mercê de Satanás e seus anjos, para que o mal domine tudo enquanto eles estão à salvo no Paraíso. Para os ortodoxos a queda contaminou o mundo em todos os campos, moral, psicológico, físico, cultural, etc., mas no fundo ele ainda é bom. A função da Igreja é reestabelecer a ordem original das coisas aos poucos, como limpar uma barra de ouro coberta de barro invés de jogá-la fora por estar suja. O que acha disso?

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  62. Lucas,o pastor pre tribulacionista natan rufino vem dissimuladamente falando e escrevendo "tradição pre tribulacionista historia igreja"
    Que livro além Contra heresias posso ler para refutar este argumento?

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  63. Este é um comentário que tentei postar no seu artigo "O socialista ateu Adolf Hitler", mas não pude porque só os membros do blog "Ateísmo refutado" têm permissão:

    Lucas, parabéns pelo artigo! Fantástico! Mas encontrei alguns erros. Você escreveu a palavra "essência" sem acento circunflexo todas as vezes que a escreveu, "semrpe" em vez de sempre, "comprimentar alguns reverendos luteranos" em vez de "cumprimentar" com u, "droga do cristianismo" com c minúsculo, "re-doutrinar os fieis" em vez de "fiéis" com acento agudo e "o Estados Unidos" em vez de "os Estados Unidos".

    É lamentável que os esquerdalhas ainda consigam enganar milhões e milhões de pessoas pintando Hitler com um direitista cristão conservador. Dentro de tudo isso que você mostrou, só uma pessoa extremamente alienada ou mau caráter continuaria acreditando nessas calúnias desses canalhas esquerdistas. Mais triste ainda é ver que muitos cristãos acreditam nessas balelas. Vide o Vinicius, que foi falar um monte de bobagens sobre o capitalismo e recebeu como resposta uma surra que doeu até em mim. Bem feito para aquele memorialista (risos)!

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  64. Lucas gostaria de te agradecer pelo seu trabalho vc foi instrumento de Deus na minha vida em momento de perturbação espiritual flertando com Romanismo e o seu trabalho me ajudou bastante. Deus te abençoe vc é benção.
    PS. Sou calvinista e estou em uma batista regular e calvinista igreja saudável e amorosa irmãos arminianos também se congregam lá. A unidade do amor como vi nos escritos é o que importa e não necessariamente 100 % unidade doutrinaria.

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  65. Lucas, você já deve ter reparado que praticamente todos os acadêmicos papistas adotam ideias liberais sobre a Bíblia. É muito comum vê-los dizendo que seis das treze epístolas paulinas são pseudônimas; que o êxodo é uma lenda; que Moisés não escreveu nenhuma parte do Pentateuco; que os Evangelhos não foram escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João; que os relatos do dilúvio e da torre de Babel são plágios de mitos pagãos; etc. Você encontra todas essas ideias liberais até nas edições mais respeitadas como a Bíblia de Jerusalém e a Bíblia Pastoral. Na verdade, o motivo pelo qual os adoradores de gesso aceitam todas essas críticas céticas é muito óbvio. É que os "deuterocanônicos" são livros ridiculamente falsos, cheios de erros geográficos, erros históricos e contradições descaradas e indefensáveis para qualquer pessoa racional. O livro de Judite é o pior de todos. Parece que foi escrito por uma criança. Logo no primeiro versículo o autor já solta a pérola que Nabucodonosor II "reinou sobre os assírios em Nínive". O livro é tão medíocre que chega a afirmar que os judeus voltaram do exílio quando Nabucodonosor ainda estava vivo! Este livro é o mais falso de todos historicamente falando. Ele é lotado de erros crassos. A Bíblia de Jerusalém, para tentar salvar o apócrifo, diz que a intenção do autor era criar uma estória fictícia e não registrar uma história real. Mas isto não condiz com a verdade. Na referência 14.10 (ou 14.6 dependendo da versão) o autor deixou implicito que o livro foi escrito quando Aquior, um dos personagens da lenda, ainda estava vivo. A verdade é que ele mentiu, inventou uma estória falsa que nunca aconteceu de verdade para enganar as pessoas. Mas ele aparentemente era tão burro que sua própria estória o denunciou como um mentiroso e agora os papistas tentam salvar a pele dele dizendo que ele apenas "inventou uma estória fictícia e deixou isso bem claro através dos erros históricos". Patético.

    Ao adicionarem esses livros medíocres na Palavra de Deus, os papistas colocaram toda a Palavra de Deus em descrédito. É por isso que é impossível eles defenderem a inerrância das Escrituras (a não ser que eles removam os apócrifos, o que se for para acontecer não será tão cedo).

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  66. Olá Lucas, graça e paz! Gostaria de saber como refutar quando alguém diz que a crença em Deus é o mesmo que acreditar em Papai Noel "não pode refutar, mas também não pode dizer que é verdade!". Gostaria muito de uma resposta sua.

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  67. Bom dia Lucas, tudo bem? Gostaria de saber se a vacina é a marca da besta ou não? Muitos afirmam que sim pois ela altera o DNA que tem a assinatura de Deus YHVH, algo comprovado pela ciência, outra coisa estranha é que a palavra Feitiçaria no grego significa Pharmakea (Farmácia) e que o reino de ferro e barro seria uma mistura de humano com máquina, algo chamado de transhumanismo, o que você acha disso? Outra coisa que tenho medo é que a Bíblia diz que o anticristo se possível enganaria até os escolhidos e em Apocalipse manda calcular o número da besta, ou seja, é possível alguém receber a marca da besta sem saber? Outra dúvida é com relação a patente 060606 que dizem ser da vacina, Gostaria de pedir que você lesse esses artigos e visse esses vídeos com calma e me desse uma resposta:
    https://www.belgatreinamentos.com/averdade

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  68. Lucas, sua opinião sobre o Edu Moura estudioso sobre a patrística!

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  69. 1) Você deve se lembrar daquele artigo em inglês que me recomendou para ler. Ele é sensacional! Esmaga todas as possibilidades de João Zebedeu ter sido o Presbítero que escreveu os livros joaninos. O autor concorda que na verdade o Presbítero era João Marcos, primo de Barnabé, como eu já suspeitava. Tudo indica que João Zebedeu morreu decapitado na década de 60 d.C. e jamais pisou os pés na Ásia Menor. A tradição posterior registrada por Eusébio de que os dois Joãos moraram em Éfeso não passa de uma tentativa de conciliar a lenda de que João Zebedeu esteve na Ásia Menor com o fato de que havia na Ásia uma outra pessoa chamada João. Concorda com isso?

    2) Espero que não se irrite por eu tocar nesse assunto de novo. Mas eu estou convencido de que João 18.15 não fala nada sobre o discípulo amado por três razões:

    a) Nenhuma tradução fala "o outro discípulo", mas sim "outro discípulo". Portanto, não pode ser o discípulo amado citado anteriormente.

    b) Eu tenho a tradução interlinear do Novo Testamento e ela nela também não está escrito "o outro discípulo", mas está exatamente do mesmo jeito que as bíblias convencionais.

    c) Aparece "kai" no texto, mas eu olhei nos dicionários de grego e significa "e" (conjunção aditiva) e não "o" ou "e o". Enfim, o texto não fala do discípulo amado, mas sim de José de Arimateia, como alguns comentaristas mais perspicazes notaram.

    3) Estou convencido de que o discípulo amado era João Marcos pelas seguintes razões:

    a) Ele surge pela primeira vez na ocasião da Eucaristia. Isso é muito significativo. Em Atos 12.12 nos é dito que muitos irmãos se reuniam na casa dele. Estudiosos de renome (entre eles J.P. Moreland) não têm dúvidas de que os irmãos se reuniam ali porque foi o local da Ceia. Até onde sei isso é um consenso acadêmico.

    b) Aquele artigo que você recomendou comenta sobre uma antiquíssima tradição que afirma que João Marcos fazia parte do circulo sacerdotal. Isso explica o porquê de – segundo alguns comentaristas – o Apocalipse ter imagens tão vívidas de rituais levíticos; e o Evangelho de João focar tanto no ministério de Jesus em Jerusalém.

    c) Em João 21.24 nos é informado que o discípulo amado é o autor do Evangelho, e é um fato irrefutável que o Evangelho de João e as epístolas que levam seu nome são do mesmo autor: o Presbítero (João Marcos).

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  70. 4) Notei duas novas estratégias sujas dos esquerdalhas para ganhar mais força para o movimento negro. Sei que eles têm boas intenções (acabar com o racismo), mas mentir não é o caminho certo.

    a) Como a população negra no Brasil é pequena (7%), eles querem incluir os pardos (44%) no grupo dos "negros" só para dizer que o Brasil é um país de negros. Alguns mais descarados querem incluir os brancos também (!?). Estes alegam que a esmagadora maioria dos brancos brasileiros têm pelo menos um pouco de descendência negra (o que é verdade), então, "logicamente" eles são negros também (ridículo!).

    b) Dizer que grandes personalidades do passado eram negras, como Jesus, Santo Agostinho, Simão Cireneu, o povo do Egito Antigo e Adão. O motivo de incluir este último é o mais engraçado. Os esquerdopatas dizem que como Adão foi tirado do pó da terra, e a terra é escura, então ele era negro. Daqui a pouco vão dizer que Deus também é negro porque Adão foi criado à sua imagem (risos).

    Por que rejeito essas mentiras? Sobre a primeira, quando há uma mistura de raças (ou "etnias" como preferem os mimizentos) surge uma nova, misturada. Portanto, os pardos não são brancos nem negros. Até as características físicas deles não permitem que sejam incluídos em nenhum dos dois grupos – são muito brancos para serem negros e muito negros para serem brancos. Claro que existem exceções, pode ser que um filho de branco com negra nasça negro ou branco, mas via de regra nasce pardo. E eu nem preciso dizer que um branco que possui descendência negra é branco do mesmo jeito. A raça de alguém é definida pelas características visíveis e não pela ancestralidade.

    Sobre a segunda mentira. Os povos do Oriente Médio e norte da África são e sempre foram predominantemente brancos. Os hieróglifos mostram que o Egito Antigo tinha negros e brancos convivendo juntos, a Bíblia diz que Davi era ruivo (1Sm 17.42), os príncipes de Judá eram ruivos (Lm 4.7), os apóstolos colocaram o apelido "Níger" (negro) em Simeão (At 13.1), o que seria totalmente sem nexo caso eles também fossem negros. Enfim, dizer que alguma personalidade antiga era negra só porque nasceu no Oriente Médio ou na África do Norte é simplesmente ridículo.

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  71. Lucas boa tarde. Gostaria de agradecer a Deus por seu trabalho. Tenho uma dúvida, vi a sua resposta em um debate com um papista que o Papa Damaso retirou 2º corintios durante concílio regional de Roma em 382 d.C, Poderia me apontar a fonte. Gostaria muito de ler a respeito mas não consegui procurando pela net. Obrigado e parabéns pelo trabalho a Deus e a Igreja de Cristo

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  72. Paz do senhor, Lucas. Há muito tempo tenho pesquisado sobre essa questão em específico, mas não vi ninguém refutando. É sobre um site de apologética espírita dizendo que existem diversas contradições de textos na Bíblia, e também diversos erros de profecias. Não vi ninguém refutando este site. Poderia fazer um artigo sobre?

    Aqui o site: https://apologeticaespirita.blogs.sapo.pt/8831.html

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  73. 1) Pelo que li sobre as atuais correntes teológicas do protestantismo em termos de autoridade das Escrituras, existem quatro posições divergentes: fundamentalismo, conservadorismo, neo-ortodoxia e liberalismo. O que ocorre é que a mídia gosta muito de polarizar as coisas dizendo que todo evangélico que rejeita a teoria da evolução, o aborto, as religiões africanas e a homossexualidade é fundamentalista. Ou seja, se você for um evangélico honesto com as Escrituras e não as distorce a seu bel prazer, como os liberais fazem, você é um "maldito fundamentalista". O mau-caratismo deles é tão grande que chamam até os extremistas islâmicos de "fundamentalistas" como se eles estivessem no mesmo patamar que os evangélicos não liberais, como se nós também quiséssemos mandar homens-bomba para explodir lugares públicos, matar macumbeiros e homossexuais, etc.

    2) Sobre as quatro posições teológicas mencionadas acima, eu me identifico com o conservadorismo e não com o fundamentalismo. Não sou à favor de proibir as liberdades individuais por motivos religiosos, sou contra feriados religiosos, sou contra o ensino religioso nas escolas públicas e rejeito o dispensacionalismo. Resumindo, o que me coloca do lado conservador em vez do fundamentalista é que eu não acho bíblico impor o cristianismo à força. E você, prefere qual dos dois?

    3) Sobre o envolvimento cristão na política, sou totalmente à favor. A minha divergência com a maioria dos evangélicos é que eu vejo esse envolvimento de forma diferente, com outros objetivos. Meu raciocínio é bastante simples:

    1 — A Igreja é o veículo que Deus usa para concretizar seus planos no mundo.
    2 — Deus tem planos políticos.
    3 — Logo, a Igreja deve se envolver na política.

    A questão é que tipo de envolvimento a Igreja deve desempenhar. Na minha opinião, é ajudar os necessitados, preservar o meio-ambiente, punir os ímpios e defender a propriedade. Vou dar um exemplo prático. Existem alguns políticos que defendem a LEGITIMIDADE DO ASSALTO porque, para eles, os assaltantes são uns coitadinhos, vítimas do capitalismo, que estão apenas reivindicando o "direito" de ter um bem que eles não têm condições financeiras de comprar (não é piada). De onde eles tiraram essa ideia absurda e nojenta? Do humanismo. Mas nós, cristãos, sabemos que o humanismo é falso e essa ideia debiloide é fruto dele. Então, é nossa obrigação entrar na política para evitar que canalhas malucos como esses cheguem ao poder. É nossa missão criar políticas que punam os maus, porque um dos objetivos de Deus ter criado o governo é justamente esse (Romanos 13.3,4). Um governo composto de cristãos que cumpram suas obrigações à luz da Bíblia não vai defender ladrões, estupradores e traficantes, criar impostos astronômicos, etc. E também não deveria, ao contrário do que pensam os fundamentalistas, proibir o casamento gay e outras religiões. Essas últimas partes deve ser feita através da pregação do Evangelho e não da política. Ou podemos deixar os ímpios governarem com uma agenda humanista ateia ou islâmica e assistir nosso mundo se transformar num caos mil vezes pior do que hoje. Concorda comigo?

    E só pra deixar claro, quando eu falo sobre um "governo cristão" eu não estou falando sobre revolução ou ditadura, eu falo de eleger políticos evangélicos que tenham essa agenda bíblica que mencionei acima.

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  74. Os acadêmicos costumam datar a obra de Papias, "Explicação das sentenças do Senhor", por volta do ano 130 d.C. Mas, como é de se esperar de liberais que não poupam esforços para atacar a veracidade do Cristianismo, datando obras cristãs de renome, inclusive bíblicas, de forma tardia, parece que com Papias não foi diferente. Segundo Irineu, João Marcos (o Presbítero, que ele confundiu com João Zebedeu) morreu durante o reinado de Trajano (98 a 117 d.C.). É muito provável que ele tenha morrido logo no começo deste reinado. Podemos chegar a esta conclusão por duas evidências:

    a) Uma antiga tradição alexandrina, registrada por Clemente, diz que quando João voltou de Patmos, logo após a morte de Domiciano em 96 d.C., ele já estava tão velho que mal conseguia andar. Então é muito provável que ele tenha vivido apenas alguns anos a mais, como é de se esperar de alguém neste estado avançado de velhice.

    b) Nenhuma das cartas de Inácio de Antioquia, escritas em 107 d.C., mencionam João. Isso seria bastante estranho se ele ainda estivesse vivo. Ele sem dúvidas o teria mencionado pelo menos na carta a Policarpo, já que João foi mestre dos dois. E ele nem mesmo menciona a morte de seu mestre como se fosse algo recente.

    Com base nessas evidências, podemos afirmar sem dúvidas que João morreu no início do reinado de Trajano. No mais tardar em 100 d.C. Mas eu sugeriria mais cedo ainda, em 98 d.C., no comecinho deste reinado. Você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com Papias. É que em seu livro ele fala de João como se ainda estivesse vivo:

    "O que DIZEM Aristion e o presbítero João" (HE 3.39.4)

    Logo, ele escreveu sua obra no primeiro século e não em 130 d.C., como querem os liberais. E o que isso muda? Muda que uma obra tão antiga assim deveria servir como prova da antiguidade e veracidade dos Evangelhos, dos Apóstolos, da Igreja, enfim, do Cristianismo!

    Observação: sobre João ter sido banido para Patmos no reinado de Domiciano, eu acho provável a hipótese de alguns preteristas, que dizem que ele foi banido para Patmos duas vezes, uma sob Nero e outra sob Domiciano. Tenho tendência a acreditar nisso, mas não quero tocar nesse assunto. Só fiz esta observação para você não pensar que eu mudei de ideia sobre a data do Apocalipse. Independentemente de João ter sido banido sob Nero ou Domiciano ou os dois, o fato é que a tradição de Clemente indica que João já estava prestes a morrer em 96 d.C.

    O que acha disso?

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