3 de janeiro de 2018

133 O dom de línguas nos Pais da Igreja e na história cristã


Quando falamos sobre os dons espirituais, e sobre o dom de línguas em especial, um questionamento que surge sempre diz respeito à Igreja antiga, que supostamente acreditava que este dom já havia cessado em algum momento no primeiro século. Para muitos, nenhum Pai da Igreja falava em línguas ou tinha contato com cristãos que falavam em línguas, e se fossem transportados para o nosso século iriam se escandalizar com os pentecostais em geral. Em partes, esse tipo de questionamento é devido à fraqueza de argumentos bíblicos quando escrevemos sobre os dons à luz da Bíblia, como fiz sobre as profecias aqui, e sobre o dom de línguas aqui e, mais recentemente, aqui. Ou seja, uma vez que os cessacionistas em geral não possuem amparo bíblico para suas pretensões, investem alto na patrística.

Mas antes de investigarmos o que os Pais escreveram sobre o tema, é preciso considerar que eles eram meros intérpretes da Escritura como nós em nossos dias, destituídos de autoridade apostólica e canônica para estabelecer a doutrina correta, como é o caso da Escritura Sagrada escrita por aqueles que conviveram pessoalmente com Jesus ou com discípulos pessoais de Cristo. Essa é a razão pela qual os Pais divergiram entre si em dezenas de temas teológicos, e não poderia ser diferente no que se refere às línguas. Quando estudamos o que a Igreja antiga tinha a dizer a respeito, lidamos com vários posicionamentos diferentes, entre eles:

(a) O dom de línguas em um sentido espiritual, como no pentecostalismo moderno.

(b) O dom de línguas como línguas terrenas e inteligíveis, que já havia cessado.

(c) O dom de línguas como uma “oração que não se ouve”.

Aqui eu não tenho qualquer pretensão de negar que houve Pais da Igreja que defenderam essas outras posições, mas sim apontar que a crença predominante durante os dois primeiros séculos (ou seja, por aqueles que conviveram mais de perto dos primeiros cristãos) era o da continuidade do dom de línguas como línguas espirituais, provando que essa não foi uma invenção dos pentecostais do século passado.

Podemos começar com Irineu, que escreveu:

"Seus discípulos, recebendo graça dEle, realizam em Seu nome milagres, de modo a promover o bem-estar dos outros homens, de acordo com o dom que cada um recebeu dele. Pois alguns certamente expulsam verdadeiramente os demônios, e aqueles que foram assim purificados dos espíritos malignos frequentemente acreditam [em Cristo] e se juntam à Igreja. Outros têm presciência das coisas vindouras: eles vêem visões e expressões proféticas. Outros ainda, curam os doentes colocando as mãos sobre eles, e eles são totalmente curados. Sim, além disso, como eu disse, até mortos foram ressuscitados, e permaneceram entre nós por muitos anos. E o que mais devo dizer? Não é possível nomear o número dos dons que a Igreja, espalhada pelo mundo inteiro, recebeu de Deus, em nome de Jesus Cristo, que foi crucificado sob Pôncio Pilatos, e que ela exerce dia a dia em benefício dos gentios, não praticando engano contra ninguém, nem aceita qualquer recompensa por causa de tais intervenções milagrosas. Pois, como ela recebeu livremente de Deus, livremente também ministra [para outros]” (Contra Heresias, Livro II, 32:4)

"Nem ela [a Igreja] realiza nada por meio de invocações angélicas ou por qualquer outra arte oculta e perversa; mas, dirigindo suas orações ao Senhor, que fez todas as coisas, em um espírito puro, sincero e direto, e invocando o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, ela está acostumada a fazer milagres para o bem da humanidade e não para levá-los a um erro” (Contra as Heresias, Livro II, 32:5)

Como vemos, Irineu deixa claro que os dons espirituais continuavam em atuação entre os cristãos, e, portanto, o dom de línguas não poderia ficar de fora. Por isso ele escreve:

"Da mesma forma, também ouvimos muitos irmãos na igreja que possuem dons proféticos, e que, através do Espírito, falam todos os tipos de línguas e trazem à luz para o bem comum as coisas escondidas dos homens e declaram os mistérios de Deus, que são também ‘espirituais’ como chama o apóstolo, porque participam do Espírito” (Contra as Heresias, Livro V, 6:1)

As línguas que Irineu diz que os crentes de seu tempo falavam não eram línguas terrenas e inteligíveis que os cristãos falavam por sua própria mente produzindo palavras racionais, mas falavam “através do Espírito” (compare com 1Co 14:2 e 14). Não cabe aqui explanar a refutação a todas as tentativas de reinterpretar o texto de Irineu, como por exemplo a objeção de que ele estivesse se referindo a algo passado que não era mais presente na Igreja, de modo que quem quiser conferir uma ampla refutação a essas contra-argumentações pode ler o excelente artigo de Gary Shogren, disponível aqui (Shogren também refuta o argumento daqueles que tentam associar o dom de línguas pentecostal ao movimento montanista da época de Irineu, provando que Irineu jamais afirmou que os montanistas falavam em línguas, e que o movimento era condenado pela forma que realizavam as profecias “fora de si”, e não por falarem em línguas).

Outro Pai da Igreja que mencionou o dom de línguas em existência no segundo século foi Tertuliano, que escreveu:

“Deixe Marcião então exibir, como dons de seu deus, alguns profetas, que não falem pelo sentido humano, mas com o Espírito de Deus, e como previram as coisas vindouras e manifestaram os segredos do coração; deixe-o produzir um salmo, uma visão, uma oração – apenas deixe que seja guiado pelo Espírito, em êxtase, isto é, em um arrebatamento, sempre que uma interpretação de línguas lhe ocorrer; deixe-o mostrar-me também que qualquer mulher de linguagem altiva em sua comunidade já tenha profetizado entre as irmãs especialmente sagradas dele. Agora, todos esses sinais (de dons espirituais) se encontram do meu lado sem qualquer dificuldade, e eles concordam, também, com as regras, as dispensações e as instruções do Criador; portanto, sem dúvida, o Cristo, o Espírito e o apóstolo pertencem exclusivamente ao meu Deus” (Contra Marcião 5.8)

Note que Tertuliano condena Marcião justamente porque em seu movimento não havia a presença dos dons espirituais que eram visíveis na Igreja cristã da época. Tertuliano desafia Marcião a exibir os dons espirituais, entre eles o de profecia e o dom de interpretação de línguas do qual Paulo fala em 1ª Coríntios 12:10. É claro que Tertuliano não desafiaria Marcião a isso se não fosse pelo fato de a Igreja cristã ainda manifestar esses dons espirituais em seus dias (de outra forma, o próprio desafio seria sem sentido). Além de provar a manifestação e continuidade dos dons na Igreja do segundo século, isso nos leva a uma reflexão interessante: para Tertuliano, um dos sinais de uma igreja verdadeira é justamente a presença dos dons espirituais (que os cessacionistas negam para os dias de hoje).

Justino Mártir, embora não mencione expressamente o dom de línguas, deixa claro que na Igreja da época havia a permanência de todos os dons espirituais:

"Porque os dons proféticos permanecem conosco até o presente momento" (Diálogo com Trifão, 39)

“Hoje é possível ver entre nós mulheres e homens que possuem dons do Espírito de Deus” (Diálogo com Trifão, 88)

Hipólito de Roma também testemunhou a continuidade do dom de línguas em seus dias:

“Não é necessário que cada um dos fiéis expulse demônios, ou que ressuscite os mortos, ou que fale em línguas; mas um único dom concedido já é vantajoso para a salvação dos incrédulos” (Constituições dos Santos Apóstolos, Livro VIII, 1)

Mas é em Orígenes que temos provavelmente a evidência mais forte. Há uma citação corrente em muitos blogs católicos apresentada contra o dom de línguas pentecostal, em que Orígenes teria dito:

“A estas promessas, são acrescentadas palavras estranhas, fanáticas e completamente ininteligíveis, das quais nenhuma pessoa racional poderia encontrar o significado, porque elas são tão obscuras, que não têm um significado em seu todo” (Contra Celso, Livro VII, 9)

Eles dizem que Orígenes disse isso contra Celso (como se Celso falasse em línguas estranhas), quando na verdade foi justamente o contrário. Este trecho é um em que Celso usa para atacar o Cristianismo, descrevendo aquilo que ele chamava de “palavras ininteligíveis”, proferidas pelos cristãos de seu tempo. Esperaríamos que se essa descrição fosse falsa, Orígenes como cristão rebateria com veemência uma acusação dessas (como fazia em todas as outras partes em que Celso atacava o Cristianismo com alguma distorção ou mentira), mas o que chama a atenção é justamente o fato de que Orígenes em momento nenhum nega que os cristãos falavam mesmo “línguas ininteligíveis”, como Celso descreve, embora dedique um capítulo inteiro para refutar as outras acusações dentro do mesmo contexto.

Ou seja, o texto que eles usam para refutar o dom de línguas pentecostal prova justamente o contrário do que eles pretendem, pois colocam na boca de Orígenes uma acusação que na verdade veio de Celso, e que o próprio Orígenes não contesta por saber que era verdade. Portanto, o dom de línguas estranhas entre os cristãos da época era algo tão conhecido e notório a ponto de até um pagão não-cristão (Celso) conhecê-lo bem, constituindo-se assim uma evidência forte em favor das línguas espirituais, em vez de meros idiomas terrenos em uma linguagem puramente humana e inteligível (que não causaria espanto a ninguém).

Curiosamente, foi a partir da época de Orígenes, que viveu entre finais do século II e começo do III, que o dom de línguas (e os dons espirituais em geral) começaram a se tornar mais raros. Ele mesmo escreve:

“O Espírito Santo deu sinais de Sua presença no início do ministério de Cristo, e após Sua ascensão Ele deu ainda mais; mas desde então esses sinais diminuíram, embora ainda haja vestígios de Sua presença em alguns que tiveram suas almas purificadas pelo Evangelho e suas ações reguladas por sua influência” (Contra Celso, Livro VII, 8)

Mesmo assim não houve uma “cessação” completa, apenas foi se tornando cada vez menos comum e mais esporádico. Há evidências de que Patrick, no século V, falou em línguas estranhas, como mostra a Confissão de S. Patrick, que diz:

“E outra noite – Deus sabe, eu não sei, se foi dentro de mim ou ao meu lado – a maioria das palavras eu ouvi e não entendi, exceto no final do discurso que foi representado assim: ‘Ele que deu a vida por você, ele é quem fala dentro de você’. E assim despertei, alegre. (...) E em uma segunda ocasião eu o vi orando dentro de mim, e eu estava como se fosse dentro de meu próprio corpo, e eu o ouvi acima de mim – isto é, acima do meu eu interior. Ele estava orando poderosamente com suspiros. E no decorrer disto, fiquei espantado e me perguntando, e pensei sobre quem poderia ser quem estava orando dentro de mim. Mas no final da oração me foi revelado que era o Espírito. E então, acordei e me lembrei das palavras do apóstolo: ‘Do mesmo modo, o Espírito nos ajuda na nossa fraqueza, pois não sabemos como devemos orar. Mas o próprio Espírito intercede por nós com suspiros inexprimíveis [Romanos 8:26]’. E novamente: ‘O Senhor nosso advogado intercede por nós [Romanos 8:27]’” (Confissão de S. Patrick, Seções 24 e 25)

Note que Patrick estranhou o acontecimento, o que mostra que em sua época o dom de línguas espirituais era realmente raro, e foi se tornando cada vez mais raro até por volta da época da Reforma, quando vemos alguns grupos cristãos falando em línguas, entre eles os morávios e os quakers. A História da Igreja Cristã, de Philip Schaff, registra que o falar em línguas ocorreu entre os huguenotes, entre os primeiros quakers e entre os metodistas no renascimento irlandês de 1859. A Enciclopédia Britânica afirma que a glossolalia (i.e, o falar em línguas) reapareceu nos avivamentos cristãos de todas as eras, inclusive nos “mendigos” do século XIII e entre os jansenistas.

Há quem sustente que a mesma experiência ocorreu com grandes líderes cristãos de tempos posteriores como George Withefield, D. L. Moody, entre pietistas e até reformadores, mas de forma mais concreta temos o testemunho de Charles Finney, que relatou sua experiência em sua autobiografia: "Recebi um grande batismo no Espírito Santo... não sei se deveria dizer, mas não pude me conter e balbuciava palavras inexpressivas do meu coração”. O mesmo ocorreu no famoso “avivamento da rua Azusa” (de 1906), que é tido como o início do pentecostalismo moderno, a partir do qual há hoje milhões de cristãos carismáticos que falam em línguas e manifestam outros dons espirituais, à exemplo dos primeiros cristãos. O fato de haver um reavivamento em larga escala nestes últimos dias que antecedem a volta do Senhor não deve nos causar surpresa, pois Joel já profetizava a este respeito há muito tempo (Jl 2:28-32).

Paz a todos vocês que estão em Cristo. 

Recomendado: Maria, a Arca da Aliança e os Pais da Igreja (Artigo novo do Bruno Lima)

Por Cristo e por Seu Reino,


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133 comentários:

  1. Bom dia, como o blog HC saiu do ar, estarei deixando aqui uma resposta sobre a virgindade perpétua de Maria. Vou te apresentar versículos bíblicos que provam que Maria nasceu sem pecado e permaneceu sem pecado para sempre.
    Nós dois concordamos que Jesus é puro, portanto sem pecado, ótimo. Veja o que é dito em Jó 14, 4: "Quem fará sair o puro do impuro? Ninguém." Portanto, sendo Jesus puro, não poderia ter nascido de uma pecadora, uma impura. O puro só pode sair do puro, como está dito. Há outra passagem semelhante a essa, em Sabedoria 1, 4: "A Sabedoria não entrará na alma perversa, nem habitará no corpo sujeito ao pecado;". Podemos inferir, a partir de 1 Coríntios 1, versículos 24 e 30, que a Sabedoria é Cristo. Portanto, Cristo não poderia habitar em um corpo sujeito ao pecado. Mas como eu sei que você não irá aceitar esse argumento por considerar o Livro da Sabedoria um "apócrifo" (para ver que os Deuterocanônicos são inspirados basta ler o capítulo 36 de Jeremias, que fala como Baruc escreveu seus rolos sob a inspiração do Senhor), vamos adiante.
    No Novo Testamento, Jesus diz assim: "Ou dizeis que a árvore é boa e seu fruto bom, ou dizeis que é má e seu fruto, mau; porque é pelo fruto que se conhece a árvore." (São Mateus 12, 33). Ora, Jesus é o fruto do ventre de Maria, como diz Isabel em São Lucas 1, 42. Sendo assim, se "pelo fruto é que se conhece a árvore", como pode ser Jesus puro e Maria pecadora? Ele mesmo está deixando isso evidente.
    Pra finalizar, mostro que Maria permanece santa para sempre. O Salmo 92, 5 (93 na sua Bíblia) diz: "Vossas promessas são sempre dignas de fé, e a vossa morada, Senhor, é santa na duração dos séculos."
    Veja, esse versículo pode ter múltiplas interpretações, mas é certo que Jesus fez morada em Maria quando se encarnou em seu seio, quando o Verbo se fez carne. Então, tendo habitado Cristo em Maria, esse corpo é santo na duração dos séculos.
    Tudo isso mostra que a passagem de Romanos 3, 23 não pode ser interpretada ao pé da letra. Quando é dito "todos pecaram", está-se falando de uma maneira geral, toda a humanidade se corrompeu pelo pecado. É lógico que o autor não iria falar: "todos, menos Maria, pecaram". Ele foi abrangente, mas não quer dizer que não há exceções ao longo da história. Sabemos, por exemplo, que o pecado de Isaías foi apagado para ele continuar na presença do Senhor, como vemos em Isaías 6, 5-7. Por isso, não dá pra levar "todos" de maneira total, sem se excetuar nada. Também é dito em 1 Coríntios 15, 22 que "todos morrem em Adão", mas sabemos que nem todos foram reféns do pecado de Adão e receberam a morte, pois Elias e Enoque não morreram, mas foram assuntos ao céu. Eles não podiam estar reféns do pecado, porque é afirmado em Apocalipse 21, 27 que nada de profano ou pecaminoso entrará no Reino dos Céus.
    E você também disse sobre a oferta de Maria no templo ser uma prova de que ela era pecadora. Ora, ela fez os dois sacrifícios para cumprir a Lei. O próprio Cristo nasceu submetido à Lei (Gálatas 4, 4), mesmo sem precisar.
    Fique à vontade para me responder ou não, sei de suas ocupações. Abraços!

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    1. Olá, me desculpe, mas esses textos tirados bisonhamente do contexto na verdade só provam aquilo que eu sempre venho dizendo aqui: católicos não fazem exegese bíblica (isto é, não extraem do texto algo que está ali), nem sabem o que é isso, mas apenas “eisegese” (que é quando se tenta enfiar a todo o custo uma ideia para dentro do texto que não está ali). Absolutamente zero desses textos fala de Maria, mas todos são pervertidos de uma maneira ou de outra para tentar defender o indefensável torcendo os textos bíblicos, fazendo contorcionismos pseudo-exegéticos e malabarismos de Cirque du Soleil. É por isso que os teólogos católicos mais sérios simplesmente assumem que tal doutrina (e muitas outras) não estão na Bíblia mas devem ser cridas mesmo assim por causa da “tradição” da Igreja e do “desenvolvimento” da doutrina. Mas lastimavelmente surgiu essa “nova apologética” católica que é simplesmente desonesta, que só serve para manipular os textos e distorcê-los de uma forma grosseira e bizarra (felizmente há muita gente inteligente por aí que percebe essas manobras e tem abandonado o catolicismo ao se dar conta disso).

      “Nós dois concordamos que Jesus é puro, portanto sem pecado, ótimo. Veja o que é dito em Jó 14, 4: "Quem fará sair o puro do impuro? Ninguém."

      Primeiro que este texto não está falando de Maria, segundo que se o raciocínio for aplicado a ela, então PELA MESMA RAZÃO teria que ser aplicado também à mãe dela (ou seja, a “santa Ana”, suposta mãe de Maria, teria que ser imaculada sem pecado para ter gerado um ser que também é imaculado sem pecado, pois “o puro não pode sair do impuro”). E este raciocínio seria levado adiante até Eva, ninguém teria pecado!

      “Há outra passagem semelhante a essa, em Sabedoria 1, 4...”

      Desculpe, mas nem perco tempo lendo livro apócrifo, se for pra ler livro de ficção eu leio O Senhor dos Anéis (que é muito melhor).

      “Mas como eu sei que você não irá aceitar esse argumento por considerar o Livro da Sabedoria um "apócrifo" (para ver que os Deuterocanônicos são inspirados basta ler o capítulo 36 de Jeremias, que fala como Baruc escreveu seus rolos sob a inspiração do Senhor)”

      E da onde você tirou que os rolos de Baruque mencionados em Jeremias se referem precisamente ao apócrifo de Baruque que vocês acrescentaram à Bíblia de vocês? É por isso que eu digo que a apologética católica está completamente defasada, pois até mesmo as autoridades católicas reconhecem que o apócrifo de Baruque foi escrito entre os séculos I e II a.C, ou seja, muito depois da época de Jeremias. Trata-se apenas de uma falsificação atribuída a Baruque, por isso o termo “apócrifo” (falso). Ninguém sabe o conteúdo original dos rolos de Baruque, da mesma forma que ninguém conhece o conteúdo da carta de Paulo aos Laodicenses, embora também haja uma falsificação conhecida correndo por aí se dizendo ser essa carta.

      “No Novo Testamento, Jesus diz assim: "Ou dizeis que a árvore é boa e seu fruto bom, ou dizeis que é má e seu fruto, mau; porque é pelo fruto que se conhece a árvore." (São Mateus 12, 33). Ora, Jesus é o fruto do ventre de Maria, como diz Isabel em São Lucas 1, 42. Sendo assim, se "pelo fruto é que se conhece a árvore", como pode ser Jesus puro e Maria pecadora? Ele mesmo está deixando isso evidente.”

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    2. Mais um texto que nada fala de Maria, e em Mateus 12:33 Jesus em momento nenhum disse que o fruto da árvore boa é uma coisa “imaculada” (sem pecado por toda a vida), mas apenas algo “bom”, isso poderia ser aplicado a qualquer servo de Deus sincero e verdadeiro que seja limpo pelo sangue de Jesus e justificado pela fé nEle, não só a Maria. Isso sem falar que sua interpretação é uma distorção bizarra do texto, pois a “árvore” em questão se trata dos próprios indivíduos, que se forem bons produzirão bons frutos (por exemplo, se eu for bom por dentro, irei produzir boas obras, fazer o bem ao próximo, amar meus inimigos e etc), é só isso que o texto está dizendo, não tem nada a ver com dar à luz a uma outra pessoa, é simplesmente surreal alguém interpretar este texto assim. É por isso que os versos seguintes (que você recortou e amputou do texto, como fez com todos os outros) dizem:

      “Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom, do seu bom tesouro, tira coisas boas, e o homem mau, do seu mau tesouro, tira coisas más. Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado” (Mateus 12:34-36)

      Alguma coisa de Maria aqui? Só na cabeça de alguém bem desespero em torturar a Bíblia até que ela diga um dogma mariano. Jesus culpava os fariseus por dizerem coisas más porque são maus por dentro, e não porque a mãe deles era boa ou má. É realmente inacreditável até onde vocês são capazes de chegar para perverter as Escrituras!

      “Pra finalizar, mostro que Maria permanece santa para sempre. O Salmo 92, 5 (93 na sua Bíblia) diz: "Vossas promessas são sempre dignas de fé, e a vossa morada, Senhor, é santa na duração dos séculos."

      Mais um texto que não tem nada a ver com Maria, o texto apenas diz que a morada do Senhor é santa, é ÓBVIO que está se referindo ao lugar celestial onde Deus habita. Sinceramente, se for pra fazer malabarismo desse jeito e aplicar tudo a Maria em qualquer contexto como bem entender, eu posso colocar qualquer doutrina que eu quiser na Bíblia, basta ter bastante imaginação e criatividade, pena que não é assim que se interpreta as Escrituras, não se tira dali qualquer coisa que você imagine que possa validar a sua doutrina, mas sim apenas o que o texto em si está dizendo. O problema é que vocês não podem agir assim, não podem extrair do texto apenas o que o texto diz senão nenhuma doutrina católica estará na Bíblia, por isso precisam usar a criatividade sem limites.

      “Sabemos, por exemplo, que o pecado de Isaías foi apagado para ele continuar na presença do Senhor, como vemos em Isaías 6, 5-7. Por isso, não dá pra levar "todos" de maneira total, sem se excetuar nada”

      What??? Agora Isaías nasceu sem pecado e é imaculado também??? Essa eu não sabia. Acho que nem o Vaticano sabia.

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    3. Vamos deixar uma coisa clara aqui: se o seu propósito é provar que é possível usar a criatividade e a imaginação para forçar textos a dizerem o que você quer ouvir, quanto a isso eu não discuto, e até concordo, você pode sim fazer o malabarismo que quiser em cima dos textos para “provar” qualquer coisa que ache possível (embora eu conheça bem de quem veio esses argumentos aí). Seu subjetivismo é seu e você faz o que quiser com ele. Eu não me meto nisso. Agora, se o seu objetivo é provar que os textos OBJETIVAMENTE estão dizendo que Maria nasceu e viveu a vida toda sem pecado, e que é isso que se extrai dos textos por meio de uma exegese séria e honesta, e que era essa a intenção dos autores a escreverem aqueles textos, aí não tem jeito mesmo, seria piada, nem a sua Igreja interpreta esses textos desse jeito, me passe aí qualquer documento oficial da Igreja Romana alegando que esses textos sustentam a imaculada conceição, basta mostrar um documento oficial interpretando ESSES textos DESSE jeito que eu me rendo. A sua Igreja pode ser tremendamente ruim para interpretar a Bíblia, mas NUNCA chegaria a esse ponto vergonhoso e vexatório, “level Paulo Leitão”.

      A verdade é que vocês adoram atacar o livre exame, mas só quando é usado por protestantes, pois vocês são os que mais adoram fazer esse tipo de malabarismo textual tirados da sua própria cabeça sem qualquer autorização papal ou interpretação oficial da Igreja (há poucos séculos isso seria razão prestar contas à Inquisição, pois os leigos eram proibidos de fazer interpretação da Bíblia, mesmo quando católicos). É como o Bruno Lima disse: “A questão é que os católicos romanos não estão preocupados em descobrir o que a Bíblia realmente diz. No fim do dia, o que importa é o que a Igreja ensina, então eles primeiro assumem que a Igreja está certa e depois procuram na Escritura justificativas para aquele ensino”.

      Talvez essa seja a nossa maior diferença: eu pego um texto e interpreto o que o texto diz, com a mente aberta para a verdade para onde ela me levar, enquanto vocês pegam um texto e pensam em que forma que podem distorcê-lo e pervertê-lo até que ele diga o que você quer ouvir. A “verdade” de vocês já está definida de antemão e então tudo o que resta é buscar pretextos para justificá-la, por mais absurdos que sejam. É o velho método de “torturar palavras”, a mesma coisa que espíritas fazem para provar reencarnação e que os gnósticos faziam para apoiar seus devaneios.

      Abs.

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    4. Olá Lucas.
      Gostaria de acrescentar ao amigo católico que o próprio magisterio da ICAR reconhece, sem nenhum problema, que os dogmas marianos são oriundos da tradição (que tem o mesmo peso da Bíblia - na perspectiva católica) e não das Escrituras. Portanto, amigo, caso não queira passar vergonha novamente recomendo que estude o catecismo (e a tradição) para não sair por aí dizendo o que sua igreja não diz.

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    5. Exato, a própria Enciclopédia Católica não tem problema em reconhecer isso:

      "Nenhuma prova direta, ou categórica e estrita do dogma pode ser encontrada nas Escrituras. É indicado, antes, que estas ideias foram um desenvolvimento gradual dentro da igreja" (A Enciclopédia Católica, vol. 7, p. 675 art. "Imaculada concepção”)

      O problema não são nem os teólogos católicos, mas essa apologética católica moderna, rasteira e desonesta em essência, que enfiou na cabeça que precisa "provar os dogmas da Igreja pela Bíblia", e como obviamente a Bíblia não diz nada disso em lugar nenhum eles acabam pagando mico, passando vergonha distorcendo textos ridiculamente, com interpretações de cambalhota que não dão nem pra serem levadas a sério. É claro que essa nova apologética surgiu por uma razão muito simples e óbvia: cada vez mais católicos abandonam essa religião para se converter a Cristo lendo a Bíblia, a despeito do fato de eles pregarem que a Sola Scriptura é falsa, então lhes restou apelar a todos os tipos de desonestidades para distorcer e perverter a Bíblia o quanto podem, a fim de manter esses fieis na Igreja.

      Assim, quando um deles está pensando em abandonar o catolicismo romano, é só dizer: "Olha só, veja quantos versículos fundamentam esse e aquele dogma católico", e então listam um monte de textos isolados e pifiamente interpretados que basta o cidadão ir lá conferir para ver que não tem nada a ver nem com o tema sugerido, mas como a maioria desses leigos tem preguiça de pesquisar e se aprofundar nas Escrituras acabam engolindo qualquer asneira que inventam (um exemplo é o cidadão acima com esses textos maravilhosos...).

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    6. Em que momento eu disse: "a crença sobre a Imaculada Conceição de Maria está totalmente fundamentada nas Escrituras"? Conheço muito bem o CIC e a origem dos dogmas marianos, apenas o que fiz foi apresentar versículos que podem explicar porque Maria é livre de pecado. Não li a Bíblia e saí por aí proclamando verdades, escrevendo 95 teses, atacando a Igreja ou qualquer outra coisa, nunca disse que estou certo em minhas conjecturas ou que eu sou infalível em interpretar textos bíblicos, como o caro Lucas parece achar sobre si mesmo. Para a minha própria crença, eu não precisaria provar nada biblicamente, porque aceito o que a Igreja "coluna e sustentáculo da Verdade" diz. Se eu só acreditasse no que está na Bíblia, seria protestante, não católico. Do mesmo modo, não espero convencer vocês de nada, porque respeito a crença de vocês e sei que só acreditariam se estivesse escrito com todas as letras: "Maria de Nazaré, mãe de Jesus Cristo, nasceu fora do pecado e permaneceu sem o mesmo até a duração dos séculos, e todos viveram felizes para sempre" (como se Bíblia não fosse repleta de metáforas). A única coisa que eu procurei foi ter uma conversa saudável para buscar a evolução na fé.
      Lucas, não é muito humilde tentar menosprezar a todo custo os argumentos da outra pessoa, como você sempre faz. "Malabarismo", "Paulo Leitão", "piada", "defasado", sempre as mesmas classificações, como se os protestantes fossem os donos da verdade absoluta. O único versículo para o qual você apresentou um argumento satisfatório, e isso eu reconheço, foi o primeiro. Para os outros, você só repetiu: "interpretação absurda", "não quer dizer nada".
      Minha intenção não é converter ninguém, nem convencer alguém de que minhas crenças estão certas. Conheci seu blog há pouco tempo, e estou lendo os seus artigos e refletindo criticamente sobre eles, comparando com outras fontes católicas, para aprender mais sobre a minha própria fé. Estou praticando a "Aletheia", como diriam os gregos, a busca da verdade. Segundo minhas crenças, julgo conhecer a verdade, e quero me aprofundar mais nela. Portanto, obrigado pela resposta e por ter dedicado seu tempo a me responder, não pretendo tomar mais do mesmo. O importante é seguirmos com nossa fé em Cristo e praticando o bem. Um ótimo ano para você e para todos.

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    7. "Se eu só acreditasse no que está na Bíblia, seria protestante, não católico"

      Pra mim isso já encerra todo o debate e dispensa qualquer discussão. Pra que continuar debatendo sobre versos bíblicos se você mesmo, como católico, admite que a análise exclusiva da Bíblia conduz ao protestantismo? É por isso que eu disse: seria muito mais honesto da parte de vocês se simplesmente fizessem como os teólogos e historiadores católicos mais sérios e admitisse: "Ok, essa doutrina não está na Bíblia, mas cremos por causa da tradição (romanista)", ou "por causa do que a Igreja (Romana) diz", em vez de pegar meia dúzia de versos isolados que nem sequer falam de Maria e tentar forçar uma interpretação em cima deles que você mesmo sabe que não é uma exegese sólida.

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    8. Deu até pena do católico que quis debater teologia com você Lucas,foi um massacre!!...Eu costumo dizer que católicos são analfabetos teológicos, mesmo os mais cultos.

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    9. O problema maior na verdade não é o "analfabetismo teológico", pois até existem padres que ficam anos e anos nos seminários católicos aprendendo todo o tipo de filosofia e teologia (como dizia o ex-padre Aníbal, "estudávamos tudo sobre a Bíblia, menos a Bíblia"). O problema principal é que eles não tem a mente aberta para a verdade para onde ela levar, na verdade tem até medo da verdade, então se acomodam com meia dúzia de versículos isolados e deturpados que eles próprios sabem que não provam nada, em vez de simplesmente reconhecer que a religião deles não é bíblica. Essa é a consequência da famosa e terrível doutrina de Inácio de Loyola, de que "se a Igreja disser que o branco que eu vejo na verdade é preto, eu renuncio à razão para acatar a determinação da Igreja". E é óbvio que debater com alguém com uma visão fechada dessas é totalmente inócuo e sem sentido, seria como tentar convencer que o branco é branco para alguém que já se fechou no pensamento de que é preto.

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  2. Sabedoria 1, 4: "A Sabedoria não entrará na alma perversa, nem habitará no corpo sujeito ao pecado;".

    Comentário:
    Sinceramente o máximo que podemos extrair do texto seria uma referência direta ao próprio corpo de Cristo e não o ventre de Maria.
    O texto não fala de ventre e nem usa o termo gerado.
    Logo, pode estar apontando para o próprio corpo da Sabedoria. O corpo de Jesus de fato não era sujeito ao pecado.
    Na Bíblia dos sonhos do católico em questão está escrito:

    Sabedoria 1, 4: "A Sabedoria não entrará na alma perversa, nem terá o corpo gerado no Ventre sujeito ao pecado;".

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    1. Pois é, eles são tão hábeis na arte de manipular e distorcer textos que conseguem fazer isso até com os livros apócrifos que eles mesmos adicionaram à Bíblia. É level hard.

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    2. "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas CRISTO VIVE em mim."
      Gálatas 2:20

      "A Sabedoria não entrará na alma perversa, nem habitará no corpo sujeito ao pecado;".

      Pronto, Lucas. Acabo de provar pra vc que o apóstolo Paulo era imaculado.
      CHORE

      Chore ainda MAIS por VC não ser imaculado também!

      "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus HABITA em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele."
      Romanos 8:9

      SALVE MARIA!

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    3. Hahahaha

      Exato, por isso que eu disse que se fizer um esforço, você consegue colocar QUALQUER COISA na Bíblia usando a metodologia do nosso amigo católico que comentou acima. Até que Paulo era imaculado também, porque Cristo vive nele e Cristo é sem pecado, então ele teria que ser sem pecado também (esse pensamento é obviamente sofista, mas segue a mesma estrutura dos "argumentos marianos" que o cara tem a nos oferecer). Parece muito difícil oferecer um texto que diga que Maria nasceu sem pecado ou reconhecer que esse texto não existe...

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  3. Banzoli, o que você pensa sobre a depressão? O que a Biblia diz sobre este mal, você já teve depressao ou pensou que a vida não tem sentido?

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    1. Eu nunca entrei em depressão mas conheço pessoas que sofrem deste mal. Ao meu ver é uma doença como qualquer outra, que pode e deve ser tratada com remédios, embora saibamos que esses remédios apenas aliviam, mas não resolvem o problema.

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  4. Obrigado lucas por ter refutado os presbiterianos que tanto acusam as orações em linguas

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  5. Lucas o que você entendeu nesse vídeo do Yago Martins? https://www.youtube.com/watch?v=gqPj90zLMOA

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    1. Ele só disse para considerarmos os argumentos, em vez de elegermos gurus para seguir acriticamente e tomar esses debates como se fossem brigas de torcida. O que infelizmente não vai adiantar nada, pois a mentalidade de "briga de torcida" e de seguir "gurus infalíveis" já está enraizada demais em grande parte do povo.

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  6. A doutrina catolica pode ser resumida nas palavras do patrologista sobre ambrosio.
    "Para Ambrósio, o céu é uma região de descanso supremo, luz eterna e glória indestrutível. Contudo, seu pensamento principal diz respeito à comunhão bendita que os santos têm uns com os outros e com Deus, e ao amor mútuo, solidário, que os une. Aliás, o que eles experimentam não é uma simples união com Deus, mas uma ligação a Ele. A perspectiva de um encontro e uma conversa com os santos no céu desempenhou, nessa época, um papel importante nas idéias ocidentais sobre a vida futura. Vemos essa característica em Ambrósio, e Jerônimo tratou disso em detalhes, com grande eloqüência, assinalando que no céu ele se encontraria com a virgem bendita, com Ana e com outros bem-aventurados que não havia conhecido na terra. Embora alcance sua plenitude após a morte, essa intimidade entre os santos e seus admiradores fervorosos na terra começa já agora(idem,pag372)

    Um fenômeno de grande importância no período patrístico foi o surgimento e o desenvolvimento gradual da veneração dos santos, especialmente da bendita virgem Maria. Seu pleno florescimento e as definições formais que a sancionaram pertencem a períodos posteriores não cobertos por este livro, mas as etapas iniciais requerem um breve exame. No início de tudo, havia a devoção aos mártires, os heróis da fé que os cristãos consideravam já estarem na presença de Deus, gozando de glória aos olhos divinos. Em primeira instância, isso assumiu a forma de uma preservação reverente de suas relíquias e da celebração anual de seus “aniversários”. Uma vez que eles já estavam com Cristo na glória, daí até a busca da ajuda e das orações dos mártires era um pequeno passo(antes do seculo 3), e no terceiro século acumulam-se provas da crença no poder intercessório deles. Ao defender tal ponto de vista, Orígenes apelava para a comunhão dos santos, propondo a idéia de que a igreja no céu auxilia, com suas orações, a igreja na terra.(idem,374) Alguns indícios da doutrina da comunhão dos santos aparecem nos escritos de Hilário, como quando ele se refere à igreja “quer no sentido daquela que agora existe, quer com relação àquela que consiste nos santos que ainda virão a existir”. Niceta de Remesiana, seu contemporâneo, define expressamente a igreja como “a
    congregação de todos os santos”, declarando que um dos benefícios que os fiéis desfrutam nela é a “comunhão com os santos”, isto é, com os apóstolos, profetas, mártires e os justos de todas as épocas. Mas Hilário também tinha profunda consciência de que, em sua constituição presente, a igreja é uma sociedade mista que contém tanto pecadores (in ecclesia quidem manentes, sed ecclesiae disciplinam non tenentes) quanto homens bons. (idem,310)

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    1. Cara eu sei que você é o mesmo sujeito católico do comentário acima, eu até liberei esse seu comentário mesmo sendo um control c + control v da Enciclopédia Católica (e eu não permito cópias aqui), mas realmente, o que você pretende provar com isso? Você está apenas repetindo aquilo que eu SEMPRE disse, inclusive o que eu afirmei expressamente no meu livro "Os Pais da Igreja contra a Imortalidade da Alma", onde escrevo que a partir do momento em que os Pais do final do século II passaram a adotar a crença na imortalidade da alma, começou a surgir a crença de que essas almas lá do "além" estão intercedendo por nós. Nada nesse texto que você copiou da Enciclopédia Católica sem citar a fonte diz algo contrário a isso, muito pelo contrário, ela afirma explicitamente que:

      (a) "Um fenômeno de grande importância NO PERÍODO PATRÍSTICO foi o SURGIMENTO e o desenvolvimento GRADUAL da veneração dos santos..."

      Aqui já mostra que a crença na intercessão dos santos não vem da Bíblia ou da era apostólica, mas que SURGIU no PERÍODO PATRÍSTICO, e mesmo assim não foi tudo de uma vez só como na Igreja Romana atual, mas sim um desenvolvimento "GRADUAL", ou seja, aos poucos. A Igreja foi se corrompendo doutrinariamente aos poucos com o passar do tempo, isso é tudo que os protestantes sempre afirmaram, não sei de que forma esse trecho te favorece.

      (b) "...e no terceiro século acumulam-se provas da crença no poder intercessório deles"

      Só no terceiro século? Mas não era uma crença ensinada desde o século I diretamente por Jesus e pelos apóstolos?

      Sério mesmo, eu não entendi por que copiar aqui um trecho que só confirma tudo o que eu digo. Talvez tenha sido na intenção de me ajudar, mas eu não preciso (com todo o respeito). Vi que você copiou e colou um outro textão de uma página da internet, sinceramente eu nem li, não vou perder tempo com textos copiados que você não teve nem o trabalho de perder tempo produzindo, tenha personalidade e traga os seus próprios argumentos, já que eu tenho que perder tempo refutando por conta própria e digitando um monte de coisa enquanto você só precisa teclar "control c" e "control v" e finish.

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    2. O SURGIMENTO e DESENVOLVIMENTO GRADUAL da trindade se não se deu de inicio,porém não significava que estava em contraste com a escritura,o mesmo se ver com o desenvolvimento eucarístico que foi tornando-se solido a partir do terceiro seculos com nomenclaturas e um amadurecimento teológico daquilo que estava já contido na escritura e na tradição.Por exemplo as oraçãos aos mortos já existia em documentos antigos como didaque na qual se oferecia as oraçãos eucaristicas aos falecidos,porém com o passar do tempo surgiu de forma gradual aquilo que era de inicio existente,mesmo que de forma explicita.Outra comparação era a trindade que se desenvolveu gradualmente surgindo de uma discursão teólogica e estudado da tradição e da escritura para dá luz a doutrina santa do PAi do Filho e do Espirito santo em una comunhão.

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    3. Cara, pare de mentir. É sério, a quem você pensa que engana? "As orações aos mortos já existia em documentos antigos como didaque na qual se oferecia as orações eucaristicas aos falecidos". Eu já li a Didaquê várias vezes e por isso já sabia que isso era uma mentira descarada, mas só pra confirmar fui ler de novo e adivinha: não tem mesmo. O leitor interessado em averiguar a verdade por conta própria é só ler a Didaquê aqui:

      http://www.monergismo.com/textos/credos/didaque.htm

      Não apenas a oração pelos mortos não é mencionada na Didaquê, mas também nenhuma doutrina católica romana. Eu sei que com os leigos católicos com preguiça de pesquisar e ler você deve enganá-los muito bem (isso se você não for um dos enganados, que só sabe repetir o que te passaram sem jamais pesquisar na fonte), mas aqui você não engana ninguém. Tampouco sua analogia faz algum sentido, pois Tertuliano já usava o próprio termo "trindade" no segundo século, e Inácio no final do primeiro já falava da divindade de Cristo. O que os concílios fizeram foi sistematizar uma doutrina já existente, e não criar uma doutrina nova (como os dogmas católicos tardios).

      Mas eu não vou perder tempo debatendo nada com você porque já vi que é desonesto, inventou uma citação da Didaquê que não existe, pensa que aqui tem bobo que vai cair em qualquer pilantragem que você disser, aqui não é o que você pensa não. Fui ler o tal texto que você disse que não copiou, joguei no Google e adivinha: são exatamente OS MESMOS trechos citados ipsis litteris em um monte de site católico por aí. E ainda quer que eu acredite que você já leu JND Kelly, quando nem a Didaquê (que é muito menor) você leu (e caiu no conto do vigário).

      Vou fazer o seguinte: ou você admite que MENTIU sobre a Didaquê para tentar enganar os trouxas, ou não vou publicar mais nenhum comentário seu neste blog. Honestidade é o mínimo que se exige quando se discute qualquer assunto.

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    4. Anônimo escreveu: "...O SURGIMENTO e DESENVOLVIMENTO GRADUAL da trindade não se deu de inicio...".

      Se não for uma armadilha para atrair quem estava se abstendo de comentar, então essa foi a confissão de um católico das mais descaradas. O cara deve estar explodindo e pede ajuda.

      Tem mais alguma nesse estilo?

      Se não tem, então volte no ano que vem. Estou ocupadissimo com quatro pessoas: o Sr Ratzinger, o Pai, o Filho e o Espirito Santo.

      Amém!

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    5. Alom vc não crer na trindade né,mas vc nunca leu um livro de patristica,se tivesse lino perceberá que JEsus é Deus

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    6. O que você quer dizer? Como que Jesus é Deus? Que negócio é esse de Jesus de Nazaré ser Deus? Deus é o Pai! O filho não pode ser Deus. Que diacho vocês estão tentando dizer?

      Francamente! Nem Paulo dizendo em 1 Timóteo 2:5 que " há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo" os evangélicos acreditam.

      Um só Deus e um mediador entre esse UM SÓ DEUS e os homens. O mediador é Jesus Cristo. Ele não pode ser o UM SÓ DEUS do texto. Não existe dois Deus!

      CAIU A FICHA?

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    7. Estou curioso para saber o que vai sair sobre Ratzinger. Falta muita coisa, Alon?

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    8. Sim, ainda falta muita coisa. Aquilo gerou muito material. Por outro lado o meu tempo é curto. Meu trabalho não me deixa escrever como antes.

      Estou lendo o livro do Ratzinger e tenho mais dois para ler. Mas eu vou lhe dar uma palhinha aqui do que vem no artigo NOVO.

      Ratzinger faz algumas afirmações no livro onde ele deixa algumas pistas que nos faz perceber a inautenticidade de Mateuss 28:19 na sua forma trinitaria. Vou das apenas um exemplo aqui.

      Numa dessas afirmações - não citada nas discussões trinitarias comentadas aqui e nem em site algum, encontra-se um texto onde o Cardeal declara de forma explícita que o credo foi baseado em Mateus 28:19:

      "... Nas considerações introdutórias tivemos ocasião de ver que o Credo se originou do tríplice interrogatório batismal sobre a fé no Pai, Filho e Espírito, que, por sua vez, se baseia na fórmula do batismo, testemunhada e transmitida em Mateus (28,19)". Pagina 34, Introdução ao Cristianismo - Versão online, PDF.

      Esse é apenas um dos textos, mas existem outros similares.

      Agora note também que Ratzinger afirma que o credo nasceu na cidade de Roma perto do terceiro século:

      "... . A forma básica do nosso símbolo apostólico cristalizou-se no correr do segundo e terceiro século, EM CONEXÃO com o rito batismal. Trata-se originariamente de uma fórmula nascida na cidade de Roma", pag 31.

      Ele nem mesmo se preocupou em explicar por que o credo apareceu somente no terceiro século tendo por base um texto biblico supostamente datado de antes do primeiro século.

      Se o original de Mateus fosse mesmo composto de Pai, Filho e Espirito Santo, então por quê a distância exorbitante entre a formula trinitariana de Mateus e fórmula trinitariana do credo? Elas são idênticas!

      Ele deixa pistas de que Mateus 28:19, em, "batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não faz mesmo parte do Evangelho original de Mateus, mas foi uma adição posterior.

      Continua...

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    9. O credo nasceu no terceiro século em Roma - tendo por base um texto totalmente adulterado de Mateus 28:19, também nascido em data posterior.

      A Igreja primitiva não batizava em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Essa foi uma fórmula inventada depois do segundo século quando começaram a circular cópias do Evangelho de Mateus com o acréscimo trinitariano. O batismo era em nome de Jesus:

      Atos 10:48 "E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias".

      Atos 19:5 "E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus".

      O batismo era apenas em um nome. Foi por isso que Paulo fez o contraste perguntando

      " Será que Cristo está dividido? foi Paulo crucificado por amor de vós? ou fostes vós batizados EM NOME de Paulo? 1 Cor 1:13.

      Não se batiza na água em nome do Pai e do Espírito Santo, mas somente em nome do Filho, pois aquele que fazia a profissão de fé era batizado na MORTE DE JESUS. Esse é o objetivo. Por esse motivo o Pai e o Espírito Santo devem ser excluídos:

      "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?" Romanos 6:3

      Mateus 28:19 com sua fórmula trinitariana é uma falsificação posterior absurda que não passa no teste bíblico.

      Com isso tudo em mente, meu caro, tenta ler outra vez a fala completa de Ratzinger como está no livro e veja que ele envolve de forma explicita Mateus 28 verso 19 no tempo em que nasceu o credo:

      "A forma básica do nosso símbolo apostólico cristalizou-se no correr do segundo e terceiro século, em conexão com o rito batismal. Trata-se originariamente de uma fórmula nascida na cidade de Roma. Contudo, seu lugar interno de origem é a liturgia, ou mais exatamente, o batismo. O rito batismal fundamentalmente orientava-se pelas palavras de Cristo: "Ide, fazei discípulos a todos os povos e batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28, 19). DE ACORDO COM ESTA ORDEM, o batizando ouvia três perguntas: "Crês em Deus, Pai todo-poderoso...? Crês em Jesus Cristo, Filho de Deus...? Crês no Espírito Santo...?"

      A cada uma das perguntas o batizando respondia: "Creio", sendo, de cada vez, mergulhado na água. Portanto, a fórmula mais antiga do símbolo realiza-se em tríplice diálogo e está enquadrada no rito batismal”.


      Lembrando a vocês que o artigo no meu site sobre Mateus 28:19 é ainda o antigo, com a citação de Ratzinger bem diferente das citações que foram feitas por alguns sites evangélicos. Meu artigo ali é de 2014.

      Quando este novo artigo ficar pronto eu vou disponibilizar o link aqui no site do Lucas.

      Alon

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    10. Aqui vai a segunda parte, Anônimo.

      O Batismo nas águas significa morte e ressurreição de Jesus Cristo. Quando a pessoa é coberta pela água significa que ela está sendo sepultada com Cristo e quando saí da água significa que está resssuscitando com Cristo. Por isso o símbolo de cobrir Todo o corpo com água. Observe o detalhe bíblico no batismo de João:

      "E João também estava batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e o povo vinha para ser batizado", João 3:23.

      Por quê o detalhe "... batizava em Enon...PORQUE havia ali MUITAS ÁGUAS?"

      Dois motivos: o povo era em grande número e era necessário cobrir todo o corpo.

      João Batista batizava o batismo do arrependimento. Os Apóstolos batizavam o Batismo para perdão dos pecados. O perdão dos pecados e renascimento é somente através de/e em nome de Jesus Cristo.

      E novamente, não esqueça: O Batismo nas águas é figura da morte e ressurreição de Jesus Cristo.

      Paulo aos Romanos, capítulo 6, versículos 1 à 5 diz:

      "Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum.

      Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?

      Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?

      De sorte que FOMOS SEPULTADOS COM ELE PELO BATISMO NA MORTE; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida".

      Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição."

      Isso é simbolizado por ENTRAR NA ÁGUA E SAIR DA ÁGUA. Morte e ressurreicao! Por isso Paulo diz aos Colossenses, capítulo 2, versículo 12, diz:

      "Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos."





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    11. Continua...

      Paulo aos Gálatas, capítulo 3, versículo 27, diz:

      "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo." Compare com Romanos 7:5.

      Em nome de quem nossos pecados são perdoados? Quem reconcilia o homem com Deus Pai, perdoando os pecados?

      No batismo nas águas tem uma única pessoa que morre e ressuscita: JESUS CRISTO. Apenas Jesus foi enterrado e ressuscitou. Portanto, meu caro Anônimo, batismo é na pessoa de Jesus Cristo, pois é o batismo na sua morte.

      Batizar em nome do Pai e do Espírito Santo é dizer que estão sendo enterrados o Pai e o Espírito Santo também. Isso e heresia. Batiza-se em apenas um nome.

      Leia 1 Coríntios 11:13 a 15 juntos outra vez:

      Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes batizados em nome de Paulo?

      Dou graças a Deus, porque a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e Gaio.

      Para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome..."

      No versículo 13 temos a chave: "... foi Paulo crucificado por vós?..."

      Ele, Paulo, está dizendo que o batismo é pelo nome de quem foi crucificado: JESUS CRISTO.

      Mateus 28:19, em sua forma trinitaria, é uma adulteração posterior. E o principal interessado de que o batismo seja em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, é a igreja católica apostólica romana, fortalecendo a doutrina da Trindade. Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo está diretamente relacionado, também, ao sinal da cruz.

      No meio evangélico já muitos adotaram o nome do Pai do Filho e do Espírito Santo em circunstâncias diversas. Aceitaram a contaminação.

      Os Concílios, a partir do Concílio de Nicéia, "adulteraram" a Palavra de Deus moldando, progressivamente, a doutrina da igreja católica apostólica romana. Essa é a Bíblia que temos hoje, dada pela Igreja Católica, totalmente adulterada em mais de 150 passagens para proteger a doutrina trinitariana e outros dogmas.

      A doutrina da Trindade deve ser removida do meio evangélico. Essa doutrina nada acrescenta e ainda leva os doutores da Teologia Bíblica incorrerem no mesmo abismo da mentira manipulada católica romana. O maior embuste dessa doutrina foi ter transformado Jesus em Deus, alegando ter ele vivido antes de seu nascimento. Outro embuste foi fazer do Espírito Santo o terceiro Deus.

      Essa é a redação original de Mateus 28:19:

      "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em meu nome".



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    12. "Ele nem mesmo se preocupou em explicar por que o credo apareceu somente no terceiro século tendo por base um texto biblico supostamente datado de antes do primeiro século."

      Corrigindo... Ele falou que a formação do -símbolo- deu-se a partir do segundo século, não do terceiro. E pressupõe o versículo de Mt 28,19 seja a fórmula trinitária.

      Apesar de não explicar o contexto da formação do -símbolo- (pois a intenção era explicar a conexão litúrgica do símbolo, não as necessidades de per si, do surgimento de um símbolo), ele se preocupou sim em apontar as razões da necessidade de um símbolo na Igreja, ao citar a bibliografia em nota de rodapé: uma das referências é a obra "Early Christian Creeds", de J. N. D. Kelly (que pode ser acessada neste link: http://d-f.scribdassets.com/docs/4m01v6mitc2qd9mg.pdf).

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      "Se o original de Mateus fosse mesmo composto de Pai, Filho e Espirito Santo, então por quê a distância exorbitante entre a formula trinitariana de Mateus e fórmula trinitariana do credo? Elas são idênticas!"

      Não é uma distância exorbitante... Pois já na Didaquê (datada entre o fim do primeiro século e início do segundo) o batismo é descrito em nome da Trindade, bem como todos os códices bíblicos antigos possuem a fórmula trinitária.

      O símbolo foi surgindo com o tempo, na necessidade de separar o que é heterodoxo do que é ortodoxo, pois no decorrer do segundo e terceiro séculos foram aparecendo várias heresias, daí a necessidade de se formular um símbolo, bem como também a necessidade de preparar os catecúmenos para receberem os sacramentos de iniciação (cf. o que argumenta Kelly, no referido livro, págs. 13-14).

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      "Ele deixa pistas de que Mateus 28:19, em, "batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não faz mesmo parte do Evangelho original de Mateus, mas foi uma adição posterior. "

      Lendo o livro no contexto, na verdade, a conclusão que o leitor chega sobre o que Ratzinger está falando é oposta ao que o sr. está tentando afirmar, pois o sr. faz uma leitura carregada da intenção de provar o que está querendo.

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      "Lembrando a vocês que o artigo no meu site sobre Mateus 28:19 é ainda o antigo, com a citação de Ratzinger bem diferente das citações que foram feitas por alguns sites evangélicos. "

      Sim, a citação está. E está bem diferente do livro também.

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      Nem Ratzinger, nem Kelly, colocam em questão a autenticidade do referido versículo bíblico na forma trinitária, conforme está nos mais antigos códices. O que está em questão, nas obras de ambos, é a formação de um símbolo de fé, que é professada pela Igreja.

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    13. Isso tudo que você escreveu deve significar que eu estou encrencado por afirmar que Ratzinger disse que Mateus é do terceiro seculo, enquanto você e sua turma de trinitatianos acreditam que ele falava que o credo é do terceiro século, certo?

      Você vai me mandar para um presidio de seguranca máxima, presumo. Já imaginou a alegria da sua turma de trinitarianos? Vou deletar meus sites! Com certeza você vai babar de alegria.

      Vou começar por aqui. Você escreveu:

      "Nem Ratzinger, nem Kelly, colocam em questão a autenticidade do referido versículo bíblico na forma trinitária, conforme está nos mais antigos códices".

      Nesse mais antigo códice também está escrito:

      Atos 2:38 "Cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo".

      Atos 10:48 "E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias".

      Atos 19:5 "E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus".

      Romanos 6:3 "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados EM JESUS CRISTO fomos batizados na sua morte?"

      Gálatas 3:27 "Porque todos quantos fostes batizados EM CRISTO já vos revestistes de Cristo".

      Col 2:12 "Sepultados com ele (eles ou ele?) no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos".

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    14. Além desses registros caro Anônimo, ainda temos a experiência de Paulo com relação ao seu próprio batismo. Foi dito a Ananias sobre Paulo:

      "Vai, porque este é para Mim um vaso escolhido, para levar o Meu nome perante os gentios, e os reis, e os filhos de Israel.” Atos 9:15.

      Após o seu chamado, ele foi batizado (Atos 9:18).

      Em um de seus discursos, ao defender-se dos ataques de seus opositores, ele relata um detalhe muito importante sobre o seu batismo:

      “Um certo Ananias, varão piedoso conforme a lei, que tinha bom testemunho de todos os judeus que ali moravam, indo ter comigo, de pé ao meu lado, disse-me: ...O Deus de nossos pais de antemão te designou para conhecer a Sua vontade, ver o Justo, e ouvir a voz da sua boca. Porque hás de ser Sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido. Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando O SEU NOME.” Atos 22:12-16.

      Foi dito ao apóstolo Paulo que, ao ser batizado, fosse invocado apenas o nome de Jesus. A razão disto é porque o batismo em nome de Jesus tem um significado único. O batismo por imersão aponta para a graça redentora. Representa a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus (Romanos 6:3-6).

      Em Romanos 6:3 Paulo afirma que “fomos batizados em Cristo Jesus”. Ele nunca afirmou que fomos batizados na trindade

      A importância que Paulo deu a esse detalhe pode-se deduzir pelo que ele escreveu aos gálatas: “Porque todos quantos fostes BATIZADOS EM CRISTO vos revestistes de Cristo.” Gálatas 3:27.

      Por essas e outras que Mateus 28:18, no mais antigo códice, só pode estar dessa forma:

      "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em meu nome".

      Agora leia a grande comissão em Lucas 24:46,47:

      E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos,
      E em seu nome se pregasse o ARREPENDIMENTO e a REMISSÃO DOS PECADOS, em todas as nações, começando por Jerusalém".

      Mais tarde, no dia de Pentecostes, cumprindo as instruções de Jesus relatadas em Lucas 24:47, Pedro apelou aos novos conversos para que se ARREPENDESSEM e fossem batizados “em nome de Jesus Cristo”, para REMISSÃO DOS PECADOS (Atos 2:38).

      Percebeu agora que Mateus 28:19 em sua forma trinitariana é uma falsificação?

      Veja a grande comissão em Marcos 16:15-18

      "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.

      Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.

      Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas;

      pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados".

      Lucas e Marcos omitiram a fórmula trinitariana porque ela nunca existiu no tempo deles!

      Agora veja isso

      "É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula (Pai, Filho e Espírito Santo) reflita influência do uso litúrgico POSTERIORMENTE fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar `no nome de Jesus`... MAIS TARDE deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da Trindade.” Comentário no rodapé da Bíblia de Jerusalém.

      Com tudo isso em mente, enfatizando as palavras POSTERIORMENTE e MAIS TARDE, acima, leia Ratzinger outra vez:

      "... . A forma básica do
      nosso símbolo apostólico cristalizou-se no correr do segundo e TERCEIRO século, EM
      CONEXÃO com o rito batismal. Trata-se originariamente de uma fórmula nascida na cidade
      de Roma", pag 31.

      ".. o Credo se originou
      do tríplice interrogatório batismal sobre a fé no Pai, Filho e Espírito, que, por sua vez,
      se baseia na fórmula do batismo, testemunhada e transmitida em Mateus (28,19)". Pagina 34, Introdução ao Cristianismo - Versão online, PDF.

      Para quem deseja entender um pingo é um i.

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    15. Sobre as piadinhas, pode contar mais, não me importo. Eu é rio da reação sua de achar que eu gostaria de te "mandar para um presidio de seguranca máxima" ou coisas do tipo. Fica tranquilo, relax, em paz... Eu não te dou esta importância toda que você atribui a si mesmo.

      Bom, sobre a questão da nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém, tenho três considerações:

      1) Lá é utilizada a oração: "é possível que...". E só, no máximo. Está indicando uma possibilidade e não entra no campo da afirmação: já que nenhum códice antigo traz o versículo como "batizando em meu nome", como você esperneia para querer afirmar que foi o original.

      2) A palavra "posteriormente", na nota de rodapé, em nenhum momento indica -quando- é. Pode ser posteriormente ainda no primeiro século, ainda durante a redação do evangelho de Mateus, que segundo o método histórico-crítico foi redigido pela "comunidade mateana": ainda que os adeptos deste método afirmem que o "Jesus histórico" não tenha falado isso, é ainda assim afirmada (pelo menos por alguns adeptos deste método) a originalidade da expressão trinitária do batismo na redação original do Evangelho, tido e aceito por inspirado pela unanimidade da Cristandade.

      3) As considerações que este site protestante faz sobre o versículo de Mt 28,19 e até mesmo sobre a nota de rodapé da bíblia de Jerusalém são relevantes, ao meu ver: http://www.perguntas.criacionismo.com.br/2010/09/mateus-2819-falso-ou-autentico.html

      Agora, feitas as considerações, vamos lá:

      Com base nelas, tem algum sentido você querer linkar a nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém (que em si mesma não conclui nada e nem indica o "quando" seria o "posteriormente") com os fragmentos do livro de Ratzinger? Não, não tem sentido. O único "sentido" reside no seu desespero de querer a qualquer custo atribuir a Ratzinger uma coisa que ele nunca quis falar, e que nem mesmo "inconscientemente" o fez.

      A página 31 está falando do símbolo, e só. A propósito, por que não destacou também o II século? De um jeito totalmente parcial você só destaca a parte que "demorou mais". É até engraçado.

      E a página 34 de novo ratifica que Ratzinger pressupõe sua originalidade. Se Ratzinger quisesse abordar a autenticidade ou não do referido trecho do Evangelho de Mateus, ele teria sido mais direto e teria comentado explicitamente, citando referências bibliográficas sobre o assunto, como é costumeiro do seu jeito de escrever. Quem lê Ratzinger e seus livros (e não só as partes citadas em blogues cujos juízos são duvidosos pela parcialidade) sabe que ele, ao mencionar um assunto ou tema que não é o principal que ele está tratando, sempre cita referências para o estudo do leitor. Ele em nenhum momento quis tratar do versículo de Mt 28,19 em sua historicidade, visto que não citou nada que trate do assunto.

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    16. Anônimo, você tem alergia quanto as evidências no livro de Atos sobre batismo?

      Você não fez nenhum esforço para refutar os versículos que apresentei aqui que estão provando de forma irrefutável que Mateus 28:19 não foi usado como modelo batismal na Igreja Primitiva.

      Tens alguma explicação do porque o batismo era feito apenas em nome do Filho?

      Você seria capaz de refutar todos os versículos bíblicos que postei aqui, e refutar todos os argumentos que os seguem?

      Vamos lá, tenta provar que o batismo na Igreja Primitiva era feito em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.

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    17. Vamos lá: Você acha que está provando de "forma irrefutável" (sic) em caixas de comentário de blog, que Mateus 28,19, no original, na verdade continha a fórmula "batizando em meu nome"? Mesmo que não haja nenhum códice antigo do Evangelho que colabore com sua afirmação? Mesmo com todos os códices antigos indicando a fórmula trinitária?

      O sr. tem noção da quantidade de material que existe produzido por autores qualificados em torno do assunto, até hoje?

      Eu tratei apenas do que diz respeito as maluquices em torno de Ratzinger, porque o tema do debate bíblico é extenso e vai além do tempo que me permite.

      Um breve resumo da minha opinião é que não há problema algum de, na era apostólica, ter havido simultaneamente as duas maneiras (e, até mesmo, diversas formas, podendo inclusive até não terem sido fixas em algum momento) no rito batismal. No período em que não se havia fixado ainda, de todas as maneiras, as Três Pessoas da Trindade desde o batismo de Jesus são referenciadas, de alguma maneira, no batismo cristão. É da minha opinião também que a redação do Evangelho de Mateus contém já a fórmula trinitária, refletindo o desenvolvimento e a convergência para uma só fórmula batismal ainda na era apostólica.

      Isso se harmoniza com o fato de que a Didaquê e os escritores cristãos já do segundo século usaram a fórmula trinitária no batismo, como também com o fato de todos os códices do Evangelho de Mt conterem a referida forma trinitária.

      Agora, seu modo de pensar de "ou um ou outro" é limitada, ao descartar o outro lado do debate por um capricho de que "o meu raciocínio é o único certo".

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    18. Francamente! Sua Bíblia contém o livro de Romanos, Colosensses,Corintios alertando que o batismo é feito em nome de quem morreu e ressuscitou?

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    19. o cabeçudo foi mexer logo com o alon e tomou ferro

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    20. E para aqueles que acham que o didaque é um documento escrito pela comunidade da Igreja Primitiva, ou mesmo por algum apóstolo, então reveja seus conceitos. Leia o que está escrito no capítulo 9:5

      "But let none eat or drink of your Eucharist except those who have been baptised in the Lord's Name. For concerning this also did the Lord say...".

      "Mas que ninguém coma ou beba da sua Eucaristia, exceto aqueles que foram batizados em Nome do Senhor...".

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    21. Veja só se isso não é uma falsificação das mais infantis sobre o batismo registrada no Didaque. Nenhum apóstolo usaria esse tipo de linguagem liturgica catolica de ROMA mesmo. Essa coisa só pode ter vindo da Igreja Catolica séculos depois da era apostólica.

      A CELEBRAÇÃO LITÚRGICA

      CAPÍTULO VII

      1-Quanto ao batismo, faça assim: depois de ditas todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

      2-Se você não tiver água corrente, batize em outra água. Se não puder batizar com água fria,faça com água quente.

      3-Na falta de uma ou outra, derrame água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

      4-Antes de batizar, tanto aquele que batiza como o batizando, bem como aqueles que puderem, devem observar o jejum. Você deve ordenar ao batizando um jejum de um ou dois dias.

      Que coisa mais sem pé e nem cabeça:


      "Se não tiver uma agua, então batiza na outra e se tiver frio batiza na água quente e se não tiver agua nenhuma, batiza com alguns pingos na testa".

      Vai ver a versão em inglês. É mais ou menos isso.

      Só rindo muito!

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    22. Quando a Didaque fala de pessoas que "foram batizados em nome do Senhor" (9,5), não está fazendo referência a uma fórmula batismal. Mas sim com a autoridade do Senhor, no sentido do batismo ser por Ele. Por exemplo: alguém que recepciona convidados em nome do dono da casa, ou alguém que executa uma tarefa em nome de outra pessoa. Os exemplos são infindáveis.

      Mesmo assim: concedamos (ilogicamente) que tivesse sido uma fórmula. O autor de toda maneira menciona a fórmula trinitária. Neste caso sim é enunciado um procedimento, uma maneira de proceder, uma fórmula:

      "faça assim: depois de ditas todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo." (7,1)

      Esta segunda opção, ilógica segundo o contexto da Didaque, corroboraria com a possibilidade que elucidei nos comentários anteriores de existirem concomitantemente as duas formas batismais, sem rejeição alguma por parte dos primeiros cristãos.

      Philip Schaff concorda comigo quando digo que a Didaque não teria falado de uma fórmula "em nome de Jesus" (9,5), ao afirmar que "a fórmula curta 'em nome de Jesus' não é mencionada" [1] na Didaque.

      Você comenta:

      "Essa coisa só pode ter vindo da Igreja Catolica séculos depois da era apostólica."

      Então o sr. vai contra o consenso dos estudiosos que coloca a Didaquê entre os fins do primeiro século e início do segundo [2]. Schaff, discordando de você, afirma que "não há nada na obra que não possa ter sido escrito entre os anos 70 e 100" [3]. O protestante James Heron considera que a obra “já deve ter existido antes do fim do primeiro século” [4].

      Do batismo com água quente, tenho algumas considerações:

      1) O autor protestante, Rev. James Heron, considera que "não é de todo improvável" que a água quente seja para batismo o batismo infantil. Ele acrescenta que a água quente poderia servir tanto para o batismo infantil, quanto para pessoas doentes. [5]

      2) Outro autor não-católico que concorda com James Heron sobre a água quente no batismo é o famoso historiador Phillip Schaff, ao afirmar que a água quente era usada "quando a saúde do candidato ou a inclemência do clima" o requeriam. [6]

      Ou seja, você não compreendeu o significado das palavras enunciadas no texto da Didaque (como a água quente, a água corrente, etc.), e por não compreender, achou ridículo. Reflexo puro de sua ignorância ou vontade de falaciosamente desqualificar o documento que coloca em xeque sua posição.

      Notas:

      [1]: SCHAFF, Philip. The Oldest Church Manual: Teaching of the Twelve Apostles. New York: Funk & Wagnalls Publishers. pp. 31.

      [2]: Em português há uma farta bibliografia:

      1) Jacques Liébaert, na obra “Os Padres da Igreja V.1”, ed. Loyola, página 22, considera que o texto da Didaque tem origem antes do ano 70.
      2) Berthold Altaner & Alfred Stuiber, na obra “Patrologia”, ed. Paulus, págs. 89-91 citando diversos estudiosos colocam a Didaque entre o fim do primeiro século e a primeira metade do século 2.
      3) Fernando Figueiredo, na obra “Introdução à Patrística”, ed. Vozes, páginas 30-31 citando diversos autores, coloca a Didaquê escrita entre os anos 60 e 80.
      4) O Dicionário de Literatura Patrística, organizado por Angelo di Bernardino (ed. Ave Maria), página 542, coloca a Didaquê como mencionando a fórmula trinitária do batismo “já no fim da idade apostólica ou não muito depois”.

      [3]: Op. cit. pp. 119.

      [5]. HERON, James. The Church of The Sub-Apostolical Age: It's Life, Worship and Organizations in the Light of "Teaching of the Twelve Apostles". London: Hodder and Stoughton, Paternoster Row. pp. 73.

      [5]: Op. cit. pp. 135

      [6]: Op. cit. pp. 33

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    23. Retificando*: houve duplicação da nota [5] (a primeira na verdade diz respeito à [4]. Ambas são do Rev. James Heron.

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    24. A cegueira de vocês é proposital? Qual é o objetivo do batismo? É JESUS!

      Você tem uma Bíblia ou vai ficar nesse romantismo litúrgico?

      Se você quer discutir sobre o batismo, tem que arcar com as consequências. O que se pode ler em todo o contexto neo testamentário?

      A forma original batismal EXPOSOSTA EXPLICITAMENTE NAS ESCRITURAS é em nome daquele que morreu e ressuscitou, pois o batismo é símbolo da morte e ressurreição de Cristo.O batizado é sepultado pelas águas do batismo.

      Não se pode batizar em nome do Pai e do Espirito Santo - eles não morrem!

      Por isso Mateus 28:19, em sua forma trinitariana, é falso. Foi uma alteração tardia, e Ratzinger escancara no seu livro quando isso ocorreu:

      "".. o Credo se originou do tríplice interrogatório batismal sobre a fé no Pai, Filho e Espírito, que, por sua vez,
      se baseia na fórmula do batismo, testemunhada e transmitida em Mateus (28,19)". Pagina 34, Introdução ao Cristianismo - Versão online, PDF.

      Pronto, acabou o assunto!

      A propósito, poderia me apresentar um manuscrito do livro de Mateus em aramaico datado de antes do terceiro século?

      Parece que só temos disponíveis manuscritos em grego - estou equivocado? Por qual motivo Mateus escreveria para seus patrícios judeus em língua grega se a lingua mãe era o hebraico e o aramaico?

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    25. Não se pode batizar em nome de Deus. Fosse assim, então João Batista poderia, e deveria ter batizado as pessoas em nome do Pai, pelo menos. Mas nem isso.

      Mesmo em João Batista, o iniciante era batizado "com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo", Atos 19:4.

      Depois de João Batista o batismo passou a ser em nome daquele "que após ele veio", isto é, em nome de Jesus.

      Nunca existiu batismo em nome de uma trindade! Jamais! Não pode, pois seria uma anormalidade.

      Não pensem vocês que as discussões sobre Ratzinger em Mateus 28:19 resolvem o problema sem que se pesquise a fundo o que significa o batismo. A pesquisa vai além, e vocês tem que arcar com as consequências.

      Pense apenas no batismo de infantes supostamente praticado por João Batista; Imagine vocês a possibilidade de se dizer para um bebê de um ano que ele estava sendo batizado "para que cresse naquele que após João Batista havia de vir".

      E novamente, o batismo é símbolo da morte e ressurreição de Jesus. A Igreja primitiva somente batizava em nome de Jesus. Mateus 28:19, em sua forma trinitariana, É UMA ADULTERAÇÃO, pois a escritura diz que " todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte", Rom 6:3.

      Ai não esta dizendo que "todos quantos fomos batizados em nome do Pai, Filho e Espírito Santo fomos batizados na sua morte".

      Ja viu coisa mais absurda que essa?

      Entendeu ou vou precisar pintar um quadro?

      O que diz o verso 5? Que o batismo nas águas mostra que se "fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição".

      Não existe batismo em nome do Pai, Filho e Espírito Santo, mas somente em nome do FILHO. Apenas do FILHO:

      Atos 2:38 "Cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo".

      "Atos 10:48 "E mandou que fossem batizados em nome do Senhor".

      Atos 19:5 "E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus".

      Rom 6:3 "fomos batizados em Cristo Jesus"

      Rom 6:4 "FOMOS SEPULTADOS COM ELE PELO BATISMO".

      Gal 3:27 "... fostes batizados em Cristo".

      E pasmem! Nem no Velho Testamento as pessoas eram batizadas em nome de Deus, mas sim naquele que era um tipo de Cristo, Moisés:

      "E na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés", 1 Cor 10:2.

      Certamente o original de Mateus 28:19 se parece mais com isso:

      "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em meu nome".

      A propósito, poderia encontrar para mim um manuscrito de Mateus em aramaico datado de antes do terceiro século? Por que temos apenas manuscritos de Mateus em grego? Ou estou equivocado?

      Por qual motivo Mateus escreveria para seus patrícios em grego se a lingua materna deles era o aramaico, ou hebraico?

















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    26. Ratzinger não é bipolar. Ele não diz que o versículo é espúrio em nenhuma de suas obras. Na primeira parte da obra “Jesus de Nazaré”, Editora Planeta, páginas 37-38, ele diz:

      “(...) Neste momento gostaria apenas de muito brevemente sublinhar três aspectos. Em primeiro lugar, a imagem da abertura do céu: sobre Jesus o céu está aberto. A sua comunhão de vontade com o Pai, “toda justiça”, que Ele realiza, abre o céu, cuja essência precisamente consiste em que lá a vontade de Deus é plenamente realizada. A isso se acrescenta então a proclamação que vem de Deus, do Pai, da missão de Jesus, a qual, porém, não explica uma ação, mas sim seu ser: Ele é o Filho muito amado, sobre o qual repousa o bom agrado de Deus. Finalmente gostaria de observar que aqui nos encontramos com o Filho, com o Pai e com o Espírito Santo: o mistério do Deus trinitário insinua-se, mistério que no entanto só na totalidade do caminho de Jesus pode ser desvelado em toda a sua profundidade. Nessa medida pode estender-se um arco que vai desde este início do caminho de Jesus até àquela palavra com a qual, como ressuscitado, Ele envia os seus discípulos ao mundo: “... Ide a todos os povos e... batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo...” (Mt 28,19s). O batismo, que a partir de então os discípulos de Jesus administram, é a admissão ao batismo de Jesus – à realidade que Ele então antecipara. É assim que alguém se torna cristão. (...)”

      Na página 50, da mesma obra, Ratzinger diz:

      “(...) O seu [Reino] cresce por meio da humildade da pregação naqueles que se deixam fazer seus discípulos, que são batizados no nome da Santíssima Trindade e que guardam os seus mandamentos (Mt 29,19s). (...)”

      No livro “O Mistério do Filho de Deus”, páginas 59-60, Ratzinger diz:

      “(...) Mas os membros do Povo de Deus sabem que tem sido introduzidos em uma nova vida, na Nova Aliança, mediante o batismo em nome das três Pessoas eternas de um só Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (cfr. Mt 28, 19). Os fieis sabem que, ao fazer o sinal da Cruz, proclamam em sua consagração a adorável Trindade divina, de onde a Igreja tem sua origem como «povo reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (cfr. Concilio Vaticano II, Constituição Dogmática Lumen Gentium, n. 4) (...)”

      No livro “Convocados no Caminho da Fé”, edições Cristandade, página 146, Ratzinger diz:

      “(...) Primeiramente está o batismo: é um acontecimento trinitário, ou seja, totalmente teológico, muito mais que uma socialização eclesiológica local, como desgraçadamente hoje se tem mal interpretado com frequência. (...)”

      Ora: ao procurar ler as obras de Ratzinger, ele não entende em nenhum momento que o versículo em sua forma trinitária seja espúrio, e sempre entende o batismo como um “acontecimento trinitário”. A leitura que você faz do trecho da Introdução ao Cristianismo não tem nada a ver com o contexto da obra, nem mesmo com o contexto do pensamento do autor. Isso já mostrei acima, neste e nos outros comentários.

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    27. Agora, respondendo seus comentários:

      1) "A cegueira de vocês é proposital? Qual é o objetivo do batismo? É JESUS!"

      R: Não tem nada de cegueira. Se tem alguém com cegueira, não sou eu, mas você. Estou desmentindo sua má interpretação do livro de Ratzinger, que praticamente se equivale a querer matar um cachorro a grito.

      Sobre a Didaque, sem mais comentários, é o consenso de vários e vários estudiosos de respaldo afirmando que ela pertence à era apostólica ou no máximo sub apostólica (antes de 150).

      Fora que a unanimidade dos Padres Pré Nicenos, ao falar de fórmula de batismo, falaram da fórmula trinitária, conforme a unanimidade dos códices de Mt 28,19 na forma trinitária.

      A maioria esmagadora estudiosos modernos não tem dúvida alguma sobre a originalidade da fórmula trinitária na redação do Evangelho de Mateus. O que discutem é se foram ipissima verba de Cristo ou não: os do método histórico-crítico não dizem que foi Cristo quem falou, mas admitem que a "comunidade mateana" redigiu o versículo em sua forma trinitária. E isso, independente de ser em grego ou hebraico ou aramaico... Este site protestante traz um estudo interessante sobre a análise crítica-textual do referido versículo, leia-a por favor: http://www.e-cristianismo.com.br/teologia/apologetica/mateus-28-19-uma-investigacao-critica-textual.html

      2) "Você tem uma Bíblia ou vai ficar nesse romantismo litúrgico?"

      R: Tenho, aliás, tenho várias. E daí? Eu já disse que o debate bíblico é extenso. Outro dia quando tiver o tempo necessário mostrarei seus erros de interpretação acerca das Escrituras, conforme o pensamento cristão dos primeiros séculos.

      Não se trata de "romantismo litúrgico". São os fatos: a unanimidade da prática cristã que sucedeu os apóstolos batizou com a fórmula trinitária. Isto não é um dado fraco ou menosprezível. No mínimo, alguma coisa de influência muito forte já no primeiro século delineou esta maneira de proceder dos cristãos que sucederam os apóstolos.

      3) "Não se pode batizar em nome do Pai e do Espirito Santo - eles não morrem!"

      R: Mas quem disse que o papel das outras Pessoas Divinas no batismo tem que ser obrigatoriamente o mesmo? Você parte de um pressuposto falacioso, pois a teologia trinitária não ensina que o Pai e o Espírito Santo têm o mesmo papel que Cristo no batismo. Isso por si só já desmonta todo seu argumento de que Ratzinger teria "escancarado" que o versículo seria falso. Como eu disse, você está querendo "matar cachorro a grito".

      continua...

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    28. ...

      4) "Não se pode batizar em nome de Deus. Fosse assim, então João Batista poderia, e deveria ter batizado as pessoas em nome do Pai, pelo menos. Mas nem isso."

      R: Seu pressuposto novamente é errado. João não "deveria". O batismo de João não é o mesmo batismo que o batismo cristão. São de diversas finalidades.

      5) "Nunca existiu batismo em nome de uma trindade! Jamais! Não pode, pois seria uma anormalidade."

      R: Então você tem algum problema psicológico que não quer enxergar a realidade. Irresponsavelmente ou covardemente você rejeita por gosto próprio as conclusões até do próprio método histórico que admite a originalidade da forma trinitária do batismo em Mt 28,19 por ser um reflexo da comunidade mateana: isso mostra que já no primeiro século se batizava sim em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

      6) "Não pensem vocês que as discussões sobre Ratzinger em Mateus 28:19 resolvem o problema sem que se pesquise a fundo o que significa o batismo. A pesquisa vai além, e vocês tem que arcar com as consequências."

      R: Será que já está cogitando abandonar o "argumento Ratzinger"? hahaha... É óbvio que a pesquisa vai além. E por ser de tamanha profundidade, leva tempo demasiado. E você ainda não saiu do raso ;)

      7) "E novamente, o batismo é símbolo da morte e ressurreição de Jesus. A Igreja primitiva somente batizava em nome de Jesus. Mateus 28:19, em sua forma trinitariana, É UMA ADULTERAÇÃO, pois a escritura diz que " todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte", Rom 6:3."

      R: O batismo ser um símbolo da morte e ressurreição de Jesus não exclui de modo algum o papel das outras duas Pessoas da Trindade. É apenas com base em sua opinião e com um conceito demasiado restrito de "Igreja primitiva" que fala que 'a Igreja primitiva somente...'. A forma trinitariana de Mt 28,19 não é uma adulteração, uma vez que não existe nenhum manuscrito com o que seria o "original". Você conclui puramente com base numa especulação SUA. A realidade já mostrou o contrário (conforme até mesmo o estudo do site e-cristianismo). Ser "batizado na morte de Cristo" não implica numa fórmula de batismo apenas em nome de Jesus: portanto sua indagação "Ja viu coisa mais absurda que essa?" é totalmente sem fundamento. Ser batizado na morte de Cristo implica a participação do mistério Pascal de Cristo, mistério no qual o Pai e o Espírito Santo têm participação.

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    29. O seu discurso é muito técnico. Você usa demais documentos extra bíblicos. Isso não leva o ouvinte à conversão. Enquanto você dogmatiza com estrelismo, eu procuro conversar sobre as Escrituras.

      Numa conversa corpo a corpo seu discurso nada resolve. Aliás, se fosse para um tribunal minhas evidências seriam respeitadas mais do que as suas. Minha fonte é a Escritura. Basta observar a resposta que tenho para você nesse tópico. Ele é imensa. Meu objetivo é terminar de lhe responder através de um artigo novo no meu próprio site. Não tenho mais tempo para voltar aqui.

      Voce alegou: "Será que já está cogitando abandonar o "argumento Ratzinger"?

      Quando eu digo: "Não pensem vocês que as discussões sobre Ratzinger em Mateus 28:19 resolvem o problema sem que se pesquise a fundo o que significa o batismo. A pesquisa vai além, e vocês tem que arcar com as consequências", estou afirmando que para provar que Ratzinger, nas suas afirmações favoráveis ao batismo trinitário, ele está equivocado. Por esse motivo eu disse que é necessário descobrir qual era a forma batismal na Igreja Primitiva, e foi o que fiz.

      Que manuscrito você acha que Eusébio tinha diante de si quando ele escreveu essas palavras em seu livro III de sua famosa História eclesiástica, no Capítulo 5 e na Seção 2?

      "Mas o resto dos apóstolos... foram expulsos da terra da Judéia, foram a todas as nações para pregar o Evangelho, confiando no poder de Cristo, que lhes disse: "Ide e fazei discípulos de todas as nações em meu nome".

      Mais uma vez, em outro de seus escritos, “Oração em louvor do imperador Constantino”, no Capítulo 16, Seção 8, ele diz: "Que rei ou príncipe em qualquer época do mundo, que filósofo, legislador ou profeta, em terras civilizadas ou bárbaras , alcançou um altíssimo nível de excelência, não digo depois da morte, mas vivendo ainda, e cheio de poderoso poder, para preencher os ouvidos e as línguas de toda a humanidade com os elogios de seu nome? Certamente, ninguém salvo o nosso único Salvador fez isso, quando, após a vitória sobre a morte, falou a palavra aos seus seguidores, e o realizou pelo evento, dizendo-lhes: "Ide e façam discípulos de todas as nações em meu nome".

      Se Eusébio tivesse diante dele um manuscrito dizendo “em nome do Pai, Filho e Espírito Santo”, duvido muito que ele pudesse escrever o que escreveu. Infelizmente DEPOIS do Concílio de Nicéia ele mudou sua escrita. Isso indica que todos os documentos atribuídos a algum outro pai da Igreja, ANTES DE EUSÉBIO E DO CONCÍLIO DE NICÉIA atribuindo o batismo em “nome do Pai, Filho e Espírito Santo”, estão suspeitos de adulteração. Até o manuscrito mais antigo de Mateus em Grego! Mateus jamais escreveria para os Judeus em grego, mas na sua própria língua.

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    30. O Batismo era somente praticado em nome de Jesus. Batizar “em nome de Jesus” quer dizer batizar “pela autoridade de” ou "pelo poder de". É sabido que “em nome de”, naqueles dias, possuía o significado de “pela autoridade de” ou “pelo poder de”. Ou seja, os discípulos ministravam o batismo nas águas não pela autoridade humana, mas pela autoridade e pelo poder do próprio Cristo. Fica claro, portanto, que os textos do batismo nas águas, em Atos, que não mencionam as pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, referem-se à idéia de “pela autoridade de” ou “pelo poder de Jesus”, como se lê em Atos 3.16 e 16.18, em que a autoridade de Jesus é invocada; nesse caso, também, expressava-se assim porque era invocada no rito batismal.

      “Em nome de” - terminologia bancária grego-helenística da época, que traz a lume a ideia de apropriação, dedicação e submissão. Naqueles dias, “em nome de”, em si, evidenciava “apropriação, dedicação e submissão. Desta forma, eram dedicados e submissos ao mandamento deixado pelo Filho de Deus, pois os novos crentes, quando eram batizados, apropriavam-se de Cristo (Gl 3.27).

      “Em nome de Jesus”, partindo do uso hebraico-aramaico, significa “com respeito a” ou “por causa de”. “Em nome de” era uma locução hebraico-aramaica naqueles dias dos apóstolos. A sociedade daquela época era familiarizada com tal expressão. No próprio livro de Atos, a locução “em nome de” tem o significado de “pela autoridade de” ou “pelo poder de”: E, pondo-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? (At 4.7).

      Os apóstolos faziam tudo em nome de Jesus (Cl 3.17): pregavam (Lc 24.47), curavam (At 3.6,16), expulsavam demônios, falavam em línguas, eram livrados (Mc 16.17,18) e disciplinavam na igreja (2Ts 3.6). Assim, quando batizavam, faziam isso também “em nome de Jesus”. Efetuavam o batismo sob a “autoridade” e sob o “poder” de Cristo! No Livro de Atos os apóstolos são vistos batizando em nome de Jesus. Eles batizavam “em nome de Jesus”, ou seja, “com respeito a”, o mesmo que “relativamente”, “no tocante ao”, que foi o preceito entregue por Jesus à Igreja. Por isso que o original de Mateus não pode conter a fórmula trinitariana.

      Lucas, que pesquisou minuciosamente tudo desde o princípio, rastreando muitos que já tinha escrito sobre Cristo, fecha seu Evangelho dizendo “que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” Lucas 24:47, que está de acordo com Eusébio.

      Veja que a pregação de arrependimento e de remissão de pecados é feita, não em nome do Pai, do Filho e do Espírito santo, mas somente em nome do Filho. Se a pregação de arrependimento era feito somente em nome de Jesus, assim também deveria ser o batismo que é a comprovação pública de aceitação do evangelho.

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    31. A pessoa precisa ser batizada no nome. Tem que haver a citação do nome. Isso é muito sério. Quando alguém é batizado no nome ela é entregue àquele que foi citado. Os espíritas e umbandistas, satanistas e similares dão extremo valor ao batismo de seus adeptos: eles entregam a pessoa àquele que foi citado na iniciação (batismo). Na trindade não há nomes, mas por trás do título, pai, filho e espírito santo pode estar oculto alguma coisa. Pode não ser o Deus criador, seu filho Jesus e o Consolador, o Espírito da verdade, mas algo que envolve o iniciado nas garras do anticristo.

      Muitos afirmam que o Pai, o Filho e o Espírito tem um "nome", de modo que devem ser um. É a velha confusão trinitariana respondida com a frase: É um mistério. Deus não é um nome. Em nome do Pai não se sabe em que se é batizado. Muitos menos em nome do Filho. O bicho, e o Catolicisno, impediram que o nome fosse citado. No batismo isso é muito sério. O batismo trinitariano chama os três por um nome usando o singular “em nome”, então, supostamente, cita três pessoas. E o batismo é realmente feito, por tradição, em nome do Pai, Filho e Espírito Santo, e não “eu te batizo em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo. Se o verso fosse autêntico, e estava ensinando a doutrina trinitária e mencionou as três "pessoas", então ele deveria ter usado a palavra "nomes". Existe uma explicação muito melhor por que "nome" é usado no singular.

      O próprio Ratzinger escorrega, mas depois tenta salvar a trindade no texto do credo: “A afirmação central do símbolo na sua terceira parte reza, de acordo com o texto grego: "Creio em Espírito Santo". Portanto falta-lhe o artigo definido, tal como nos acostumamos a vê-lo em nossas versões. O fato é de suma importância para a interpretação do seu sentido positivo. Porquanto daí se conclui que este artigo não foi encarado como expressão da idéia intratrinitária, mas como expressão soteriológica. Em outras palavras: A TERCEIRA PARTE DO SÍMBOLO NÃO APONTA EM PRIMEIRO LUGAR PARA O ESPIRITO SANTO, COMO TERCEIRA PESSOA DA DIVINDADE, mas como dádiva de Deus à história na comunidade dos crentes em Cristo.

      Em seguida ele tenta se levantar do escorregão: “Naturalmente não está excluída aí a idéia trinitária, relacionada com o Deus uno e trino. Nas considerações introdutórias tivemos ocasião de ver que o Credo se originou do tríplice interrogatório batismal sobre a fé no Pai, Filho e Espírito, que, por sua vez, se baseia na fórmula do batismo, testemunhada e transmitida em Mateus (28,19). Neste sentido, a forma mais antiga de nossa fé, com a sua tríplice divisão, apresenta até uma das mais decisivas raízes da imagem trinitária de Deus. Somente o alargamento paulatino do questionário batismal, até formar um texto desenvolvido do símbolo, encobriu um tanto a sua estrutura trinitária”, Pag 160.

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    32. As citações sobre o Livro de Ratzinger em discussão podem ser usadas como provas de que o batismo trinitariano não é de origem apostólica, mas teve sua criação na cidade de Roma depois do segundo século.

      Agora, suas novas citações sobre o que Ratzinger alega com relação ao batismo trinitariano e a trindade são recheadas de romantismo litúrgico. Apenas mostra que ele fez uma exegese em cima de um texto falsificado. Ele está sendo enganado, como estão sendo todos vocês. Ele é católico, e como tal defende também outras mentiras, como o purgatório, a assunção de Maria e o pontificado de Pedro em Roma.

      Mateus 28:19, na forma trinitariana, não é primitivo, mas foi uma falsificação tardia. Alguém escreveu com muita propriedade: “Nõs não temos manuscritos conhecidos que estavam escritos nos séculos primeiro e segundo, e alguns garantem que pode chegar até o terceiro século. Há uma lacuna de quase 300 anos entre o momento em que Mateus escreveu sua epístola e nossas primeiras cópias manuscritas. É sabido também que os manuscritos gregos do texto do Novo Testamento foram muitas vezes alterados pelos escribas, que colocaram neles as leituras que lhes eram familiares, que eles entendiam ser a leitura correta... Não é de surpreender que algumas dessas corrupções textuais ocorreram simultaneamente com as respectivas mudanças doutrinárias que foram introduzidas na Igreja”.

      Tal como aconteceu com os manuscritos, todas as versões existentes, contendo o final de Mateus, também contêm a fórmula trinitária. Mas, evidentemente, não é para ser considerado mais do que o que está presente em um documento. É preciso também levar em consideração o que está ausente. Novamente citando a Enciclopédia de Religião e Ética: "Todas as versões existentes do texto encontra-se a tradicional [ trinitária ] forma ...”, embora deva ser lembrado que os melhores manuscritos , tanto o Antigo Latino Africano e o Antigo Siríaco as versões nessa parte estão apagadas.

      F.C. CONYBEARE, uma das mais altas autoridades em Novo Testamento do século passado, alega que “No único códice que seria até provável ter preservado uma leitura mais antiga, ou seja, o siríaco do Sinai e o manuscrito mais antigo, o Latino, as páginas que continham o final de Mateus sumiram”.

      Então, apesar de todas as versões conter o nome Trino tradicional em Mateus 28:19 , a primeira destas versões não contêm o verso em tudo. E, curiosamente, não por omissão, mas devido à remoção!”

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    33. Ratzinger, sem que tenha se dado conta - como vocês, e ainda negam - deixa rastros visíveis dessa verdade em seus escritos. Evidente que vocês não concordam. Leia novamente quantas vezes forem necessárias:

      “... Nas considerações introdutórias tivemos ocasião de ver que o Credo se originou do tríplice interrogatório batismal sobre a fé no Pai, Filho e Espírito, que, por sua vez, se baseia na fórmula do batismo, testemunhada e transmitida em Mateus (28,19)". Pagina 34, Introdução ao Cristianismo - Versão online, PDF.

      O Mateus 28:19 dele foi alongado e adulterado. É nessa fórmula de batismo que ele se BASEIA!

      O credo foi criado em Roma, como ele mesmo atesta, e isso entre o segundo e terceiro séculos, baseado em Mateus 28:19 na forma trinitária. O azar de vocês é que a alegação dele não pode ficar oculta:

      “... . A forma básica do nosso símbolo apostólico cristalizou-se no correr do segundo e terceiro século, EM CONEXÃO com o rito batismal. Trata-se originariamente de uma fórmula nascida na cidade de Roma", pag 31.

      E pasmem, ele acaba entregando que o credo não tem origem nos Apóstolos: “... já do século IV, surge a lenda da origem apostólica desse formulário que muito cedo (provavelmente ainda no correr do século 5) se concretizou na suposição de que cada um dos doze artigos, em que fora dividido, representava a contribuição de um dos doze apóstolos”.

      A tríplice fórmula não saiu dos lábios de Jesus, Anônimo. Somente três séculos depois (como sempre) é que se cria um credo tendo por base as palavras do Senhor ditas quase três séculos antes?

      Ratzinger segue dizendo: “O rito batismal fundamentalmente orientava-se pelas palavras de Cristo: "Ide, fazei discípulos a todos os povos e batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28, 19). DE ACORDO COM ESTA ORDEM, o batizando ouvia três perguntas: "Crês em Deus, Pai todo-poderoso...? Crês em Jesus Cristo, Filho de Deus...? Crês no Espírito Santo...?"

      Palavras de Cristo, ele alega. Jesus jamais disse tais palavras, o que foi garantido por Marcos e Lucas. Você passou batido por Lucas e Marcos por qual motivo?

      “E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, E em SEU NOME se pregasse o ARREPENDIMENTO e a REMISSÃO DOS PECADOS, em todas as nações, começando por Jerusalém", Lucas 24:47.

      Foi exatamente o que Pedro fez quase dois meses depois, no dia de Pentecostes, cumprindo as instruções de Jesus. Ele apelou aos novos conversos para que se ARREPENDESSEM e fossem batizados “em nome de Jesus Cristo”, para REMISSÃO DOS PECADOS (Atos 2:38).

      Atos é uma réplica exata de Lucas!

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    34. Não é de admirar que o Livro de Mateus fosse o escolhido para ser alterado: ELE FOI ESCRITO PARA A COMUNIDADE JUDAICA, ao contrário de Lucas e Marcos. Um livro endereçado à Igreja Primitiva seria o melhor alvo, não é verdade? Veja outros exemplos:

      Mateus 16:17-20: “16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

      E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.

      Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;

      E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

      Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus, o Cristo.

      Agora veja Marcos 8:27-30: “E saiu Jesus, e os seus discípulos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?

      E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas.

      E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo.

      E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.

      Cadê o Pedrão da pedra e da chave? Sumiu daqui por que?

      Veja Lucas 9:20,21: “20 E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, disse: O Cristo de Deus. E, admoestando-os, mandou que a ninguém referissem isso".

      O Pedrão pedra sumiu de novo!

      Agora veja João 6:69: “E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente”.

      Advinha quem disse isso? Foi o Pedrão! Vai lá e veja se tem alguma palavra sobre ele antes ou depois desse verso.

      Qual versão está certa? Aqui é Novo Testamento, não é patrística. Qual versão está certa na sua opinião? A de Mateus falsificada, não é?

      Agora aqui em Mateus 28:19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”

      Lucas 24:47: “E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, E em SEU NOME se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém".

      Marcos 16:15,16 “Finalmente apareceu aos onze... e disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.

      O que foi que Jesus disse antes de subir ao céu? Está em Mateus novamente, não é? A sua instituição teve a coragem de adulterar um livro das Escrituras na cara de todo mundo.

      Se as versões modernas de Mateus 28:19 estão corretas (o que duvido), então nós ainda não podemos ver este versículo como prova da Trindade. É fato, que ao lermos o livro de Mateus, notamos que não há nenhuma apresentação da doutrina da Trindade. É duvidoso que os apóstolos tenham introduzido a doutrina trinitária antes do derramamento do Espírito. E ainda, seria realmente estranho para Cristo introduzir a doutrina da Trindade aqui no último versículo do livro sem que seja mencionada anteriormente.

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    35. A verdade nua e crua é que todos que são batizados na trindade são batizados no Catolicismo. O Anti (Contra) Cristo pegou todos pelo batismo. Mergulharam o povo na água em nome sabe lá Deus de quem!

      Catecismo Católico, pág. 353-354, parágrafos §1271 e §1278

      “O Batismo constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos, mesmo com aqueles que ainda não estão em plena comunhão com a Igreja Católica: «Pois aqueles que crêem em Cristo e foram devidamente baptizados, estão numa certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja Católica justificados no Baptismo pela fé, são incorporados em Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja Católica como irmãos no Senhor» (78). «O Baptismo, pois, constitui o vínculo sacramental da unidade vigente entre todos os que por ele foram regenerados”.

      “O rito essencial do Baptismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre a sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

      “O Batismo em Nome de Jesus na fórmula trinitária é, em si válido.” Diretório para a Aplicação dos Princípios e Normas sobre o Ecumenismo, pág. 92.

      “O movimento ecumênico visa a superar estes obstáculos. No entanto, justificados no Batismo pela fé, são incorporados a Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor.” Decreto Unitatis Redintegratio Sobre o Ecumenismo, pág. 13.

      No livreto que promove o ecumenismo, por nome “Há Um só Rebanho”, vendido também nas Edições Paulinas, deixa claro que qualquer pessoa que queira se tornar católico, não precisa ser rebatizado, se já o foi na fórmula da igreja mãe! Casamentos já estão ocorrendo na ICAR, sem a necessidade de primeira comunhão ou qualquer formalidade, bastando a apresentação do certificado de batismo de várias Igrejas evangélicas reformadas.

      “Diversas igrejas batizam, sem duvida validamente; por esta razão, um cristão batizado numa delas não pode ser rebatizado, nem sequer sob condição. Consequentemente, as certidões de batismo delas valem, para nós, com se fossem certidões da Igreja Católica. São elas: Igrejas orientais, episcopais do Brasil, Luteranas, Metodistas, Presbiterianas, Congregacionais, Batistas e Adventistas.” Haverá Um só Rebanho, pág. 251-252 – Edições Loyola de 1989.

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    36. Vocês contaminaram todo o Cristianismo. Uma verdadeira Babilônia. Batizam na cara dura com requintes de paganismo, é o que deixa explícito o próprio catecismo católico parágrafo § 1240:

      “Na Igreja latina, esta tríplice infusão é acompanhada pelas palavras do ministro: «N., eu te baptizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo». Nas liturgias orientais, estando o catecúmeno voltado para o Oriente, o sacerdote diz: «O servo de Deus N. é baptizado em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo»; e à invocação de cada pessoa da Santíssima Trindade, mergulha-o e retira-o da água”.

      Babilônia começou com gente que veio do oriente (Gn 11:1-4). Ló encheu os olhos e rumou para terras orientais (Gn 13:1).

      Olha o que faziam alguns sacerdotes de Israel em Ezequiel 8:16:

      “E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, DE COSTAS para o templo do Senhor, e com os rostos para O ORIENTE; e eles, virados para o oriente adoravam o sol”.

      Agora veja que bonito em Daniel, numa época em que não existia ainda o Império Romano: “E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para O ORIENTE, e para a terra formosa”, Daniel 8:9.

      Batiza mesmo em nome dessa trindade. Continuem fazendo uma cruz (sinal) na TESTA do iniciante. Alguém perguntu ao Caio Fábio qual era o sinal da besta. Veja o que ele respondeu.

      https://www.youtube.com/watch?v=NYrNdKytOvA

      Provavelmente milhões já estão envolvidos com o Anticristo e nem perceberam! O Anti (CONTRA) Cristo já enganou todo mundo com sua marca. Qual doutrina é contra Cristo?

      Voces não sabem com quem estão lidando. Não estou afirmando conclusivamente se esse sinal na testa no batismo trinitariano tem algo a ver com o sinal na testa em Apocalipse, mas uma coisa te garanto: TODOS SÃO BATIZADOS NO CATOLICISMO ROMANO.

      Eu comecei a fazer uma pesquisa sobre o sinal em conexão com o batismo trinitário e tive que parar de tão pesado e indigesto que a coisa é. Vou largar a pesquisa para outra ocasião ou mesmo para outra pessoa. Porém, uma coisa é certa: SUA RELIGIÃO ENCHEU A HUMANIDADE COM PAGANISMO ROMANO!

      Basta que se atente para os meses do ano, e quem mudou nosso calendário. De Janeiro a Agosto se louva um Deus romano.

      Segue...

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    37. JANEIRO: É uma homenagem a um dos principais deuses romanos, Jano.

      FEVEREIRO: referência ao festival que ocorria nessa época em Roma’ chamado Februália, ou purificação. Na ocasião, eram oferecidos sacrifícios aos mortos para apaziguá-los.

      MARÇO: Em Roma era o mês dedicado à Marte, deus da guerra.
      ABRIL: Uma homenagem a Afrodite, deusa do amor.

      MAIO: Uma referência a uma antiqüíssima deusa romana chamada Maia, mãe do deus Mercúrio.

      JUNHO: uma provável homenagem à deusa Juno, a protetora das mulheres em geral.

      JULHO: Ínicialmente chamado de Quintilis, por ser o quinto mês, foi rebatizado em homenagem ao imperador romano Júlio César.

      AGOSTO: o nome Sextilis foi substituído para homenagear o imperador Cesar Augusto (63 a. C. a 14 d. C.).

      Passou tudo diante da religião oficial, o Catolicisimo Romano, e ficou da mesma forma. Nada foi mudado. É o império Romano ainda na ativa, dessa vez com roupagem religiosa. Os papas tomaram o lugar dos Césares!

      A Cristandade está atolada de paganismo até o pescoço. O batismo cristão não ficou de fora!

      E vocês brincando de liturgia: Em nome do pai, filho e do espírito santo!







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    38. O Anônimo, presta atenção. Preciso fazer uma correção aqui nessa palavra, que foi enviada totalmente inacabada.

      "Quando eu digo: "Não pensem vocês que as discussões sobre Ratzinger em Mateus 28:19 resolvem o problema sem que se pesquise a fundo o que significa o batismo. A pesquisa vai além, e vocês tem que arcar com as consequências", estou afirmando que para provar que Ratzinger, nas suas afirmações favoráveis ao batismo trinitário, ele está equivocado. Por esse motivo eu disse que é necessário descobrir qual era a forma batismal na Igreja Primitiva, e foi o que fiz".

      Fica melhor dessa forma:


      Quando eu digo: "Não pensem vocês que as discussões sobre Ratzinger em Mateus 28:19 resolvem o problema sem que se pesquise a fundo o que significa o batismo. A pesquisa vai além, e vocês tem que arcar com as consequências", estou afirmando que para provar que Ratzinger, nas suas afirmações favoráveis ao batismo trinitário está equivocado, é necessário descobrir qual era a forma batismal na Igreja Primitiva, e foi o que fiz".


      Grato

      Me perdoe pelo linguajar ofensivo contra a Igreja Católica. É que o debate já ultrapassou o nível de tolerância considerado normal. Eu não considero a Igreja Católica como sendo a Igreja de Cristo.

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  7. Olá Lucas.
    Intrigante encontrar na patrística relatos sobre o dom de linguas. Cai por terra o mito que o pentecostalismo possui dois séculos.

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    1. Pois é, infelizmente ainda não havia nada sobre isso em português (pelo menos eu não encontrei nada no nosso idioma já produzido sobre isso senão de materiais cessacionistas), só em inglês você encontra alguns materiais sobre o tema.

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    2. Então, anônimo... Pelo menos diz-se que são relatos. Agora, se são ou não relatos, de fato, é outra história...

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  8. Lucas como você responde a esse vídeo dessa cara chato dizendo que o protestantismo foi um elemento revolucionário? e olhe que esse cidadão era evangélico e se converteu ao catolicismo em 2007
    www.youtube.com/watch?v=SZItGoE9vz0

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    1. Me desculpe mas eu não suporto olhar pra cada desse indivíduo, me dá asco. Se você conseguiu assistir o vídeo até o final me diga do que se trata, mas se é a mesma ladainha de sempre, de que "o protestantismo gera o ateísmo, o comunismo e blá blá blá", eu já refutei por completo aqui:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/06/destruindo-todas-as-calunias-catolicas.html

      Abs.

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    2. Esses caras são muito ignorantes ou desonestos. Acho que as duas coisas.

      Partem do pressuposto de que antes do protestantismo surgir, somente existia no mundo cristão a Igreja católica Apostólica Romana. Ignoram completamente que a Igreja havia saído de um cisma com a Igreja Ortodoxa, no século 11.

      E mesmo dentro catolicismo é cheio de cismas e mudanças. Os católicos mais honestos admitem que a Igreja Católica de hoje não é a mesma de ontem. Passou por mudanças ou como ele diz no vídeo, "revoluções".

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  9. ótimo artigo, Lucas! Também aprovei a mudança!

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  10. Avalie: https://youtu.be/azaXpZfT078

    https://youtu.be/27uXsaowU4Q

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    1. Parece que você reenviou o mesmo comentário, eu respondi no outro mais abaixo.

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    2. Esse anônimo do avalie já encheu o saco. Meu caro, uma das maiores lições dadas ao mundo pelo protestantismo é a de que você deve avaliar e você mesmo deve chegar as conclusões. Algumas dúvidas mais cabeludas tudo bem perguntar para quem entende mais, como o Lucas e outros teólogos, mas ficar avalie, avalie, avalie, já encheu a minha paciência, imagine a do Lucas. Avalie um pouco você e caso tenha dúvidas, pergunte.

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    3. Não é pra tanto também, alguns vídeos são bons pra se assistir e eu aprendo com eles, o problema é só quando se passa muitos vídeos num mesmo dia, por isso eu combinei com ele de ser um vídeo por dia, o que pra mim está ok.

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    4. kkkk, blz, se você está com paciência, melhor.

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  11. Mesmo assim tem que ter intérprete, se não tiver fale sozinho.

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    1. Sim, pra falar na igreja tem que ter intérprete. Eu escrevi sobre isso na parte final deste artigo mais antigo:

      http://apologiacrista.com/o-dom-de-linguas-uma-analise-de-1-corintios-14

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    2. Então por que nas igrejas pentencostais falam sem intérprete?

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    3. O Bispo Walter disse que fala em línguas, mas quando está sozinho.
      Eu pessoalmente não acho necessário.

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    4. Avalie: https://youtu.be/4ALWFNgVJyk
      https://youtu.be/vRJZ-naiLkk

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    5. "Então por que nas igrejas pentencostais falam sem intérprete?"

      As que fazem isso estão erradas ao agir assim, da mesma forma que as tradicionais estão erradas em negar o próprio dom em si. Eu também afirmo isso no artigo que linkei na resposta.

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    6. "O Bispo Walter disse que fala em línguas, mas quando está sozinho.
      Eu pessoalmente não acho necessário."

      Depende do que você chama de "necessário". Se é no sentido de "necessário para a salvação", eu concordo que falar em línguas não vai salvar ninguém, e deixar de falar também não vai levar ao inferno ninguém por si só. Mas se você disse no sentido de que falar em línguas é algo inútil ou sem razão aí discordo totalmente, pois Paulo mesmo dava graças a Deus por falar em línguas mais do que todos os coríntios (1Co 14:18), porque o dom de línguas serve para a edificação espiritual pessoal (1Co 14:4).

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    7. Necessário pro intelecto.

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    8. vai ter artigo sobre 1964.

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    9. "Avalie: https://youtu.be/azaXpZfT078"

      Achei o tom da pregação meio "bélico" demais, mas concordo com a mensagem que ele quis transmitir.

      "https://youtu.be/27uXsaowU4Q"

      Concordo totalmente com o que o bispo Walter McAlister diz neste vídeo, de fato na eternidade não haverá mais o "livre-arbítrio" como o conhecemos hoje.

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    10. "Vai ter artigo sobre 1964"

      Pra agora eu não tenho nada em mente, mas um dia quem sabe.

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  12. Lucas, você pretende fazer mais artigos sobre a monarquia?
    Gostei muito de seus artigos, porém isso foi só a ponta do iceberg tem muita coisa podre escondida debaixo desse movimento monarquista e gostaria que você fizesse mais artigos sobre o assunto, esse movimento monarquista precisa ser calado e desmascarado completamente.
    Abraços, Deus te abençoe e feliz 2018 para você, sua família, parentes, amigos e conhecidos.
    Ps: Vote consciente nesta eleição.

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    1. Pretendo fazer sim, mas há outros temas precisando ser escritos no momento, então um artigo sobre monarquia provavelmente só saia daqui algumas semanas ou meses. Deus lhe abençoe e feliz 2018 pra você também :)

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  13. Você é defensor da trindade? Como podemos conciliar a trindade com a Shemá Israel?

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    1. A trindade não nega que Deus é um, mas afirma que existe pluralidade nessa unidade (da mesma forma que a Igreja é uma, mas existem muitas comunidades diferentes e cristãos diferentes em vários locais do mundo incluídos nessa única Igreja espiritual). A crença trinitariana tradicional nunca foi de três deuses, ou de um Deus com três cabeças, mas de três pessoas participando de uma mesma e única natureza divina (por isso um Deus).

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  14. Lucas o cidadão disse que o protestantismo foi a maior causa,mas não a única de relativismo religioso ao ponto de quebrar segundo ele a aliança que Deus tinha feito a ICAR depois da rejeição dos judeus a Cristo e trazendo destruição a ORTODOXIA como por exemplo que várias denominações estão se dissolvendo completamente como os luteranos,presbiterianos,anglicanos com relação ao homossexualismo que até as igrejas luteranas estão aderindo a ideologia de gênero ao ponto de chamar Deus nas orações de mãe para não constranger a comunidade LGBT e outras denominações que vem surgindo com heresias antigas como o arianismo que estão aos poucos se proliferando no meio evangélico.Como responder a esses ataques dos católicos que estão se aproveitando ao máximo com relação a esses erros no meio protestante?e o sujeito ainda disse que a ICAR é o elo de salvação dos quais os protestantes quebraram negando todos os elementos de salvação divina imitando os judeus com práticas judaizantes.

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    1. Então são as mesmas coisas que eu refuto no artigo mesmo. Esse povo nunca muda o disco. Sem falar que a tal da "unidade cristã" já havia sido dissolvida cinco séculos antes da Reforma PELA PRÓPRIA IGREJA ROMANA, no Cisma de 1054 d.C. Ou seja, por este argumento estúpido, ele nem católico romano poderia ser, pois a ICAR já estava dividindo antes de Lutero nascer (e continuou dividindo depois, e é dividida até hoje em grupos internos que se matam internamente, sendo o tradicionalismo dele apenas uma dessas vertentes). E nunca que Deus colocou a ICAR no lugar de Israel, a Igreja não tem nada a ver com essa instituição romana, na verdade não tem a ver com instituição nenhuma, a Igreja não são placas e hierarquia mas cristãos que adoram a Deus em espírito e em verdade (esse foi o tema do último artigo meu no HC):

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/12/a-igreja-somos-nos-e-nao-uma.html

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  15. Lucas, muito bom essa mudança que tu fez no teu blog, Parabéns!!
    Agora uma curiosidade minha, tu falas em linguas, profetizas ou tem visões?

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    1. Obrigado!

      Não tenho nada disso ainda (talvez nunca tenha, mas gostaria de ter uma experiência um dia), mas vejo um lado positivo nisso, pois se eu já falasse em línguas poderiam dizer que eu só defendo essa doutrina pra favorecimento próprio ou pra me justificar (como se precisasse defender isso de qualquer jeito), e não por razões teológicas de fato, como eu defendo.

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  16. Oi Lucas,

    Escrevo para apoiá-lo na continuação do seu blog. Não há muito tempo me voltei para Jesus novamente, e comecei a estudar as escrituras por iniciativa própria, pois fiquei afastado da igreja evangélica por muito tempo por não aceitar alguns doutrinamentos e comportamentos de muitos membros.
    No entanto, neste tempo de afastamento eu cresci nos estudos acadêmicos e aprendi a metodologia científica. Neste sentido, eu encontro nos seus textos, conformidade com o entendimento que estou tendo das escrituras. Tenho melhorado na fé em Cristo e muitos dos seus textos me auxiliam no entendimento da Palavra. Obrigado e continue a realizar este trabalho, que creio ser um presente que Cristo lhe deu.

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    1. Obrigado, são palavras como essa que nos motivam a continuar escrevendo. Deus lhe abençoe!

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  17. Banzoli,

    Qual foi seu tema do mestrado? Já pensou em disponibilizá-lo para quem desejasse lê-lo?



    Abraço,
    Abraão.

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    1. O tema foi "A Bíblia e a Escravidão", e eu já publiquei em formato de livro no ano passado (está disponível na página dos livros, link abaixo).

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/01/o-mundo-era-melhor-antes.html

      Abs!

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    2. Banzoli,

      Valeu! Li outros livros de sua autoria; vou ler este.

      Abraço, que o Senhor continue lhe abençoando com sabedoria para continuar escrevendo e abençoando seus irmãos em Cristo.


      Abraão Modesto.

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  18. Lucas o dízimo é considerado também parte da adoração a Deus e se sim tem como mostrar mais claramente nas Escrituras?Abs!

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    1. Não entendo o dízimo como adoração, mas como doação, caridade e boas obras.

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  19. Lucas Israel como nação é considerado povo legítimo de Deus,ou essa condição passou a ser exclusiva da Igreja? será que Israel nação é povo de Deus no sentido de etnias?

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    1. Israel nunca deixou de ser o povo de Deus. Mesmo depois de rejeitarem a Cristo, Paulo diz que "Deus não rejeitou o SEU POVO" (Rm 11:2), falando claramente de Israel como nação (é só ler o capítulo completo). O que Israel deixou de ter foi o pacto ou aliança exclusiva com Deus que tinha antes, o qual passou à Igreja, mas Deus jamais abandonou Israel.

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  20. Lucas a semana passada conversando com um colega meu de trabalho que é católico,fiquei abismado com tanta bizarrice na argumentação do evangelho de João capítulo14.12 tentando me provar através de seu relativismo particular e de sua eisegese com sua falácia hermenêutica colocando na "boca do apóstolo"o que de fato ele não queria dizer que era sobre o culto aos santos.Eu simplesmente disse para ele que o verso 12 não diz nada sobre culto ou veneração aos santos,ou seja, é praticamente improvável culto aos santos no texto.Mas o verso 12 do texto de joão não é nem de longe para afirmar essa tal aberração romanista,mas que o texto fala em termos de extensão em continuidade num dado tempo,tempo de trabalho,ou seja, os discípulos de fato tiveram um tempo de trabalho maior que o de Jesus e alcançaram mais convertidos que o mestre durante sua vida, já que seu ministério foi de 3 anos e meio.Lucas um texto desse de acordo com seu contexto é de fácil entendimento,mas só que esse colega católico com sua mente cauterizada,robotizada disse o importante é o que a igreja diz e falei pra ele fale o que as Escrituras diz por que ela é o árbitro máximo de autoridade confiável, por isso que Jesus disse que as Escrituras não pode falhar e nem serem anuladas,mas os homens imperfeitos e falíveis sim como o papa ou qualquer pessoa...mas como sempre os tridentinos ignoram por que tem dificuldade de raciocinar.Isso me faz lembrar de Inácio de Loyola acredito que o branco que eu vejo é negro,se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado como você sempre fala.Lucas você já tinha visto uma interpretação dessa tão surreal de joão 14 dos católicos?e ainda diz que somos analfabetos afim de desqualificar o protestantismo não é verdade Banzoli?Abs!

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    1. Peço permissão para responder seu comentário a respeito dos malabarismos católicos.
      Seu colega é a amostra grátis de um típico ser humano zombificado e ignorante: esse próprio capítulo em poucos versículos antes afirma que a ÚNICA maneira de se chegar a Deus pai é através de Jesus. Ponto final, 2+2=4 e etc..... Isso para uma pessoa comum de mente pensante já bastaria, mas voce esta lidando com mais um subserviente religioso (porque tem o político também = esquerdista) fabricado dentro da seita católica. É daí para ladeira abaixo. E por experiência própria, depois de anos debatendo com essa espécime não há nada que me espante mais, e o "não há nada novo debaixo do sol" deveria ser o slogan da retórica dessa gente.


      "E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas."

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    2. Eles fazem isso com toda passagem que fala de milagres ou intercessões de pessoas vivas (por exemplo, com 1Tm 2:1, que diz para fazermos orações, intercessões e súplicas por todos os homens, e eles grotescamente concluem que este texto está falando da intercessão de gente morta, sendo que apenas quatro versos depois já diz que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens). Mas isso é apenas o fruto do desespero de uma teologia furada e fracassada: como eles não tem NENHUM texto que sequer chegue perto de afirmar as heresias que eles defendem, precisam desesperadamente ou atacar a Sola Scriptura, ou tentar distorcê-la, manipulá-la e pervertê-la a todo e a qualquer custo, com "interpretações" insanas e surreais que chegam a assustar qualquer pessoa com um mínimo de bom senso. Mas tem o lado bom também: pelo menos servem para nos divertir.

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  21. No caso das línguas estranhas, é possível que Deus de esse dom para uma pessoa que embora cristã, no conhecimento de Deus, não seja salva? Porque, por exemplo, na minha igreja existem pessoas do louvor que ficam falando em línguas estranhas no microfone (olha, eu não gosto disso, mas fazer o que né...igreja não é perfeita, mas entendo que está errado por conta daquilo que Paulo falou na Bíblia, pra que não fossem faladas línguas estranhas sem que houvesse intérprete...). Não estou dizendo que essas pessoas não tem a salvação, mas minha dúvida seria se é possível que Deus dê esse dom (línguas estranhas verdadeiras na perspectiva espiritual) e a pessoa que não seja íntegra? Tem casos também que eu tenho dúvida se são línguas estranhas ou se a pessoa tá fingindo como no caso desse vídeo patético (tem uma parte em que a mulher supostamente fala em línguas : https://www.youtube.com/watch?v=BJnGII5RV5Y
    Tipo assim...como uma pessoa idiota igual essa do vídeo vai falar em línguas?

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    1. Há três coisas a se considerar aqui. Primeiro, que de fato existem pessoas que falam em línguas apenas na pura falsidade, tentando imitar outras pessoas e repetir palavras sem sentido, algumas são literalmente ENSINADAS a falarem em línguas repetindo palavras, igual o padre Jonas ensina neste vídeo:

      https://www.youtube.com/watch?v=NKdZ-0OHn1g

      Há outros que podem falar pelo demônio e não por Deus; se há pessoas que tem falsas visões, que são falsos profetas, que realizam milagres por poderes demoníacos e etc, eu não vejo por que pensar que com as línguas seria diferente, o diabo tem poder para falsificar esse dom também para quem o serve, por isso é importante estarmos no Senhor vivendo uma vida reta diante dEle para não corrermos o menor risco disso.

      E finalmente, cabe dizer que mesmo nos casos de pessoas que falam em línguas pelo Espírito Santo, isso não significa que a pessoa seja necessariamente santa ou correta, ela pode ter sido na época em que recebeu os dons, mas ter relaxado mais tarde e ainda assim continuar falando em línguas, pois a Bíblia diz que os dons de Deus são irrevogáveis (Rm 11:29). Por isso não podemos pensar de nenhuma maneira que uma pessoa que fala em línguas é mais santa, mais correta ou mais espiritual do que alguém que não fala (dependendo dos casos, pode ser o contrário).

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  22. Olá Lucas.
    Sempre que posso leio seus artigos, gostei desse muito objetivo. Os reformados sempre se gabando e afirmando que o dom de línguas foi algo apenas usado pelos apóstolos e não mais em nossa era.
    Louvo a Deus pelo seu empenho em disponibilizar esse conteúdo.
    Deus abençoe.

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  23. Banzoli,

    Li seu artigo no dia em que foi publicado, mas apenas depois me lembrei de algo interessante.
    Recordei-me que os que se intitulam Reformados, em sua maioria, afirmam que o dom de línguas e outros cessaram há muito tempo.

    Contudo esses que acreditam na cessação dos dons creem que "alguns poucos" tiveram um certo grau de experiência espiritual que outros não tiveram. Ex: muitos creem que os Puritanos tinham as "contemplações", ou seja, eles tinham visões e outras experiências sobrenaturais oriundas do Espírito Santo; chegando a acreditar que (se não me falha a memória Jonathan Edwards) um deles chegou a "contemplar" Cristo assentado no céu ao lado de Deus. Mas tal fato só foi descoberto tempos depois de sua morte ao lerem seu diário; também da pregação "Pecadores nas mãos de um Deus irado", onde as pessoas que ouviram este sermão viram o rosto do pregador como de um anjo e alguns chegaram mesmo a terem visões do inferno... Neste caso quando a experiência é de um Reformado ela existe, quando é de um Pentecostal ou outro cristão não reformado ela é um fenômeno psíquico, uma invenção... isso para mim nada mais é que: seletividade convencional.

    Belo artigo, Deus continue a lhe abençoar.


    Abraço,
    Abraão Modesto.

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    1. Pois é, se cessou cessou e pronto, não tem que ter essa de abrir exceção para nomes de peso admirados entre os reformados. Infelizmente sabemos que parte desses que ridicularizam o dom de línguas pentecostal não é nem por razões bíblicas ou teológicas, mas apenas por preconceito com os pentecostais mesmo, dos quais gostam de rebaixar e debochar.

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  24. O que acha dessas línguas falada nas Assembleias de Deus?Você acha que é possível Deus usar nesse contexto onde todos falam ao mesmo tempo?

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    1. Falar todos ao mesmo tempo numa reunião é errado, mas isso não significa que não seja o Espírito falando em línguas através daquelas pessoas. Deus dá os dons, esses dons são irrevogáveis (Rm 11:29), mas a forma que a pessoa decidirá usar esse dom é de responsabilidade dela, não de Deus. Por exemplo, alguém pode receber o dom de línguas e nem usar, ficar a vida toda sem falar em línguas, outros podem receber o dom e usá-lo errado publicamente, outros podem receber dom de profecia mas cobrar ($$$) para dar profecias na igreja, outros podem receber dons de cura mas usá-lo para a vanglória própria, e assim por diante. A parte de Deus é distribuir os dons, a nossa parte é usá-los adequadamente.

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  25. Lucas o que o maniqueísmo,os marcianos e os patrícios acreditavam?essas 3 correntes eram GNÓSTICAS?

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    1. Os maniqueus eram gnósticos, os marcionitas eram gnósticos em partes (mas não totalmente), e quanto aos patrícios eu desconheço.

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  26. Banzoli você acredita mesmo que os apóstolos falavam essas línguas desconexas dos pentecostais que ninguém entende nada?você não acha que essas línguas se refere as línguas de nações e não fora delas e ainda mais com interprete?pois eu sou da assembleia e não acredito nessas línguas e sim conforme está escrito no seu sentido original que é GLOSSOLALIA.

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    1. "Banzoli você acredita mesmo que os apóstolos falavam essas línguas desconexas dos pentecostais que ninguém entende nada?"

      Mas é justamente assim que Paulo define o dom de línguas:

      "Pois quem fala em língua não fala aos homens, mas a Deus. De fato, NINGUÉM O ENTENDE; em espírito fala mistérios" (1 Coríntios 14:2)

      Você atrela sua descrença em relação ao dom de línguas por serem línguas que "ninguém entende nada", mas é JUSTAMENTE NISSO que consiste as línguas que Paulo escreve em 1Co 14 - "NINGUÉM O ENTENDE e em espírito fala mistérios". Ou seja, o fato de ninguém entender nada deveria ser um argumento em favor do dom de línguas pentecostal, e não contra.

      "você não acha que essas línguas se refere as línguas de nações e não fora delas e ainda mais com interprete?"

      Lógico que não, isso já foi refutado aqui:

      http://apologiacrista.com/o-dom-de-linguas-uma-analise-de-1-corintios-14

      E aqui:

      http://www.lucasbanzoli.com/2017/12/o-dom-de-linguas-e-um-sinal-para-os.html

      Além disso, pra que serviria um intérprete se a pessoa JÁ ESTARIA FALANDO NA LÍNGUA DO ESTRANGEIRO? Isso seria o mesmo que chover no molhado. Deus me dá o dom de línguas no sentido de falar em alemão para um alemão, então eu vou para a Alemanha e falo em alemão com um alemão, por que eu precisaria de um intérprete??? O intérprete só se faz necessário justamente pelo dom de línguas bíblico NÃO consistir nisso aí.

      "pois eu sou da assembleia e não acredito nessas línguas e sim conforme está escrito no seu sentido original que é GLOSSOLALIA"

      O que isso tem a ver? "Glossolalia" é o significado grego para "línguas", é o contexto que vai definir no que essas línguas consistem, o termo por si só não implica nem em línguas humanas, nem em línguas angelicais ou sobrenaturais.

      Abs.

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  27. Lucas eu quis dizer que não acredito nesse tipo de línguas propagadas pelos pentecostais,mesmo eu sendo pertencente a Assembleia de Deus,por que no meu ver essas línguas não existe no dialeto terreno e sim histeria exacerbada mesmo vendo que os fiéis são sinceros,mas estão sinceramente equivocados.

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    1. Mas quem disse que as línguas devem ser de dialetos terrenos? É justamente o oposto, são "línguas dos anjos" (1Co 13:1), então é claro que não vão ser de algum dialeto humano, ainda que possa parecer pela pronúncia. E essa de que todos os que falam em línguas falam por causa de "histeria" é meramente uma acusação de quem jamais falou em línguas para saber como é, pois conheço vários casos de pessoas que passaram a falar em línguas sem estarem em nenhum ambiente de culto (às vezes no banheiro, ou na fila do banco, ou dentro do carro), e se fosse assim as pessoas que falassem em línguas em "momentos de histeria" não conseguiriam falar de novo quando voltassem em casa passada toda a emoção do momento, também não conseguiriam continuar falando na manhã seguinte logo ao acordar, ou em qualquer outro momento da vida sempre que quiser. Precisaria sempre estar em um momento de "histeria coletiva". Por isso que eu digo que esses argumentos contra o dom de línguas são quase sempre de quem não entende como a coisa é, aí acaba fazendo julgamentos errôneos e muitas vezes até preconceituosos.

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  28. Os 144 mil de apocalipse a característica é literal ou simbólica e por que?

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    1. Escrevi sobre isso aqui:

      http://ocristianismoemfoco.blogspot.com.br/2015/09/quem-sao-os-144-mil.html

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  29. Acho Incrível você Lucas Banzoli.
    Que Tentar Desprezar a Tradição Católica dos Santos Padres e Concílio.
    E Muito Fácil Citar Uma Frase Do "Santo" e Não Estudar a Biografia e o pensamento Dele.
    E a Mesma Coisa De Pega Uma Frase De Platão é Falar que ele Era Socialista. Sem Estudar Sua biografia e pensamento.
    Salve Maria!

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    1. Me desculpe a grosseria mas eu não leio comentários de gente que escreve a primeira letra de cada palavra em maiúscula e que faz comentários desse nível:

      https://3.bp.blogspot.com/-8KcyVsrH0SQ/WVazL9st88I/AAAAAAAADkw/wk8U557QV4UCNsIHCVFXx0poMCgpQXQVwCLcBGAs/s1600/41.png

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    2. Nivaldos kkk

      É tão mito que leva um nome coletivo!
      : )


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    3. Não bastasse se chamar "Nivaldos", o sobrenome dele ainda é o plural de LULA. Ou vai ver é só uma homenagem mesmo...

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  30. Quero parabenizar pela excelente explanação do assunto, me foi muito útil, Deus em Cristo continue te abençoando para levar luz às trevas desse mundo.

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  31. Excelente artigo! Lucas Banzoli.

    Espero que você elabore mais artigos sobre esse tema. Pois eu, assim como vc, sou pentecostal. E fico contente ao ler esses textos acerca do dom de línguas. : )

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    1. Eu pretendo escrever um livro futuramente sobre isso, é um assunto que me atrai muito realmente. Abs!

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  32. Muito bom, Lucas. O que você diz sobre um tal profeta chamado William Branham, que viveu no contexto pentecostal do século passado?

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    1. Obrigado! Bom, Branham não era exatamente um pentecostal como conhecemos hoje, ele negava doutrinas essenciais do pentecostalismo como a trindade, então seria mais adequadamente chamado de "unicista carismático". Algumas de suas profecias se cumpriram, mas muitas outras não, incluindo as mais importantes, sobre a volta de Cristo até 1977 e que Los Angeles e parte da Califórnia afundariam no mar em algum momento por volta de 1975 (instando muitos a fugirem desses lugares naquela época). Além disso ele reproduzia opiniões machistas de sua época e as colocava na boca de Deus, o que é muito condenável, então na minha opinião ele não era um profeta de Deus.

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  33. isso só significa uma coisa: sempre houve sem acreditasse nos dons e nem por isso "eram pentecostais", apenas eram bíblicos. o que o pentecostalismo fez é outra coisa, é reivindicar uma "verdade perdida", sendo que sempre houve isso. só olhar os cristianismos orientais, por exemplo. veja a hagiografia de Jacob Baradeus, e nem por isso eles eram "pentecostais".

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  34. Qual a diferença de ter o Espírito e ser batizado no Espírito Santo?
    Os discípulos receberam o Espírito Santo em João 20.22 oi em Atos 2??

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