8 de julho de 2018

134 2ª Pedro 2:9 ensina que os ímpios estão sofrendo castigo no inferno?



Este artigo será um pouco mais trabalhoso e talvez mais tedioso de se acompanhar do que de costume. Sim, será longo, e sim, será cansativo, mas em se tratando de hermenêutica é assim mesmo. Este site sempre teve como diferencial trazer algo mais sofisticado, que exige bastante esforço e trabalho, em vez dos artigos simplistas e superficiais que vemos por aí. Então se você não tiver interesse ou paciência para acompanhar um texto longo como este, sinta-se livre para fechar este artigo e aproveitar a oportunidade para ver um vídeo útil e edificante como esse aqui (você pode inclusive repetir esse vídeo o dia todo que não deixará de ser bom). Só continue a leitura se você quiser ler inteiro, pois só assim poderá acompanhar todo o raciocínio até a conclusão.

Neste artigo irei abordar um argumento imortalista que surgiu depois da escrita do meu livro sobre o tema, em 2010 (disponível na página dos livros). Trata-se de um argumento em torno de 2ª Pedro 2:9, que certa versão traduz assim:

“Também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados” (2ª Pedro 2:9)

Essa parte final, que nesta versão (Almeida Atualizada) é traduzida por “já estão sendo castigados”, vem sendo utilizada em tempos mais recentes como uma refutação ao mortalismo bíblico. Até onde eu pude apurar, me parece que o primeiro a levantar esse tipo de argumento tirando o texto de seu contexto foi o Pr. Elias Soares, há alguns anos. Eu não dei muita importância na época porque achava que nem os imortalistas mais sérios dariam crédito a esse tipo de argumentação refutada pelas próprias traduções imortalistas (que analisaremos adiante), mas o problema é que desde então ela tem se popularizado e vem sendo usada por outros imortalistas, inclusive por gente mais qualificada que o Pr. Elias.

Por exemplo, no debate sobre imortalidade da alma que tive com meu amigo Francisco Tourinho, no final de 2016 (veja aqui), este foi o principal texto que ele suscitou na parte das perguntas e respostas. Depois eu vi alguns sites citando esse argumento e em tempos mais recentes um leitor imortalista que o publicou na caixa de comentários do meu último artigo sobre aniquilacionismo (veja aqui, com os meus comentários na sequência). Eu dei uma resposta a ele por ali mesmo, mas achei útil aprofundar a questão e transformá-la em forma de artigo.

Basicamente o argumento deles se baseia em dois pontos: primeiro, que o trecho que diz “estão sendo castigados” é a única tradução certa e que isso implica necessariamente que a alma dos ímpios está sendo atormentada neste exato momento em algum lugar por aí; e segundo, que qualquer outra interpretação do texto violaria o sentido do verso 4, que é apresentado em conexão a este. Este verso 4 diz o seguinte (nessa mesma versão):

“Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo” (2ª Pedro 2:4)

Então o verso 4 estaria dizendo que Deus lançou os anjos no inferno, que estão lá agora sendo castigados no exato momento em que eu escrevo este artigo, e o verso 9 estaria aplicando isso a todos os ímpios entre os seres humanos, ou seja, eles também estariam sendo atormentados no inferno neste momento. Segundo eles, essa é a interpretação correta do texto e a mensagem que Pedro estava querendo transmitir.

O argumento seria bom, se ele não tivesse mais buracos que um queijo suíço. Vamos analisar cuidadosamente parte por parte, a começar pelos “anjos no inferno”. O verso 4, que supostamente fala dos anjos no “inferno”, na verdade traz o termo grego tártaro:


O autor nem mesmo poderia ter escrito “inferno” ali, porque inferno é uma palavra latina (infernus), e o Novo Testamento foi escrito em grego. O “inferno” só passou a constar nas Bíblias vernáculas a partir da Vulgata Latina de Jerônimo no século V, que traduziu indiscriminadamente por “inferno” vários termos gregos diferentes e com significados distintos. No grego a palavra que tem o sentido de castigo póstumo em um mundo espiritual é geena, que aparece apenas doze vezes na Bíblia, já incluindo as ocasiões em que é citado duas ou mais vezes em evangelhos sinópticos. Imortalistas e mortalistas concordam que o geena se refere ao local de condenação futura após a ressurreição, então isso não é um alvo de discussão aqui.

O que é realmente discutido é o termo grego Hades, que para os imortalistas é um lugar de sofrimento presente onde as almas dos ímpios estão queimando (não me pergunte como que almas queimam, pergunte a eles), enquanto para os mortalistas se refere à sepultura comum da humanidade. Ambos concordam que o Hades é o equivalente ao Sheol do hebraico, que aparece muito mais vezes na Bíblia. Aqui eu não vou discutir qual o significado correto porque isso já foi feito neste artigo de uma forma bem dinâmica, relembrando os gols da Alemanha e tudo mais.

O ponto em questão é que este local, o Hades, não é o tártaro (onde os anjos daquele texto estão), mas sim o local de suplício temporário das almas humanas, de acordo com os imortalistas. O “tártaro” não é repetido na Bíblia, só aparece naquele texto de Pedro, e a razão para isso é justamente porque nenhum homem está lá ou irá para lá. É importante que isso fique muito claro desde já, porque depois os imortalistas vão usar o verso 9 e aplicá-lo ao “inferno/Hades”, que é uma distorção do que o verso 4 está falando e que prova que Pedro não estava igualando o destino de homens e anjos em absoluto (tratarei disso mais adiante). Se Pedro tivesse qualquer intenção de dizer que os ímpios estão sofrendo hoje fazendo alusão ao mesmo local que ele afirmou no verso 4, ele teria mencionado o Hades, e não o tártaro.

Agora vamos ao verso 9, que é o foco central do argumento deles. Todo o argumento se sustenta em uma coisa só: o “estão sendo castigados”, conforme traduz uma minoria de versões à minha disposição. De todas as versões que considero relevante, apenas a NVI não traduz colocando o termo kolazomenou no futuro, embora ele seja um particípio presente no grego. Quem conhece um pouquinho sobre traduções bíblicas irá concordar que essas são as mais respeitadas academicamente e historicamente:

“Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados” (Almeida Corrigida Fiel)

“Entonces el Señor sabe rescatar de la prueba a los piadosos y guardar a los injustos para ser castigados en el día del juicio” (Reina Valera)

“The Lord knoweth how to deliver the godly out of temptations, and to reserve the unjust unto the day of judgment to be punished” (King James)

“The Lord knoweth how to deliver the godly out of temptations, and to reserve the unjust unto the day of judgment to be punished” (Bíblia de Genebra)

“The lorde knoweth how to deliver the godly out of temptacion and how to reserve the vniuste vnto the daye of iudgement for to be punisshed” (Bíblia de Tyndale)

“É certamente porque o Senhor sabe libertar os piedosos da tentação e reservar os injustos sob castigo à espera do dia do Julgamento” (Bíblia de Jerusalém)

“Vemos, portanto, que o Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em castigo os ímpios para o dia do juízo” (Nova Versão Internacional)

Eu não sei nada de alemão, mas se o tradutor eletrônico está correto, “zum Tage des Gerichts, sie zu peinigen” é traduzido por “para no dia do Juízo ser atormentado”, o que colocaria a Bíblia de Lutero entre as “traduções futurísticas” (se alguém entende alemão, fique à vontade para me corrigir). O fato é que nenhuma versão respeitável que eu conheça traduz o texto como faz a versão usada pelos imortalistas, que diz “já estão sendo castigados”. A única que chega perto disso é a NVI, e um pouco a Bíblia de Jerusalém dependendo da interpretação que for dada. Todas as outras vertem o texto no tempo futuro – “para serem castigados”, o que implica que eles não estão sendo castigados ainda, invertendo o paradigma imortalista.

Isso é um pouco embaraçoso, pois, como já disse e os imortalistas salientam corretamente, o kolazomenou está no particípio presente, o que em tese colocaria em erro todas aquelas traduções respeitáveis (e muitas outras). O católico, por exemplo, sequer poderia ousar contestar o verbo no futuro, pois é exatamente assim que Jerônimo traduz na Vulgata, que é a única versão oficial da Igreja Católica Romana. Essa versão traz “novit Dominus pios de temptatione eripere iniquos vero in diem judicii cruciandos reservare", que é de onde a versão Ave Maria junto a quase a totalidade das versões católicas verte por “reservar os ímpios para serem castigados no dia do juízo". Ou seja, um católico obrigatoriamente sequer poderia discutir isso; tem que aceitar o que diz a Vulgata e ponto.

Tudo isso me deixou um pouco perplexo e me levou a uma indagação profunda: como podem todas as mais respeitadas versões do planeta desta época e dos tempos antigos verterem de forma quase consensual com o verbo no futuro, quando teoricamente seria tão simples e óbvio que o verbo está no particípio presente e que, portanto, tal tradução está claramente equivocada? Era imaginário demais pensar que todas essas versões com suas centenas de tradutores especializados falharam miseravelmente em não enxergar um simples tempo verbal que qualquer pessoa com um estudo porco em grego já sabe. E não estamos falando aqui de um tradutor qualquer, mas dos melhores linguístas do mundo de todas as eras. Como teriam falhado em algo tão simples?

Isso seria o mesmo que os dubladores e os responsáveis por inserir as legendas do filme do Exterminador do Futuro traduzissem algo simples como “I'll be back” por “eu voltei”, em vez de “eu voltarei”, e estragassem o filme assim. O caso aqui é ainda mais complicado, pois não estamos falando de um tradutor qualquer, mas de muitos entre os mais instruídos. Então eu fui pesquisar o porquê que os melhores tradutores do mundo de todas as eras preferiram verter o texto para o futuro mesmo com o particípio estando no presente, e descobri uma coisa bem interessante. Um dos Comentários Bíblicos bastante úteis nesta compreensão é o de Coffman, que diz:

“A partir disso, alguns concluíram que os anjos caídos e outros seres perversos agora estão sofrendo punição; mas Pedro pode muito bem ter usado ‘sob castigo’ como uma forma curta para ‘sob sentença de punição’. Parece claro em Mateus 8:29 que há ‘um tempo’ designado para a punição dos ímpios, um tempo ainda futuro (veja Judas 1:6). Este verso é, na verdade, o ponto culminante de tudo o que Pedro havia dito, chegando até 2ª Pedro 2:4. Como Kelcy disse: 'A prótase (isto é, as orações condicionais antecedentes a uma conclusão) começa em 2ª Pedro 2:4; a apodosis (conclusão) está aqui'" (Coffman's Commentaries on the Bible, sobre 2ª Pedro 2:9)

Em outras palavras, o particípio presente kolazomenou, que poderia ser literalmente traduzido como faz a Bíblia de Jerusalém – “reservar os injustos sob castigo à espera do dia do Julgamento” – não está no sentido de que os ímpios estão sendo castigados agora, mas sim que eles estão sob a sentença do castigo, o qual se cumprirá efetivamente no dia do Juízo. É curioso notar que esse termo kolazomenou só ocorre duas vezes na Bíblia. Uma é aqui, e a outra é em Atos 2:47, que diz que ”o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos” (At 2:47).

Esse paralelo único na Bíblia é importantíssimo porque sabemos que a salvação em si a obteremos no futuro por ocasião do Juízo, ainda que agora estejamos na “condição” de salvos, assim como os ímpios estão na condição de condenados a despeito de não estarem ainda queimando no inferno. Alguns exemplos bíblicos deixam este conceito muito claro. Por exemplo, Jesus disse que “aquele que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10:22). Paulo disse que “a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm 13:11). A Timóteo, escreveu que “fazendo assim, salvarás a ti mesmo e aos teus ouvintes” (1Tm 4:16). E o autor de Hebreus diz que Cristo aparecerá uma segunda vez “aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9:28).

Tudo isso parece dizer que nós não somos salvos ainda, embora haja muitos textos que mostrem a salvação como algo presente (cf. Lc 19:9; At 15:11; Rm 8:24; 2Tm 1:9; Tt 3:5). Todavia, não há contradição entre essas duas realidades, pois a salvação no presente diz respeito à nossa “sentença” atual (ou seja, que estamos hoje na condição de salvos, a qual manteremos ou não até o dia do Juízo), enquanto a salvação como um particípio futuro diz respeito ao momento propriamente dito em que entraremos na vida eterna após o Juízo. Algo muito semelhante ocorre aqui em 2ª Pedro 2:9: os ímpios estão “sob castigo” no sentido de que eles estão já hoje sob a sentença do castigo da mesma forma que nós estamos já sob a sentença da salvação, e não que eles estejam efetivamente sendo castigados agora.

Se eu tivesse que passar este conceito na forma de uma analogia grosseira e simples, eu diria que nós temos agora o “ingresso” de entrada para um jogo chamado “vida eterna”. Nós estamos agora mesmo com o ingresso, mas isso não significa que estejamos agora mesmo no jogo em si. Da mesma forma, os ímpios já compraram um ingresso diferente – o do castigo – e isso também se concretizará quando o jogo começar. E o momento em que “o jogo começa” é no Juízo, que ocorre na segunda vinda de Cristo, concomitante à ressurreição (2Tm 4:1; At 17:31; Lc 14:14; 2Tm 4:8; 1Co 15:22-23). Isso explica por que em certo sentido os ímpios já estão condenados (Jo 3:18), e em outro sentido essa condenação é futura (Jo 5:29):

“Já está” condenado:
“Será” condenado:
“Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus” (João 3:18)
“Os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (João 5:29)
O que corrobora mais fortemente esse entendimento é todo o contexto da epístola, além do teor geral das Escrituras. Um dos textos citados por Coffman é o de Mateus 8:29, onde os demônios dizem a Jesus:

“Então eles gritaram: ‘Que queres conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do devido tempo?’” (Mateus 8:29)

Isso mostra da forma mais clara possível que os anjos caídos ou demônios não estão sendo atormentados ainda, pois disseram que o tempo deles não havia chegado, e o próprio Senhor Jesus em momento nenhum confrontou ou negou este fato (tampouco faria sentido os demônios mentirem para alguém que eles sabiam que era o próprio filho de Deus). Se o tempo deles ainda não chegou, significa que o tártaro não é um lugar de castigo propriamente dito (como o “inferno”), mas sim um local de prisão temporária onde aguardam o dia em que serão castigados, após o Juízo. Essa compreensão também parece evidente no verso 4 de 2ª Pedro cap. 2, bem como na epístola de Judas, em um texto paralelo citando a mesma coisa com outras palavras:

“E aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia” (Judas 1:6)

“Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno [=tártaro], prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo” (2ª Pedro 2:4)

Nenhum dos textos supõe um castigo presente dos anjos caídos, embora o texto de Pedro possa passar essa falsa impressão através da intromissão do termo “inferno”, que já analisei no começo do artigo. Observe que o final de 2ª Pedro 2:4 diz que esses anjos estão “reservados para o juízo”, que passa claramente a ideia de que é no juízo que eles serão julgados e castigados. A prisão em que eles estão não é considerada o castigo em si, é apenas um meio de cercear sua liberdade e não permitir que atuem na terra, da mesma forma que a besta e o falso profeta antes da condenação do lago de fogo (cf. Ap 20:3 com 20:7-10).

Então há muitas razões para crer que o castigo desses anjos que estão presos no tártaro é futuro: primeiro, porque isso é logicamente deduzido de Mateus 8:29 e a Bíblia não entra em contradição; segundo, porque Judas 6 não diz que esses anjos já estão sendo castigados mas sim que estão guardados em trevas para o juízo do grande Dia [quando serão castigados], e terceiro porque o próprio verso 4 de 2ª Pedro cap. 2 subtende isso na parte que diz que eles “estão reservados” para o juízo, e não que já estejam sofrendo o juízo neste exato momento. E o termo “inferno”, conforme traduzido por algumas versões em 2ª Pedro 2:4, é uma evidência fraca, uma vez que vimos que no original grego consta tártaro, que não tem nada a ver com o inferno da teologia popular.

Portanto, o particípio perfeito neste texto serve para ressaltar que o castigo está expresso no presente, mas que se consumará de fato depois do Juízo. Esse é o mesmo entendimento do teólogo luterano pietista e erudito grego Johann Albrecht Bengel, que escreveu:

“κολαζομένουςpara ser punido: um evento futuro, ainda que expresso no presente; porque a punição é certa e iminente” (Johann Albrecht Bengel's Gnomon of the New Testament, sobre 2ª Pedro 2:9)

O mais curioso é que até o próprio João Calvino interpretou assim, embora ele fosse um imortalista convicto que chegou a escrever um tratado contra os aniquilacionistas de sua época. Em seu Comentário à 2ª Pedro, ele afirma:

“O particípio κολαζομένους, embora no tempo presente, ainda assim deve ser entendido no sentido de que eles estão reservados para serem punidos, ou para que possam ser punidos. Pois ele nos ordena a confiar na expectativa do juízo final, de modo que, em esperança e paciência, possamos lutar até o fim da vida” (Calvin's Commentary on the Bible, sobre 2ª Pedro 2:9)

Outro Comentário Bíblico discorre:

para serem castigados: como os anjos caídos (2ª Pedro 2:4), na verdade sob sentença, e aguardando a sua execução final. O pecado já é sua própria pena; o inferno será o seu pleno desenvolvimento” (Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible, sobre 2ª Pedro 2:9)

Ou seja, os ímpios já estão neste mesmo sob a sentença da condenação, mas o momento em que eles serão efetivamente castigados é depois do Juízo. Isso confronta diretamente a teologia popular na qual os ímpios já estão sofrendo castigo neste momento no inferno ou em qualquer lugar do tipo.

O teólogo presbiteriano inglês Matthew Poole também comentou:

“A palavra grega está no tempo presente, que pode ser compreendido: (1) Como colocado para o futuro, e então o sentido é como em nossa tradução, que embora Deus muitas vezes deixe os iníquos em paz neste mundo, para que eles escapem da punição presente, ainda assim eles não escaparão do tormento futuro; eles são poupados por um tempo, mas nunca perdoados; e quando livres de males temporais, estão reservados para a vingança eterna. Ou: (2) Pode ser entendido como no tempo presente, que concorda bem com as instâncias da vingança de Deus antes mencionadas, que foram executadas em homens iníquos neste mundo; e então o sentido é: O Senhor sabe como libertar o piedoso das tentações quando ele achar conveniente, mesmo nesta vida, e como reservar aqueles homens iníquos, a quem ele castiga com julgamentos temporais aqui, para uma muito mais severa e terrível punição no dia do julgamento final” (Matthew Poole's English Annotations on the Holy Bible, sobre 2ª Pedro 2:9)

Essa é a razão pela qual quase todas as mais respeitadas versões do planeta preferem verter o texto no tempo futuro do que no presente, a despeito do particípio estar no presente: dependendo da tradução, ela pode passar um sentido totalmente oposto a um leigo que estiver lendo sem conhecer todos esses detalhes.

A rigor, a Bíblia de Jerusalém foi a que optou pela tradução mais literal, vertendo por “reservar os injustos sob castigo à espera do dia do julgamento”, mas traz uma ambiguidade desnecessária, pois o “sob castigo” pode ser compreendido corretamente no sentido de “estar sob a sentença de castigo”, mas também pode ser interpretado incorretamente por um leigo que pense que o “sob castigo” diz respeito a um “estado intermediário” onde os ímpios estariam sofrendo agora.

Para desfazer essa ambiguidade que levaria muitas pessoas a um entendimento errado do texto, a maioria das versões respeitáveis optou por verter o termo para o futuro mesmo, como faz a ACF: “...e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados”, porque pelo menos assim não corria o risco de alguém pensar que o próprio castigo em si é presente, contradizendo o texto em pauta e pervertendo o contexto. A pior tradução possível é justamente a usada pelos imortalistas, que traz: “...e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados”, o que vai frontalmente na contramão do sentido do texto (mas ao encontro do que os imortalistas desejam).

Ou seja, temos aqui uma tradução mais literal, porém ambígua (BJ); uma que quebra a literalidade para preservar o sentido e intenção do texto (ACF), e outra que ferra o texto tanto no sentido literal como no de equivalência de sentido (AA). Não é preciso muito esforço para adivinhar qual é a versão usada pelos imortalistas.

Vamos parar para respirar um pouco, porque ao chegar até aqui você deve estar um pouco exausto como eu. Então é hora de elencarmos em pontos breves o que constatamos até o momento:

a) Pedro não falava em “inferno” quando discorria sobre o lugar em que os anjos caídos estão agora, mas sim no “tártaro”, que é uma prisão onde eles estão aguardando o julgamento para serem castigados. A diferença desses demônios para os demais é que os demais estão livres para fazer mal à humanidade (cf. 1Pe 5:8), e esses não.

b) O castigo dos anjos caídos não é presente, mas futuro. Isso é claramente deduzido de textos como Mateus 8:29, de Judas 6 e do próprio contexto de 2ª Pedro 2:4.

c) Quando Pedro conclui que Deus “reservou os injustos sob castigo para o dia do julgamento”, ele está se referindo à sentença de castigo que já está expressa no presente, e não ao castigo em si, que ocorrerá depois do julgamento. Por isso quase todas as versões mais respeitáveis do mundo vertem com o tempo no futuro (“para serem castigados”), que transmite este sentido evitando ambiguidades.

d) Podemos comparar essa condição atual dos ímpios com a salvação dos crentes, que também é atual neste sentido (i.e, estamos neste momento sentenciados à salvação se estamos em Cristo), embora seja futura num sentido prático e efetivo (i.e, entraremos e desfrutaremos da vida eterna após o juízo).

Isso tudo já seria o suficiente para desfazer o mau entendimento imortalista desse texto, mas há um “detalhe” que eu nunca vi nenhum imortalista passar, embora seja da mais suma importância neste contexto. O “detalhe” é que o imortalista que usa 2ª Pedro 2:9 como argumento faz uma ligação com 2ª Pedro 2:4 e finge que não existem versículos entre eles, ou seja, simplesmente recorta e joga fora descaradamente os versos 5, 6, 7 e 8, como se Pedro tivesse escrito o verso 4 e então ido direto para o verso 9 (que nem assim provaria nada do que eles inferem). A razão pela qual nenhum imortalista como Elias Soares jamais irá mostrar estes quatro versos entre o 4 e o 9 é justamente porque eles fulminam a interpretação imortalista do texto.

Para eles, o verso 9 fala dos ímpios entre os homens e os anjos (o que eu concordo), mas para sustentar essa conclusão eles só citam o verso 4, que fala apenas dos anjos. E curiosamente, os versos 5-8 são precisamente aqueles que falam do destino dos homens maus, que os imortalistas recortam da passagem porque não há nada ali que os favoreça. Vejamos o que Pedro escreve nestes versos:

“Ele não poupou o mundo antigo quando trouxe o dilúvio sobre aquele povo ímpio, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas. Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, tornando-as exemplo do que acontecerá aos ímpios; mas livrou Ló, homem justo, que se afligia com o procedimento libertino dos que não tinham princípios morais (pois, vivendo entre eles, todos os dias aquele justo se atormentava em sua alma justa por causa das maldades que via e ouvia)” (2ª Pedro 2:5-8)

Note, amigo leitor, que após Pedro ter citado um exemplo com os anjos no verso 4, ele passa a citar exemplos humanos nos versos 5 a 8 antes de sua conclusão no verso 9, mais especificamente recorrendo a dois casos ilustrativos: o do dilúvio e o de Sodoma e Gomorra. Se a interpretação imortalista está correta e o objetivo de Pedro neste contexto era mesmo dizer que os ímpios estão agora mesmo sendo castigados em um “estado intermediário” conhecido pelo nome de inferno, o que deveríamos esperar? Qualquer pessoa honesta há de concordar que ele recorreria a casos em que um ímpio foi queimar no inferno em um estado intermediário, logicamente. Ele poderia até mesmo recorrer à parábola de Lucas 16:19-31 interpretando-a literalmente e usando-a de exemplo, como os imortalistas fazem, e ilustrar perfeitamente o ponto em questão.

Mas em vez disso, o que Pedro de fato faz? Ele dá dois exemplos, e os dois de aniquilacionismo. Primeiro recorre ao dilúvio, quando Deus “não poupou” o mundo antigo, mas o destruiu. O detalhe é que o próprio apóstolo volta a recorrer ao dilúvio no capítulo seguinte, quando diz:

“Mas eles deliberadamente se esquecem de que há muito tempo, pela palavra de Deus, existiam céus e terra, esta formada da água e pela água. E pela água o mundo daquele tempo foi submerso e destruído. Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios” (2ª Pedro 3:5-7)

Alguém aí consegue encontrar uma linguagem de sobrevivência da alma para um estado intermediário onde seriam castigadas antes do juízo? Eu não. Eu só consigo encontrar duas coisas: destruição e destruição. E destruição essa que não pode ser meramente espiritual, porque os que morreram no dilúvio morreram mesmo.

Mas é o exemplo seguinte o mais icônico. Pedro diz que Deus “condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, tornando-as exemplo do que acontecerá aos ímpios” (v. 6). Primeiro ele diz que as duas cidades foram reduzidas às cinzas, e depois ele diz que isso é um exemplo do que acontecerá aos ímpios. Percebeu que ele não citou nenhum exemplo de um tormento eterno, de uma alma saindo do corpo ou de um castigo em um “estado intermediário”? Tudo o que ele faz é apelar à linguagem de destruição total, tão plena ao ponto de virar cinzas. E por mais que eu saiba o quanto os imortalistas tem uma ânsia em alegorizar e espiritualizar os textos que falam em destruição, neste caso seria extremamente ridículo fazer isso, uma vez que Pedro recorria ao caso de Sodoma e Gomorra, que foram LITERALMENTE (e não alegoricamente, nem espiritualmente) reduzidas às cinzas.

Se Pedro quisesse expressar um conceito espiritual de morte, ele teria muitas opções disponíveis, prontas, à mão, que poderiam ter sido perfeitamente utilizadas caso quisesse. Há dúzias de textos bíblicos falando de morte espiritual, o suficiente para Pedro não precisar apelar a uma linguagem de destruição literal para falar de uma destruição “meramente espiritual”. Ele também poderia ter citado como exemplo qualquer um desses textos que os imortalistas tiram de contexto para “provar” que a alma sobrevive à morte e que é queimada no inferno antes do juízo, mas preferiu usar como exemplo um caso de uma destruição física e literal pelo fogo até o ponto de virar pó, e ainda fazer questão de acentuar que é isso mesmo que acontecerá com os ímpios. Não é preciso ser muito inteligente para perceber a clara linguagem aniquilacionista aqui, e eu sinceramente não sei de que modo Pedro poderia deixar isso mais claro do que já está.

O mais importante é que Pedro, ao citar exemplos humanos, em momento nenhum cita uma alma presa em algum lugar ou sofrendo castigo em algum lugar, considerando o tempo presente. Todos os exemplos que ele cita são de aniquilacionismo e apenas isso. Ver qualquer tipo de alma sobrevivendo à morte corporal nos versos 5 a 8 é um delírio. A única conclusão plausível é que o objetivo de Pedro ao usar esses exemplos não tinha nada a ver com dizer que os ímpios estão sendo castigados em um estado intermediário. Fosse essa a intenção e ele teria usado exemplos de imortalismo, não de aniquilacionismo. Portanto, a conclusão do verso 9 não pode ser a oferecida pelos imortalistas, que é mais sem nexo quando aplicada aos homens do que é quando aplicada aos anjos. Tal conclusão seria um gigante e inigualável non sequitur que cairia de paraquedas no texto.

Já a interpretação mortalista faz todo o sentido e mantém a estrutura, o sentido e a coerência lógica do texto diante de todo o seu contexto maior. Pedro cita o exemplo de anjos maus presos no tártaro e de homens maus que foram aniquilados. Seu objetivo maior, porém, era o de enfatizar que em ambos os casos o juízo futuro viria para o castigo dos ímpios, sejam eles anjos ou homens. É apenas isso. Seria como se eu citasse exemplos diversos e então concluísse: “Vejam esses exemplos, que provam que Deus não deixa o ímpio sem punição, por isso o castigo deles está reservado”.

Fica muito claro pela análise do contexto que não havia nada de estado intermediário na mente de Pedro ao escrever o verso 9, embora essa possa ser a impressão tida por um leigo que nunca tenha lido o contexto e jamais tenha consultado mais de uma tradução da Bíblia. Quem melhor explica o sentido simples do texto de Pedro em seu contexto é Edward Michael Zerr, que comenta:

“Reservar o injusto indica que a punição do injusto está no futuro. Isso refuta a noção de pensamento positivo de que ‘o homem terá todo o seu inferno nesta vida’. Homens maus e anjos maus não receberão sua sentença final até o julgamento do último dia” (E. M. Zerr's Commentary on Selected Books of the New Testament, sobre 2ª Pedro 2:9)

Também não há nada que exija a crença de que os ímpios mortos estão na mesma “prisão” que os anjos do verso 4, porque não é o verso 4 que fala do destino dos homens ímpios, e sim os versos 5-8, que já analisamos aqui. O objetivo nunca foi situar homens e anjos ímpios em um mesmo lugar, o que contrariaria a própria teologia imortalista que coloca estes no tártaro e aqueles no Hades. O objetivo era apenas acentuar o fato de que Deus faz distinção entre justo e ímpio e que estes, cuja sentença já está pronta, não vão ficar impunes. E que há um momento fixado para isso acontecer: o grande dia do juízo, que ocorrerá na volta de Jesus, concomitantemente à ressurreição.

Até lá, a condição dos anjos maus é no tártaro, como narrado no verso 4, e dos homens maus é aniquilados, como nos versos 5-8. Todos eles já estão, neste tempo presente, sob a sentença condenatória, a qual se concretizará de fato após este julgamento. Deste modo, ironicamente, o argumento imortalista é pelo contexto e à luz da hermenêutica uma grande prova contra a própria imortalidade da alma.

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Paz a todos vocês que estão em Cristo.

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134 comentários:

  1. "No grego a palavra que tem o sentido de castigo póstumo em um mundo espiritual é geena"

    E o geena não vai ser aqui na Terra?

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    Respostas
    1. Eu me refiro à perspectiva imortalista da coisa.

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    2. Oi, algo que nunca entendi é como você se tornou protestante sendo descedente de italianos.
      Tinha liberdade religiosa na Itália recém unificada?

      Excluir
    3. Michael Jackson ou Prince?

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    4. "Tinha liberdade religiosa na Itália recém unificada?"

      No século passado imigrantes italianos vieram ao Brasil, eles continuam católicos até hoje, só o meu pai que se converteu e se casou com minha mãe que já era de família evangélica.

      "Michael Jackson ou Prince?"

      Não compare ninguém com o rei do pop :)

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    5. "Não compare ninguém com o rei do pop :)"

      Billie Jean ou Smooth Criminal?

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    6. Não, não são cantores, são canções dele.

      https://youtu.be/q8w1d01Y2vY

      https://youtu.be/oRdxUFDoQe0

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    7. Opa, me desculpe, enviei o Beat It em vez do Billie Jean: https://youtu.be/Zi_XLOBDo_Y

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    8. Eu também

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  2. Banzolão, você passou quantos dias pra fazer esse artigão?

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  3. Olá Lucas,

    Faz um artigo destruindo o argumento catolico, de que o simpósio do ano 2000 sobre a inquisição , onde diversos historiadores dizem que a inquisição não foi aquilo tudo que os livros sobre história nos dizem.

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    1. Olá, eu já rebati isso no meu penúltimo artigo sobre a Inquisição, onde mostro que esses "historiadores" revisionistas seguem uma metodologia completamente errada, pois se focam apenas nos documentos remanescentes como se fossem o todo quando na verdade representam uma pequena fração do todo (e ainda se contradizem bastante entre si). Veja aqui:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/06/entenda-tudo-sobre-inquisicao-e-caca.html

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    2. Euja li, eu particularmente falo, em vc fazer um artigo exclusivo sobre esse tema. Com o tema sendo simpósio da inquisição, onde vc possa analisar quem são os 30 historiadores por trás da farsa, oq eles dizeram e qual o propósito deles com essa revisão.

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    3. Entendi, vou providenciar um artigo futuro a este respeito.

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  4. Lucas, você não acha que a bíblia é machista afirmando que o homem é a glória de Deus e a mulher a glória do homem (1Co11.7)?

    *Não tou afirmando que a bíblia é machista, é somente uma pergunta!

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    1. A mulher é a "glória do homem" no sentido de que ela foi tirada do homem (mais especificamente da costela de Adão), enquanto o homem é a "glória de Deus" no sentido de que foi criado diretamente por Deus. Mas não existe aqui alguma relação de superioridade/inferioridade, é apenas uma analogia com esse significado. Por isso ele diz no versículo seguinte que "o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem" (v.8), mas complementa no verso 12 que "assim como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher", e no verso 11 que "nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor" (estabelecendo o princípio da igualdade entre os sexos). Sobre isso recomendo-lhe estes artigos:

      http://ateismorefutado.blogspot.com/2015/04/o-valor-da-mulher-na-biblia.html

      http://ateismorefutado.blogspot.com/2015/04/a-igualdade-entre-o-homem-e-mulher-na.html

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  5. Avalie: https://m.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=PpCKelQjtvA

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    1. Estes denates seriam mais produtivos se um lado não inventasse espantalho sobre o outro.

      Principalmente calvinistas com arminianos, que é o mais comum.

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  6. Lucas, o que você acha que a Bíblia quis dizer nos seguintes versos:
    • Lucas 19:27
    • Deuteronômio 22:28-29
    • 1Samuel 15:3

    Esses versos tem sido alvos de ataques de ateus

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    1. Lucas 19:27 é uma PARÁBOLA, e portanto não deve ser interpretada literalmente. O significado espiritual por detrás daquela alegoria é apenas a morte final do ímpio após o juízo, e não uma justificativa para executar pessoas aqui na terra (como a ICAR fez na Idade Média e Moderna distorcendo textos como esse).

      Deuteronômio 22:28-29 eu já expliquei no meu livro da Bíblia e a Escravidão, faça o download do pdf na página dos livros (link abaixo) e confira da página 51 em diante.

      1Samuel 15:3 pode ser uma hipérbole, como era costume na linguagem daquele tempo. Veja esta pregação onde o Rodrigo Silva discorre a respeito:

      https://www.facebook.com/100010090814431/videos/vb.100010090814431/656390194707335/?type=2&theater

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  7. Lucas quero agradecer que foi através de seus artigos que me converti do catolicismo para protestantismo que hoje faz 45 dias da minha conversão e também é motivo de muita alegria que o meu irmão se converteu ontem e ore por mim para a conversão dos meus pais.continue avante varão valoroso nessa jornada...Deus lhe chamou para essa obra.Bjs!

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    1. Fico muito feliz em saber disso, estarei orando sim por vocês, conte comigo para o que precisar. Abs!

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    2. Paz do Senhor a todos.
      Graças a Deus pela conversão, já fui espirita e hoje sou servo de Deus.
      Marissol, fique firme no Caminho; já vou avisando que o Inimigo vai mandar suas "bênçãos" dizendo "Aprontava todas e agora vem dar uma de santa"; "Vamos ali beber/fumar/ir pra um inferninho"; "Ué! Você já não é batizada?" e/ou a seguinte pérola "Pena que a igreja que você está não salva ninguém, só a minha".
      Isso já aconteceu comigo (e muitos irmãos), mas se firme EM JESUS e busque a resposta na BÍBLIA e irmãos UNGIDOS verdadeiramente como o irmão Lucas, que se preocupa não só em responder biblicamente, mas nos fazer buscar a resposta sem nenhum "guru" que fala que tem todas as respostas.

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  8. O que você acha da soltura do Lula?

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    1. Um absurdo mesmo, ainda bem que já mandaram prender de novo kkk

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    2. Já vi muita gente dizendo que não há provas contra o Lula. Como desmascarar isso?

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    3. Ninguém precisa "desmascarar" nada porque isso JÁ FOI desmascarado em tribunal, após as provas serem analisadas por meses e anos. Primeiro com o Moro, depois foi para o TRF que aumentou a pena, e até o STF que tem feitiche por soltar bandido negou o habeas corpus pro molusco. Tudo isso pra depois vir um petista abestalhado que sequer leu os autos do processo e dizer que "foi gópi". Agora, se você quer apenas um resumo dessas provas que já desmascararam o Lula, veja aqui:

      https://www.youtube.com/watch?v=xeBud8zYONo

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  9. Lucas poderia analisar esse vídeo abixo:

    https://youtu.be/-WxIorOEkWI

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    1. Não entendi bem que substância tem esse vídeo; metade dele é para fazer propaganda de alguma coisa que está promovendo e a outra metade é para citar (sem prova nenhuma, sem fontes, sem citações, sem nada) que houve uma "Inquisição protestante" dos malvadões Lutero e Calvino (ou seja, as mesmas bobagens já refutadas de sempre). Na verdade é só mais um desigrejado dentre muitos desses por aí que após assistir meia dúzia de vídeos do Youtube, ler dez artigos de blog fake news e seguir uma dúzia de páginas de facebook já se acham os detentores de todo o conhecimento histórico-teológico para peitar todos os pastores e teólogos do mundo.

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    2. Esse cara ao meu ver n acha que Lutero e Calvino fizeram uma reforma na Igreja. Contudo, ele se esquece que se n fosse por eles, ele jamais teria uma Bíblia em casa e n saberia as doutrinas da justificação pela fé.

      Tenho tbm uma pergunta, o que é esse movimentos dos "Desigrejados"?

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    3. Os desigrejados são um movimento de pessoas que acham que todas as denominações do mundo estão corrompidas, que Deus não aceita o culto em templos religiosos e que se reúnem exclusivamente em casas em ministérios heréticos como o do Caio Fábio ou em lugar nenhum mesmo. Claro que isso é uma generalização e que existe muito desigrejado que não chega a ser tão radical (alguns estão apenas à procura de alguma igreja decente mas não encontram na região onde moram), mas em se tratando desses "desigrejados apologistas de internet" (como esse aí, o Mário Persona, o "irmão" Rubens e etc) esse é o quadro predominante. Mas o que mais me irrita é esse tom arrogante e prepotente da parte deles, acham que sabem tudo de Bíblia quando na verdade sabem menos que apologista católico (ok, estou exagerando aqui, mas ainda assim são muito presunçosos).

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  10. “nem Síria nem Palestina são já pontos de destino das rotas comerciais importantes, porque a conquista turca desorganizou as rotas caravaneiras que iam a Terra Santa” (LE GOFF, 1971, p. 134).

    Acredito que os termos "são" e "já" estão com posições trocadas na citação acima.

    http://ocristianismoemfoco.blogspot.com/2016/01/as-causas-das-cruzadas.html

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  11. Lucas eu estava debatendo com uma pessoa que comparou a circuncisão com o batismo infantil. Ela disse que o bebê não tinha fé para ser circuncidado e que ele era circuncidado com base na fé dos seus pais. Eu respondi assim pra ele: '' o bebê israelita não era circuncidado porque seus pais eram israelitas. Ele era circuncidado porque sendo filho de judeus, ele PRÓPRIO era israelita. A causa direta da circuncisão do bebê não estava nos pais, mas no próprio bebê, no fato dele mesmo ser um judeu. Não é o caso dos filhos dos cristãos, visto que eles não nascem crentes, inexistindo neles próprios qualquer razão para que recebam o batismo''.

    Após isso, uma outra pessoa entrou no debate e tentou refutar minha resposta dizendo:

    ''"O que tem 8 dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações" (Gn 17.12; 21.4; Lv 12.3). Não meramente os filhos de pais judeus, como também escravos, sejam nascidos ou comprados, tinham de ser circuncidados (Gn 17.12,13). Obviamente, isto se aplicava ao ESTRANGEIRO que vinha a CRER em Javé (Ex 12.48), obrigação para que também assim pudesse participar da Páscoa (Ex 12.43-48). Logo seu argumento de que a "base da circuncisão" está no PRÓPRIO bebê (judeu) é uma furada! A circuncisão tem um sentido espiritual antes de ser étnico:

    "Parece, pois, que a circuncisão NÃO DISTINGUIA OS ISRAELITAS DA POPULAÇÃO SEMÍTICA que eles substituíram ou com a qual se misturaram na Palestina. Pelo contrário, parece que adotaram esse costume quando se instalaram em Canaã, cf. Gn 17.9-14; 23-27; Js 5.2-9. Mas essa prática assumiu entre eles um sentido RELIGIOSO."
    (VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. pg. 71 Editora Vida Nova, São Paulo: 2014).

    Aqui seu argumento cai por terra. A base para a circuncisão não está no bebê ser israelita, mas de seus pais crerem em Iavé! Não está limitado apenas a judeus, mas a todos (escravos, gentios e estrangeiros) quanto cressem nas promessas e nas alianças.''
    .
    .
    Como refutar esse último argumento dessa pessoa a mim? obrigado.

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    1. A razão pela qual os escravos tinham que ser circuncidados era muito óbvia, porque esses escravos serviriam os israelitas perpetuamente, e assim estariam completamente integrados à sociedade judaica (ou seja, seriam como um israelita). Ademais, Êxodo 12:48 não menciona nada sobre "crer em Javé", só fala que se um estrangeiro quisesse participar da festividade da páscoa teria que se circuncidar primeiro. Ou seja, a circuncisão era apenas uma forma de se integrar à comunidade. O fator "fé" não estava implícito e nem era requisitado em absoluto. Mas se a circuncisão era a mesma coisa que o batismo é hoje, então pergunte a ele:

      1) Por que ele não prega que o batismo deve ser sempre e necessariamente ao oitavo dia, como era a circuncisão.

      2) Por que ele batiza mulheres, já que a circuncisão era apenas para homens.

      3) Por que os israelitas não saíam por aí no mundo todo para circuncidar as pessoas da mesma forma que os cristãos tem a ordem de batizar a todos do mundo inteiro como um pressuposto da fé em Cristo.

      4) Por que para se batizar é necessário se arrepender primeiro (cf. Lc 3:3; At 13:24; Mc 1:4), mas jamais é dito no AT que é preciso se arrepender para então ser circuncidado.

      Quer fazer do batismo uma circuncisão? Ótimo, então circuncide direito.

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    2. Um estudioso da cultura judaica me disse que o que marca Israel como nação são:Circuncisão,guarda do sábado e restrições alimentares.

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    3. Sim, mas isso não tem nada a ver com os cristãos em si (ainda mais com os cristãos gentios, como eu e você).

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  12. Presente para qualquer apologista católico. Exceto um tal de macabeus.

    COMO ESCREVER ARGUMENTOS FORTES:

    https://www.lendo.org/como-escrever-argumentos-fortes/?fb_comment_id=10150189068773045_24263508

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    1. O Macabesta não sabe o que é passar da fase do "Ataque puro" da pirâmide. Alguns poucos entre eles são levemente mais evoluídos e conseguem chegar ao estágio seguinte, o do ad hominem. Mais do que isso nunca vi nenhum deles chegar.

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    2. O que é ataque puro?

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    3. Quando alguém apenas xinga e ofende o oponente sem lidar com qualquer coisa do argumento.

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    4. O que é um argumento? É uma afirmação qualquer? Por exemplo: "eu gosto de pizza". Poderia me dar um exemplo? Sou leigo nesses assuntos. Vejo as pessoas falarem tanto em argumento e não sei reconhecer um quando tô lendo alguma coisa.

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    5. "Eu gosto de pizza" não seria um argumento, seria apenas uma proposição. O que seria um argumento são os MOTIVOS que o levam a preferir pizza do que outras coisas, por exemplo: "Eu gosto de pizza PORQUE é mais gostosa, mais barata, mais isso ou aquilo" que fariam da pizza ser superior aos outros alimentos. Então basicamente a argumentação consiste em dar as razões pelas quais você defende determinada coisa; essas razões podem ser boas ou ruins, isso vai depender da qualidade da argumentação.

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    6. Ok. Entendi. E sobre refutar um argumento. Apresentar um contra-exemplo pode ser considerado refutação? Não sei se o que eu vou dizer é um argumento, mas, por exemplo: "todos os pastores são ladrões, pois todos enriquecem com o dinheiro da igreja". Ouço muito ímpios dizer isso. Então se eu mostrar contra-exemplos, ou seja, mostrar exemplos de pastores que são pobres, isso pode ser considerado uma refutação? Ou dizer que alguns são ricos, mas são honestos.

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    7. Sim, na verdade esse tipo de argumentação seria ridiculamente fácil de se refutar, pois se alguém afirma que TODOS os pastores são ladrões bastaria UM ÚNICO pastor honesto para refutar a afirmação. E além disso o ônus da prova está com ele (ônus da prova é a necessidade de se provar uma afirmação, que recai sempre sobre quem argumenta um ponto), ou seja, não é você que precisaria provar que nem todos os pastores são ladrões, mas ele que teria que fornecer uma prova daquilo que disse (ou seja, provar que todos os pastores do mundo todo são ladrões, o que é impossível e portanto já se autorefuta de antemão).

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    8. Muito interessante. Você tem algum material sobre isso? Sobre argumentação, lógica, bons argumentos ou ruins, erros lógicos, etc., coisas desse tipo.

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    9. Tenho um livro sobre isso chamado "Exegese de Textos Difíceis da Bíblia", que você pode baixar na página dos livros:

      http://www.lucasbanzoli.com/2017/04/0.html

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  13. Banzoli o que vc acha do Livro de Urania?

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    1. É só mais uma bobagem esotérica da Nova Era, nem precisa perder tempo com isso. Para mais informações:

      http://www.cacp.org.br/urantia/

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  14. Perdão Livro de Urantia

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  15. E meu texto sobre Tertuliano vc não vai explicar? aqui alguns comentários não são aceitos quando o dono do blog discorda, pois eu não fui ofensivo e nem falei palavrão no meu comentário. Eu só fiz uma obeservação que na época de Tertuliano ele já havia o batismo infantil e ele achou melhor adiar pois tal prática já havia ali. De forma que a única obra patritica que sustente o não batismo infantil é apenas a Didaqué. Não existe outra. E sobre Origenes dizer que tal prática veio dos apóstolo, isso é correto?

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    1. Eu já falei que não discuto com anônimos, qual a sua dificuldade em seguir uma simples regra? Ali consta:

      "Deixe o seu comentário. Sua participação é importante e será publicada após passar pela moderação. Todos os tipos de comentários ou perguntas educadas sobre qualquer assunto são bem-vindas e serão respondidas cordialmente, mas comentários desrespeitosos não serão publicados. Confrontamentos e discussões são aceitos, DESDE QUE SAIA DO ANONIMATO"

      Saia do anonimato e continuamos, caso contrário o novo comentário não será liberado.

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    2. mas acabei de verificar que vc responde vários anônimos aqui. Eu só fiz uma observação sobre Tertuliano e Origenes. Gostaria de saber se estou equivocado. Grato.

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    3. Você não fez uma simples pergunta, você escreveu em tom desafiador. De todo modo, eu jamais disse que ninguém na época de Tertuliano cria em batismo infantil, onde você leu isso? O ponto é que isso não prova NADA, o mesmo Orígenes que foi o primeiro a falar de batismo infantil também cria em pré-existência das almas e universalismo onde até o demônio seria salvo no final, deveríamos crer nisso também? Creio que não. A evidência mais antiga é em favor da prática de se batizar somente pessoas na idade da razão e isso é incontestável, apesar do fato de que o batismo infantil não surgiu tão tardiamente como outros ensinos antibíblicos. Sobre isso eu recomendo estes artigos:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/04/o-batismo-infantil-foi-praticado-pela.html

      http://respostascristas.blogspot.com/2017/11/o-batismo-infantil-e-os-pais-da-igreja.html

      Agora, se quiser contestar estes fatos e discutir a respeito, identifique-se, eu não debato mais com anônimos porque depois acaba aparecendo outros anônimos no meio e eu não sei mais com quem estou discutindo, é horrível isso.

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    4. O Didaquê fala sobre jejum,mergulhar 3 vezes,dias específicos,etc,estes pormenores não são observados,pelo menos pela maioria das igrejas,vc acha que deveriam ser observados?.

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    5. Não necessariamente, isso é opcional.

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  16. Banzoli, você já se perguntou do que Deus é feito? Já várias vezes eu me perguntei: "do que Deus é feito"? "Que tipo de substancia"? Será que Deus é uma força cósmica diferente? A gravidade e o magnetismo são forças da natureza, mas elas não possui inteligencia, nem amam, nem odeiam... não são pessoas. Será que Deus é feito de energia? Algum tipo de energia. A Bíblia diz que nenhum ser humano pode ver Deus, senão morre. Então talvez Deus seja uma energia cósmica diferente das que conhecemos. Talvez Deus seja uma força como a gravidade. A gravidade é invisível, estar em todo lugar. A diferença é que a gravidade não é algo que possui inteligencia, e Deus possui. Como você ver essas questões?

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    1. Eu não sei do que Deus é feito, mas é provavelmente um erro comparar com elementos do Universo quando sabemos que Deus é de fora do Universo. Deus é uma mente pura que consegue ter ciência do que ocorre em todo o Universo e ao mesmo tempo poder para interferir em tudo, mas qual a "substância" específica está além da nossa compreensão. Não é o tipo de coisa que se possa "testar em laboratório" e obter resultados precisos.

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  17. Muito cruel Lucão,vc assassinou o imortalismo e o calvinismo em um artigo só.

    Eu prefiro artigos mais longos e bem elaborados para serem analisados e dissecados,do que artigos curtos(alguns blogs chegam a 3 posts por dia)para satisfazer os leitores,porém artigos "bobos".

    Qualidade é melhor que quantidade.

    Marcelo Dornelas.

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  18. Banzolão, já imaginou se nós vivêssemos nos tempos bíblicos e fosse preciso nos circuncidar? Deve ser uma dor desgraçada. Eu fugiria e não deixava cortar a pele do meu p**** :D

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    1. Também acho que deveria ser bem doloroso, mas compare isso por exemplo com uma cirurgia nos tempos medievais, que era feita sem anestesia (eles amputavam a perna e a pessoa sofria como se estivesse passando por uma terrível tortura).

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    2. Olha isso cara. Que terrível!

      https://hypescience.com/dez-tratamentos-agonizantes-da-idade-media/

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    3. Ainda bem que era "a melhor época da humanidade para ser vivida" na opinião dos apologistas católicos, já pensou se não fosse?

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    4. Melhor época? São um bando de doidos.

      Isso me lembrou algo: "aqui tem um bando de loucos. Loucos por ti Corinthians".

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    5. Alusão de muito mal gosto, por sinal.

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    6. "Alusão de muito mal gosto, por sinal"

      kkkk

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  19. Respostas
    1. Não. Quando eu preciso saber o significado de uma palavra vou a léxicos, interlinear, comentários bíblicos e etc (o que é bem mais eficiente do que confiar na memória).

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    2. Mas se pretende aprender ?

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    3. Que utilidade existe em aprender o hebraico moderno? Temos que aprender é inglês, francês, mandarin e espanhol.
      A não ser que seja o hebraico da Bíblia.

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  20. Rapaz, eu esperava perguntas bem elaboradas... Mas é um horror de bobagens do inicio ao fim. Veja:

    https://www.google.com.br/search?q=perguntas+que+protestantes+n%C3%A3o+sabem+responder&oq=perguntas+que+protestantes+n%C3%A3o+&aqs=chrome.4.69i57j69i60l3j0l2.7744j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

    Sugestão para um novo artigo: faça um compilado dessas perguntas e mostre o quão ridículas elas são. Seria divertido. kkk Fica aí a sugestão. Até mais, Lucas Banzoli.

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    1. Eu já respondi essas cinco perguntas há muitos anos atrás aqui:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com/2013/11/cinco-perguntas-ridiculas-que-qualquer.html

      Abs!

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    2. Gostei do artigo. E até sugiro uma atualização do mesmo refutando com mais consistência essas mentiras de 30 mil ou 33 mil ou então 60 mil ou sei lá quantas "seitas protestantes" eles inventam. O mais impressionante de tudo isso é que mesmo eles não conhecendo a doutrina de uma única igreja evangélica séria, ainda sim, rotula qualquer igreja evangélica como seita. É claro que isso não passa de um mero urro, de um discurso radical, de um leigo sobre escrituras e de um ignorante que não sabe nem definir o que é uma seita.

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    3. O Yago tem um vídeo bem bacana sobre essa das "30 mil seitas":

      https://www.youtube.com/watch?v=ZR9P4l68pkE

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  21. Lucas você algum estudo sobre a doutrina do sábado?

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    1. Tenho esse aqui:

      http://apologiacrista.com/devemos-guardar-o-sabado

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  22. Ola Lucas, Como faço para achar textos em hebraico e grego?

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    1. Do hebraico:

      http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/quadros.asp

      Do grego:

      http://www.sacrednamebible.com/kjvstrongs/index2.htm

      Baixe ou compre um interlinear que também ajuda muito.

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    2. Há pouquíssimos textos em aramaico, mas você pode consultar estes marcando a caixinha "עברית מודרנית :עברית" (abaixo da opção do hebraico) daqui:

      http://www.bibliaonline.net/acessar.cgi?pagina=avancada&lang=pt-BR

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  23. Lucas, vc tem algum artigo que refutar o vídeo deste ateu?

    video: https://youtu.be/8bOZAnUHbGY

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    1. Ele diz muitas coisas desconexas umas com as outras e a maior parte do que ele diz é verdade. Sobre a parte que eu discordo (relacionada ao cânon), ele apenas copia o argumento do Dawkins que eu já refutei aqui:

      http://ateismorefutado.blogspot.com/2015/04/refutando-argumentos-contra-veracidade.html

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  24. Lucas, você acredita nos sete dias literais de Gênesis?

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    1. Eu não faço disso um dogma, mas é o entendimento que considero o mais provável.

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    2. Acredito que no cristianismo existem basicamente 4 posições relacionadas a isso:

      1)Criacionismo da terra jovem.
      2)Criacionismo da terra antiga(dia-era)ou criacionismo progressivo(os 7 dias literais até podem ter acontecido mas seriam o período de tempo em que Moisés levou para receber as revelações da criação).
      3)Criacionismo do Gap ou lacuna(eu particularmente acho essa teoria meio furada).
      4)Evolucionismo teísta ou criacionismo evolucionista(nesse caso o começo de Gênesis seriam alegóricos).

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  25. Arnold Schwarzenegger10 de julho de 2018 às 07:18

    Banzoli, como provar para os católicos, que foram eles que acrescentaram livros na Bíblia?

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    Respostas
    1. Leia os meus artigos sobre os livros apócrifos presentes neste índice:

      http://www.lucasbanzoli.com/2015/07/artigos-sobre-catolicismo.html

      Se você achar longo e cansativo demais ler tudo isso, assista ao vídeo do Yago onde ele resume todos os meus argumentos presentes nestes artigos:

      https://www.youtube.com/watch?v=_9MhhwzfW7o

      Mas se você apenas quer um "resumão" da coisa, eu elencaria os seguintes fatos:

      (1) O cânon protestante é o mesmo de Jesus.

      (2) A definição do cânon do AT cabia aos judeus, e eles decidiram pelo cânon adotado pelos protestantes.

      (3) "De Abel até Zacarias" é uma prova conclusiva em favor do cânon protestante, pois Jesus ignorava completamente os apócrifos que vieram depois de Zacarias.

      (4) A Igreja Romana não teve nenhuma posição dogmática sobre o cânon até o Concílio de Trento no século XVI, quando os apócrifos foram aprovados por uma pequena margem de votos entre os bispos católicos presentes.

      (5) Antes disso, a posição majoritária dos Pais da Igreja e dos doutores da Igreja foi sempre o de rejeitar todos ou quase todos os apócrifos e dizer que eles não eram inspirados e nem válidos para fundamentar doutrina alguma que não fosse confirmada pelos outros livros (os canônicos).

      (6) Os concílios de Cartago e Hipona citados pelos católicos não podem ser usados como prova de nada porque eles aprovaram o livro apócrifo de 3 Esdras, rejeitado pelos católicos de Trento em diante.

      (7) O "argumento da Septuaginta" também é inválido porque a LXX tem muito mais livros do que as Bíblias católicas.

      (8) Nunca existiu um "cânon alexandrino", como dizem os papistas. Isso é lenda. O que existia era um cânon judeu, já aceito na época de Jesus e reiterado em Jâmnia (que não acrescentou nem retirou livro nenhum dos que já eram aceitos pelos judeus).

      Basicamente é isso.

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    2. Arnold Schwarzenegger10 de julho de 2018 às 23:30

      Excelente! Isso já é o bastante pra desmascarar as mentiras católicas. Valeu!

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    3. Arnold Schwarzenegger10 de julho de 2018 às 23:32

      Ah, esqueci de ti dizer algo: "i will back" :)

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    4. Até o Arnold Schwarzenegger está por aqui!!! 😵 melhor blog EVER

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    5. E ainda falando em português fluente!

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    6. E ainda errou a própria frase que falou no filme. No filme ele diz "I'll be back", e não "I will back". Esqueceu o "be" rsrsrs...

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    7. E aí galera. Tô na área! :)

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  26. É vdd que quackers negam os sacramentos? Se sim, então eles podem ainda ser chamados de protestantes?

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    1. Eles realmente não batizam e nem participam da Ceia do Senhor, mas no que diz respeito às outras doutrinas não costumam se diferir das doutrinas da Reforma. Talvez seja um equívoco tratá-los como protestantes propriamente ditos uma vez que esses dois sacramentos sempre fizeram parte da essência da fé protestante, mas isso não significa que não possam ser cristãos da sua maneira (mesmo com esses sérios equívocos).

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  27. Banzoli, isso aqui é uma prévia de um artigo que vem por aí, mas não sei quando. Uma refutação ao preterista que confundiu os Zacarias.

    Mateus 23:35 para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar.

    O único contexto que responde a esta descrição está em 2Cr 24: 20- 22. OBSERVE as últimas palavras de Zacarias: "O Senhor o verá, e o requererá". Veja no texto:

    2 Crônicas 24:21,22 “Mas conspiraram contra ele (Zacarias) e por ordem do rei, o apedrejaram no átrio da casa do Senhor.

    Assim o rei Joás não se lembrou da bondade que lhe fizera Jeoiada pai de Zacarias, antes matou-lhe o filho, o qual morrendo disse: o Senhor o verá, e o REQUERERÁ”.

    Então, a advertência se encaixa naquela geração (de 70 dC) que foi REQUERIDO o sangue de Zacarias.

    Veja nas palavras de Lucas na João Ferreira de Almeida Revisada Fiel, que além de omitir a frase “filho de BARAQUIAS”, aproximou-se 100% de Zacarias na palavra REQUERER:

    “Para que desta geração seja REQUERIDO o sangue de todos os profetas que, desde a fundação do mundo, foi derramado;   Desde o sangue de Abel, até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será REQUERIDO desta geração”, Lc 11:50,51.

    Jesus delimitava o Cânon do VT. De Abel a Zacarias é de Gênesis a II Crônicas, primeiro e último livro da Bíblia Hebraica. 22 livros, sem os apócrifos.

    Vale lembrar que daquela geração foi requerido o que aconteceu séculos passados. Isso indica que geração aqui não significa uma geração que vive no mesmo tempo, mas fala de geração pervertida, de gente incrédula.

    Foi exatamente isso que Jesus quis dizer em Mateus 24:34, quando declara que todas aquelas coisas aconteceriam mas aquela geração não passaria. Ou seja: “Isso tudo vai acontecer e essa geração de incrédulos nunca vai passar”.

    É o mesmo sentido. Observe:

    “Mateus 24:34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram”.

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  28. http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/11/jacalyn-duffin-eu-sou-ateia-mas-acredito-em-milagres.html

    Lucas, qual tua opinião em relação a isso? Você acredita em milagres em outras rekugurel como no catolicismo e até no hinduísmo?

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    1. Acredito, por que não acreditaria? A Bíblia é bem clara quando mostra que o diabo também tem poder para realizar milagres:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com/2012/10/os-milagres-na-igreja-catolica-sao-de.html

      Isso obviamente não significa que cada suposto milagre seja um milagre mesmo; sabemos que muitos são pura fraude, outros são por razões naturais e ainda outros possuem explicações científicas, mas se a Bíblia diz que o diabo pode interferir na natureza inclusive provocando acontecimentos sobrenaturais e aquilo que chamamos de "milagre", eu não vejo por que ele deixaria de agir assim nos dias de hoje, ainda mais quanto há tanta gente para enganar deste modo.

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  29. Lucas, o que você acha disto:
    https://youtu.be/TXJcp3YOHYk

    Achei que só falou besteira!!
    Você tem uma resposta a isso?

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    1. Vindo do Fábio Sabino, só podia ser besteira mesmo. De todo modo, veja a resposta aqui:

      http://dcgolgota.blogspot.com/2014/01/mentiras-de-mateus-parte-1.html

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    2. Banzoli e vc pensa que Maria Madalena foi realmente uma prostituta? Porque a Bíblia não afirma isso.

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    3. Não dá pra saber, a Bíblia só diz que ela tinha sete demônios, essa de que ela foi prostituta é tradição popular.

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    4. Maria Madalena também morou no Rio e torcia pelo Botafogo

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    5. Difícil, você já viu algum torcedor do Botafogo?

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  30. Banzolão, na aula de química o professor pergunta:
    - Quais as principais reações do álcool?

    O aluno responde:
    - Chorar pela ex, achar que esta rico, ficar valente e pegar mulher feia ...

    Professor:
    - Tirou 10!

    Kkkk

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  31. Lucas é pecado um cristão comer carne crua Tipo comida oriental? pois eu disse pra minha noiva q isso era errado. Tem base bíblica pra isso??

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    1. O problema é comer carne com sangue, o que é considerado pecado mesmo para o contexto da nova aliança (cf. At 15:19-20).

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  32. PROTESTANTE PRATICANTE12 de julho de 2018 às 14:47

    Lucas é verdade que política não pode ser misturada com religião ou crença?Digo isto, por que existem no meio evangélico uma confusão tratando política como algo abominável,execrável não seria de fato a POLITICAGEM e NÃO A POLÍTICA em si?Tem algum exemplos claros nas escrituras, Deus sendo a favor da política?Na sua opinião o que tá em jogo esse pensamento que o cristão não pode se meter em política...essa forma de pensar dar mais crédito ao crescimento do ateísmo?Abs!

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    1. Política não pode ser misturada com religião mesmo, eu concordo. Mas no que consiste essa "mistura"? Pra mim mistura é usar o púlpito de uma igreja para fazer propaganda política e coisa do tipo, ou o plenário do congresso para fazer sermão religioso, mas um cristão se candidatar a algum cargo político para tentar mudar o país para melhor, isso não tem nada de "mistura". Se isso fosse proibido, apenas os descrentes virariam políticos e aí sim esse país viraria uma Venezuela.

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  33. Infelizmente irmão Lucas os cristãos demonizam a política fruto de um fanatismo dos pentecostais que diziam e ainda falam que política é coisa do diabo, é coisa do mundo e por isso não se deve misturar sem ao menos entender o termo politica que a arte de governar,é um ato de de negociação que rege e norteia as nossas vidas e a sociedade como um todo.Muitos cristãos não entende que foi por causa de políticas e com cristãos autênticos que trouxeram progressos positivos como por exemplo:nas relações humanas, no valor do indivíduo,no conceito de liberdade individual,na abolição dos escravos,na dignidade da mulher, na legislação,na execução do trabalho social como um todo...onde a influência cristã levou a extinção da poligamia, sacrifícios humanos,o infanticídio e etc.A maioria da cristandade se esquecem que nós como cristãos verdadeiros temos que influenciar em todas as esferas públicas e não ficar restrito a um templo como se fôssemos alienados sociais.Você não acha que tudo isso ocorre em nossas igrejas é por falta orientação dos líderes eclesiásticos em se tratando de política?

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  34. Pelos artigos e obras publicadas pelo Lucas Banzoli, confesso que; vou calar-me e fingir que eu sou eu por Deus mediante esse grande homem de dEle.

    10 obras deste grande teólogo que eu já li agora,ciente de que falta mais obras por ler, sinto-me que já tenho uma concepção bastante diferente sobre a Bíblia.

    Obrigado por partilhar sempre o seu conhecimento e que Deus te dê mais graça!

    João Pires.

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  35. Em Angola, a maioria das igrejas que já frequentei são bastantes superficiais e limitam-se a fazer interpretações subjectivas e descontextualizadas.

    Será que devem pesquisar ou ler os escritos doutros teólogos?

    Desde quando e quanto tempo se dedicas ao estudo da palavra?

    A tua inteligência, deve-se por falar mais de uma língua internacional? Se,sim, quantas?

    Agora, sou teu seguidor e qualquer um que ler um artigo seu, tomará o gosto e nunca mais vai largar.

    Fraterno abraço!

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    1. "Será que devem pesquisar ou ler os escritos doutros teólogos?"

      Quando estão fazendo interpretação bíblica, com certeza sim. Mas isso não significa que no dia-a-dia precisemos consultar teólogos toda hora, nem eu faço isso, eu recorro apenas quando há necessidade para exegese de textos que não são tão perfeitamente claros na superfície.

      "Desde quando e quanto tempo se dedicas ao estudo da palavra?"

      Desde 2009, mas não sei precisar o tempo exato por dia, varia dependendo do dia, mas eu tento concentrar minhas atenções nisso prioritariamente.

      "A tua inteligência, deve-se por falar mais de uma língua internacional? Se,sim, quantas?"

      Além do português, eu só falo bem o espanhol. O inglês escrito eu consigo entender e conversar, mas o falado eu tenho muita dificuldade.

      "Agora, sou teu seguidor e qualquer um que ler um artigo seu, tomará o gosto e nunca mais vai largar"

      Vlw!

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  36. A escravidão do pecado é um castigo pelo pecado original e uma prisão tenebrosa, na qual perecem os filhos de Adão, clamando por uma libertação durante toda as suas vidas, em todas as gerações: "Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Romanos 8:19-22).
    Dessa forma, assim como os anjos (que pecaram) estão trancafiados nos abismos da escuridão - no tártaro (2 Pedro 2:4) - os filhos de Adão também estão guardados (reservados) para o castigo eterno, nas trevas do pecado (em sofrimento), por todos os anos em que peregrinarem nesta terra: "Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados" (2 Pedro 2:9).

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  37. A paz do Senhor Jesus irmão.

    Como pode um verbo no ''partícipio presente'' expressar uma ídeia de ''punição futura''.
    A palavra punição em grego é um particípio presente. Isso significa que a ação está acontecendo agora.
    2 Pedro 2:9 é melhor entendido como significando que os ímpios que morreram sem esperança em Cristo, estão atualmente sofrendo punição. Isso é baseado na forma do participio presente da palavra kolazo/punir que está conectada com o verbo principal “reservar”. Portanto, “… é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo''.
    2 Pedro 2:9”, está afirmando que o Senhor sabe como atualmente manter os injustos sob punição enquanto aguardam o dia do julgamento.

    Deus abençoe.

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    1. Olá, Graça e Paz, tudo bem?

      Sei que é meio tarde para responder a sua colocação, mas vou me aventurar a fazer isso se me permite.

      Eu creio que o erro da maior parte das pessoas que argumentam em cima dessa passagem é que focam unicamente na palavra "kolazomenous" e fazem toda uma teologia em cima dela sem considerar o contexto que ela está inserida, prova disso é que a outra palavra que também está no particípio presente no versículo seguinte se quer é tratada(poreuomenous), dá inclusive para devolver a pergunta, como pode uma "Alma desencarnada" andar pecando segundo a carne se está "desencarnada"?

      Ao analisar o versículo 9 desse texto observamos o seguinte: DEUS sabe livrar(rhýomai) os justos da provação, palavra esta que está no presente do médio-passivo infinitivo, o que sugere que DEUS está agindo em sua soberania de forma contínua e ativa para preservar e/ou livrar os piedosos da tentação do mal(não dá pra interpretar que eles estão sendo tentados a pecar "desencarnados" no céu correto?), e detalhe, essa ação de livrar é contínua(infinitiva).

      Em contrapartida, DEUS sabe também reservar(tēréo) para o juízo(como a grande maioria dos tradutores entenderam como exposta já acima), palavra essa que está no Presente do Infinitivo Ativo e que no contexto traz a ideia de guarda ou preservação ativa, mostrando que DEUS está mantendo os injutos guardadados e presos sob essa sentença de juízo. Essa ação de reservar implica que os injustos estão sendo mantidos sob controle divino até o momento apropriado para o seu julgamento.

      Portanto, a combinação dessas construções verbais sugere um retrato da atividade contínua e vigilante de DEUS em relação tanto aos justos quanto aos injustos, agindo para livrar os justos das provações e reservando os injustos para o juízo vindouro.

      Ou seja, o texto se refere a pessoas que ainda estão vivas, e aí sim faz sentido a analogia com os Anjos mencionados no verso 4 que também estão em presos para o dia do juízo, com a diferença que eles estão reservados(tēréo) em cadeias para o dia do juízo, os injustos também estão presos, só que a setença de juízo, ou seja, a setença de juízo aqui atua como uma "cadeia espiritual" sob os injustos mostrando que eles não tem como escapar do juízo de DEUS.


      Um abraço e que DEUS lhe abençoe!

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