10 de janeiro de 2018

138 Refutação bíblica à transubstanciação católica


NORMAN GEISLER
(Traduzido por Acrizio Souza)

Introdução

Nos primeiros três evangelhos, Jesus é representado como dizendo “este é meu corpo” e “este é meu sangue” (Mt 26.26,28; Mc 14.21,24; Lc 22.19,21) acerca do pão e do vinho na Ceia do Senhor. Isso é repetido em 1ª Coríntios 15.24. Em outra ocasião Jesus exortou seus discípulos a “comerem” sua “carne” e “beberem” seu “sangue” (Jo 6.52-58). O catolicismo romano baseia sua doutrina da transubstanciação nessas passagens, afirmando que o pão e o vinho da comunhão são transformados literalmente no corpo físico e no sangue de Cristo, enquanto mantém a aparência exterior e as características habituais de pão e vinho.


Afirmações Católicas Romanas

Os argumentos usados por católicos romanos em apoio à tomada dos elementos da comunhão nesta forma literalista incluem os seguintes:

1) Eles afirmam que uma interpretação literal das frases “comer minha carne” e “beber meu sangue” (em Jo 6.) exige essa tomada dos elementos na forma literal, por:
a) O teor literal;
b) Pela necessidade dos seus discípulos entenderem isso claramente;
c) Pela inferência que Paulo extrai disso, que isso é um pecado contra o “corpo e o sangue” de Cristo (1 Co 11.27), e
d) Pelo uso normal da palavra “é” na afirmação de Jesus, “este é meu corpo” (Ludwig Ott, Fundamentals of Catholic Dogma, 375).

2) As palavras descrevendo o corpo e o sangue como “verdadeira” (alathas, v. 55) comida indica que o corpo e o sangue eram literais.

3) A resposta de Jesus à reação da rejeição da multidão não foi para retratar o sentido literal das suas afirmações.

4) Na Bíblia, comer carne em um sentido metafórico significa perseguir ou destruir ele (Jesus) (Sl 27.2; Is 9.20; 49,26).

5) Muitos dos Pais antigos confirmam a visão sacramental, incluindo Inácio, Justino, Irineu, Tertuliano, e Agostinho.

6) Enquanto todos os outros evangelhos referem a instituição de Jesus da Ceia do Senhor, não há outra referência em João a este importante evento além do no capítulo 6.

7) A menção do sangue juntamente com a carne implica que Jesus está falando de dois elementos do serviço da comunhão. De outro modo, a carne apenas teria sido suficiente.


Uma Resposta aos Argumentos Católicos

(1) Uma interpretação histórico-gramatical “literal” da Bíblia não exige que tudo seja tomado literalmente. Ela postula apenas que toda a Bíblia é literalmente verdade, não que tudo na Bíblia seja verdadeiro literalmente. O sentido literal (sensos literalis) permite figuras de linguagem tais como a fala de Jesus como “o pão da vida” que devia ser comido (Jo 6.32-33), que precede imediatamente seu discurso sobre “comer sua carne” (Jo 6.52-71).

Além disso, o contexto fornece evidência de que Jesus não pretendia que suas afirmações fossem tomadas de um modo literal. Pois se fossem tomadas desse modo, então qualquer um pode ganhar vida eterna simplesmente participando dos elementos da comunhão. Pois Jesus disse: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna...” (Jo 6.54). Mas comungar não é a condição para receber o dom da vida eterna, apenas a fé é. Por isso Jesus acrescentou que “todo aquele que olha para o Filho e crê nele deve ter a vida eterna (cf. Jo 3.14-18), e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40).

Quanto aos outros argumentos católicos de que: (a) a palavra “corpo” possui um sentido físico, deve ser notado que ela pode e de fato possui um sentido espiritual em outros lugares no Novo Testamento (cf. 1 Co 12.13). (b) Quanto à necessidade dos seus discípulos de entenderem isso claramente, a explicação adicional de Jesus sobre isso satisfez esta demanda. (c) Quanto à inferência de que Paulo extraiu disso que isso é um pecado contra o “corpo e o sangue” de Cristo (1 Co 11.27), isso não exige uma interpretação sacramental. Uma vez que todos os crentes são partes do corpo espiritual de Cristo, por conseguinte, um pecado contra eles é um pecado contra Cristo (cf. At 9.5). (d) Quanto ao uso habitual da palavra “é”, ela é frequentemente empregada em figuras de linguagem: Cristo é o vinho (Jo 15); Ele é a água da vida (Jo 4), e Ele é a porta (Jo 10). A Bíblia está repleta de metáforas (por exemplo, “o Senhor é minha rocha” – Sl 18.2).

(2) A palavra descrevendo a “carne” de Jesus como “verdadeira comida” em Jo 6.55 não quer dizer que ela tem de ser física. Ao invés disso, aponta para o fato de que ela era “real” (do grego, alathas), que é uma realidade espiritual, não uma carne física comum.

(3) Quando Jesus deu a ordem de que eles deveriam “comer” sua carne, a multidão reagiu negativamente (Jo 6.52,60,66). É alegado pelos católicos que “Jesus não retraiu a promessa ou tentou mudar o entendimento deles das suas palavras. Ele não disse que ele havia falado poeticamente ou metaforicamente” (Ronald Lawler ed., The Teaching of Christ: A Catholic Catechism for Adults, 376). E em outras ocasiões ele corrigiu seus discípulos quando eles não o entenderam (por exemplo, Jo 4.32).

Em resposta, primeiro de tudo, deve ser notado que Jesus nem sempre corrigiu o mau entendimento dos discípulos diretamente ou imediatamente. Por exemplo, ele não repreendeu seus discípulos por não entenderem sua afirmação referente a destruir o templo e o reconstruir em três dias (Jo 2.19). Eles não entenderam isso até depois da sua ressurreição (Jo 2.21-22).

Segundo, Jesus tentou corrigir a má interpretação literalista de suas palavras em Jo 6 de diversas maneiras: (a) Jesus disse, “as palavras que eu falei para vocês são espírito e vida” (Jo 6.63). (b) Ele também disse “a carne para nada serve” no entendimento de suas palavras (Jo 6.63). (c) Além disso, Jesus igualou “comer” sua carne com alguém que “crê nele” e por isso “possui vida eterna” (cf. Jo 3.16, 18,36). (d) Mesmo Pedro, que não partiu ao ouvir as palavras de Jesus, disse que fez isso porque “nós temos crido e viemos a saber, que você é o Santo de Deus” (Jo 6.69, ênfase adicionada). Portanto, eles entenderam o verdadeiro significado de suas palavras, mas não foi em um sentido literalista, mas em um sentido espiritual.

(4) Na Bíblia, comer objetos físicos metaforicamente nem sempre significa destruí-los (como no Sl 27.2; e em Is 9.20), como alguns católicos defendem. Quando usado em um contexto positivo, ele significa ingerir a realidade espiritual que Deus forneceu. Por exemplo, “provai e vede que o Senhor é bom” (Sl 34.8). “Ó vós, todos os que tem sede, vinde às águas... venham, comprem e comam” (Is 55.1). Foi dito a Ezequiel para “comer” o rolo (a Palavra de Deus) em um sentido figurado (Ez 2.8-9). Pedro disse: “Anseiem pelo leite puro espiritual, para que por ele vocês possam crescer para a salvação – se de fato vocês já provaram que o Senhor é bom” (1Pe 2.2-3).

(5) O argumento dos primeiros Pais não é definitivo por muitos motivos: (a) A Bíblia é a autoridade para doutrina, não os primeiros Pais. (b) Falas doutrinas, até mesmo heresias, começaram cedo, mesmo nos tempos do NT (cf. 1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1-6; Cl 2.8-23). Houve um falso ensino mesmo entre os discípulos de Cristo durante a vida do apóstolo João (Jo 21.20-23). (c) Os Pais podem ser usados como apoio a doutrina bíblica, mas a crença na doutrina deve ser embasada na revelação de Deus na Escritura. (d) Quando os primeiros Pais em conjunto expressavam uma doutrina em um credo ecumênico, ela tinha então muito mais peso. Mas isso nunca foi feito nos credos mais antigos para a visão católica dos sacramentos já que nenhum dos credos mais antigos ou concílios (que é aceito pelas maiores porções da Cristandade) se pronunciou sobre este ponto. (e) Além disso, a maioria dos primeiros Pais durante os primeiros séculos citados pelos católicos em favor da sua visão não falaram explicitamente da transubstanciação, mas no máximo sobre uma presença real de Cristo na comunhão. Ao contrário de muitos no catolicismo posterior, santo Agostinho (quinto século) enfatizou a natureza simbólica dos sacramentos. Nenhum concílio da Igreja afirmou a doutrina católica da transubstanciação até o Quarto Concílio de Latrão (1215 d.C.) e mais tarde no Concílio de Trento (1551 d.C.).

(6) A falta de referência à instituição da Ceia do Senhor em João pode ser explicada pelo seu tema e pelos fatos de que: (a) ele é escrito mais tarde do que os evangelhos sinóticos (Mt, Mc, e Lc) e que ele pressupõe o que os três evangelhos mais antigos disseram em assuntos como este. (b) Também não há qualquer referência em João ao nascimento de Jesus, seu batismo, sua tentação, ou ao chamado dos doze. Ele simplesmente pressupõe esses eventos.

(7) Católicos argumentam que se o corpo e o sangue não é uma referência à comunhão, então por que o sangue é mencionado separadamente em João 6.53? Em resposta, João Calvino disse, “ele fez isso em respeito a nossas fraquezas”. Pois quando ele menciona distintamente comida e bebida, ele diz que a vida que ele outorga é completa em toda parte, para que não possamos imaginar uma vida semi-perfeita ou vida imperfeita (Calvin’s Commentaries: St. John, vol. 4., p. 170).


Argumentos Contra a Interpretação Literalista Sacramental

O verdadeiro serviço da comunhão instituído por Jesus é registrado quatro vezes no Novo Testamento (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.14-13, e 1 Co 11.17-26). Em cada caso é registrado Jesus dizendo “este é meu corpo” e “este é meu sangue”. E eles foram ordenados a “comerem” seu corpo (e a beberem o cálice). O evangelho de João, capítulo 6, fala de comer a “carne” e beber o “sangue” de Cristo. Baseado nessas passagens, católicos romanos têm construído sua doutrina da transubstanciação, que o pão e o vinho são transformados no corpo literal e no sangue de Cristo, embora eles continuem a parecer, a ter gosto, e a cheirarem como pão e vinho comuns.

Nós acabamos de considerar os principais argumentos em favor da transubstanciação e as respostas a eles. Agora, vamos examinar os principais argumentos em favor de uma visão dos elementos da comunhão não literalista. Juntos, eles formam um caso formidável contra o dogma católico romano.

(1) Primeiro de tudo, a interpretação sacramental dessa passagem é contrária ao contexto de tempo histórico no qual foi dado em João 6 e em 1ª Coríntios 11. O tempo da instituição da comunhão foi em João 13 depois da páscoa, não em João 6 depois do sermão sobre o pão da vida. Como John Walvoord notou, “uma vez que a Ceia do Senhor ocorreu um ano depois que os incidentes registrados neste capítulo, comer sua carne e beber seu sangue não deve ser pensado como sacramentalismo” (The Bible Knowledge Commentary, vol. 2, p. 297). João 6 está em um tempo e em um contexto inteiramente diferente. João Calvino acrescentou: ”E, de fato, teria sido inapto e irracional pregar sobre a Ceia do Senhor antes dela ter sido instituída” (Calvin’s Commentaries, The Gospel Accordingto St. John, vol. 4, p. 170).

(2) Se “comer sua carne” é tomado literalmente, então todo aquele que participa da comunhão é salvo uma vez que Jesus disse que todo aquele que participa dela é dado à pessoa a vida eterna (Jo 6.55). Obviamente, isso é falso, uma vez que há aqueles que participam da comunhão que são incrédulos ou apóstatas.

(3) Há um texto nesse contexto que indica que as palavras de Jesus não têm de ser tomadas literalmente. Jesus disse: “As palavras que eu disse a vocês são espírito e vida” (Jo 6.63). Como D. A. Carson diz nesse verso, “tomar as palavras do discurso anterior literalmente, sem penetrar no seu significado simbólico, é inútil” (The Gospel According to John, 301).

(4) Jesus frequentemente usou figuras de linguagem no evangelho de João para descrever ele mesmo, tais como, “água” (Jo 4.14), “pão” (cap. 6.35), “luz” (cap. 8.12), a “porta” (cap. 10.7,9) e o “vinho” (cap. 15.1). Mas um significado literalista não faz nenhum sentido em qualquer desses casos. Do mesmo modo, não faz sentido quando fala de comer a “carne” de Cristo pois falando estritamente isso teria uma conotação canibalista para os judeus, que eram estritamente proibidos pela lei de Moisés de comerem sangue (Lev 17.14).

(5) Além disso, “comer” é uma figura de linguagem bíblica comum para a crença em Deus e para a ingestão de alimento espiritual dEle. O salmista disse “provai e vede que o Senhor é bom” (Sl 34.8, Is 55.1, Ez 3.2-3, 1Pe 2.2,3). No contexto imediato, Jesus falou dele mesmo como o pão da vida que, assim como o maná no deserto, eles tinham de comer diariamente (Jo 6.32-33). De fato, o verbo meno (permanecer) no verso 56 expressa comunhão mística contínua entre Cristo e o crente, como em João 15.4-7, 1 Jo 2.6,27,28; 3.6, 24; 4.12,16. Portanto não há, sem dúvidas, qualquer referência à Ceia do Senhor (eucaristia), mas simplesmente comunhão mística com Cristo (A. T. Robertson, Word Pictures, vol. 5, 112).

(6) O estreito paralelo entre os versos 54 e 40 revela que eles estão se referindo à mesma coisa. As frases “quem come minha carne e bebe meu sangue” e “todo aquele que olha para o Filho e crê nele” tem a vida eterna são um paralelo direto. “De fato, nós vimos que este link é apoiado pela estrutura do discurso inteiro”. Portanto, “a conclusão é óbvia, o primeiro é o modo metafórico de se referir ao último” (Carson, ibid. 297).

(7) Além do mais, “a linguagem dos versos 53-54 é tão completamente inapta que se eles são a referência primária para a eucaristia nós devemos concluir que algo necessário para a vida eterna é a participação na Mesa do Senhor. Essa interpretação, claro, na verdade contradiz as partes anteriores do discurso, não menos o verso 40” (ibid.) que afirma que a crença no Filho é a única condição necessária para receber a vida eterna (cf. Jo 3.16; 18,36).

(8) A promessa de que aqueles que comem e bebem o corpo e o sangue de Cristo serão “ressuscitados no último dia” (Jo 6.54). Isso não deixa espaço para um entendimento mágico da Mesa do Senhor, que colocaria Deus sob constrangimento, submeta ao rito e ganhe a vida eterna! Antes, corretamente entendido, “isso parabolicamente define o que significa receber Jesus pela fé” (Carson, 297).

(9) Mesmo santo Agostinho insistiu que comer os elementos da comunhão não traz vida, a não ser que “o que é tomado visivelmente nos sacramentos é na verdade comido espiritualmente, bebido espiritualmente. Pois ouvimos do próprio Senhor, dizendo, ‘o Espírito é o que vivifica, mas a carne para nada se aproveita. As palavras que tenho dito a vocês são Espírito e Vida’” (Sermon 81 in Sermons on the New Testament, vol. 6, p. 501). Mas de acordo com Jesus, comer a “carne e o sangue” de Cristo traz vida eterna (Jo 6.54-58) agora (Jo 5.24). Então, ele não pode estar se referindo aos sacramentos físicos aqui que não fazem tal coisa.

(10) Na comunhão da cerimônia Jesus disse ”este é meu corpo” (soma), e não “esta é minha carne” (sarx). Se a comunhão estivesse em mente em Jo 6, é mais provável que a palavra “corpo” tivesse sido usada. Mas em lugar nenhum a Escritura se refere à comunhão como comer a carne de Cristo e beber o seu sangue (veja Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.14-22; 1 Co 11.23-26).

(11) Os elementos da comunhão nos evangelhos e em 1ª Coríntios 11 não foram feitos para serem entendidos literalmente por diversas razões. Primeiro, já no contexto original, quando Jesus disse “este é meu corpo”, todos os presentes sabiam que o pão não era literalmente seu corpo, mas um pedaço de pão sendo segurado pelo seu corpo real (pela mão). Então, se ele não é entendido simbolicamente, seria uma contradição vigorosa, como Ott declarou: “Cristo ergueu a si mesmo em suas mãos, quando ele ofereceu seu corpo dizendo: ‘este é meu corpo’” (Ott, Fundamentals, 377).

Segundo, o serviço da comunhão do Novo Testamento era um memorial da morte de Cristo (“fazei isso... em memória de mim” – 1 Co 11.25); não era uma reconstituição da morte física de Cristo, como católicos romanos afirmam.

Terceiro, a comunhão era uma proclamação da morte de Cristo, não uma co-participação física dela, como Roma insiste. Paulo disse que todas as vezes em que ela é realizada, “vocês proclamam a morte do Senhor” (1 Co 11.26).

Quarto, a comunhão era uma participação espiritual na morte de Cristo com outros crentes, não uma assimilação física dela, como católicos afirmam. Portanto, Paulo disse que “o pão que partimos não é uma participação no corpo de Cristo?” (1 Co 10.16), o qual era seu corpo espiritual (ver verso 17).

Quinto, os elementos da comunhão continuam a serem chamados “pão” e o “cálice” (de vinho) ou “fruto da vinha” (Mt 26.29) após eles serem consagrados e eles os comerem, não o corpo e o sangue de Cristo (1 Co 11.23-28), o que teria estado de acordo com a visão católica.

Os motivos pelos quais os elementos da comunhão não devem ser tomados no modo literal que católicos romanos fazem, é resumido aqui (ver Geisler, Systematic Theology, vol. 3, 174):

(a) Não é necessário, uma vez que Jesus frequentemente falou por metáforas e em figuras de linguagem;

(b) Não é plausível, uma vez que vivacidade não é prova de fisicalidade;

(c) Não é possível, uma vez que estaria segurando a si mesmo na sua própria mão (quando ele disse “este é meu corpo”);

(d) É idólatra, uma vez que se a hóstia consagrada é realmente o corpo de Cristo, então ela pode ser adorada (como católicos romanos fazem);

(e) Mina a crença na ressurreição, pois se nossos sentidos estão nos iludindo quanto à hóstia consagrada, como então saberemos que eles não estão nos enganando referente às aparições ressurretas de Cristo, que está no coração do evangelho?

(12) Como A. T. Robertson disse, “teria sido uma confusão desanimadora para os judeus se Jesus tivesse usado o simbolismo da Ceia do Senhor do qual eles não sabiam nada naquele tempo. De fato, seria uma verdadeira desonestidade para João usar este discurso como propaganda para o sacramentalismo. A linguagem de Jesus apenas pode ter um significado espiritual à medida que ele se revela a si mesmo como o verdadeiro maná” (ibid., 112).

(13) Mesmo alguns sacramentalistas admitem que “pode ser reconhecido que nenhum daqueles que ouviram o discurso (de Jesus em Jo 6) em Cafarnaum puderam reconhecer o discurso (como dito) da instituição solene (da Ceia do Senhor) que ainda estava no futuro, e então completamente fora de qualquer possibilidade de pensamento corrente”. Seguindo uma boa regra de interpretação (que aqueles que o ouvem deviam ser capazes de entendê-lo), isso somente deveria eliminar uma interpretação sacramental (Ellicott’s Commentary on the Four Gospels, vol. 6, p. 556).

Portanto, é estranhamente inconsistente para ele acrescentar que “não se segue que o discurso não se destinava a ensinar a doutrina da eucaristia” (ibid.). João 2.22 é citado como prova, mas aqui os discípulos deviam ter entendido o que Jesus quis dizer, e mais tarde eles entenderam (Jo 2.21-22). Eles apenas eram “tardos de coração” (cf. Lc 24.25). Além disso, em qualquer caso, João 2 apoia o entendimento não literal das afirmações de Jesus, assim como no caso de Jo 6. Portanto, em qualquer caso, João 2 apoia a fala em um modo não literal em João 6.

(14) A interpretação errônea católica da comunhão sustenta que o corpo de Cristo é oferecido uma e outra vez sempre em que eles têm missa. Ela é chamada de o “sacrifício sem sangue da missa”. Entretanto, de acordo com a Escritura, Cristo sacrificou a si mesmo apenas uma vez por todas em sua morte na cruz. Hebreus declara: “Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus” (Hb 10.12). Então, a crença católica romana de que comer a “carne” de Cristo é parte das celebrações em que Cristo é sacrificado vez após vez novamente, é claramente não-bíblica.

(15) A interpretação errônea católica de João 6 envolve a doutrina da transubstanciação, que implica na adoração dos elementos da comunhão. O Concílio de Trento pronunciou de modo infalível que “por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente seu corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o santo concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo nosso Senhor e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue; esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão transubstanciação" (CCC, 1376). O catecismo da Igreja Católica acrescenta que porque os elementos são transformados no corpo e no sangue de Cristo, é conveniente se envolver na “adoração da eucaristia” (CCC 1378), que é o “culto de adoração” (CCC 1418). De uma perspectiva bíblia e empírica, essa é uma forma de idolatria – a adoração de cosias criadas (Ex 20.4-5; Rm 1.25).

Mesmo após os elementos serem alegadamente transformados, eles continuam parecendo, tendo sabor e cheirando a pão e a vinho. Então, o Deus que fez nossos sentidos está nos pedindo para desconfiar do que Ele fez. Mesmo no milagre bíblico da transformação da água em vinho (Jo 2), a ninguém é pedido para acreditar que o líquido que parece, tem gosto e cheira como água, é na verdade vinho, e quando o líquido parece, tem gosto e cheira como vinho a acreditar que o líquido na verdade é água. Em resumo, mesmo no caso de um milagre, nós não somos pedidos a acreditar que nossos sentidos estão nos iludindo!

Conclusão

A interpretação sacramental católica romana dessa passagem é: (a) contrária ao contexto temporal no qual ele foi dado; (b) contrária ao uso de Jesus de figuras de linguagem em João; (c) contrária à condição para a vida eterna ser o que Jesus deu, que é a crença; (d) contrária a afirmação de Jesus de que “as palavras que tenho dito a vocês são Espírito e vida”; (e) contrária a natureza contínua da união mística com Cristo, indicada pelo termo permanência (do grego, meno); (f) contrária ao paralelo estreito entre “quem come minha carne e bebe o meu sangue” e “todo aquele... que crê em mim” tem a vida eterna (versos 40,45); (g) contrária à fórmula da comunhão “corpo e sangue” (1 Co 11.23-26) versus “carne e sangue” em João 6; (h) contrária à proibição bíblica contra o comer sangue (Lv 17.14), e contrária à proibição bíblica contra a idolatria.

Ao falar dessa interpretação literal errônea das palavras de Jesus, o grande estudioso de grego A. T. Robertson declarou: “Para mim, isso é uma má representação violenta do evangelho e uma má representação absoluta de Cristo. Ela é uma interpretação literal grosseira do simbolismo místico da linguagem de Jesus, que os judeus também entenderam errado. Portanto, não há, claro, nenhuma referência à Ceia do Senhor (eucaristia), mas simplesmente à união mística com Cristo” (Word Pictures, vol. 5, p. 112). Ela implica em uma violação idólatra da ordenança de Deus: ”Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto” (Mt 4.10).



Por: Norman Geisler.
Tradução: Acrizio Souza.

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138 comentários:

  1. Faltou falar no texto que mesmo que algum pai da Igreja pode dar margem a essa interpretação, dependendo de como a pessoa ler ler esses textos, a Igreja Católica é a única na cristandade que defende esta doutrina.

    Às vezes alguns católicos apelam a Igreja Ortodoxa pra falar que existe missa nesta Igreja e que dão muita ênfase a Eucaristia, mas esquecem de falar que não acreditam em mudanças de substâncias, apenas que de alguma forma Jesus está presente nesta celebração.

    Outros apelam até pra judeus e falam do Maná, mas o Maná nunca fez parte da páscoa judaica pra ser um símbolo da missa ou ceia.

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    1. Sim, a Igreja Ortodoxa diz que crê na "presença real", mas nunca definiu o que é essa "presença real", e nunca apoiou oficialmente a doutrina romana da transubstanciação. Não é necessário algo ser físico para ser real, Deus é real e não é um ser físico, Jesus disse que estaria conosco sem ser de mentirinha (Mt 18:20; 28:20) mas ainda assim essa presença é espiritual (não vemos Jesus fisicamente entre nós), não há nada que exija que algo seja necessariamente físico para que seja real, como impõem os apologistas católicos. E quanto ao maná, é realmente pitoresco usarem isso em apoio à transubstanciação, uma vez que o maná não se "transubstanciava" em coisa nenhuma. Era apenas maná que caía do céu; parecia, cheirava e tinha gosto de maná, nenhum israelita era forçado a abrir mão de seus sentidos e de sua capacidade cognitiva para fazer de conta que não era maná mesmo e sim outra coisa.

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    2. Qual sua opinião sobre o bispo Arnaldo e IEPG (Igreja Evangélica Pica das Galáxias)?

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    3. Ele é só um humorista. Não tenho nada a comentar enquanto religioso.

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    4. Eu não tinha visto a resposta. KKKKKK

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  2. Só a monarquia católica que não presta? Os países protestantes monárquicos devem mudar?

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    1. Eu já respondi isso um monte de vezes. Os países monárquicos protestantes não mantém a monarquia por pensarem que isso é o que lhes traz a prosperidade e o desenvolvimento deles, quem manda na casa é o primeiro-ministro e não o rei ou rainha, eles só mantém a monarquia para manter a tradição, que é muito valorizada por eles, e em alguns casos para lucrar com o turismo (como com a família real britânica, a mais famosa do mundo, que atrai muitos visitantes). Não tem nada a ver com "vamos estabelecer a monarquia para resolver os problemas do país". Pelo contrário, se eles pensassem que o rei ou rainha é o que resolve os problemas do país, teriam mantido os monarcas com o poder que tinham antes (de mandar e desmandar na coisa toda), e não limitado ao máximo como fizeram, mantendo-os apenas como fachada, uma "rainha decorativa".

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  3. Avalie: https://youtu.be/dS7pfFRoKHc

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    1. Duvido que seja sério isso, não dá pra acreditar.

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    2. Avalie: https://youtu.be/qxsiY3WvLPo

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  4. Avalie oque esse luterano falou sobre monarquia:
    https://m.youtube.com/watch?v=B9hp3LbXxds

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    1. Que existem não-católicos usados como massa de manobra ou "idiotas úteis" na causa católica pró-monarquia, isso não é surpresa nenhuma. O Danilo Lima escreveu sobre isso no artigo que eu coloquei como recomendação no final:

      https://medium.com/@Brigada/%C3%A9-inteligente-que-protestantes-e-outras-denomina%C3%A7%C3%B5es-n%C3%A3o-cat%C3%B3licas-defendam-retorno-da-monarquia-c375a42d6457

      Mas esse aí em questão pelo menos não pareceu nenhum fanático pela causa, inclusive chegou a elencar alguns pontos negativos da monarquia e se disse apenas um defensor do parlamentarismo, independentemente se é um parlamentarismo monárquico ou republicano.

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    2. Avalie: https://www.dicio.com.br/romanismo/

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    3. Agora eu avalio até dicionários? Rsrs

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    4. Mas sério, avalie.

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    5. O dicionário em questão não falou do romanismo enquanto religião católica-romana, então não tem o que "avaliar"... quando falamos de romanismo em artigos teológicos (embora eu prefira o termo "papismo", mais comum), não estamos nos referindo ao "direito romano", mas sim aos adeptos do catolicismo romano.

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  5. Banzoli, como conciliar a certeza de salvação com a possibilidade da perda da mesma? Acho que são duas coisas mutuamente excludentes.

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    1. A certeza da salvação é que você seria salvo se morresse neste momento desde que esteja em Cristo e o obedecendo, e não necessariamente que daqui a 20 anos ainda estará salvo independentemente do que acontecer, como se você fosse o juiz que justificasse a si próprio. Esse outro tipo de certeza nem Paulo tinha, como fica claro em textos como esses:

      "Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado" (1 Coríntios 9:27)

      "Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor" (1 Coríntios 4:4)

      E no "uma vez salvo, sempre salvo", você também não poderia ter certeza da salvação em termos absolutos. Como vai saber se é mesmo um dos "eleitos"? Como vai saber se não tem a tal da "graça evanescente" que os calvinistas inventaram para aqueles que depois apostataram? Como vai saber se não é como algum dos vários que pareciam perfeitamente crentes, mas que depois perderam a fé e "descobriram" que não era dos "eleitos"? Nenhum calvinista pode bater no peito com 100% de certeza absoluta e dizer "eu sou um eleito". Isso seria ou muita arrogância, ou muita ingenuidade.

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    2. A certeza da salvação me fez vencer a depressão.

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    3. O ideal é que se tenha a "certeza da salvação" (no sentido bíblico que eu expus), mas unida ao senso de cautela, perseverança, compromisso e responsabilidade para não perder essa salvação. Conheço muitos casos de pessoas que já se achavam "salvas para sempre" e que em decorrência disso relaxaram na fé, começaram a viver com displicência, sem lutar muito contra o pecado, e no final se desviaram completamente de Deus. É como se um professor garantisse antes das aulas que todos os alunos iriam passar independentemente de como se saíssem nas provas - você acha que neste caso alguém estudaria para a prova e tiraria boas notas? Creio que não. É necessário ter a consciência de que fomos salvos por Jesus, mas vinculada à responsabilidade de nos mantermos unidos à Ele até o final, porque "o que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mt 24:13).

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    4. "Conheço muitos casos de pessoas que já se achavam "salvas para sempre" e que em decorrência disso relaxaram na fé, começaram a viver com displicência, sem lutar muito contra o pecado, e no final se desviaram completamente de Deus"

      Esse fato mostra que essas pessoas nunca foram salvas. Quem recebeu um novo coração na regeneração não se desvia completamente a ponto de se perder. O amor que ela sente por Deus não é por algo que Deus fez para ela (bençãos), mas porque Deus mudou o coração. É como uma esposa que ama o seu marido: mesmo que ela faça alguma coisa que não devia com o seu marido, mesmo assim ela não tem coragem de abandoná-lo. É assim que eu vejo.

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    5. 1) O que isso tem a ver com depressão?
      2) Se alguém peca a vontade é porque não é salvo.

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    6. "1) O que isso tem a ver com depressão?"

      Presumo que essa pergunta seja pra ele.

      "2) Se alguém peca a vontade é porque não é salvo"

      É claro que alguém que está pecando à vontade não é salvo, mas isso não significa necessariamente que não possa ter sido salvo um dia. Hebreus é bem claro em relação a essa possibilidade:

      "Ora para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir, e caíram, é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública" (Hebreus 6:4-6)

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    7. A pergunta sobre depressão foi para você. Eu falei sobre depressão e você meteu perda da salvação no meio.

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    8. Na verdade foi exatamente o contrário. Nós estávamos falando sobre perda de salvação, então você meteu depressão no meio.

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    9. O assunto anterior era a certeza da salvação, e eu disse que ela me ajudou a vencer a depressão.

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    10. Deixa eu ver se eu entendi: então você está reclamando por eu ter respondido sobre a perda da salvação depois de você tocar no assunto da depressão em meio a uma conversa sobre a perda da salvação? Não to entendendo é mais nada.

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    11. Vou comentar de Novo
      "A certeza da salvação me fez vencer a depressão"
      Eu falei sobre certeza e não perda. Abç!

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    12. Tudo bem, mas eu não contestei isso, não falei mal nem discordei, apenas fiz um complemento. Abs.

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    13. Você é uns 11 ou 12 anos mais velho que eu.

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    14. Por que você não é muito presente no youtube?

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    15. Já jogou "Vitas Castle of Horror"?
      Ou já viu o vídeo do Games Eduuu jogando o jogo?
      Sabe quem é o Vitas?

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    16. É um assunto bastante polêmico. Já fui tentado algumas vezes à aderir ao Teísmo Aberto, porque, por exemplo, se Deus previu que o José chegaria no céu, e o José se perder durante sua vida, então tem algo errado com a presciência de Deus. Nesse caso, Deus não é onisciente, apenas Ele viu a "possibilidade" do José ser salvo, mas não sabia de fato, seria algo em aberto para o José decidir depois, usando corretamente ou não o seu livre-arbítrio. Vou tentar fazer uma analogia: digamos que em uma caixa tenha 9 bolas brancas e 1 vermelha. Mesmo que eu saiba que existe uma grande possibilidade de eu tirar uma bola branca, mesmo assim eu não posso ter certeza. Se tiver ao menos 1 bola de outra cor, eu não posso saber de certeza que eu vou tirar uma branca. Então, na minha humilde opinião, se qualquer cristão pode perder sua salvação, então Deus não sabe de certeza quem vai ser salvo. Ele (Deus) sabe apenas da possibilidade dele ser salvo. Se antes da fundação do mundo Deus já sabia quem vai perseverar até ao fim, então eu acho que não há possibilidade dessas pessoas se perderem. Por isso as vezes eu acho que a posição mais lógica para se falar em perda de salvação é o Teísmo Aberto. Eu não estou chamando os arminianos de teístas aberto por crer na perda da salvação, apenas estou dizendo que é mais lógico no teísmo aberto se crer em perda de salvação, pois Deus não conhece o futuro, isso quem vai decidir é o ser humano através do seu livre-arbítrio. Eu acho inconsistente crer que Deus já conhecia antes da fundação do mundo quem vai perseverar até o fim, e crer que essas mesmas pessoas podem perder a salvação. Eu não sou teísta aberto, apenas já pensei em aderir ao mesmo, mas não fiz isso por causa de textos bíblicos que dizem que Deus conhece o futuro. Por isso estou muito confuso sobre esses assuntos.

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    17. "Você é uns 11 ou 12 anos mais velho que eu"

      Você deve ser bastante jovem então.

      "Por que você não é muito presente no youtube?"

      Prefiro escrever.

      "Já jogou "Vitas Castle of Horror"?
      Ou já viu o vídeo do Games Eduuu jogando o jogo?
      Sabe quem é o Vitas?"

      Não conheço nada disso, o único jogo que eu jogo é o Age of Empires 3 (modéstia à parte, sou o melhor team player brasileiro desse jogo em atividade).

      "Eu acho inconsistente crer que Deus já conhecia antes da fundação do mundo quem vai perseverar até o fim, e crer que essas mesmas pessoas podem perder a salvação"

      Eu não vejo inconsistência nenhuma, com todo o respeito. Deus prevê quem vai se converter, também prevê quem vai perseverar até o fim e também prevê quem vai se desviar e apostatar. Deus prevê tudo. Mas ele não vai oferecer a salvação somente a quem ele prevê que vai perseverar até o fim, senão seria um Deus injusto; por questão de justiça e imparcialidade Deus oferece a salvação até mesmo àqueles que ele sabe que vão recusá-la, ou que apostatarão do caminho mais tarde, para que essas pessoas não tenham desculpa nenhuma no dia do Juízo, e para não passar a impressão de que Deus faz acepção de pessoas.

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    18. Olá. Permitam-me participar do diálogo entre vocês:

      "Se antes da fundação do mundo Deus já sabia quem vai perseverar até ao fim, então eu acho que não há possibilidade dessas pessoas se perderem"

      Meu caro, não apenas por isso, mas também por causa da promessa imutável de Deus. Se a pessoa persevera até ao fim porque "decidiu" permanecer, podendo não ter permanecido, então esta pessoa está se auto-preservando, e não sendo preservada por Deus. É Deus que nos guarda, e não nós que nos guardamos.

      "por questão de justiça e imparcialidade Deus oferece a salvação até mesmo àqueles que ele sabe que vão recusá-la, ou que apostatarão do caminho mais tarde, para que essas pessoas não tenham desculpa nenhuma no dia do Juízo, e para não passar a impressão de que Deus faz acepção de por questão de justiça e imparcialidade Deus oferece a salvação até mesmo àqueles que ele sabe que vão recusá-la, ou que apostatarão do caminho mais tarde, para que essas pessoas não tenham desculpa nenhuma no dia do Juízo, e para não passar a impressão de que Deus faz acepção de pessoas"

      Muito criativa essa sua tese mas, não me leve a mal, ela não é bíblica. Todos aqueles que foram dados pelo Pai a Jesus e Ele (Jesus) morreu por eles, nunca hão de perecer. O mesmo Deus que inicia a boa obra Ele conclui. Quem conclui não é o homem através do seu "livre-arbítrio", "capacitado" pela "graça preveniente".

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    19. "Meu caro, não apenas por isso, mas também por causa da promessa imutável de Deus. Se a pessoa persevera até ao fim porque "decidiu" permanecer, podendo não ter permanecido, então esta pessoa está se auto-preservando, e não sendo preservada por Deus. É Deus que nos guarda, e não nós que nos guardamos"

      Deus preserva a pessoa, mas pra isso é preciso que a pessoa não rejeite a Deus; Deus não vai atropelar o livre-arbítrio do indivíduo e forçá-lo a perseverar mesmo contra a sua vontade, se fosse assim nem faria sentido o incentivo bíblico à perseverança, já que quem tem que perseverar irá perseverar de qualquer jeito, sem nenhuma chance de falha, e uma vez que isso não depende em nada da pessoa, mas apenas de Deus. Em que poderia ser útil uma admoestação à perseverança a alguém que não pode fazer NADA para
      perseverar ou não?

      "Muito criativa essa sua tese mas, não me leve a mal, ela não é bíblica. Todos aqueles que foram dados pelo Pai a Jesus e Ele (Jesus) morreu por eles, nunca hão de perecer. O mesmo Deus que inicia a boa obra Ele conclui. Quem conclui não é o homem através do seu "livre-arbítrio", "capacitado" pela "graça preveniente""

      O que não é bíblica é essa tese diabólica de que somos todos robôs autônomos que não podem fazer absolutamente nada, nem sequer para rejeitar a graça de Deus que ele força em uns e nem dá a menor oportunidade de salvação a outros (mas os condena assim mesmo). É por causa de doutrinas absurdas, imorais e sem lógica como essa (e muitas outras), que o número de irreligiosos cresce tanto. Se o homem não pode nem sequer escolher pecar (rejeitando a graça), então todos os pecados que cometemos são na verdade determinações divinas de um decreto imutável e irrevogável (ou seja, Deus forçando os robozinhos a pecarem, e depois os condenando a um tormento eterno num inferno de fogo literal por causa de algo que eles não tiveram nem escolha). Além de tornar Deus o verdadeiro autor do pecado e de todo o mal que há no mundo por causa desse decreto imutável que precede qualquer ação humana, a respeito do qual eu não vou nem comentar. Quanto à possibilidade da perda da salvação, eu já escrevi sobre isso aqui:

      http://apologiacrista.com/e-possivel-perder-a-salvacao

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    20. A verdade é que tanto no calvinismo quanto no arminianismo Deus tem "culpa no cartório". No calvinismo Ele cria as desgraças. Já no arminianismo Ele deixa as desgraças acontecerem, podendo evitar. Se duas pessoas querem se jogar de um prédio e eu salvar uma e empurrar a outra, eu estou fazendo algo moralmente errado. Por outro lado, se eu deixar as duas se jogarem, mesmo dizendo várias vezes "não se jogue", e eu podendo evitar de as duas se jogarem, eu também estou praticando algo moralmente errado. Esses dois casos são reprovados por nossa lei moral. Seja fazendo o mal diretamente, ou abrindo brecha para que ele aconteça, vamos achar falhas em Deus. Nesse caso, a única opção que resta é a heresia do Teísmo Aberto. Nesse caso Deus não tem culpa, pois Ele não sabia de nada. Mas esta última não é uma boa opção. Por isso que esse é um assunto polêmico.

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    21. Há uma diferença sim: no caso arminiano Deus tem uma razão para permitir coisas ruins, que é o livre-arbítrio dos indivíduos. Se toda vez que alguém estivesse prestes a fazer algo mal Deus fosse lá e impedisse a ação, o livre-arbítrio simplesmente não existiria. Apenas com Deus permitindo o mal é que o livre-arbítrio pode ser real. Já no calvinismo isso não existe, uma vez que eles negam a própria existência do livre-arbítrio e entendem que Deus determinou cada ação humana, o que inclui todos os males, o que levou a esses males e a consequência desses males - simplesmente nada faz sentido ou cumpre a qualquer propósito.

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    22. Eu sei que no arminianismo Deus permite o mal para que exista o livre-arbítrio. O que eu tô querendo dizer é que quando comparamos o agir de Deus com o agir do ser humano, isso é mal aos nossos olhos. Humanamente falando, seja alguém fazendo um mal diretamente, ou abrindo brecha para que ele venha a existência, a nossa lei moral reprova isso. Segundo nossa moralidade, é melhor não fazer algo, se esse algo vai resultar em um grande desastre. Ou seja, se Deus previu que haveria esse monte de coisas ruins acontecendo se Ele desse livre-arbítrio ao ser humano, então não desse. Deus age como quer, mas as vezes nossa moralidade não compreende porque Deus age de certas formas. Seria melhor a inexistência do livre- arbítrio, do que a existência do mal. Mas Deus não quis assim. Ele achou melhor (mesmo contra sua vontade) ver um monte de desgraças acontecendo, do que o ser humano não ter livre-arbítrio. E isso é reprovado por nossa consciência. É justamente nesse ponto que o Teísmo Aberto é sedutor, porque, quando comparamos com nossa moralidade, não vemos culpa em Deus. Ou seja, se nós não sabemos que agindo de determinada forma vai haver um desastre, se o desastre acontecer não temos culpa de nada. Como não sabíamos, não podíamos evitar. Ou seja, deixamos nossa lógica de lado, e aceitamos a revelação bíblica, pois o Teísmo Aberto tem muitos pontos fracos. Cada um que se decida: como calvinista ou como arminiano.

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    23. "Seria melhor a inexistência do livre- arbítrio, do que a existência do mal"

      É aí que nós divergirmos. Mesmo com todo o mal que há no mundo, ainda vale a pena se viver, ainda há um bem muito maior do que a quantidade de mal, ainda há mais felicidade do que tristeza, mais amor do que ódio, e só assim Deus poderia provar seu amor por nós enviando Seu filho unigênito para morrer por nós, e nos dar uma escolha real entre segui-lo ou não.

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    24. "nos dar uma escolha real entre segui-lo ou não"

      O problema é que isso gera sofrimento para os inocentes. Por exemplo: se um jovem decide tomar bebidas alcoólicas e futuramente ele ficar viciado e morrer em um acidente de trânsito, isso é um desastre, mas é fruto de suas próprias escolhas erradas. Ou também se uma adolescente decide andar com uma saia muito curta de modo que quando sentar seja possível ver suas partes íntimas e um dia ela for violentada, também é um desastre, mas, da mesma forma, é fruto de suas escolhas erradas. Em ambos os casos, esses jovens colheram o que plantaram. Mas o mal no mundo atinge também os inocentes. Ou seja, pessoas colhem o que não plantaram. Por exemplo, o estupro de bebês. Eu fico espantado com o fato de Deus permitir algo assim. Há casos de um pedófilo adulto estuprar um bebê de 3 anos de idade. Deus poderia sempre evitar casos assim. Uma monstruosidade como essa era pra ser evitada por Deus sempre, mesmo que Ele permitisse outras coisas, por exemplo, assalto, mas que fosse com alguém adulto, que pudesse se defender de alguma forma. Ele poderia criar um livre-arbítrio controlado, de modo que o mal só atingisse quem o procurasse. Ou seja, pessoas que plantavam o mal, colhia o mal. É por causa de casos extremos como o estupro de bebês que eu digo que seria melhor não existir livre-arbítrio. Essa é apenas a minha forma de pensar. Já que Deus preferiu tudo isso do que o ser humano não ter livre-arbítrio, que seja. Ele é que é Deus e governador de todas as coisas, então não podemos fazer nada. Assim seja!

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    25. Se me permitam, eu gostaria de entrar na discussão. Caro Anônimo (gostaria até que você se identificasse, é melhor, pois existem no blog diversos anônimos), você tocou em um ponto sensível, e bastante difícil de entender, sobre o mal sobre inocentes, mas eu acho que você se equivoca em um ponto. Para você, o livre-arbítrio é onipotente, e não é. Deus, no meu entender, livra uma grande porcentagem (é impossível dizer, mas 70%, 80% ou 90%) do mal humano, para proteger os inocentes. Você desconsiderou isso. Se o mal que está no coração humano fosse sempre feito, só haveria barbárie. Mas eu tenho certeza que Deus não permite que o mal ocorra inúmeras vezes. Eu já presenciei respostas de oração que foram coisas que Deus me livrou. Então, no exemplo que você citou, eu entendo que para cada estupro de crianças Deus evitou 1.000 outros que iriam ocorrer. Só que o homem é tão mau que mesmo assim um absurdo desses ocorre, e infelizmente alguém sofre por isso. Você considerar que Deus deveria sempre evitar é dizer que o livre arbítrio não existe. O problema é que ele existe e foi a forma com que Deus decidiu que o homem viveria. De qualquer forma, nós não temos a mínima condição de dizer o que seria melhor Deus fazer, pois Ele é Deus. Não devemos entender a sua ação. E prá mim a lógica indica que a ideia arminiana é mais compatível com a realidade, do que qualquer outra ideologia ou filosofia humana, mesmo o ateísmo, teísmo aberto ou calvinismo.

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    26. Se Deus impedisse estupros SEMPRE, significaria que seria impossível usar o livre-arbítrio para este fim (sempre que alguém quisesse estuprar alguém, o estuprador explodiria, ou sofreria um ataque cardíaco fulminante, ou sei lá o que). Na prática, implicaria no fim do livre-arbítrio.

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    27. "Você considerar que Deus deveria sempre evitar é dizer que o livre arbítrio não existe"

      Se for pra ver desgraças como o estupro de crianças, seria melhor não haver livre-arbítrio. Seria tão bom a humanidade estar no jardim do Éden (ou em outro lugar) sem haver o mal. Sem diabo, sem pecado, sem desgraças e desastres. Seria uma maravilha! É como se a inexistência do livre-arbítrio fosse algo ruim. É como se a existência do mal fosse um "desastre menor". Se a inexistência do livre-arbítrio não é algo mal, eu não entendo o porque que Deus não criou as coisas assim. Mas o que eu estou dizendo desde o início, é que tanto no calvinismo quanto no arminianismo, o agir de Deus parece mal aos nossos olhos. E quanto ao Teísmo Aberto, apesar de ser uma heresia, parece ser a única posição que isenta Deus de alguma culpa. Não estou dizendo que Deus seja mesmo culpado de alguma coisa. O que eu quero dizer é que, segundo nossa moralidade, fazer algo mal ou abrir brecha para que ele venha a existência, em ambos os casos temos "culpa no cartório".

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    28. Se Deus nos impedisse de ter o livre arbítrio, a reclamação do ser humano seria sobre a ausência de escolha, sobre as obrigações que devem ser feitas, sobre a falta de liberdade que Deus nos impôs, etc. O ser humano vai sempre achar ruim algo. Eu ainda não vejo o porquê de Deus ter culpa no cartório, como você diz. Ele deu a liberdade primeiro a Lúcifer, que se encheu de sentimentos pecaminosos. E depois a Adão, que preferiu pecar. Eles decidiram. Deus deu a liberdade, e eles escolheram, por si próprios, pecarem. Ah, mas Deus poderia ter evitado? Sim, mas então Deus criaria outros seres, sem vontade própria, e não esse mundo que nós conhecemos. Deus, por motivos que não nos cabem prescrutar, por serem impossíveis pela nossa pequeneza de saber, decidiu assim. Ele nos deu o livre arbítrio. Cabe a nós fazermos bom uso dele. Colocar a culpa em Deus é se colocar no papel de vítima, sendo que a maldade é sua, o erro é seu.

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    29. "Se Deus nos impedisse de ter o livre arbítrio, a reclamação do ser humano seria sobre a ausência de escolha, sobre as obrigações que devem ser feitas, sobre a falta de liberdade que Deus nos impôs, etc"

      Não me leve a mal, mas eu não vejo dessa forma. Mesmo sem a possibilidade de pecar, o ser humano poderia ter escolhas. Poderia ser livre. A diferença é que com o livre-arbítrio o ser humano pode escolher entre uma coisa boa e uma ruim. Alguns definem livre-arbítrio como a capacidade de escolher algo contrário a sua natureza. Partindo dessa definição, ou seja, se Deus não tivesse dado às suas criaturas a capacidade de escolher algo contrário a sua natureza, isso não implicaria em o ser humano (ou anjos) não ter liberdade. Eles poderiam ter liberdade. Liberdade é a capacidade de escolha. Não é necessariamente a capacidade de escolher entre uma coisa boa e uma ruim. Pode ser perfeitamente a capacidade de escolher entre coisas boas. Liberdade não é apenas a nossa escolha entre, por exemplo, assistir uma pregação bíblica ou um filme pornográfico. Escolher assistir uma pregação bíblica ou um louvor bíblico também é liberdade. Isso significa que se Deus não tivesse dado a oportunidade de Adão e Eva comerem do fruto proibido, mesmo assim eles poderiam ter liberdade. Só que seria uma liberdade para escolher apenas entre opções boas. Isso não significa que Adão e Eva seriam "robôs". Eles seriam robôs segundo o determinismo calvinista. Ou seja, se eles escolhessem uma opção boa X e não pudessem ter escolhido outra opção também boa Y. Em outras palavras, eles escolheriam necessariamente X e não podia, em hipótese alguma, ter escolhido Y, pois Deus faria "roboticamente" que eles escolhessem X. Isso sim é determinismo. Nesse caso sim eles seriam robôs. Mas o fato de eles poderem fazer escolhas, mesmo sendo apenas entre opções boas, isso não é determinismo. Por exemplo, se Deus não tivesse criado a árvore do fruto proibido, Adão e Eva poderiam estar escolhendo fazer qualquer outra coisa boa, menos algo mal como comer o fruto proibido. Eles poderiam estar dando nomes aos animais, ou comendo um fruto das árvores permitidas, ou cuidando da terra, ou conversando com Deus, etc. Nada disso era proibido. Nesse caso eles não seriam marionetes, pois estavam fazendo escolhas. Poderiam estar cantando hinos a Deus (por exemplo) ou poderiam estar apenas conversando com Ele. Se eles estivessem cantando hinos a Deus, mesmo assim eles poderiam estar conversando com Ele, caso escolhessem assim. Também poderiam estar cuidando dos animais. Veja que escolher entre várias coisas lícitas também é liberdade. Liberdade não é apenas escolher entre coisa lícita ou ilícita. Poderiam estar adorando a Deus em certo horário do dia, mas também poderiam estar cuidando das suas obrigações e adorá-Lo em outro horário. Resumindo, Adão e Eva poderiam ser criaturas livres mesmo sem Deus ter dado a eles a possibilidade de pecarem. Mas, já que Deus não quis assim, tudo bem. Ele age do jeito que Ele quer. Mas a tese que eu defendo é que Adão e Eva poderiam fazer escolhas reais mesmo sem a possibilidade de escolherem algo contrário as suas naturezas. Deus não estaria impondo nada. Eles escolhiam livremente fazer uma ou outra coisa, ambas boas. E também eles não iriam reclamar, pois eles viviam em perfeição moral. Eles ainda não conheciam o mal. A natureza perfeita deles não levaria eles a fazer reclamações, pois eles escolhiam segundo a vontade deles, só que tudo era lícito. Ou seja, escolheriam diversas opções boas, segundo a vontade da natureza perfeita deles, e não estariam pecando em escolher apenas coisas lícitas. Espero ter sido claro. É só uma opinião minha.

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    30. Sim, você foi claro, e entendo seu posicionamento. Sobre Lúcifer eu acho difícil chegar a uma conclusão, mas sobre Adão e Eva, a eles foi dada somente possibilidades boas. E uma única ruim. E eles escolheram a ruim. E continuo pensando que essa opção que você deu seria apenas uma outra, diferente da que Deus escolheu. Não consigo achar que ele escolheu mal, ou que tem culpa, apenas definiu algo e entregou na mão de outros que escolheram o errado.

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    31. "sobre Adão e Eva, a eles foi dada somente possibilidades boas. E uma única ruim. E eles escolheram a ruim"

      Concordo. Eu me considero arminiano, pois acho que é a posição mais bíblica. É uma posição que apresenta o ser humano e anjos como culpados, diferente do calvinismo em que Deus determina necessariamente tudo. Nesse caso Deus é o único culpado. Já no teísmo aberto Deus é ignorante, não sabe o futuro e, consequentemente não planejou nada. Nesse caso, não podemos garantir que um dia o mal vai desaparecer, e que Deus irá colocar um "ponto final" na injustiça e nem que haverá futuramente um novo céu e uma nova terra. Mesmo assim tem muita coisa que não consigo entender. Mesmo no arminianismo, que é a posição que eu mais me identifico, quando eu comparo com nossa moralidade eu acho problemas. Me dar a impressão de que Deus tem uma parcela de culpa, mesmo o ser humano e anjos sendo os maiores culpados pois, como você bem disse, das muitas possibilidades boas e uma única ruim, eles escolheram justamente a ruim. Nunca vamos entender detalhadamente o porque que Deus age de determinada forma. Nenhum sistema (seja calvinista, arminiano ou teísmo aberto) consegue responder todas as perguntas. Sempre vamos perguntar: "Senhor, por que isso?" É isso o que me inquieta.

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    32. Eu entendo assim: Deus dá uma liberdade de escolha ao ser humano. O seu erro, caso exista, foi em dar essa liberdade, e não na consequência que esta gerou. Mas não podemos concluir que ele errou, pois essa é uma questão tão grandiosa, mas tão grandiosa, que é impossível de se concluir. Não conseguimos chegar a uma conclusão precisa quanto a isso com nossos filhos, quanto mais quanto ao ser humano em geral. Eu sempre me pergunto que tanto Lúcifer quanto Adão poderiam não ter pecado. E o que ocorreria a partir disso? São possibilidades infinitas, e de respostas impossíveis. O que eu sei é que entre o calvinismo, o teísmo aberto e o arminianismo, tomados em suas versões puras, o arminianismo é sem dúvida a melhor das opções. E olha que eu sou presbiteriano. Considero o calvinismo bastante coerente, e entendo perfeitamente quem o adota. Já acho o teísmo aberto heresia completa, estando distante do que a Bíblia e a lógica indicam. O que eu sei, caro anônimo, que me proporcionou uma ótima discussão, não existe teoria geral, não há respostas para tudo e nenhum filosofia consegue abarcar todos os aspectos da vida humana. O que demonstra realmente a nossa pequenez perto da grandeza de Deus.

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    33. "não há respostas para tudo e nenhum filosofia consegue abarcar todos os aspectos da vida humana. O que demonstra realmente a nossa pequenez perto da grandeza de Deus"

      É verdade.

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  6. Avalie: http://geradormemes.com/media/created/ufgp96.jpg

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  7. Lucas, eu tenho algumas dúvidas: a primeira é Tiago (o menor) é o irmão de Jesus?? A segunda: Bartolomeu e Natanael são as mesmas pessoas??

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    1. Sobre o Tiago menor ser o irmão de Jesus, a resposta é não. O irmão de Jesus chamado Tiago não era nenhum dos dois Tiagos do grupo dos doze, sobre isso eu lhe recomendo os muitos artigos sobre o terceiro Tiago que você pode conferir nesta lista:

      http://www.lucasbanzoli.com/2015/07/artigos-sobre-catolicismo.html

      Sobre a outra questão, Bartolomeu é tradicionalmente identificado como sendo Natanael, e vemos indícios disso nos evangelhos, então muito provavelmente se trata de dois nomes para a mesma pessoa, como no caso de Levi/Mateus.

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  8. É possível fazer uma imagem de escultura igual a essa sem que seja pecado?
    https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+escultura+de+jesus&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjE1dfGtdDYAhXKlZAKHWFuDm0Q_AUICigB&biw=1242&bih=602#imgrc=zos_6vzJ9lb6_M:

    Eu mandei a pergunta antes mas não sei se chegou (estou enviando novamente).
    Pergunto se seria pecado, pq nesse caso se trata de Jesus que pode ser adorado (e não homens).
    E outra, existe alguma heresia na teoria católica do "sagrado coração de Jesus"? Pq eles sempre adoram Jesus nesse modelo, com o coração brilhando no peito?

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    Respostas
    1. Deus não permite ser cultuado na forma de imagens de escultura, o bezerro de ouro é um bom exemplo disso. Muitos pensam que o bezerro de ouro que os israelitas fizeram no Sinai era para adorar a um outro deus que eles estavam criando ali, mas na verdade a Bíblia diz que era uma representação que os israelitas estavam fazendo do próprio YHWH, mas que foi condenada mesmo assim. Qualquer imagem que se faça de Deus será sempre uma limitação e diminuição do que o próprio Deus é, por isso tanto no Antigo como no Novo Testamento o povo de Deus jamais fez alguma imagem de Deus (exceto quando proibido expressamente), que era a prática dos povos pagãos para com os deuses deles, que precisavam ser representados em alguma forma física.

      Quanto ao "sagrado coração de Jesus", é apenas mais uma superstição e crendice católica sem nenhuma consistência, que se iniciou em pleno século XVII após uma "visão" de uma certa "beata" (eles realmente não precisam de muita coisa para inventarem um jeito novo de avacalhar com o Cristianismo). Veja o que o artigo da Wikipédia diz sobre isso (eu realmente não tenho nenhum interesse em pesquisar mais profundamente sobre isso, então vai a Wikipédia mesmo):

      "A origem desta devoção deve a Santa Margarida Maria, uma religiosa de uma Congregação conhecida como Ordem da Visitação. A Santa Margarida Maria de Alacoque teve extraordinárias revelações por parte de Jesus Cristo, que a incumbiu pessoalmente de divulgar e propagar no mundo esta piedosa devoção. Foram três as aparições de Jesus: A primeira, deu-se a 27 de Dezembro de 1673, a segunda em 1674 e, a terceira, em 1675. Mais tarde, outra religiosa, a Beata Maria do Divino Coração, condessa de Droste zu Vischering, a partir de Portugal estendeu a esta devoção a todo o Mundo por meio de um acto de consagração solene pedido ao Papa Leão XIII. Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que, aproveitando-se da Sua Divina Misericórdia, participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras. Disse Ele, numa dessas ocasiões a Santa Margarida Maria de Alacoque: "Prometo-te, pela Minha excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final; não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos, e Meu Divino Coração lhes será seguro refúgio nessa última hora".

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Sagrado_Cora%C3%A7%C3%A3o_de_Jesus

      Eu particularmente acho essas fotos católicas de Jesus um horror, que qualquer pessoa com um mínimo de sensatez sabe que não tem nada a ver com o esteriótipo de um judeu mas sim de um europeu, e com esse coraçãozão que eles destacam no meio das figuras fica mais horrível ainda, para não dizer bizarro...

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  9. Lucas, só uma dúvida: É verdade que as religiões vão desaparecer no futuro, vi num vídeo que até o ano 3000 todos da os seres humanos serão ateus, e que a partir do fim desse século a religião começará a perder fiéis? Esse mesmo vídeo usou os EUA como exemplo e falou que os EUA terão metade de ateus até o fim do século? A religião vai desaparecer? Você acha que os EUA ou o Brasil ou a maior parte do mundo ateus no futuro?

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    1. É muita especulação e sensacionalismo ficar fazendo previsões para daqui mil anos. Provavelmente ninguém acertou previsões de como seria o mundo hoje há mil anos atrás, e não há razões para se pensar que será diferente daqui outros mil anos. A Bíblia diz que no fim dos tempos a incredulidade seria muito maior (Lc 18:8), mas não que a religião simplesmente "acabará". Ela provavelmente diminuirá e passará por mudanças significativas tanto na doutrina como na prática, mas não irá meramente desaparecer. Mesmo em meio à grande tribulação e toda a perseguição que a rodeia, ainda há uma Igreja para ser arrebatada no final. Já sobre o fim deste século é um pouco menos absurdo fazer previsões, mas eu pessoalmente entendo que há um instinto natural nos seres humanos que lhes leva à crença na existência de Deus (embora não na direção de uma religião em específico), então entendo que a principal transformação não será o desaparecimento da religião, mas sua transformação para uma forma mais "aceitável", excluindo os extremos que levam tanta gente a se afastar de Deus (alguns dos quais eu comento nas últimas páginas do último capítulo do meu livro "Chamados para crer e sofrer").

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  10. Se baseando em Norman Geisler? O mesmo que você discorda sobre a imortalidade da alma? Tome vergonha nessa sua cara.

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    1. É cada idiota que me aparece que me faz repensar a ideia da inclusão digital como algo bom pra humanidade, talvez gente estúpida a este ponto deveria continuar nas cavernas mesmo. Agora inventaram uma regra nova: eu não posso citar um teólogo, a não ser que ele concorde em TUDO comigo, em cada aspecto (quer dizer, eu não posso citar ninguém). Da onde o animal tirou essa regra? Do focinho dele, é claro.

      Agora um calvinista não vai poder mais citar Norman Geisler, pois Geisler não crê no determinismo, nem na depravação total, nem na predestinação fatalista. Nem um arminiano de 5 pontos poderia citá-lo, já que Geisler acredita que uma vez salvo, salvo pra sempre. Também os não-tomistas não mais podem citar Geisler, pois Geisler é tomista. Um evolucionista teísta cristão também não poderia citá-lo, pois ele se opõe fortemente à teoria darwinista. Geisler é um cessacionista, então os continuístas que pretendem citá-lo, nem pensar! Até onde eu sei, ele é contra o batismo infantil, então se você for a favor está proibido de citá-lo também (e se ele for a favor, então você não pode citá-lo se for contra). Geisler também acredita que não há chance de salvação para os pagãos adultos que nunca ouviram falar de Jesus, então se você crê diferente também nem pense em citá-lo sobre qualquer outro assunto, senão você tem que tomar “vergonha na cara”, como o anônimo burro bem observou. Eu poderia continuar a lista, mas no fim das contas, talvez só Geisler poderia citá-lo. E o anônimo burro, é claro.

      Partindo por essa linha fabulosa de lógica, até o apóstolo Paulo não tinha vergonha na cara, porque ele citou poetas pagãos com os quais, presumo, não concordava em muitas coisas. E a partir de hoje está proibido a qualquer um citar e concordar com coisas ditas por Martin Luther King, Gandhi, Lincoln, Clarice Lispector ou quem quer que seja, a não ser que se estude tudo sobre a vida do sujeito e descubra que concorda com todas as outras coisas que o cidadão ou a cidadã acredita e defende – senão, você também não tem “vergonha na cara”.

      Agora falando sério, eu não sei por que desperdicei meu tempo respondendo a um bestalhão que por certo não sabe nem soletrar as letras do alfabeto e que deve sofrer de algum sério problema psiquiátrico (isso se não for drogado mesmo), mas às vezes é bom liberar um comentário desses para as pessoas terem conta do quão estúpido alguém pode chegar quando se está desesperado em difamar e ofender alguém que odeia, mas que carece inteiramente de qualquer capacidade intelectual para refutá-lo com argumentos. Mas isso é ótimo, pois me mostra o quão ralé, baixo e desprezível é o nível desses meus nobres “críticos” (além de ser um covarde que se esconde no anonimato). Aí está um exemplo inquestionável. Não sei mais como inventarão um novo nível de estupidez daqui em diante.

      Meu maior orgulho é olhar o nível intelectual das pessoas que me seguem, e então comparar com essa ralé de detratores e idiotas. A imensidão do contraste fala por si só.

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    2. kkkkkkkkkkkkkkkkk, esse anônimo precisa aprender lógica.

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    3. Nossa! Que cara bravo! rsrs

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    4. Ele não crê na depravação total? Em que sentido?

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    5. Ele não acredita que "o homem seja totalmente incapaz de iniciar, conseguir ou mesmo receber o dom da salvação sem a graça de Deus" (veja isso na página 64 do seu livro "Eleitos, mas Livres", link abaixo). Ele chama isso de "calvinismo extremado", se diz "calvinista moderado" mas na verdade isso é apenas um outro nome para o arminianismo, com a diferença de que até arminianos creem na depravação total, mas geralmente não na doutrina da "perseverança dos santos", que é o único ponto da TULIP que Geisler realmente crê da mesma maneira que os calvinistas que ele critica no livro.

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    6. Acho útil analisar a crítica que o Franklin Ferreira (calvinista) fez ao livro do Geisler, especialmente nessa parte:

      "Permanece um mistério por que Geisler insistiu em redefinir uma terminologia que é reconhecida comumente por todos os lados do debate. Em lugar de clarificar a discussão, ele a nublou, o que não serve a nenhum propósito, e, na pior das hipóteses, engana aqueles que são menos instruídos na discussão relativa a estes pontos. O mais irritante de tudo isto é que seu livro é embalado por um discurso pretensamente lógico e filosófico. Do calvinismo histórico Geilser só mantém a doutrina da perseverança dos santos - mas isto, quando muito, é um arminianismo inconsistente! Ele teria prestado um grande serviço a seus leitores se admitisse simplesmente sua posição, em lugar de confundir o assunto com definições artificialmente impostas"

      http://www.monergismo.com/textos/resenhas/eleitos_livres_franklin.htm

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    7. Link do livro para visualização:

      https://pt.slideshare.net/FabianeMathiasFSenda/eleitos-mas-livresnormangeisler

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    8. Avalie: https://youtu.be/wziETC1Ng20

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    9. Consumo moderado de álcool é pecado?

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    10. Acho que a crítica do anônimo é sobre você chamar imortalismo de heresia.

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    11. "Avalie: https://youtu.be/wziETC1Ng20"

      Esses trechos editados do Chris estão quase tão populares quanto aquele do filme do Hitler...

      "Consumo moderado de álcool é pecado?"

      O problema é conseguir beber "moderadamente". Muitos que ficam bêbados ou viciados na bebida não começaram bebendo na intenção de se embriagar ou de se viciar nisso, mas acabaram ficando mesmo assim. O caso bíblico mais famoso é o de Noé, que era o homem mais justo da época e com certeza não tinha a intenção de se embriagar, mas se embriagou mesmo assim. Se o homem mais justo do planeta não conseguiu se controlar e beber sempre apenas "moderadamente", eu que não vou incentivar ou aprovar esse tipo de coisa a quem quer que seja. Não vale a pena se arriscar. Há coisas que a Bíblia diz que são lícitas, mas que não convém (a um cristão).

      "Acho que a crítica do anônimo é sobre você chamar imortalismo de heresia"

      Não foi isso que ele disse, e eu não tenho como julgar as intenções do coração de cada pessoa, eu julgo o que elas manifestam de fato, e o que ele factualmente escreveu foi uma bobagem sem tamanho. Haveria muitas outras maneiras de simplesmente contestar que o imortalismo é uma heresia, sem precisar apelar a um raciocínio tão deprimente (além de ofensivo).

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    12. Olá Lucas.
      Vendo uma pequena amostra do que você têm que aturar diariamente, minha oração é que Deus te conceda uma porção dobrada da paciência de Jó.
      Obrigado amigo.

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    13. Obrigado pela porção dobrada, talvez eu precise mesmo :)

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  11. O que vc acha desse vídeo?

    https://www.youtube.com/watch?v=FZb4Vcopuoo

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    1. É muita arrogância chamar de "burros" os que dão o dízimo. Quando se começa a ofender desse jeito alguém que crê em uma doutrina diferente da sua, já se perde a razão logo de cara (e isso que eu não sou nenhum defensor do dízimo da forma que é ensinado na maior parte das igrejas). Também acho desnecessário tanta gritaria para se provar um ponto - e pior ainda, em uma sala de aula...

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    2. Esse Fábio Sabino é folgado.

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    3. Fábio sabino é UM CHARLATÃO na maioria dos assuntos que trata.

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  12. Olá,jovem Lucas!por favor ore pela vida da minha esposa que tá internada aqui em belo horizonte com um quadro de pneumonia grave no qual se encontra entubada e respirando por aparelhos e peço aos outros irmãos se puderem fazer isso fico agradecido por que estou muito angustiado e com crise de choro e ter perdido muito dias de sono, só Deus pra me confortar esse meu coração aflito e não só eu que estou assim , mas meus filhos estão abalados...interceda pra que Deus faça o que é melhor.Abraços Lucas e fique com Jesus Cristo!

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  13. Estou pensando em sair da igreja católica e ingressar na igreja de minha tia, única família evangélica perto de mim,ela pertence a IAP (Igreja Adventista da Promessa). Mas penso ele guardam o sábado, não comem porco, entre algumas coisas de suas leis, não que eu não possa ficar sem fazer isso, mas será que mesmo depois de Jesus ter abolido esses mandamentos,eles se tornam errados ao praticá-los ou não?

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    1. "Errado" não é, você não vai estar em pecado só por não trabalhar no sábado ou por não comer um determinado tipo de comida, só vai estar se ausentando de algo que Deus não proibiu (para o Novo Testamento).

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    2. Apenas acrescentando, o próprio apóstolo Paulo abordou essas duas questões em Romanos 14, sem jamais condenar o que continuava observando esse tipo de coisa da lei (embora ele deixe claro que tais coisas são dispensáveis para os dias de hoje):

      “Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos. Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais. Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou. Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está de pé ou cai. E ficará de pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar. Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus” (Romanos 14:1-6)

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    3. Mas ore bastante, bastante mesmo, e Deus te indicará uma igreja, mesmo que você não tenha conhecidos nela. Ás vezes é essa da sua tia, ou outra, mas busque a resposta em Deus, incessantemente, e ele encherá teu coração.

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  14. Ola lucas! Vc acredita na existência do diabo? E se acredita, tem medo dele?

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    1. Acredito sim, sua existência é muito clara na Bíblia e creio que pelo estado do mundo também, mas nós não precisamos ter medo dele, pois "maior o que está em nós do que aquele que está no mundo" (1Jo 4:4). O diabo pode ser muito mais poderoso do que um ser humano, mas Deus é incomparavelmente e infinitamente superior ao diabo, então se estamos com Deus não temos que temê-lo de forma alguma.

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  15. Lucas; mudando um pouco de assunto,eu gostaria de saber qual a sua opinião sobre o método histórico crítico gramatical de interpretação bíblica. Ademais, você pretende escrever algo em relação sobre isso?

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    1. É um método perigoso, pernicioso e muitas vezes desonesto, pois já parte da premissa de que a Bíblia é falsa e que portanto aos teólogos só lhes resta "encontrar" estes supostos erros. Por isso a vida dos teólogos liberais não é a de um teólogo de verdade, é apenas alguém que busca por todos os meios e esforços desqualificar a Bíblia a qualquer custo, impor contradições nela e até mesmo ridicularizá-la. Não conheço nenhum teólogo liberal genuinamente cristão; são todos ateus, agnósticos, deístas ou "crentes" que não creem nem na ressurreição de Jesus, e muito menos na inspiração da Bíblia. O resultado disso é gente como Fábio Sabino por exemplo, e outros da laia dele. Recomendo as seguintes críticas ao método:

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2013/11/a-heresia-do-metodo-historico-critico.html

      http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2014/05/a-hipotese-documentaria-ou-jedp.html

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    2. Avalie: https://youtu.be/P7FHKgy9XKk








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    3. Avalie: https://youtu.be/1LyyYAHQqKQ

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    4. Os liberais dizem que os conservadores é que estão errados, pois já partem do pressuposto de que a Bíblia é infalível.

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    5. Sobre o primeiro vídeo, concordo mais com o discurso do segundo do que do primeiro, embora o primeiro também tenha dito certas verdades. É preciso pontuar que: (1) o terrorismo islâmico é um fenômeno relativamente recente na história do Islã, datando do século XIX, mas em escala maior e mais significativa como vemos hoje é apenas na segunda metade do século XX; (2) O Cristianismo formal também já teve épocas em que era tão ou mais intolerante que o Islã (por exemplo, um judeu tinha mais segurança em países árabes durante a Idade Média e parte da Idade Moderna do que em terras católicas, ainda mais em países católicos fundamentalistas como Espanha e Portugal); (3) Hoje em dia se mata muito mais gente no Brasil católico do que em qualquer país muçulmano, seja em números absolutos ou feita a proporção de acordo com a população. Ataques terroristas aqui ou ali matam 10, 20, 50 pessoas por ataque, enquanto no Brasil são assassinadas 70 mil pessoas por ano - um Maracanã lotado. E nenhuma delas assassinada por terrorismo islâmico. Isso deve ser o suficiente para demonstrar que o Islã ou o Alcorão não é a "raiz de todos os males" (embora certamente seja um dos males), mas sim a depravação natural dos seres humanos de qualquer vertente religiosa ou não, que pode levar alguém a cometer os piores tipos de atos.

      Sobre o segundo vídeo, o papa Francisco exagera e escorrega; uma coisa é dizer que nem todos os muçulmanos são terroristas (o que eu e qualquer pessoa sensata concorda), outra coisa bem diferente é dizer que o Islã em si, ou o Corão como ele diz, é uma "religião da paz". O Islã já nasceu "bélico", nasceu visando a conquista territorial através da espada (embora isso não fosse nenhuma novidade para a época), o Corão tem passagens claramente extremistas incentivando a violência, então dizer que o Islã é paz e amor é um exagero muito grande.

      PS: Você dessa vez violou nosso combinado de enviar um vídeo por dia ou no máximo dois que somem até 15 minutos juntos, então eu liberei esses que você enviou primeiro e suprimi os demais.

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    6. "Os liberais dizem que os conservadores é que estão errados, pois já partem do pressuposto de que a Bíblia é infalível"

      Pois é, mas se você está em um tribunal o ônus da prova é de quem? Do acusador ou do réu? É aquela velha máxima: "todos são inocentes até que se prove o contrário". Na vida real nunca se julga alguém culpado até que se prove o contrário; exceto nos tribunais da Inquisição, todos sempre foram tidos como "inocentes" a priori, então o método conservador em relação às Escrituras é o mais adequado.

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    7. Ok, amanhã eu enviu outros mais curtos. Abraço amigo.

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    8. Não acho que partimos do pressuposto de que a Bíblia é infalível. Todos que acreditam nisso, eu ou o Lucas, por exemplo, analisamos os supostos erros e olhamos o outro lado também. O problema é que a Bíblia se prova inerrante. Outra coisa, pensando de forma pragmática (ás vezes Deus é pragmático também), como ele poderia se comunicar com o ser humano? Além de outras formas, uma delas é utilizando pessoas separadas em momentos especiais para que estas documentem as suas palavras para que sejam perenes. Qual o melhor meio para isso? A escrita. Por isso essa preocupação. Vejo a mão de Deus até, por exemplo, na proteção aos pergaminhos do mar morto, que transpassaram os tempos e demonstraram que a palavra de Deus não muda.

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  16. Dos 20 planos desse vídeo de quais você concorda e dequais discorda? Diga o motivo com argumentos.
    https://youtu.be/mBvA4vvH6_I

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    1. Não vou ficar aqui argumentando sobre cada ponto como você pediu senão levaria um tempo enorme, então vou apenas dizer os que concordo ou discordo, e se você quiser selecione UM deles por vez para explorar as razões:

      1) Discordo.
      2) Concordo.
      3) Discordo.
      4) Discordo.
      5) Discordo.
      6) Discordo.
      7) Depende.
      8) Discordo.
      9) Discordo.
      10) Discordo.
      11) Concordo.
      12) Concordo.
      13) Concordo (parcialmente).
      14) Concordo.
      15) Concordo.
      16) Concordo (parcialmente).
      17) Concordo.
      18) Discordo.
      19) Discordo (parcialmente).
      20) Concordo.

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    2. Não entendi por quê discordar da 4°, 5°(que deriva da 4°), da 9° e da 19°
      E o que é o "depende" da 7°

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    3. Pra selecionar um por vez vai ter que um em casa artigo.
      Começa do início :)

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    4. O problema da 4 (e da 5, que deriva da 4) é submeter pessoas ao constrangimento de assinar declarações de que rejeitam seu próprio livro sagrado. Alguém poderia (e não acho que estejamos muito distantes disso se tornar real um dia) fazer o mesmo com o Cristianismo e exigir de nós uma "Declaração de Lealdade" de que somos contra os versos bíblicos que falam que o homossexualismo é abominação, ou que tenha que apedrejar quem não guarda o sábado, e assim por diante. Se querem fazer uma "Declaração de Lealdade", então que apenas assinem um termo de compromisso de que são a favor de todos os direitos humanos ocidentais, mas sem submeter ao constrangimento de dizer que rejeita passagens do Corão (o que geraria uma revolta desnecessária), basta deixar isso subtendido. E outra, eu não acho que isso teria alguma efetividade na prática, porque é óbvio que qualquer terrorista mal-intencionado iria assinar qualquer papel para depois explodir um lugar, os extremistas não iriam desaparecer só por causa da assinatura de um termo desses (como se eles respeitassem as leis de cada país, quando na verdade são precisamente o inverso disso, isto é, violadores da lei).

      Sobre o ponto 9, parar de construir mesquitas é uma forma de censura, imagine se proibissem também que construam igrejas cristãs sob qualquer pretexto (e já fizeram muito isso ao longo da história). Se TODOS os muçulmanos fossem inerentemente terroristas eu concordaria com a ideia, mas uma vez que há muitos que são moderados não há razões para se impedir que construam mesquitas (e diga-se de passagem, proibir mesquitas não iria acabar com o terrorismo, mas instigá-lo ainda mais). O que deve ser feito é investigar essas mesquitas e fechar e punir criminalmente as que estiverem ensinando terrorismo, mas punir todas por causa de algumas não é correto e nem prudente.

      O "depende" do 7 é porque eu não vejo lógica no enunciado, "taxar alimentos Halal" (alimentos permitidos aos muçulmanos comerem), já que até onde eu sei em todo lugar se taxa todo tipo de alimentos, sejam eles "Halal" ou não. Talvez o que eles quiseram dizer é que deveriam taxar a mais esses alimentos só porque os muçulmanos os comem, neste caso eu sou contra, mas se esses alimentos não são taxados mas os outros sim, neste caso eu não vejo sentido em se deixar de taxar só por serem alimentos "Halal" e seria a favor da taxação (mas não a mais do que os outros alimentos, ou seja, não uma taxação extra apenas e exclusivamente para prejudicar os muçulmanos). De todo modo esse ponto 7 eu ainda acho bem pouco compreensível, não entendi muito o propósito deles ali. Se dependesse somente da minha opinião, nenhum alimento seria taxado (nenhum alimento do mundo todo).

      E sobre a 19 eu tinha lido rápido e entendido que eles queriam a proibição de qualquer bandeira com palavras árabes, esse tipo de proibição seria muito sem sentido, agora eu reli e parece que eles só são contra as bandeiras que estejam glorificando grupos extremistas, neste caso eu concordo.

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    5. Mas a nove fala das mesquitas radicais ou financiadas por organizações do exterior.

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    6. Nem um alimento seria taxado? Por que, imposto é roubo?

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    7. Os 3°, 6° e 8° até fazem sentindo no contexto belga.

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    8. "Mas a nove fala das mesquitas radicais ou financiadas por organizações do exterior"

      Ela fala de fechar mesquitas radicais, mas de parar de construir qualquer tipo de mesquita.

      "Nem um alimento seria taxado? Por que, imposto é roubo?"

      O imposto deveria ser sobre a renda, e não no produto.

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  17. Eu gosto muito dos vídeos desse professor:
    Mas oq vc acha sobre esse ponto de vista de que a cobra falava "a língua das cobras"? Ou do jumento de Balaão falar a "língua dos jumentos"? Isso seria possível ou a cobra/jumento falaram um idioma humano?

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    1. O animal em si não falou nada, o que falou foi o diabo através da cobra, e Deus através da jumenta. Ou então podemos até pensar que Eva e Balaão tiveram algum tipo de alucinação ou visão em que pensavam que esses animais estavam falando com eles (tudo permitido por Deus para cumprir um propósito). De qualquer forma, o grande "x" da questão não é ter de acreditar que animais falam em linguagem humana, mas sim se Deus é capaz de produzir voz através deles em circunstâncias excepcionais que chamamos de "milagre", ou pelo menos para fazer com que aquelas pessoas assim pensassem que aconteceu.

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    2. Vish agora que eu vi...não foi o link do vídeo. Era um vídeo do professor Afonso do canal Ciência de Verdade. Se tiver curiosidade em ver, é só colocar no Youtube (cobra falante), alguma coisa assim. Quanto à resposta, sanou a minha dúvida. Obrigada.

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    3. Acompanho o prof. Afonso também e gosto muito dele.

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    4. Prof Afonso, é tão charlatão quanto o sabino, só que a agenda é outra, a "terra plana", um mínimo de pesquisa dos grupos que defendem a tese e verá que são propagadores de "nova era" e gnosticismo.

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  18. Lucas como interpretar a questão do dízimo que Deus diz que tem que fazer prova dele que os falsos profetas utilizam isoladamente ?o que quer dizer faça prova de mim?por que Lucas na igreja onde congrego o pastor falou que era para dar o dízimo que ele iria retribuir de qualquer forma Deus iria dar em dobro independentemente da situação adversa do fiel.O texto diz se der o dízimo será abençoado e quem não der será amaldiçoado?

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    1. Se todo dizimista dobrasse sua renda, então os evangélicos (principalmente os neopentecostais, que mais ênfase colocam no dízimo e em contribuições financeiras em geral) seriam em disparado os mais ricos desse país. Mas os dados do IBGE mostram justamente o contrário: os neopentecostais são os mais pobres, e os mais ricos são, por ironia, os de igrejas bem tradicionais (luterana, anglicana, presbiteriana, etc) que pouco falam de dízimo. O texto de Malaquias não pode ser usado aqui porque ele é da antiga aliança e se refere a um tempo e época que já chegou ao fim, então ninguém é ladrão ou está "roubando a Deus" por não dizimar, embora eu pessoalmente seja a favor do dízimo como um princípio com a finalidade de ajudar quem mais precisa, e não como uma obrigação imposta através de ameaças de pragas de gafanhotos, demônios e o inferno.

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    2. Olá Lucas.
      O tema "dizimo", na minha opinião, é muito semelhante ao imposto: quem paga é contra, quem usufrue é a favor. Eu, confesso, nunca entendi claramente a questão. O que eu faço é contribuir de acordo com que posso e de maneira variada sem atrelar à quantia a 10%. O que você acha amigo?

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    3. Acho que depende da renda e da condição social de cada um, na igreja primitiva os mais ricos davam mais e os mais pobres recebiam (em vez deles próprios gastarem seus recursos). Só no AT é que havia a imposição dos 10% independentemente da posição social de cada um, e mesmo assim só para quem trabalhava no campo.

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  19. Avalie: https://www.dicio.com.br/papismo/

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    1. Correto, mas não só "os protestantes".

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    2. Avalie: https://youtu.be/tc_w7ZnIzN4

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    3. Avalie: https://youtu.be/S3tEiVEeARQ

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    4. Avalie: https://youtu.be/MMRBRCrBHIM

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    5. "Avalie: https://youtu.be/tc_w7ZnIzN4"

      É um "catolicismo romano invertido", ou seja, os mesmos argumentos católicos (da sucessão apostólica, do "una", de Jesus ter fundado a igreja/instituição deles e etc), só que usado para a igreja dele (a Ortodoxa) e não para a Igreja Romana. De certa forma é ótimo, pois confirma tudo o que eu já escrevi até hoje sobre os argumentos católicos não provarem absolutamente nada, pois essas mesmas reivindicações são usadas da mesma forma pelos ortodoxos em favor da igreja deles (e vice-versa). Ele diz que a Igreja dele (a ortodoxa) foi fundada por Cristo e que a Igreja de Roma que se separou da comunhão e causou o cisma; o católico romano afirma que foi a Igreja dele (a romana) que foi fundada por Cristo e que a Igreja Ortodoxa que se separou da comunhão e que causou o cisma, e ambos não tem a honestidade e humildade de reconhecer que nenhuma das duas é a "Igreja fundada por Cristo", mas apenas rachas dessa Igreja original e com menos de mil anos.

      "Avalie: https://youtu.be/S3tEiVEeARQ"

      Além de ser um vídeo repugnante, ele mente quando diz que a puberdade é aos nove anos, quando na verdade é entre os treze e catorze anos. Já o outro vídeo não vou nem comentar, é apenas um idiota qualquer fazendo idiotice, não sei nem o que tem pra "avaliar" num vídeo desses, por favor me peça para avaliar coisas mais sérias...

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  20. http://emdefesadasadoutrina.blogspot.com.br/2012/04/interpretacao-correta-de-i-pedro-3-3-4.html?m=1

    Lucas, vc acha q essa interpretação está correta?
    Abs!

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    1. Para ser sincero eu achei esse artigo e o blog como um todo uma loucura total. A própria lista de artigos mais vistos deles (no menu à esquerda) é totalmente de radicalismos e legalismos que de forma deprimente ainda sobrevivem no século XXI (embora felizmente sejam cada vez mais raros). Quem apenas lê o blog deles sem uma Bíblia na mão corre até o risco de pensar que ir pro céu consiste em cortar cabelo (para os homens, porque as mulheres não podem cortar o delas), a barba, não fazer a sobrancelha, não usar joias e etc. Acho que nem o farisaísmo ortodoxo da época de Paulo ou o catolicismo romano da época de Lutero eram tão legalistas assim.

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  21. Lucas, vejo muitos católicos alardeando que a Inglaterra protestante foi muito mais violenta e intolerante do que a inquisição espanhola. Até que ponto isso é verdade?

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    1. Até nenhum ponto. Pura mentira de gente desonesta e sem caráter.

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    2. Além disso, alguns deles afirmam que a reforma luterana gerou atraso social e econômico na região onde se situa a Alemanha, e que, esse atraso, estendeu o feudalismo até o final do século XIX. Eles também afirmam que os protestantes roubaram os mosteiros católicos, saquearam paróquias e roubaram propiedade dos católicos, e que estatizaram a educação que era de responsabilidade da igreja. Outros já afirmam que o fenômeno das caças as bruxas é um fenômeno muito mais ligado ao protestantismo do que o catolicismo, a grande maioria dos países que aderiram a reforma, houve uma terrível caças as bruxas. Há aqueles que citam a violência religiosa entre calvinistas e arminianos na Holanda, sem levar em consideração a briga entre puritanos e anglicanos na Inglaterra no século XVII.
      Isso tudo seria Verdade, ou a apologética católica estaria exagerando.

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    3. Ademais, quando sai o livro sobre a reforma.

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    4. "Além disso, alguns deles afirmam que a reforma luterana gerou atraso social e econômico na região onde se situa a Alemanha, e que, esse atraso, estendeu o feudalismo até o final do século XIX"

      A Alemanha foi o país mais atrasado dentre os protestantes (embora ela nunca tenha sido totalmente protestante, sempre manteve uma grande parte católica, pois era dividida em muitos estados com relativa autonomia) apenas porque na Guerra dos 30 Anos os católicos massacraram 1/3 da população do país e causaram uma devastação imensa com a única finalidade de destruir o protestantismo. Obviamente, leva um tempo para se recuperar dos danos causados, mas não levou tanto tempo como "até o século XIX". Veja por si mesmo as estatísticas de Maddison:

      https://theunbrokenwindow.com/Development/MADDISON%20The%20World%20Economy--A%20Millennial.pdf

      E eu nem preciso dizer que nos outros países protestantes (estes sim 100% protestantes) o desenvolvimento foi infinitamente superior que nos países católicos, os quais eram quase todos atrasados e parasitários.

      "Eles também afirmam que os protestantes roubaram os mosteiros católicos, saquearam paróquias e roubaram propiedade dos católicos"

      Respondi isso no ponto 9 daqui:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/08/breve-refutacao-dez-calunias-catolicas.html

      "e que estatizaram a educação que era de responsabilidade da igreja"

      Foi a melhor coisa que podiam ter feito pela educação, que era uma porcaria nas mãos da Igreja, e por isso a ciência e tecnologia tiveram um avanço muito maior nos países de educação protestante, bem como o fim do analfabetismo (quando os países católicos se mantiveram na ignorância por muito mais tempo, até estatizarem a educação também).

      "Outros já afirmam que o fenômeno das caças as bruxas é um fenômeno muito mais ligado ao protestantismo do que o catolicismo, a grande maioria dos países que aderiram a reforma, houve uma terrível caças as bruxas"

      Pura mentira, os católicos já matavam bruxas desde muito antes da Reforma e continuaram matando em maior quantidade depois dela.

      "Há aqueles que citam a violência religiosa entre calvinistas e arminianos na Holanda"

      Me mostre alguém que foi assassinado nessa tal "violência religiosa" de calvinistas e arminianos na Holanda.

      "sem levar em consideração a briga entre puritanos e anglicanos na Inglaterra no século XVII"

      Idem.

      "Isso tudo seria Verdade, ou a apologética católica estaria exagerando"

      Não é um "exagero". É mentira DESCARADA.

      "Ademais, quando sai o livro sobre a reforma"

      Vai demorar mais um ou dois meses ainda.

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  22. Lucas o site medium-brigada política é protestante?

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  23. Em que ano aproximadamente a Eucaristia foi inventada como tal a conhecemos?

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    1. Segue abaixo o que o historiador Henry S. Bettenson escreveu a respeito:

      “No século nono, Pascásio Radberto publicou um tratado Sobre o Corpo e o Sangue do Senhor, onde levou as asserções do Damasceno ao extremo: “...embora o corpo e o sangue de Cristo permaneçam na figura do pão e do vinho, devemos crer que esses são simples figuras e que depois da consagração nada mais são do que o corpo e o sangue de Cristo... e para falar de modo mais maravilhoso, que são claramente a verdadeira carne que nasceu de Maria, sofreu na cruz e ressurgiu dos mortos... " (op. cit. I.2) . Esta opinião foi atacada por Rabano Mauro que criticou fortemente a noção de que o "corpo" da eucaristia era o mesmo que a "carne" do Senhor encarnado. E Ratramno, monge do mosteiro em que Radberto era abade, combateu de tal maneira a doutrina de seu superior que parece até defender a posição "virtualista", isto é, que pela consagração os elementos eucarísticos são feitos eficazes para o crente que os recebe, sem qualquer mudança "real" ou " objetiva". Mas o ensinamento de Pascásio Radberto foi ganhando aceitação geral pela metade do século onze e quando Berengário de Tours em 1050 proclamou sua aderência ao ensino de "João, o escota" (isto é, Escota Erígena, a quem parece que foram atribuídos os escritos de Ratramno), sofreu a oposição de Lanfranco e foi condenado por Roma. Em 1059 ele foi levado a declarar uma afirmação extremamente materiaista da "fé pregada pelo Papa Nicolau II e pelo Sínodo Romano"” (BETTENSON, Henry. Documentos da Igreja Cristã. São Paulo: Aste, 1967, p. 197)

      “Pedro Lombardo, o teólogo mais influente do século doze, manteve a presença "substancial" do corpo de Cristo sob os acidentes dos elementos, mas reconheceu as dificuldades filosóficas que trazia consigo uma descrição tão precisa da "transubstanciação". Repudiou a afirmação (contida na confissão de Berengário em 1059 e em muitos escritores que contra ele escreveram) do rompimento do corpo de Cristo no partir do pão. Parece que o termo "transubstanciação" foi adotado no século doze; mas é impossível dizer-se em que tempo recebeu um sentido técnico, isto é, para afirmar que depois da consagração os elementos não só são "realmente" o corpo e o sangue de Cristo, mas ainda que houve passagem de uma substância para outra. Quando em 1215 o Quarto Concílio de Latrão decreta que "o corpo e o sangue estão verdadeiramente contidos no sacramento do altar sob as espécies do pão e do vinho, sendo Deus..." (Mansi, XXII. 982), é impossível afirmar-se com certeza que esta declaração antecipa a canonização feita pelo Concilio de Trento da doutrina elaborada por S. Tomás de Aquino. Em sentido técnico, a transubstanciação denota uma doutrina que se baseia na filosofia aristotélica tal como era ensinada pelos escolásticos, segundo a qual um objeto físico consiste de "acidentes" – propriedades perceptíveis pelos sentidos – e uma “substância” subjacente na qual inerem os acidentes e que dá ao objeto sua natureza essencial. Segundo a doutrina da transubstanciação, os acidentes do pão e do vinho permanecem depois da consagração, mas sua substância é mudada na do corpo e do sangue de Cristo” (BETTENSON, Henry. Documentos da Igreja Cristã. São Paulo: Aste, 1967, p. 197-198)

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    1. Hi, Jesse. The definition of "cannibalism" in the dictionary is "the act of eating human flesh." Whereas in the Catholic Eucharist they claim to eat "the body, soul, blood and divinity of Christ" (which includes meat, of course), it obviously implies cannibalism. To deny this conclusion is to deny the simple meaning of the dictionary. To say that it is not cannibalism just because in cannibalism one eats "part" of the victim and not the whole victim sounds even more grotesque. If a cannibal decided to eat a whole body, would he cease to be cannibal? Of course not. Cannibalism is eating human flesh, no matter how much meat you eat, if it is too much or too little. As for the claim that it would be immoral to propose this symbolically, it is obviously incorrect, because a symbology does not imply an act practiced. When John describes in the Apocalypse Jesus in the sky in the form of a bloody lamb, no one would attack John for reducing Christ to an animal, because we know that it is a simple symbology. In other words, a symbology does not require it to be taken literally, as opposed to when one asserts that something is literal (such as Catholic Eucharistic transubstantiation).

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